Líder do PL na Câmara se opõe à cassação de Glauber Braga e gera controvérsia

Política
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O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, disse que, pessoalmente, é contra a cassação de Glauber Braga (PSOL-RJ). Na sua opinião, a punição já aprovada no Conselho de Ética é um exagero, e a retirada do mandato poderia ser substituída por uma suspensão.

 

"Pessoalmente, acredito que cassação deveria ser para casos graves como corrupção ou o da da Flordelis, por exemplo. Acredito que uma punição de seis meses de suspensão, no caso de Glauber Braga, estaria de bom tamanho", afirmou Sóstenes ao portal Metrópoles.

 

Apesar de achar que a Casa cometeria um erro ao cassar o mandato de Glauber, ele disse que acompanhará a posição da bancada do Partido Liberal. "Como líder do PL, não posso destoar da posição da bancada do partido, que se mostra favorável à cassação", declarou.

 

Na última quarta-feira, 9, o Conselho de Ética da Casa aprovou, por 13 votos a cinco, a cassação do parlamentar. Ainda cabe recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, caso o processo avance após a votação nesse colegiado, caberá ao plenário decidir.

 

Glauber Braga anunciou que não irá mais se alimentar ou deixar o Congresso Nacional até o fim da decisão, dormindo no chão do plenário 5 da Câmara, o mesmo onde teve o parecer da cassação aprovado. A greve de fome entrou no sexto dia nesta segunda-feira.

 

Desde então, ele recebeu visitas dos ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Sidônio Palmeira (Comunicação Social) e Cida Gonçalves. Também o visitaram no Congresso o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), e o ator Marco Nanini.

 

Segundo a equipe do deputado, Glauber Braga só tem ingerido líquidos nos últimos dias, com acompanhamento médico, e perdeu dois quilos. Na sexta-feira, 11, o parlamentar assistiu a um episódio da série distópica Black Mirror.

 

Entenda o processo

 

O processo contra Glauber Braga foi aberto em 2024 e se deve a um episódio em que Glauber expulsou da Câmara o influenciador Gabriel Costenaro, integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), aos chutes. Costenaro havia feito insinuações sobre a ex-prefeita de Nova Friburgo (RJ), Saudade Braga, que estava doente e faleceu 22 dias após o ocorrido.

 

Glauber disse em diferentes sessões do Conselho de Ética que o relatório do caso foi "comprado" pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que exercia o cargo no ano passado. Glauber ainda chamou Lira em diferentes oportunidades de "bandido".

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A Rússia lançou na madrugada desta quarta-feira, 22, um intenso ataque com drones e mísseis contra Kiev. Ao menos duas pessoas morreram e várias ficaram feridas, segundo autoridades locais. A ofensiva atingiu prédios residenciais e provocou incêndios e danos em hospitais e gasodutos na capital da Ucrânia.

Equipes de resgate retiraram dezenas de pessoas de edifícios em chamas, incluindo crianças. Outras regiões, como Zaporizhzhia e Izmail, também foram alvos da ofensiva.

O ataque ocorreu em meio à tentativa do presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, de conseguir reforço na defesa aérea junto aos Estados Unidos. Fonte: Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O novo presidente do Peru, José Jerí, declarou estado de emergência em Lima na terça-feira, 21, na mais recente tentativa do governo de conter a onda de violência que provocou protestos e contribuiu para a queda de sua antecessora, Dina Boluarte, no dia 10.

Boluarte foi alvo de um processo de impeachment sob a acusação de não conseguir enfrentar a violência no país e foi substituída por Jerí, que chefiava o Parlamento.

Em mensagem televisionada, o presidente afirmou que a emergência em Lima durará 30 dias e acrescentou que o governo considera convocar soldados para ajudar no trabalho policial. Também está em estudo a restrição de direitos, como a liberdade de reunião e de movimento, segundo Jerí.

"Guerras são vencidas com ações, não palavras", disse o presidente, que prometeu passar "da defesa para o ataque" no combate ao crime. Fonte: Associated Press.

O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que o Brasil busca manter uma postura de neutralidade e diálogo nas relações internacionais e que não há divergências entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à Venezuela.

"Não há discordância. O que o presidente Lula tem falado é: os países têm autonomia. Não devemos estimular uma insegurança na região. O mundo já tem guerra no Oriente Médio, já tem guerra na Europa. A nossa região é tradicionalmente uma região de paz", afirmou Alckmin, em entrevista à Record News exibida na noite desta terça-feira, 21.

O presidente em exercício afirmou ainda que o governo brasileiro tem defendido o multilateralismo e o livre-comércio, ressaltando a importância de regras claras sob a coordenação da Organização Mundial do Comércio (OMC).

"O Mercosul é um bom exemplo de integração regional. Agora vai entrar um quinto país, a Bolívia. É preciso fortalecer a região. No livre-comércio, todos ganham: quem é mais competitivo em um produto vende, quem precisa compra. Ganha o consumidor, ganha a sociedade", afirmou Alckmin.