Academia confirma 'Ainda Estou Aqui' como elegível ao Oscar

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O filme Ainda Estou Aqui foi confirmado como um dos elegíveis para a categoria de Melhor Filme Internacional do Oscar. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas revelou a lista com as produções aptas para a seleção final de indicados ao prêmio.

 

Segundo a revista especializada Variety, no total, são 31 longas-metragens de animação, 169 documentários e 85 longas-metragens internacionais, incluindo o novo filme de Walter Salles.

 

A pré-lista com 15 filmes escolhidos para disputar as cinco vagas na categoria será anunciada em 17 de dezembro.

 

A relação oficial de indicados sai em 17 de janeiro.

 

A cerimônia ocorre em 2 de março.

 

Ainda Estou Aqui ultrapassou a marca de um milhão de espectadores nos cinemas. No total, o longa já arrecadou mais de R$ 23,5 milhões em bilheteria.

 

A produção chega aos cinemas dos Estados Unidos em janeiro de 2025 com a expectativa de conseguir indicações à premiação máxima do cinema.

 

O filme conta a história de Eunice Paiva, que se torna uma ativista dos direitos humanos após o desaparecimento do marido, Rubens Paiva, durante a ditadura militar.

 

A história é baseada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, lançado em 2015.

Em outra categoria

O papa Leão XIV recebeu nesta quinta-feira, 23, representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de outros mais de 130 movimentos sociais no Vaticano. Eles participaram da quinta edição do Encontro Mundial de Movimentos Populares; o primeiro foi realizado em 2014.

Ao discursar diante dos participantes, Leão XIV destacou que "a terra, o teto e o trabalho são direitos sagrados pelos quais vale a pena lutar". Ele também afirmou que os movimentos sociais exercem um papel essencial na construção da solidariedade e defendeu que a Igreja mantenha proximidade com essas causas.

"A Igreja deve estar com vocês: uma Igreja pobre para os pobres, uma Igreja que se inclina, que assume riscos, que é valente, profética e alegre", declarou, segundo o portal Vatican News.

O pontífice comparou acompanhar os movimentos populares ao apoio da Igreja para a criação de sindicatos no passado. "Suas lutas em prol da terra, da moradia e do trabalho por um mundo melhor merecem encorajamento", disse.

"Quando cooperativas e grupos de trabalho são formados para alimentar os famintos, abrigar os sem-teto, ajudar os náufragos, cuidar de crianças, criar empregos, ter acesso à terra e construir casas, devemos lembrar que não estamos promovendo ideologia, mas sim vivendo verdadeiramente o Evangelho", continuou.

Durante a audiência, a representante do MST, Ayala Ferreira, presenteou o papa com uma bandeira com imagem do orixá Ossanha, também chamado de Ossain, associado à medicina natural nas religiões afro-brasileiras.

Além do MST, o Brasil também teve no encontro representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira (Cenarab).

O encontro integra uma série de diálogos entre o Vaticano e organizações populares que antecedem o Jubileu dos Movimentos Populares, marcado para o próximo fim de semana com uma missa na Praça de São Pedro. A iniciativa dá continuidade ao processo de aproximação com pautas sociais e ambientais iniciado pelo papa Francisco em 2014.

O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira, 24, um plano de contingenciamento que prevê restrição de até 16 horas no pressão nos encanamentos de distribuição de água na região metropolitana de São Paulo, além de medidas mais drásticas como o rodízio no abastecimento e uso do volume morto dos mananciais em casos extremos. O objetivo é combater a crise hídrica afeta o Estado.

O planejamento irá se pautar em 7 faixas de restrição, que serão ativadas a depender do avanço ou não do desabastecimento.

Entenda a metodologia

As 7 faixas de atuação representam etapas de criticidade e vão orientar as medidas de contingências que serão adotadas. Segundo o governo, as restrições só vão acontecer após sete dias consecutivos dos índices em uma mesma faixa, com relaxamento após 14 dias consecutivos de retorno ao cenário imediatamente mais brando.

Faixas 1 e 2: estabelecem o Regime Diferenciado de Abastecimento (RDA) e a gestão de demanda noturna de 8 horas, respectivamente;

Faixa 3: prevê gestão de demanda noturna de 10 horas por dia e intensificação de campanhas de conscientização;

Faixas 4, 5 e 6: contingência controlada, com períodos ampliados de redução da pressão na rede, por 12, 14 e 16 horas;

Faixa 7: cenário mais grave. prevê o rodízio de abastecimento entre regiões, com obrigação de fornecimento de caminhões-pipa para apoio a serviços essenciais.

"O rodízio é uma medida de caráter excepcional e de impacto muito alto. Ele só será considerado quando todas as medidas anteriores se revelarem insuficientes para garantir a preservação dos reservatórios", explicou o diretor-presidente da Arsesp.

A divulgação das medidas foi feita após o Sistema Cantareira registrar o nível mais baixo do reservatório dos últimos dez anos. A medição é realizada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e divulgada diariamente no site da companhia.

Hoje, o nível de reservação hídrica está em 28,7%, o menor patamar desde a crise que afetou São Paulo entre 2014 e 2015. Com isso, o Estado está na faixa 3, com diminuição da pressão por 10 horas.

Histórico da crise hídrica

O Sistema Cantareira é o maior produtor de água da Região Metropolitana de São Paulo, utilizando 33 m3/s de água para abastecer, aproximadamente, 46% da população da RMSP.

Ele é formado por cinco reservatórios: Jaguari, Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro, os quais estão conectados por túneis subterrâneos e canais.

Durante todo o ano de 2014 e 2015, as vazões afluentes ao sistema foram bem menores do que a média histórica, registradas desde 1930, inclusive abaixo do pior ano da série, que até então havia sido 1953.

Em 2014, em média o Sistema Cantareira recebeu 23% da média histórica das afluências e em 2015, 50%.

Com o agravamento da estiagem ocorrida em 2014 e 2015, foi autorizado o uso da reserva técnica do Sistema Cantareira, conhecido como "volume morto", que soma cerca de 480 bilhões de litros de água localizados abaixo das estruturas de operação dos reservatórios e acessíveis apenas por bombeamento.

A gestão do Sistema Cantareira é de responsabilidade da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE). Apesar de o Sistema estar localizado integralmente em território paulista, recebe água de uma bacia hidrográfica de gestão federal.

Conforme mostrou o Estadão, uma das razões do esgotamento do Sistema Cantareira é o desmatamento. A região possui 93.932 hectares de remanescentes de vegetação nativa, 35,5% do território, de acordo com o governo estadual.

Se a água é o centro da crise, as árvores são uma espécie de "amortecedor climático" do ambiente urbano. A arborização urbana reduz a temperatura, resultado da absorção de energia solar para a fotossíntese, purifica o ar, como consequência da retenção de material particulado nas folhas e da absorção de determinados gases. Além disso, diminui o impacto das chuvas sobre o solo, reduzindo a velocidade das águas.

A satisfação dos beneficiários de planos de saúde médicos e odontológicos alcançou o maior patamar em uma década, segundo pesquisa feita pela Vox Populi a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). No levantamento realizado este mês, a quantidade de beneficiários que se declarou satisfeita ou muito satisfeita com seu convênio, alcançou 85%, aumento de 1 ponto porcentual (p.p.) em relação a 2021.

O superintendente executivo do IESS, José Cechin, avalia que o resultado da pesquisa indica uma melhora na avaliação geral dos consumidores em relação aos planos de saúde, dentro da margem de erro, o que é positivo para o segmento. "Não foi um grande salto, mas sim uma avaliação que não piorou, pelo contrário, foi até melhor", disse.

Na análise por regiões metropolitanas, o destaque foi o Rio de Janeiro, que registrou aumento de 6 p.p. em comparação com a pesquisa anterior, e alcançando 93% de satisfação dos beneficiários com os planos de saúde. Em São Paulo o indicador melhorou 1 p.p. para 82%.

Por outro lado, em Porto Alegre e Brasília houve retração de 1 p.p. na percepção de satisfação, para 86% e 87%.

Já em Belo Horizonte a diminuição foi ainda maior, de 4 p.p. e em Salvador foi o pior resultado, com redução de 7 p.p. em relação à pesquisa anterior.

O nível geral de insatisfação ficou em 14,6%, sendo 12% mais ou menos satisfeitos e 2,6 pouco ou nada satisfeitos.

Cechin avalia que apesar da melhora em geral, dentro da margem de erro, a pesquisa mostra que há pontos a serem observados pelas operadoras, e que os principais motivos de insatisfação permanecem consistentes, destacando-se a dificuldade em agendar consultas, o valor elevado das mensalidades e o tempo de espera no atendimento.

Ainda assim, a nota média nacional manteve-se estável em 4,1 de 5, reforçando a consistência na percepção positiva dos beneficiários.

Imagem das operadoras de saúde

Outro ponto avaliado foi em relação à imagem das operadoras de saúde. Para 95% dos respondentes, os planos são essenciais para quem tem filhos pequenos e para idosos. 96% disseram que é essencial no geral, enquanto 94% declararam que ter um convênio dá mais segurança em caso de doença ou acidente, e 92% disseram que o atendimento é de melhor qualidade.

A pesquisa deste ano mostra, ainda, que 88% recomendariam seu convênio atual, alta de 3 p.p. em relação à pesquisa anterior.

O levantamento ouviu 3,2 mil pessoas com 18 anos ou mais, entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde e odontológicos, em oito regiões metropolitanas - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Manaus e Brasília. As entrevistas foram presenciais, realizadas entre 31 de julho e 17 de agosto de 2025, com nível de confiança de 95%.