Aumento da tarifa de água em SP pode impactar número de sessões de diálise

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A Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT) entrou com processo judicial contra a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) devido às novas regras de cobrança das tarifas de água estabelecidas pela empresa. Com as mudanças, o valor cobrado pela água aos estabelecimentos - que prestam serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS) - vai dobrar.

Segundo a organização, as clínicas estavam inseridas em um modelo de contrato chamado de "demanda firme", que é reservado para locais que consomem um alto volume de água e oferece descontos. Esses tratados, porém, estão sendo cancelados pela Sabesp, diz Luciano Bonaldo, vice-presidente da ABCDT de São Paulo.

Ele conta que, entre outubro e novembro, as clínicas de diálise no Estado receberam notificações informando que, a partir de 1º de janeiro, iriam perder os descontos oferecidos às unidades de saúde.

Ainda de acordo com o vice-presidente, as instituições foram notificadas por e-mail sobre o encerramento de seus contratos, informando que a rescisão seria unilateral e que, após 60 dias da data do comunicado, a interrupção entraria em vigor.

Em nota, a Sabesp diz que "a rescisão dos contratos de demanda firme estava expressamente autorizada nesses contratos" e que respeitou as regras impostas no novo acordo de concessão, que estabelece restrições para o fornecimento de descontos a grandes consumidores.

Segundo a empresa, a mudança teria relação com o compromisso de promover a universalização do saneamento básico, alcançando áreas que hoje não são cobertas em São Paulo, até 2029. Segundo a Sabesp, isso irá demandar um investimento de R$ 60 bilhões.

Por fim, a companhia afirma que está desenvolvendo novos programas comerciais, que serão implementados assim que regulamentados pela Agência Reguladora dos Serviços.

Processo requer grandes volumes de água

Na região servida pela Sabesp, existem 83 centros de hemodiálise, com cerca de 22 mil pacientes ao todo. Desse número, 85% fazem o seu tratamento por meio do SUS, segundo dados da ABCDT.

A entidade explica que a água é utilizada em grande quantidade no processo de realização da hemodiálise. Segundo Bonaldo, uma máquina consome cerca de 180 litros de água para cada sessão e cada máquina trata três pacientes por dia, demandando 540 litros diários.

Por isso, segundo Luciano, o aumento da tarifa vai "impactar significativamente" no custo das sessões e "inviabilizar o tratamento" - há dois anos, as clínicas ameaçaram parar por falta de recursos e o cenário não melhorou significativamente de lá para cá, afirma a ABCDT.

A associação diz que, com a rescisão dos contratos de demanda livre, uma clínica com 300 pacientes que hoje gasta R$ 50 mil por mês com a conta de água passará a gastar R$ 100 mil. Ao todo, serão R$ 9 milhões em custos extras para as clínicas de todo o Estado.

"Esse aumento da Sabesp pode colapsar um atendimento SUS", avalia Bonaldo.

Processo judicial

Após o recebimento das notificações, a associação solicitou à Sabesp uma solução urgente para que as clínicas não enfrentassem o aumento, sugerindo categorizá-las como entidades filantrópicas - o que manteria o benefício.

Na época, segundo Bonaldo, a Sabesp informou que havia enviado à Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) uma nova metodologia de cálculo e logo haveria uma definição.

Mas a ABCDT afirma que não recebeu respostas e que, com a proximidade da data de suspensão do contrato, levou o caso ao Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A entidade entrou com um pedido de mandado de segurança para a manutenção da cobrança com desconto e aguarda os desdobramentos da medida.

A expectativa, segundo a associação, é que a Sabesp prorrogue por no mínimo seis meses o reajuste para as clínicas de diálise que prestam serviço ao SUS. "Dessa forma haverá tempo para a discussão adequada e busca por soluções para o setor", diz a ABCDT em comunicado.

O que é diálise

Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal. A hemodiálise é um procedimento em que uma máquina filtra e purifica o sangue, desempenhando parte da função que os rins comprometidos não conseguem realizar, segundo o Ministério da Saúde.

Esse processo remove do organismo resíduos prejudiciais, excesso de sal e líquidos, além de ajudar a controlar a pressão arterial e manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, ureia e creatinina. A hemodiálise é indicada para pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica grave.

Já a diálise peritoneal, conforme a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), é um tratamento em que o processo ocorre dentro do corpo do paciente. A solução de diálise (ou dialisato) é infundida na região do abdômen; o líquido entra em contato com o sangue, também interagindo com as substâncias acumuladas, como ureia, creatinina e potássio; e depois a solução é drenada, juntamente com as toxinas presentes na corrente sanguínea.

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Owen Cooper, de 15 anos, que atuou na minissérie Adolescência, da Netflix, é o ator mais jovem a ser indicado na categoria Melhor Coadjuvante em Série Limitada ao Emmy 2025, cuja lista de indicados saiu nesta quinta-feira, 15.

Na trama de enorme sucesso do streaming, Owen interpreta um menino de 13 anos que matou uma colega de escola a facadas.

O adolescente concorre com veteranos de peso, como Javier Bardem (de Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais, da Netflix), Bill Camp e Peter Sarsgaard (ambos de Acima de Qualquer Suspeita, da Apple TV+), Rob Delaneyd (Morrendo por Sexo, do Disney+) e seu colega de elenco Ashley Walter.

Em Adolescência, Jamie Miller foi o primeiro papel profissional de Owen, escolhido entre 500 meninos pelo diretor de casting Shaheen Baig.

O ator já tem um trabalho agendado para estrear em fevereiro de 2026, com um elenco hollywoodiano. Ele estará em O Morro dos Ventos Uivantes, adaptação para os cinemas da obra de Emily Brönte dirigida por Emerald Fennell e estrelada por Margot Robbie. Owen fará a versão jovem do personagem Heathcliff, que será vivido por Jacob Elordi na fase adulta

A maior indicada à 77ª edição do Emmy foi Ruptura, com 27 indicações, seguida de Pinguim, com 24, e O Estúdio, com 23, considerando as categorias principais e técnicas.

Ao contrário do que era desejo de muitos brasileiros, não foi desta vez que Wagner Moura conquistou sua primeira indicação ao Emmy, o principal prêmio da TV norte-americana. Ele era cotado para a categoria de Melhor Ator em Minissérie por seu trabalho em Ladrões de Drogas, do Apple TV+.

As indicações para a 77ª edição da premiação foram reveladas nesta terça-feira, 15. No lugar do ator brasileiro, foram indicados Javier Bardem (Monstros: A História de Lyle e Erik Menendez), Bill Camp (Acima de Qualquer Suspeita), Owen Cooper (Adolescência), Rob Delaney (Morrendo por Sexo), Peter Sarsgaard (Acima de Qualquer Suspeita) e Ashley Walters (Adolescência).

Moura já concorreu a outras premiações internacionais. Em 2016, ele foi indicado como Melhor Ator em Série Dramática no Globo de Ouro, por Narcos, série em que deu vida ao traficante Pablo Escobar. E neste ano ele venceu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes por seu trabalho em O Agente Secreto, filme de Kleber Mendonça Filho que deve estrear no segundo semestre.

Por seu papel no longa, inclusive, Moura já despontou como possível indicado ao Oscar de Melhor Ator em 2026, em apostas da revista Variety. A publicação, especializada no mercado cinematográfico, havia previsto a indicação do brasileiro no Emmy - que não se concretizou.

Nas redes sociais, fãs brasileiros aguardavam com esperança o anúncio das indicações à premiação norte-americana. A ausência de Moura entre os indicados incomodou boa parte dos fãs, que reclamaram da decisão da premiação. Entre piadas, xingamentos e lamentações, os brasileiros demonstraram seu descontentamento com os votantes do Emmy. Confira as melhores reações:

O apresentador Leo Dias segue afastado do programa Fofocalizando, do SBT. Nesta segunda-feira, 14, o jornalista publicou um comunicado em suas redes sociais explicando o motivo da sua ausência e as complicações do seu futuro na emissora.

"Hoje, novamente, não vou estar no Fofocalizando, porque ainda há uma indefinição sobre o meu futuro profissional. Assim que eu tiver uma decisão, vocês serão os primeiros a saber", escreveu Dias em seu perfil no Instagram.

Após passar quase duas semanas fora do ar, o retorno de Dias ao Fofocalizando estava previsto para essa segunda-feira, 14, mas acabou não se concretizando. Até o momento da publicação desta matéria, o SBT não havia se pronunciado sobre o ocorrido.

No começo do mês de julho, o apresentador deixou de participar do Fofocalizando sem maiores explicações. A ausência do jornalista chamou atenção do público, que começou a questionar os motivos do desaparecimento de Dias.

A imprensa chegou a noticiar que o jornalista havia brigado com a direção do SBT após ser proibido de divulgar o seu canal no YouTube, a LeoDias TV, durante o programa. A emissora, no entanto, negou o ocorrido.

"Não procede a informação de que o SBT proibiu a inserção do logotipo da LeoDias TV nas exibições de suas matérias. Porém, a emissora e o jornalista irão definir um padrão comercial para as inserções da marca durante o programa Fofocalizando", afirmou o comunicado do SBT.

A última aparição do apresentador no programa foi no dia 1º, quando ele apresentou o Fofocalizando. O semblante do jornalista, no entanto, estava desanimado e foi notado pela audiência nas redes sociais.

No mesmo dia, ele participou de um programa na LeoDias TV e falou uma frase que foi interpretada por seus fãs como uma indireta ao SBT. "Aqui eu estou feliz. Aqui é minha casa, aqui acho que, pelo menos, a gente se sente valorizado", comentou.