UE aprova mais sanções contra a Rússia para marcar 3º aniversário de guerra contra Ucrânia

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Enviados da União Europeia (UE) aprovaram nesta quarta-feira (19) uma nova série de sanções contra a Rússia, que entrarão em vigor na próxima semana, no terceiro aniversário da invasão russa na Ucrânia. A medida acontece enquanto os europeus são mantidos afastados das negociações para um acordo de paz entre os países, com mediação dos Estados Unidos, para encerrar o conflito.

 

Quase 50 autoridades russas serão alvos das sanções, juntando-se a uma lista que já inclui o presidente russo, Vladimir Putin, vários de seus associados e dezenas de legisladores. Entre as medidas estão restrições a 13 bancos russos e três instituições financeiras. As ações contra a Rússia também mencionam proibições de viagens, congelamento de ativos, restrições comerciais e transporte marítimo ilegal de petróleo. Fonte: Associated Press.

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O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que a posição da instituição em relação ao projeto de lei (PL) Antiterrorismo é de que não se deve "confundir" institutos diferentes - terrorismo e crime organizado. Ele destacou que o enfrentamento ao terrorismo é "atribuição exclusiva da Polícia Federal".

"Uma vez sendo tratada no campo correto, que é no campo da legislação, que trata de terrorismo e que não se confunda terrorismo com crime organizado, a proposta terá o apoio da Polícia Federal, terá as nossas contribuições", disse Andrei em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, exibida na noite deste domingo, 23. O programa foi gravado na última quinta-feira, 20.

Ele completou: "O que nós não podemos é confundir uma coisa com a outra, são fins diferentes, são propósitos diferentes, são mecanismos de articulação e de enfrentamento diferentes e uma eventual mistura do crime organizado, mistura legislativa, eu digo, de crime organizado com terrorismo só traria prejuízos para a investigação".

Operação no Rio de Janeiro

Questionado sobre a Megaoperação Contenção, realizada em outubro nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, Andrei sustentou que é preciso identificar lideranças e tocar ações que tenham efetividade e não se traduzam apenas em "enxugar gelo". "Diante desse tamanho desafio que é enfrentar um crime organizado que avança, é preciso ter coordenação, articulação, comunicação entre as forças de segurança", disse.

Andrei informou que o efetivo atual da PF é de pouco menos de 13 mil policiais e 2 mil servidores administrativos e afirmou que a instituição tem "uma gama de atividades", de polícia judiciária e de investigações, além de polícia administrativa, como, por exemplo, a área de imigração, o controle dos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), a expedição de passaporte, o controle de produtos químicos, a fiscalização de segurança de agências bancárias e outras. "Portanto, o nosso efetivo precisa ser ampliado", concluiu.

Ele ponderou: "Nós não podemos pensar em polícia só com mais pessoa, mais arma e mais viatura e colete. Nós precisamos pensar em outras ferramentas, precisamos pensar em tecnologias, precisamos pensar em investimentos que nos agreguem capacidade operacional e que nos tragam qualidade e efetividade". O chefe da PF defendeu a ampliação do número de indiciamentos e o aumento não só da quantidade, como também da qualidade das operações, com a promoção da descapitalização.

Andrei Rodrigues sustentou que a atividade de inteligência e de investigação não é contraditória "a uma eventual ação que exija mais energia, retomada de território e ações mais contundentes", em referência indireta à operação de outubro no Rio de Janeiro.

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que o projeto de lei (PL) Antifacção tramitou "de maneira rápida e sem a devida maturação" na Câmara dos Deputados, onde foi aprovado na última terça-feira, 18. O texto, de autoria do governo Lula, foi relatado pelo oposicionista Guilherme Derrite (PP-SP) e agora vai ao Senado. Andrei Rodrigues disse que há pontos que "precisam de uma atenção especial" nesse segundo momento no Congresso Nacional.

"Nós precisamos, ao invés de ter qualquer movimento contrário de retirar recursos da instituição, na verdade precisamos ter um caminho inverso, que é ampliar a nossa capacidade orçamentária para poder fazer mais e melhor", disse Andrei em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, exibida na noite deste domingo, 23. O programa foi gravado na última quinta-feira, 20.

Segundo ele, também é importante ter um desenho institucional melhor das forças integradas de combate ao crime organizado e tratar do tema da cooperação internacional.

O chefe da PF ainda defendeu um mecanismo legal que permita o imediato aproveitamento de bens apreendidos, para que haja um "equilíbrio entre o aproveitamento dos bens e o enfrentamento ao crime organizado".

O parecer do relator, deputado Guilherme Derrite, passou com amplo apoio, apesar dos protestos do governo e do PT. O Palácio do Planalto espera reverter pontos da proposta no Senado, até porque, na Casa, o relator Alessandro Vieira (MDB-SE) afirmou que buscará um texto de consenso.

Andrei reconheceu que o PL trouxe alguns "avanços" nas ferramentas e instrumentos de investigação e disse ter boas expectativas em relação à tramitação no Senado, com eventuais mudanças, "para que a gente tenha definitivamente um projeto e uma legislação que atenda às necessidades do povo, da sociedade brasileira, que clama por mais segurança e mais enfrentamento ao crime organizado".

Ele ainda defendeu que a Polícia Federal é "um patrimônio" do Estado brasileiro e o Parlamento terá sensibilidade para fortalecê-la, ampliando recursos não só orçamentários, mas também humanos.

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou que a Operação Compliance Zero, que investiga fraudes financeiras envolvendo o Banco Master, avançou "graças à cooperação e à integração com o Banco Central do Brasil".

Segundo ele, houve "absoluta sintonia e encaixe de interesses" entre a PF e o BC. Em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, Rodrigues lembrou que, no dia em que a operação foi deflagrada, o Banco Central fez a liquidação da instituição financeira.

"O presidente Galípolo tem feito um trabalho muito intenso de controle, de fiscalização, uma grande parceria com a Polícia Federal", elogiou o chefe da PF. Citando outras operações, como a Carbono Oculto, em parceria com a Receita Federal, e a de combate a fraudes no INSS, com a Controladoria Geral da União, ele disse que esse é o caminho que o órgão defende para enfrentar o crime organizado.

Ele disse que a investigação da PF partiu da fiscalização da atual gestão do Banco Central, do presidente Gabriel Galípolo, com as atividades regulatórias e de fiscalização, que identificaram situações que apontavam a possibilidade de ocorrência de crimes.

"Desde o minuto 1 já havia essa conexão entre o Banco Central e a Polícia Federal, porque a partir da entrada da fiscalização, dos controles que foram feitos, houve indicativos de que não era uma mera irregularidade, uma anomalia", relatou. Rodrigues afirmou que não compete à Polícia Federal fazer o primeiro filtro daquilo que é negócio do mercado e do que é crime. "No momento que se identificam indícios de crime, e isso foi identificado pelo Banco Central, aí sim nos é comunicado e a gente faz a nossa atuação como Polícia Judiciária da União que somos", disse.

A operação foi deflagrada na semana passada e resultou na prisão de executivos como o banqueiro Daniel Vorcaro - interceptado e preso por agentes federais na noite de segunda, 17, quando tentava embarcar em seu jato particular no Aeroporto de Guarulhos rumo a Dubai - que permanece preso em caráter preventivo, sem prazo para terminar.