Promotoria rebate 'arrependimento' declarado por assassinos de Marielle e Anderson

Política
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Os promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro que atuaram nas investigações do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes rebateram nesta quinta-feira, 31, as declarações dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz de que estariam arrependidos do crime. O MP abre o segundo dia de julgamento no Tribunal do Júri.

"Aquilo que vocês viram, ontem (quarta), no interrogatório dos dois foi uma farsa. Eles não estão com sentimento de arrependimento. Eles estão com tristeza por terem sido pegos. Ninguém foi lá bater na DH, quando todo mundo queria saber o que aconteceu: 'Olha só, fui eu. Estou arrependido disso'. Isso só aconteceu quando as provas que existem no processo através do trabalho árduo do Ministério Público junto com segmentos da polícia, junto com Defensoria, e tudo mais, chegaram à conclusão absoluta de que os executores eram aqueles. Não tinham como fugir disso", afirmou o promotor de Justiça Fábio Vieira.

De acordo com o integrante do MP, Lessa e Queiroz confessaram porque seriam beneficiados "de alguma forma". "Por que confessaram? Por que estão arrependidos? Não. Porque isso vai beneficiá-los de alguma forma. Isso é uma característica do sociopata. Ele não tem emoção em relação aos outros. Ele não tem sentimento. Ele não tem valores. Ele não tem empatia", afirmou Vieira.

No primeiro dia do julgamento, nesta quarta-feira, 30, o ex-PM Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle e Anderson, pediu desculpas às vítimas e à sociedade, em depoimento, e se disse arrependido.

"Tirei um peso das minhas costas confessando o crime, podendo dar uma continuidade a isso para amenizar essa angústia de todos, da sociedade inteira. Se eu puder amenizar isso, estou fazendo o máximo. Vou cumprir o meu papel até o final. Tenho certeza que a Justiça vai ser feita. Hoje é uma parte. Tenho certeza absoluta que ela vai ser feita no STF. Ninguém vai ficar de fora não. É da base ao topo dessa pirâmide, sem exceções. Ninguém vai se safar", afirmou Lessa.

Os dois acusados participaram do júri popular por videoconferência diretamente das unidades onde estão presos. Ronnie Lessa está na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. Já Élcio está no Centro de Inclusão e Reabilitação, em Brasília.

O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o Caso Marielle Franco e Anderson Gomes (GAECO/FTMA) do MP-RJ pediu ao Conselho de Sentença do IV Tribunal do Júri a condenação máxima para os executores de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A pena dos réus Ronnie Lessa e Élcio Queiroz pode chegar a 84 anos de prisão.

Os dois foram denunciados pelo Gaeco por duplo homicídio triplamente qualificado, um homicídio tentado, e pela receptação do veículo Cobalt utilizado no dia do crime, no dia 14 de março de 2018. Ronnie e Élcio foram presos na Operação Lume, deflagrada pelo MP-RJ e pela Polícia Civil, em março de 2019.

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O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, se encontrou com o assessor presidencial russo Nikolai Patrushev em Nova Délhi para impulsionar a cooperação marítima bilateral.

"Foi um prazer receber o Sr. Nikolai Patrushev", escreveu Modi na rede X nesta terça-feira, 18. "Tivemos discussões produtivas sobre cooperação no setor marítimo, incluindo novas oportunidades de colaboração em conectividade, desenvolvimento de competências, construção naval e economia azul", acrescentou.

A aprovação do presidente dos EUA, Donald Trump, caiu para 38%, a mais baixa desde seu retorno ao poder, com os americanos insatisfeitos com sua gestão do alto custo de vida e a investigação sobre o falecido criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein, segundo uma pesquisa da Reuters/Ipsos divulgada nesta terça-feira, 18.

A pesquisa de quatro dias, que foi concluída na segunda-feira, 17, ocorre enquanto a influência de Trump sobre o Partido Republicano mostra sinais de enfraquecimento.

A Câmara e o Senado dos EUA aprovaram nesta terça uma medida para forçar a liberação de arquivos do Departamento de Justiça sobre Epstein - uma ação que Trump se opôs por meses. O presidente reverteu sua posição no domingo.

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Trump começou seu segundo mandato com 47% dos americanos aprovando sua gestão. O declínio de nove pontos desde janeiro deixa sua popularidade geral próxima aos níveis mais baixos vistos durante seu primeiro mandato e também perto das classificações mais fracas obtidas por seu antecessor democrata na Casa Branca, Joe Biden. A aprovação de Biden caiu para 35%, enquanto a popularidade do primeiro mandato de Trump caiu para 33%.

Este ano, o presidente tem sido particularmente perseguido pela ideia de que não está fazendo o suficiente para ajudar as famílias com despesas diárias, uma questão que também atingiu duramente a administração de Biden.

A pesquisa da Reuters/Ipsos, que foi conduzida online, entrevistou 1.017 adultos nos EUA e teve uma margem de erro de cerca de 3 pontos porcentuais.

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira, 18, por 427 votos a 1 o projeto de lei para obrigar o Departamento de Justiça a divulgar todos os arquivos relacionados à investigação sobre o caso Jeffrey Epstein, após meses de pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da bancada republicana para barrar a votação.

O deputado republicano Clay Higgins, da Louisiana, foi o único voto contrário. A lei agora será votada no Senado.

Quando um pequeno grupo bipartidário de deputados apresentou uma petição em julho para contornar o controle do presidente da Câmara, Mike Johnson, sobre quais projetos de lei são votados no plenário, a iniciativa parecia fadada ao fracasso, especialmente porque Trump instava seus apoiadores a considerarem o assunto uma "farsa". Mas tanto Trump quanto Johnson fracassaram em suas tentativas de impedir a votação.

Agora, o presidente cedeu ao crescente apoio ao projeto de lei e até afirmou que os republicanos deveriam votar a favor. Sua aprovação na Câmara aumenta ainda mais a pressão sobre o Senado para que o analise.

Na segunda-feira, Trump disse que assinaria o projeto de lei se ele fosse aprovado por ambas as casas do Congresso, acrescentando: "Deixem o Senado analisá-lo".

A votação desta terça reforça as exigências para que o Departamento de Justiça divulgue os arquivos do caso de Epstein, um financista influente que se suicidou em uma prisão de Manhattan enquanto aguardava julgamento em 2019, acusado de abuso sexual e tráfico de menores.

Uma investigação independente conduzida pelo Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes divulgou milhares de páginas de e-mails e outros documentos do espólio de Epstein, mostrando suas conexões com líderes globais, figurões de Wall Street, figuras políticas influentes e o próprio Trump.

Contudo, não está claro como o Senado lidará com o projeto de lei. O líder da maioria no Senado, John Thune, republicano da Dakota do Sul, já havia se mostrado cauteloso ao ser questionado sobre a legislação e, em vez disso, afirmou confiar no Departamento de Justiça para divulgar informações sobre a investigação de Epstein.

Mas o que o Departamento de Justiça divulgou até agora sob o governo Trump já era, em sua maioria, público. O projeto de lei iria além, obrigando a divulgação, em até 30 dias, de todos os arquivos e comunicações relacionados a Epstein, bem como qualquer informação sobre a investigação de sua morte em uma prisão federal. Fonte: Associated Press.

Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado