MP quer que PF investigue vereador por maltratar porco e ameaçar petista

Política
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O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu na terça-feira, 29, que a Polícia Federal (PF) instaure um inquérito para investigar o vereador de Fortaleza Inspetor Alberto (PL) por supostamente ameaçar o prefeito eleito da capital cearense, Evandro Leitão (PT), e maltratar um porco em vídeos compartilhados em seu perfil no Instagram durante a campanha do segundo turno na capital cearense. Reeleito para o seu segundo mandato na Câmara Municipal de Fortaleza com 7.913, José Alberto Bastos Vieira Junior publicou as imagens em apoio à candidatura de André Fernandes (PL) à prefeitura.

No primeiro vídeo, gravado na noite de 23 de outubro durante uma carreata com Fernandes no bairro Barra do Ceará, Alberto xinga o então candidato petista e faz uma possível alusão à morte do rival: "Leitão, filho da put*, tu vai pra churrasqueira; prepara o teu caixão, vagabundo". A segunda gravação, que viralizou no domingo, 27, mostra o vereador puxando um porco pelas orelhas enquanto o animal grui e tenta fugir. "Leitão, você vai pra panela. Me aguarde, vou comer você bem assadinho", diz Alberto. Os dois vídeos foram excluídos da rede social do político.

Nota publicada no site do Ministério Público do Ceará (MPCE) informa que 17 promotores eleitorais que atuam em Fortaleza assinaram o ofício que pede a investigação dos conteúdos. Segundo o texto, o vereador poderá responder por injúria visando a fins de propaganda e por abuso ou maus-tratos a animais. Os crimes estão previstos no artigo 326 do Código Eleitoral e no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, respectivamente.

O deputado federal Célio Studart (PSD-CE), que enviou à Corregedoria Parlamentar da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) uma representação pela cassação do mandato de Alberto pelo vídeo com o animal, diz que a decisão do MPE é "um passo importante para garantir que pessoas envolvidas em atos de crueldade não ocupem cargos públicos".

Studart ressalta o fato de o ato ter sido cometido durante uma campanha eleitoral. "Por isso, além da cassação, estamos defendendo que ele não seja diplomado e acionamos o MPE para que uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) seja protocolada".

Há pelo menos mais um pedido de cassação do mandato de Alberto na CMFor. Os vereadores de Fortaleza Gabriel Aguiar (Psol), Adriana Gerônimo (Psol) e Adriana Almeida (PT) e os deputados estaduais do Ceará Renato Roseno (Psol), Apollo Vicz (PSD), Agenor Neto (MDB), Martinha Brandão (Cidadania), Jô Farias (PT), De Assis Diniz (PT) e Larissa Gaspar (PT) assinam uma representação por infração ao Código de Ética e Decoro Parlamentar da casa legislativa.

A reportagem tentou conversar sobre o caso com o vereador Inspetor Alberto por meio do número de telefone informado no perfil do legislador no site da Câmara Municipal de Fortaleza. Os telefonemas não foram atendidos.

Multado pelo Estado

Além de despeitar leis federal, a atitude de Inspetor Alberto no vídeo com o porco fere a Política Estadual de Proteção Animal cearense. Por isso, a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), autarquia vinculada à Secretaria do Meio Ambiente (Sema) do Estado do Ceará, multou o vereador em R$ 3 mil na terça-feira, 29.

"A equipe de fiscalização ambiental da Semace analisou o material e concluiu que houve uma infração ambiental administrativa, ao expor a perigo ou causar dano à vida, saúde, integridade física ou psíquica e ao bem-estar do animal, por dolo ou culpa", diz nota divulgada pelo órgão.

PT vence em Fortaleza

Evandro Leitão (PT) foi eleito prefeito de Fortaleza ao receber 50,38% dos votos válidos na capital cearense. O petista derrotou no segundo turno André Fernandes (PL), que teve os votos de 49,62% dos eleitores.

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O FBI, a polícia federal americana, afirmou nesta quinta-feira, 2, que o ataque com uma caminhonete em Nova Orleans, no Estado da Louisiana, nos EUA, foi orquestrado sozinho pelo motorista em um "ato de terrorismo". Ele atropelou e matou cerca de 15 pessoas na última quarta-feira, 31, dia de Ano Novo.

Segundo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o motorista havia postado vídeos em redes sociais horas antes do ataque dizendo que se inspirava no Estado Islâmico, expressando desejo de matar civis.

O FBI identificou o motorista como sendo Shamsud-Din Bahar Jabbar, de 42 anos. Autoridades ainda não divulgaram os nomes das pessoas que foram mortas neste ataque, mas as famílias e os amigos das vítimas têm compartilhado suas respectivas histórias. Cerca de 30 pessoas ficaram feridas.

Bombas encontradas

O FBI informou ainda que suposto autor do ataque com uma caminhonete em Nova Orleans que deixou 15 mortos também tinha colocado duas bombas caseiras nas ruas do French Quarter, onde ocorreu o ataque.

"Obtivemos imagens de câmeras de vigilância nas quais Jabbar é observado colocando os artefatos no local onde foram encontrados", na Bourbon Street e em outra rua vizinha, declarou Christopher Raia, alto funcionário da agência, em coletiva de imprensa.

O ataque em Nova Orleans

Cerca de 15 pessoas morreram e várias outras ficaram feridas depois que um veículo atropelou uma multidão durante a noite de ano-novo em Nova Orleans. Depois de avançar com a caminhonete em alta velocidade, o motorista trocou tiros com a polícia e morreu.

No carro que o suspeito dirigia foram encontrados uma bandeira do Estado Islâmico, armas e "potenciais dispositivos explosivos improvisados", segundo o FBI, que investiga o ataque como ato de terrorismo.

Ligação com Las Vegas

Inicialmente, havia uma suspeita de que o ataque poderia ter alguma relação com o que aconteceu em Las Vegas, onde um homem explodiu um carro da Tesla em frente a um hotel de Donald Trump, presidente eleito dos EUA que tomará posse em 20 de janeiro.

Tanto Jabbar quanto Matthew Livelsberger, que explodiu o carro em Las Vegas, serviram na mesma base americana como soldados do Exército - Jabbar era veterano e Livelsberger da ativa. E os carros haviam sido alugados por meio do mesmo aplicativo, de acordo com as investigações iniciais. A hipótese, porém, foi descartada pelas autoridades, que dizem que Jabbar agiu sozinho. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

A pessoa que morreu na explosão da picape Cybertruck, da Tesla, em frente a um hotel do presidente eleito do país, Donald Trump, em Las Vegas, era um soldado da ativa do exército americano, de acordo com informações de oficiais dos Estados Unidos à Associated Press. O autor de outro ataque - o atropelamento que matou 15 pessoas em Nova Orleans - também foi do Exércio e serviu na mesma base.

Dois agentes oficiais, que falaram à AP na condição de anonimato, já que não estão autorizados a discutir a investigação em andamento, identificaram a pessoa que estava no carro como sendo Matthew Livelsberger.

Três oficiais dos EUA disseram que Livelsberger era um soldado da ativa do Exército que passou um tempo servindo na base antes conhecida como Fort Bragg, uma instalação gigantesca no Estado da Carolina do Norte, casa das forças especiais do exército. Esses oficiais também falaram em anonimato pois não poderiam discutir a natureza do serviço de Livelsberger.

A explosão da caminhonete aconteceu horas depois de um motorista, de 42 anos, ter atropelado e matado ao menos 15 pessoas na cidade de Nova Orleans, no Estado de Louisiana.

Shamsud-Din Bahar Jabbar, autor do ataque, foi morto pela polícia local. O ataque está sendo investigado como ato terrorista, e as autoridades acreditam que ele não agiu sozinho.

Jabbar era um veterano do exército dos EUA e também passou um tempo na base de Fort Bragg, mas um oficial afirmou à reportagem que, até agora, não há conhecimento sobre uma possível sobreposição nas funções de ambos no local.

As autoridades, porém, buscam saber se há alguma ligação entre os casos, por conta dessa possível proximidade e também pelo fato de os carros terem sido alugados por meio do mesmo aplicativo. (COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS)

Os militares israelenses afirmam que tinham como alvo um membro importante do aparelho de segurança interna do Hamas em um ataque na Faixa de Gaza que, segundo as autoridades palestinas, matou outras nove pessoas, incluindo três crianças.

O ataque atingiu uma tenda em uma zona humanitária declarada por Israel, conhecida como Muwasi, onde centenas de milhares de pessoas deslocadas estão abrigadas em tendas durante o inverno.

Os militares disseram que Hossam Shahwan, um oficial superior da força policial dirigida pelo Hamas em Gaza, esteve envolvido na recolha de informações utilizadas pelo braço armado do Hamas em ataques às forças israelenses.

O major-general Mahmoud Salah, outro alto oficial da polícia, também foi morto no ataque. Os militares dizem que os militantes do Hamas se escondem entre civis e culpam o grupo pelas suas mortes na guerra de quase 15 meses. Fonte: Associated Press