'64 não precisou de ninguém assinar nada', diz Mauro Cid em troca de mensagens

Política
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Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel do Exército Mauro Cid afirmou em troca de mensagens golpistas em que trata do planejamento de um golpe de Estado para manter o então presidente no poder, após perder as eleições de 2022, que em "64 não precisou de ninguém assinar nada".

Na mensagem, Cid se refere ao golpe militar de 1964, que instaurou uma ditadura no Brasil por mais de duas décadas. A mensagem foi apreendida pela Polícia Federal (PF) e integra o relatório entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta terça-feira, 26.

"O problema é que muita gente garganta demais... 64 não precisou ninguém assinar nada...", disse o ex-ajudante de ordens em uma conversa no WhatsApp com o coronel do Exército Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros. Os dois amargavam sobre a falta de apoio das Forças Armadas para a ruptura institucional acontecer. O relatório da PF destaca que Cavaliere inicia a conversa perguntando se "ainda tem algo para acontecer?".

"A análise do telefone celular de Sérgio Cavaliere identificou ainda trocas de mensagens com Mauro Cid, já no ano de 2023, em que há indicativos de que Mauro Cid tinha ciência de que algo ainda estava por acontecer, que no seu entendimento seria bom para o Brasil. O investigado, diante da sensibilidade do conteúdo, visando a supressão de provas, apaga as mensagens enviadas a Sérgio Cavaliere", diz trecho do relatório.

"Fomos covardes, na minha opinião", disse o coronel Cavaliere dia 4 de janeiro de 2023, após ouvir dois áudios enviados e apagados por Cid, que não puderam ser recuperados pela PF. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro concorda, dizendo: "fomos todos. Do PR e os Cmt F", uma provável abreviação para "Presidente da República" e "Comandantes das Forças". Na sequência, o delator afirma que não foi preciso assinaturas para decretar o golpe militar que durou até 1985 no País.

O interlocutor, então, compara os dois golpes: "64 estavam na mesma embromação, até que 1, apenas 1, surtou e botou a tropa na estrada. Daí o efeito cascata. O primeiro que colocar os cães na rua leva o resto. A revolta está imensa", afirmou Cavaliere.

Caso virem réus, Bolsonaro e outros 36 indiciados vão responder pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta e Estado democrático de Direito e organização criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 28 anos de prisão pelos crimes citados.

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O presidente Donald Trump formalizou a nomeação de Stuart Levenbach para o cargo de diretor do Departamento de Proteção Financeira do Consumidor (CFPB na sigla em inglês), segundo registro do Congresso americano. O diretor da agência era Russell Vought.

Stuart ocupava um cargo sênior no escritório de administração e orçamento lidando com questões de recursos naturais e energia, e é um assessor próximo de Russell Vought, o diretor de orçamento da Casa Branca.

Com essa nomeação, Vought se torna chefe de Stuart Levenbach. Essa mudança é vista pelos democratas como uma manobra legal para permitir que Vought permaneça indefinidamente no comando do CFPB enquanto trabalha para desmantelar a instituição. Pela Lei de Vacâncias, Vought só poderia atuar como diretor interino por 210 dias, mas com a indicação formal de um sucessor, esse prazo fica suspenso até que o Senado aprove ou rejeite a confirmação de Levenbach.

O CFPB foi criado em 2008, após a crise financeira, como parte da Lei Dodd-Frank para proteger consumidores de práticas abusivas no sistema financeiro, e tem operado de forma limitada durante grande parte do ano, com muitos funcionários impedidos de trabalhar e a agência focada apenas em desfazer regulamentações implementadas durante o governo Biden. No início de novembro, a Casa Branca anunciou que não pretende retirar fundos do Federal Reserve para financiar a agência após 31 de dezembro, usando uma controversa interpretação legal que condiciona o financiamento do CFPB à lucratividade do Fed.

*Com informações da Associated Press.

O Congresso dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira, 19, um projeto de lei que obriga o Departamento de Justiça a tornar públicos os arquivos do caso Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais.

Após meses de oposição, o presidente dos EUA, Donald Trump, indicou que sancionará o projeto, que foi aprovado por ampla maioria na Câmara e no Senado. Com a assinatura presidencial, o Departamento de Justiça terá 30 dias para liberar os chamados "Epstein files".

O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, destacou que a lei exige "total transparência" do presidente. Schumer afirmou que os democratas estão prontos para reagir caso percebam qualquer tentativa de obstrução à transparência prometida.

A rápida ação bipartidária no Congresso reflete a crescente demanda pública pela divulgação dos arquivos, especialmente devido às conexões de Epstein com líderes globais, incluindo Trump, o ex-presidente Bill Clinton e Andrew Mountbatten Windsor, que perdeu seu título real de Príncipe Andrew por conta do escândalo.

(*Fonte: Associated Press).

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A União Europeia busca alternativas para se desvincular da energia russa, e o Chipre surge como uma solução promissora. O presidente cipriota Nikos Christodoulides disse que parte dos 20 trilhões de pés cúbicos de gás natural descobertos em águas cipriotas pode chegar aos mercados europeus já em 2027, conforme anúncio feito nesta quarta-feira (19).

As reservas cipriotas representam uma fonte significativa de segurança energética para o continente. As atuais quantidades de gás natural de Chipre equivalem aproximadamente a um suprimento de 10 anos do hidrocarboneto que a Rússia transportava para a Europa através do gasoduto Nord Stream, hoje inoperante, com capacidade para alimentar mais de 22 milhões de residências anualmente.

A primeira exportação virá do depósito Cronos, operado pela italiana Eni e francesa TotalEnergies, que será processado no Egito e transportado por navio para a Europa. O consórcio do Cronos deve tomar a decisão final sobre o projeto em 2026, consolidando Chipre como peça-chave na diversificação energética europeia.

(*Fonte: Associated Press).

Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.