Nº de radares dobrará nas rodovias de SP; saiba os modelos e as regiões com mais equipamentos

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O número de radares vai mais que dobrar nas rodovias paulistas até maio. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) assinou nesta sexta-feira, 14, ordem de serviço para a instalação de 649 equipamentos nas estradas estaduais. São Paulo tem 536 radares em operação em suas rodovias concedidas, sendo 524 em estradas concedidas e 12 na malha gerida pelo DER - nestas a fiscalização é feita também pelos radares portáteis operados pela Polícia Militar Rodoviária.

Após a instalação dos 649 radares licitados pelo DER, serão, no total, 1.185 equipamentos de fiscalização de velocidade nas rodovias concedidas e não concedidas do Estado. A definição dos pontos ainda pode sofrer alteração devido a estudos nos locais, a fim de entender a melhor solução de segurança viária para cada ponto.

Quando os equipamentos forem instalados, as localizações com as coordenadas serão publicadas e estarão disponíveis no site do departamento.

Os radares serão instalados em trechos não concedidos da malha paulista. Desde 2021, quando venceram os contratos anteriores, as rodovias estão sem equipamentos de controle de velocidade. Conforme o DER, os locais foram mapeados levando em conta, além do índice de acidentes, fatores como condições geométricas da via, alta velocidade praticada e pontos críticos, como passagem de pedestres e de fauna.

De acordo com o coordenador geral de operações viárias, Ricardo Nascimento, a presença de radares auxilia no respeito aos limites de velocidade, melhorando o tempo de reação dos condutores e atenuando a gravidade dos impactos. Reação tardia e velocidade excessiva estão entre as principais causas de acidentes de trânsito no Brasil.

No Estado de São Paulo, no ano passado, 6.099 pessoas morreram em acidentes no trânsito, 12% a mais que em 2023, segundo dados da plataforma Infosiga, que faz o balanço oficial de ocorrências.

Os novos equipamentos serão capazes de contar automaticamente os eixos dos veículos para fins estatísticos e transmitir em tempo real os dados para uma central do departamento.

O DER optou por não instalar o radar Doppler, conhecido pelo apelido de "anti-migué" por medir a velocidade média de um veículo ao longo de um trecho, flagrando o motorista que tem o hábito de só reduzir a velocidade próximo do radar.

A opção foi por outros dois modelos: o Fixo-Redutor e o Fixo-Controlador.

O radar Fixo-Redutor, que será instalado apenas em locais com maior adensamento urbano, com presença de pedestres e ciclistas, conta com display para mostrar a velocidade do veículo durante a passagem.

Já o radar Fixo-Controlador faz a medição da velocidade sem o uso de display, em trechos rurais, onde a velocidade é maior.

Os dois modelos fazem a verificação por meio de um laço indutivo em ponto fixo, instalado sob o pavimento da rodovia.

O número de radares nas rodovias paulistas foi reduzido sensivelmente em 2021, quando as empresas detentoras dos dispositivos os removeram, após o término dos contratos anteriores. Durante quatro anos, nessas estradas, a fiscalização se resumiu à feita pela Polícia Militar Rodoviária, com radares portáteis levados nas viaturas.

A licitação aberta no governo anterior foi revista no início da atual gestão e um novo processo foi aberto em 2023. Quatro empresas - Splice, Consórcio Paulista de Fiscalização, Consórcio Conecta SP Rodovias e Tecdet - arremataram os 14 lotes licitados para cada diretoria regional do DER, no valor de R$ 83,7 milhões.

As estradas da região metropolitana de São Paulo terão 124 equipamentos, enquanto a região de Campinas vai ganhar 85.

As demais regiões com novos radares são as de:

Taubaté (66 pontos),

Rio Claro (61),

Itapetininga (49),

Presidente Prudente (43),

Cubatão (43),

Assis (34),

São José do Rio Preto (34),

Ribeirão Preto (30),

Bauru (29),

Barretos (22),

Araraquara (15),

Araçatuba (14)

Entre as rodovias, a SP-055, que liga Ubatuba, no litoral norte, a Peruíbe, no litoral sul, terá 41 novos pontos de fiscalização de velocidade. No corredor Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga serão 25 radares.

A Raposo Tavares, que liga São Paulo ao sudoeste paulista, contará com 22 novos equipamentos de medição e a Luiz de Queiroz (SP-304), na região de Piracicaba, contará com mais 16.

Em outra categoria

Passado um século desde o nascimento de Riley Ben King, a emoção não acabou - ao contrário do que ele cantava na chorosa obra-prima do blues The Thrill Is Gone. B.B. King (1925-2015), que faria 100 anos nesta semana, ainda é reverenciado e redescoberto por novas gerações. Entre os maiores guitarristas da história, o homem que deixou a miséria dos campos de algodão no sul dos EUA conquistou o mundo com as notas aconchegantes de sua Gibson Les Paul, apelidada de Lucille.

Quem visita o Bourbon Street Music Club, no bairro paulistano de Moema, logo se depara com o instrumento (autografado) exposto como um artefato sagrado que evoca o espírito do padrinho da tradicional casa de shows inspirada em Nova Orleans, berço do jazz nos EUA, e idealizada pelo empresário Edgard Radesca e outros três sócios: Luiz Fernando Mascaro, Clóvis César e Edmilson Santill.

Tudo começou em 1993, quando o grupo precisava de um grande nome para inaugurar o Bourbon. Mesmo sem dinheiro, o gestor conseguiu o contato do escritório do astro e descobriu que ele faria uma turnê na América do Sul. Organizou, então, uma vaquinha entre amigos para tentar contratá-lo. Sem muitas esperanças, fizeram uma oferta e, dias depois, foram surpreendidos com a notícia de que o valor daria para que King realizasse quatro apresentações no local.

"Foi um acontecimento. Depois disso, ele veio mais sete vezes até a sua morte. Viramos representantes dele no Brasil", diz o sócio de 78 anos. Radesca passou a organizar concertos do Rei do Blues fora do Bourbon, em outras capitais brasileiras e até em Buenos Aires. "Ao todo, foram 41 shows. Estive com ele em todos", afirma o empresário.

HISTÓRIAS. Com isso, a relação frutífera entre contratante e contratado se transformou em amizade e gerou histórias inesquecíveis. Certa vez, Radesca recebeu King para almoçar em sua casa horas antes de um show. O cardápio, preparado por Célia, mulher de Radesca, incluía peixe, frango assado e muitas frutas.

"Naquele dia, ele adorou as mangas, comeu bastante. De noite, quando começou o show, tudo corria normalmente até que ele deixou o palco. Eu nunca o tinha visto fazer aquilo, então eu saí da minha mesa e corri para o camarim. Ele estava no banheiro. Enquanto isso, a banda seguia tocando. Então, ele saiu, voltou ao palco, abriu um sorrisão e, esfregando a barriga, disse: 'Manga...'", conta o diretor do Bourbon.

B.B. King morreu em maio de 2015, aos 89 anos, após ter sofrido com AVCs, diabete, Alzheimer e problemas cardíacos. Radesca fez questão de comparecer ao funeral público em Las Vegas, cidade onde o artista residia, antes da cerimônia mais privada no Mississippi, sua terra natal.

Dudu Camargo teve a cabeça mordida por um cavalo na Baia de A Fazenda 17. Sentado no chão, ele estava junto de Tamires Assis, que fazia carinho no cavalo, quando gritou após a boca do animal chegar à sua cabeça. "Ele me mordeu. Não é cavalo da paz, não. Não foi nem o cabelo, foi a cabeça. Senti o peso da mordida. Ele é treinado para isso", disse.

A nova temporada do reality show trouxe uma novidade: a presença de dois participantes infiltrados, chamados de "impostores". A apresentadora Adriane Galisteu revelou que Matheus Martins e Carol Lekker foram os escolhidos para cumprir essa missão e realizar atividades especiais indicadas pela produção no reality. Na próxima terça-feira, 23, os peões terão de votar para tentar identificar quem são os infiltrados dentro da sede.

A Fazenda 17 é exibida de segunda a sábado, às 22h30, e aos domingos, às 23h, na Record.

O cineasta Kleber Mendonça Filho receberá um prêmio do Critics Choice Awards, a maior associação de críticos de cinema da América do Norte, por sua direção do longa O Agente Secreto. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 17, por meio das redes sociais da organização. No dia 24 de outubro deste ano, a associação celebrará a quarta edição do Critics Choice Celebration of Latino Cinema and Television. O evento busca divulgar e celebrar a produção audiovisual vinda da América Latina e de seus descendentes.

"Kleber Mendonça Filho receberá o Prêmio de Direção por seu trabalho em O Agente Secreto", afirmou o comunicado divulgado à imprensa. "O cineasta brasileiro recentemente recebeu o prêmio de Melhor Diretor no 78º Festival de Cannes pelo filme, além de ter recebido o Prêmio da Crítica Internacional FIPRESCI." Além do diretor brasileiro, outros nomes de artistas latinos também serão homenageados no evento - a atriz America Ferrera, os atores Oscar Isaac, Anthony Ramos e Gabriel Luna, entre outros.

No ano passado, a atriz Fernanda Torres foi homenageada no mesmo evento por sua atuação em Ainda Estou Aqui. A homenagem ao cineasta pernambucano, então, se prova como mais um passo certeiro de O Agente Secreto em direção ao Oscar 2026. Na última segunda-feira, 15, o longa foi escolhido para disputar a indicação brasileira ao Oscar de Melhor Filme Internacional. Para além disso, o filme venceu dois prêmios no Festival de Cannes e vem sendo bastante elogiado pela crítica internacional.

Nos Estados Unidos, a mídia norte-americana coloca o longa como provável candidato em cinco categorias - Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Internacional. Na trama da obra, ambientada durante a ditadura militar brasileira, Marcelo (Wagner Moura) é um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta ao Recife em busca de paz. Ele, no entanto, logo percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura.