Após marcar leve baixa na abertura desta segunda-feira, 28, o dólar ganha força moderada ante o real no mercado à vista, seguindo o ajuste externo frente alguns pares emergentes, como peso mexicano, peso colombiano, rublo, lira turca e rand sul-africano em meio ao tombo dos preços do petróleo. A commodity perdia cerca de 6% mais cedo, após ataque limitado de Israel contra o Irã. Mas o minério de ferro subiu 2,35% na China nesta segunda-feira. Os investidores mantêm o ceticismo em relação ao plano de corte de gastos que a equipe econômica promete anunciar nos próximos dias.Uma nova rodada de aumento das projeções de inflação no boletim Focus pesa também assim como o avanço leve dos juros dos Treasuries, em especial nos vencimentos mais longos.
O Focus mostrou que a projeção suavizada do IPCA 12 meses à frente subiu mais uma vez, desta vez de 4,01% para 4,04%. A mediana do índice para 2024 subiu de 4,50% para 4,55%, já acima do teto da meta. Para 2025, a mediana foi ajustada marginalmente, de 3,99% para 4%. As projeções para a taxa Selic, no entanto, não foram alteradas. As medianas seguiram em 11,75% para 2024 e 11,25% para 2025.
Sem indicadores na agenda do dia, os investidores devem acompanhar uma reunião do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, com investidores em Londres, enquanto aguardam o anúncio do plano de corte de gastos prometido pela equipe econômica para os próximos dias. Ao longo da semana, serão conhecidos também os resultados do Caged, Pnad Contínua, Governo Central e do setor público consolidado. Nos EUA, haverá publicações de PIB, índice de preços dos gastos com consumo (PCE) e o relatório de empregos payroll.
No exterior, o iene é pressionado ante o dólar, após o partido do primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, perder a maioria parlamentar na eleição do fim de semana. A incerteza política coloca em xeque o aumento de juros pelo Banco do Japão, que anuncia decisão de política monetária nesta quinta-feira.
Às 9h41 desta segunda, o dólar à vista subia 0,08%, a R$ 5,7094. O dólar para novembro cedia 0,02%, a R$ 5,7125.
Dólar sobe com petróleo fraco e à espera de corte de gastos
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