No Centro das Atenções
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) concluiu em março a retirada de cabras da Ilha Santa Bárbara, no arquipélago de Abrolhos, extremo sul da Bahia. Elas serão estudadas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Embrapa devido à capacidade de adaptação à escassez hídrica.
Segundo o ICMBio, a remoção foi necessária pelo impacto ambiental causado pelos animais exóticos, que habitavam a ilha havia mais de 200 anos. Elas viviam isoladas e conseguiram sobreviver mesmo com a ausência de fontes de água doce no local.
As primeiras cabras teriam sido levadas para Abrolhos por navegadores como garantia de subsistência durante expedições, ainda no período da colonização, conforme uma publicação na página da Uesb. O arquipélago foi visitado pelo naturalista Charles Darwin em 1832.
A operação seguiu o plano de manejo elaborado pelo ICMBio em 2023, retirando 27 caprinos em três expedições realizadas desde janeiro. Além do órgão federal, contou com a participação da Marinha, da Embrapa, da Uesb e da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).
De acordo com o instituto, as cabras tinham um impacto sobre a vegetação e o solo da ilha e também interferiam na reprodução das aves marinhas, que utilizam o arquipélago como "berçário".
Erradicar as espécies exóticas foi considerado crucial para a regenerar da vegetação da Ilha Santa Bárbara e proteger as sete espécies de aves marinhas que se reproduzem em Abrolhos, incluindo a grazina-do-bico-vermelho, espécie ameaçada que tem sua maior colônia no arquipélago.
"No passado, os caprinos serviam como fonte de proteína animal. Atualmente, com os recursos da vida moderna e o apoio logístico prestado bimestralmente pela Marinha aos militares que guarnecem a Ilha de Santa Bárbara, a presença dos animais tornou-se desnecessária", afirma o Capitão de Fragata Douglas Luiz da Silva Pereira, da Marinha, que geriu a operação.
Segundo a publicação de 2024 do governo federal Monitoramento da biodiversidade para conservação dos ambientes marinhos e costeiros, o órgão já vinha trabalhando pela erradicação de roedores em Abrolhos, também invasores, por arranharem e comerem ovos das aves.
O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos foi o primeiro parque marinho estabelecido no Brasil, em 1983, e abriga a formação de recifes de corais rasos (a menos de 20 metros de profundidade) mais diversa e extensa do País. Além de Santa Bárbara, a única habitável e localizada a cerca de 65 km de Caravelas (BA), Abrolhos é composto pelas ilhas Redonda, Siriba, Sueste e Guarita.
'Tesouro genético'
O campus da Uesb em Itapetinga, no interior da Bahia, recebeu 21 cabras de Abrolhos. Elas foram colocadas em quarentena e estão sendo monitoradas para garantir a adaptação ao continente e o isolamento de outros rebanhos, já que são sensíveis a doenças e parasitas. As cabras são consideradas um "tesouro genético" pelos pesquisadores da universidade.
Para Ronaldo Vasconcelos, professor do curso de zootecnia da universidade, a adaptação pode ter relação com características específicas do DNA da espécie. O objetivo dos cientistas é confirmar a singularidade genética dessas cabras e entender os genes responsáveis pela resistência à falta de água potável.
Confirmada essa singularidade, Uesb e Embrapa devem dar início a um plano de conservação para ampliar o rebanho, armazenar material genético (sêmen e embriões) e distribuí-lo para produtores rurais.
Os estudos podem beneficiar a criação desses animais em um semiárido cada vez mais seco devido à mudança do clima. A criação de cabras é uma das principais atividades econômicas e de subsistência da população que habita a Caatinga, sendo muitas vezes a única fonte de proteína para famílias de baixa renda.
"Esses genes podem melhorar o desempenho de animais do continente, tornando-os mais resistentes em áreas com escassez de água. Além disso, esse material genético pode ser valioso para pequenas propriedades rurais", disse o professor de zootecnia ao portal da Uesb.
Mais notícias
Em outra categoria
Vale Tudo estreia nesta segunda-feira, 31. O remake traz diversos personagens já conhecidos do público, em versões adaptadas com algumas diferenças. Confira abaixo quem é quem e os principais nomes do elenco da novela.
Entre os protagonistas estão Raquel (Taís Araújo) e Maria de Fátima (Bella Campos). Mãe e filha, vivem em Foz do Iguaçu. Interessada em ascender socialmente e encantada por César (Cauã Reymond), ela vai ao Rio de Janeiro após pegar a maior parte da herança deixada pelo avô, Salvador (Antonio Pitanga).
Sua mãe, então, vai atrás da filha e se muda para a capital fluminense, em Vila Isabel, onde encontrará personagens diversos, como Poliana (Matheus Nachtergaele) e Aldeíde (Karine Teles). Ela também se apaixonará por Ivan (Renato Góes), funcionário que aceita um cargo baixo cargo na empresa TCA, mas almeja voos maiores.
Também vivem na região Consuelo (Belize Pombal), Jarbas (Leandro Firmino), André (Breno Ferreira), Jessica Marques (Daniela), Lucimar (Ingrid Gaigher), Vasco (Thiago Martins), Jorginho (Rafael Fuchs) e Gilda (Letícia Vieira).
Os Roitman e TCA
O núcleo da família Roitman envolve os donos da empresa TCA, sendo focados principalmente na figura de Odete (Débora Bloch), que vive fora do Brasil e acaba tendo que retornar ao País que detesta em determinado momento da trama. Marco Aurélio (Alexandre Nero), ex-marido de Heleninha (Paolla Oliveira), é quem comanda as coisas na empresa, tendo Freitas (Luis Lobianco) como braço direito.
Marco e Helena, que tem problemas com o alcoolismo, são pais do jovem Tiago. Ainda há espaço no núcleo para Afonso (Humberto Carrão), outro filho de Odete Roitman, e Celina (Malu Galli), a quem a matriarca tem confiança, e o mordomo Eugênio (Luis Salém).
Agência Tomorrow
Ainda há destaque para a Agência Tomorrow - na versão original de Vale Tudo, uma revista de moda - que gerencia conteúdos de influenciadores. Lá trabalham Renato (João Vicente), Solange (Alice Wegmann), Sardinha (Lucas Leto), Marieta (Cacá Ottoni) e Suzana (Bruna Aiiso).
Personagens e atores do elenco de 'Vale Tudo'
- Raquel (Taís Araújo)
- Maria de Fátima (Bella Campos)
- Ivan (Renato Góes)
- Afonso Roitman (Humberto Carrão)
- Odete Roitman (Débora Bloch)
- Helena Roitman (Paolla Oliveira)
- Tiago Roitman (Pedro Waddington)
- Marco Aurélio Roitman (Alexandre Nero)
- Freitas (Luis Lobianco)
- Carlos (Felipe Ricca)
- Cecília (Maeve Jinkings)
- Aldeíde (Karine Teles)
- Poliana (Matheus Nachtergaele)
- Celina (Malu Galli)
- César (Cauã Reymond)
- Consuelo (Belize Pombal)
- Daniela (Jessica Marques)
- Mordomo Eugênio (Luis Salém)
- Eunice (Edvana Carvalho)
- Fernanda (Ramille)
- Flávia (Ywyzar Guajajara)
- Gilda (Letícia Vieira)
- Jarbas (Leandro Firmino)
- Jorginho (Rafael Fuchs)
- Laís (Lorena Lima)
- Leila (Carolina Dieckmann)
- Luciano (Licínio Januário)
- Lucimar (Ingrid Gaigher)
- Marieta (Cacá Ottoni)
- Renato (João Vicente de Castro)
- Rubinho (Julio Andrade)
- Sardinha (Lucas Leto)
- Olavo (Ricardo Teodoro)
- Solange (Alice Wegmann)
- Vasco (Thiago Martins)
- Suzana (Bruna Aiiso)
- André (Breno Ferreira)
- Bartolomeu (Luis Melo)
- Bruno Meireles (Miguel Moro)
Preta Gil participou do Domingão Com Huck deste domingo, 30. Ela cantou duas músicas, Brasil (tema da novela Vale Tudo) e Sinais de Fogo. A artista também falou sobre seu estado de saúde - ela passa por tratamentos após diagnóstico de um câncer no intestino em 2023.
A cantora foi elogiada por Luciano Huck: "Você está dando uma lição de vida para muita gente que está enfrentando o câncer. Você virou farolete, luz, de que dá para enfrentar com um sorriso, força, mesmo quando tudo parece estar muito escuro. Vou falar um palavrão. Você é f***, Preta. Que bom que está aqui."
Preta Gil fez um discurso emocionado: "Obrigada. Só gratidão de poder estar passando pelo que estou passando, que não é fácil, com apoio da minha família, dos amigos, dos médicos, podendo me tratar com dignidade."
"Agora entro numa fase difícil, complicada. Porque aqui no Brasil a gente já fez tudo que podia. Agora as minhas chances de cura estão fora do Brasil, é para lá que eu vou para voltar para cá curada e poder voltar a fazer o que amo, voltar a cantar, vir aqui, ser jurada, brincar com minha neta, meus sobrinhos, ver o meu filho."
"Tenho muita coisa a fazer aqui, nessa vida. Então me recuso a aceitar que se findou para mim agora. Acho que ainda tenho uma caminhada. Fé, ciência e amor. Acreditar nas novas oportunidades que tem fora do Brasil. Se tenho esse privilégio, e sei que sou uma mulher privilegiada e tenho essa condição, eu vou, porque tenho muito amor à vida, a isso aqui. Sei que temos que aprender a lidar com a finitude", concluiu Preta Gil.
O Lollapalooza Brasil já não é mais o mesmo. Se antes um público alternativo desembolsava uma boa grana para assistir às maiores bandas indie dos anos 2010, agora o festival se tornou mais mainstream com os principais nomes do pop.
Mas, neste domingo, 30, a banda Foster The People levou o Lollapalooza "raiz" ao Palco Budweiser, o principal do festival, ao se apresentar pela quinta vez no Brasil. O grupo é um dos principais nomes da leva indie de 15 anos atrás e tocou no palco antes de Justin Timberlake.
Estava claro que era Timberlake a quem o público esperava. Em grande parte do show, os presentes assistiam à apresentação da banda norte-americana de braços cruzados, tiravam fotos ou aproveitavam para descansar depois de um dia intenso.
O Foster The People resolveu fazer o "arroz com feijão". Recentemente, o grupo lançou o álbum Paradise State of Mind com o mesmo estilo contagiante e as letras sombrias de Mark Foster. Mesmo com apenas Mark sobrando da formação original, a banda optou por concentrar boa parte do setlist em seu primeiro disco de estúdio, Torches.
Mas nem a nostalgia foi suficiente para puxar a plateia. Até pérolas como Sit Next To Me fizeram o público permanecer indiferente.
Mark até tentou arriscar frases em português - com direito a "obrigado" e "cantem comigo". Foi apenas com a controversa Pumped Up Kicks, que já fez a banda até cogitar a deixar de tocá-la nos shows pela letra que descreve um ataque em uma escola, que a plateia se juntou e elevou os celulares para filmar cada segundo.
Com o show, a banda mostrou que ainda é interessante: abusou de intervalos instrumentais e de efeitos de voz. Tocou também a ótima Lost In Space, do novo álbum.
Ficou claro, porém, que o público do festival não é mais o mesmo da última década. "Oito anos é muito tempo", disse Mark pouco antes do fim do show sobre o tempo em que a banda demorou para voltar ao País. Ele está certo.