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Dados do IBGE que constam do boletim da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (ABRAPE) indicam que o segmento movimentou R$ 103,49 bilhões entre janeiro e setembro, o maior valor desde o início da série histórica
De acordo com o mais recente Radar Econômico, boletim elaborado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (ABRAPE), o consumo no setor de eventos de cultura e entretenimento alcançou R$ 103,49 bilhões entre janeiro e setembro de 2025. O resultado representa um crescimento de 3,9% em relação ao mesmo período de 2024 e corresponde ao maior valor da série histórica, iniciado em 2019. Em setembro, o consumo estimado foi de R$ 11,81 bilhões.
A estimativa de consumo tem como base os indicadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O cálculo considera o peso do item “Recreação” no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que reflete os gastos das famílias com lazer, cultura e eventos, combinado à massa de rendimento real apurada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
A metodologia permite estimar o volume de recursos movimentados pelo setor de eventos a partir do comportamento do consumo das famílias e da renda disponível na economia.
Empregos O boletim apresenta, também, dados sobre o emprego formal. Segundo informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), compiladas pela ABRAPE, o estoque de empregos formais no core business do setor está 77,5% acima do nível de 2019. No hub setorial, que reúne atividades impactadas indiretamente pelos eventos, o crescimento é de 23,4% em relação ao período pré-pandemia.
O Radar Econômico da ABRAPE utiliza dados do IBGE, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Receita Federal para acompanhar o desempenho do setor de eventos no Brasil, com foco em indicadores de consumo, emprego e atividade econômica.
Congresso Profissionais, empresários e líderes do show business nacional e internacional têm encontro marcado nos dias 11 e 12 de novembro de 2025 para a 10ª edição do Congresso Brasileiro dos Promotores de Eventos (CBPE), promovido pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (ABRAPE). A venda de ingressos está disponível no site oficial do evento (https://cbpe.abrape.com.br/).
Entre os destaques da programação, o congresso trará nomes de peso que prometem inspirar e provocar reflexões sobre o momento atual do país e os caminhos do setor. No dia 11 de novembro, às 11h, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, abre a programação com a palestra “Desafios Econômicos e Políticos do Brasil”, abordando os rumos institucionais e as perspectivas que influenciam diretamente o ambiente de negócios e o setor de eventos.
Ainda no mesmo dia, às 14h, o campeão olímpico e recordista mundial de Natação Cesar Cielo apresenta “101%: Em busca do extraordinário”, uma conversa inspiradora sobre performance, disciplina e mentalidade de alto rendimento, com paralelos entre o esporte e a gestão de resultados em qualquer área profissional.
Já no dia 12 de novembro, às 11h, o economista e apresentador Ricardo Amorim encerra os painéis do palco principal com “Perspectivas Econômicas do Brasil”, trazendo uma análise sobre o cenário nacional e global, com foco nas oportunidades e desafios para os empreendedores e profissionais do entretenimento ao vivo.
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O consumo de eletricidade no Brasil deve ser de 81.302 megawatts médios (MWmed) em 2025, montante que representa uma alta anual de 1,58%, segundo estimativas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgadas nesta quinta-feira, 27. A projeção é inferior que a anterior, de 82.389 MWmed, que equivaleriam, se confirmadas, a um aumento anual de 2,94%.
No recorte para o próximo mês, o ONS estima uma carga de 82.225 MWmed, elevação de 2,7% em relação ao verificado em dezembro de 2024. Assim como nas expectativas para o ano, as projeções para dezembro também foram reduzidas. Antes, o ONS esperava um consumo de 82.657 MWmed no País, que representariam uma alta anual de 3,3%.
Segundo técnicos do ONS informaram durante reunião do Programa Mensal de Operação (PMO), que está em andamento nesta tarde, a diminuição nas projeções do SIN como um todo tem forte relação com o comportamento da carga no submercado Sudeste/Centro-Oeste, principal centro de carga do País, onde as temperaturas mais baixas afetaram o consumo de eletricidade nos grandes centros ao longo do segundo semestre.
Nestas regiões, a previsão de carga para o ano agora é de 45.576 MWmed, alta anual de 0,48%. Antes, o ONS estimava uma alta de 2,19% na mesma base de comparação, com um consumo de 46.351 MWmed. Já no recorte para dezembro, o ONS espera um consumo de 45.557 MWmed, aumento anual de 0,8%, mantendo os números previstos anteriormente.
No Sul, o ONS espera um consumo de 14.011 MWmed no ano, aumento anual de 2,26%, portanto, menor que os 3,57% previstos anteriormente. Para dezembro, a previsão é de 14.097 MWmed, ampliação anual de 5,2%. Antes, o Operador esperava uma alta de 8,5% em comparação com o último mês de 2024.
No Nordeste, o ONS estima uma carga de 13.426 MWmed para 2025, alta anual de 1,85%. Antes, a previsão era de aumento de 2,89% ante 2024. No recorte de dezembro, a expectativa foi mantida em 13.923 MWmed consumidos, alta de 2,5% frente ao último mês do ano passado.
Por fim, no Norte, a previsão é de um consumo de 8.289 MWmed no ano, aumento anual de 6,36%. O subsistema é o único no qual a previsão subiu, antes esperava-se uma alta de 6,28% em relação a 2024. Em dezembro, a carga esperada continua é de 8.628 MWmed, aumento anual de 9,8%.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta quinta-feira, 27, que a autoridade monetária está "contente" com o câmbio flutuante como linha de defesa. Sobre a possibilidade de uma forte saída de dólares no fim deste ano, por antecipação de remessas de dividendos após a aprovação das mudanças no Imposto de Renda (IR), ele afirmou apenas que a autarquia monitora o mercado.
"O Banco Central é muito contente com a linha de defesa do câmbio flutuante, ele segue acompanhando os indicadores para saber quando que se faz necessário, por algum tipo de disfuncionalidade, fazer algum tipo de intervenção. Mas nada que a gente tenha de diferente do que já aconteceu nos outros anos", disse o banqueiro central, durante um evento da Itaú Asset.
Segundo Galípolo, a preocupação do ponto de vista da política cambial é que a nova regra da tributação de dividendos seja compreendida por todos os agentes.
O presidente do Banco Centra relembrou no evento que a partir do "liberation day" houve uma perda mais acentuada do valor do dólar, por hedge.
Ele ponderou que inicialmente o movimento parecia ser uma saída de exposição aos Estados Unidos, mas que gradativamente foi se revelando mais uma posição para se proteger da desvalorização do dólar, mas sem sair dos ativos americanos. "Até porque o tamanho do mercado de títulos é incontornável nos Estados Unidos", disse.
Galípolo ponderou que, em sua visão, a concentração no mercado de equities é anterior a esse movimento e disse que cada vez mais faz sentido comprar uma empresa no mercado emergente e fazer a abertura nos Estados Unidos. "Você vê menos IPO não só no Brasil, me parece."
Títulos soberanos
O presidente do Banco Central afirmou que há uma redução na demanda por títulos soberanos no mundo, com uma alta na oferta. O banqueiro central classificou esse desbalanceamento como estrutural.
"Você tem uma redução na demanda, seja por questões demográficas, envelhecimento de população e fundos de pensão tradicionais japoneses ou de outros países vão reduzindo a demanda gradativamente, e por outro lado você tem um aumento de oferta, seja porque você teve um juros mais alto, seja porque você teve um aumento de endividamento, que vem provocando uma dificuldade na trajetória das dívidas dos diversos países e isso permanece ali", afirmou Galípolo.
O Congresso Nacional passou a analisar, em sessão conjunta nesta quinta-feira, 27, o Projeto do Congresso Nacional (PLN) 14/2025, que abre crédito suplementar de R$ 42,2 bilhões no Orçamento de 2025 para garantir o pagamento de benefícios previdenciários e do programa Bolsa Família até o fim do ano.