No Centro das Atenções
Um levantamento da Rakuten Advertising indica aumento expressivo nas vendas online de eletrônicos impulsionadas por anúncios digitais durante a Black Friday 2023. A estimativa, que se refere às vendas impulsionadas por uma rede de afiliados (produtores de conteúdo que veiculam publicidade em troca de comissões por venda ou clique), é de um crescimento de 76% nesse nicho em relação ao mesmo período do ano passado
O e-commerce hoje funciona como uma solução para muitos consumidores em busca de maior praticidade e preços acessíveis. Segundo a Rakuten Advertising, nesse ano, o comércio eletrônico deve atingir mais de 10% do total de vendas no varejo no Brasil, consolidando a sua posição como um canal de vendas vital para esse mercado.
As previsões da companhia indicam que o comércio eletrônico no Brasil continuará crescendo a uma taxa anual de dois dígitos até 2027, o que manterá o mercado brasileiro de e-commerce entre os dez principais do mundo.
'Esse importante insight reflete o alto engajamento contínuo dos consumidores brasileiros nas vendas online, um canal cada vez mais visto como opção preferida para um número crescente de shoppers em todo o país', diz Evelin Amaral, Diretora de Client Services da Rakuten Advertising. 'Neste fim de ano, o e-commerce irá novamente desempenhar um papel central na jornada de compra dos brasileiros, especialmente durante a Black Friday e a CyberWeek,' afirma.
Tendências de compra por categorias
Pesquisa recente da Rakuten Advertising aponta que 9 dos 10 melhores dias de venda do ano acontecem durante a Black Friday, em novembro. Considerando as compras por categorias, a empresa realizou uma análise sobre o comportamento no comércio eletrônico no segundo trimestre de 2023, como forma de antever prováveis movimentos de compra durante a Black Friday desse ano.
A categoria de moda registrou um crescimento de 12% nos cliques e 9% nas vendas ao longo do segundo trimestre, confirmando que as compras e gastos permaneceram robustos no período. No entanto, o número de pedidos diminuiu em comparação ao ano passado.
Já na vertente de beleza, as vendas continuaram em alta, com um aumento de 79% no mesmo período em relação a 2022. Os cliques também aumentaram em 21%, enquanto o número de pedidos cresceu 13% no mesmo recorte.
Nas lojas de departamento, uma das principais verticais na rede brasileira, foi registrado um crescimento constante em todas as métricas considerando apenas as transações via internet, à exceção do valor médio do pedido (AOV)
'Notamos uma transformação significativa nas estratégias dos afiliados. Indo além do último clique, eles agora influenciam em toda a jornada do consumidor, desde a conscientização pré-Black Friday até a compra, resultando em um aumento expressivo de 43% na conversão de tráfego dos nossos parceiros”, diz Bruna Nobre, Head of Publisher Development da Rakuten Advertising.
A profissional ainda destaca o crescimento contínuo na categoria de influenciadores, com ênfase em reviews e comparações de produtos. “Essa abordagem orienta usuários em busca de informações e do melhor custo-benefício, estabelecendo uma dinâmica de confiança e fornecendo informações valiosas', afirma.
Para as vendas online nessa Black Friday, a expectativa é de que os varejistas novamente adotem uma abordagem estratégica. “O enfoque será em atividades promocionais e programas de fidelização para atrair e reter clientes', conclui Evelin.
Crescimento de afiliados
Em 2022, a Rakuten Advertising registrou crescimento de 88% nas vendas intermediadas por anúncios online veiculados dentro de sua rede de afiliados no Brasil. Analisando as estratégias de conversão, os afiliados de cashback foram os que mais se destacaram, concentrando a maior parte do market share durante períodos de pico nas vendas.
A diversificação de estratégias ao longo do funil contribui para investimentos mais planejados e assertivos dos anunciantes, minimizando riscos e variando as fontes de tráfego. A figura do influenciador também funciona como peça fundamental de validação de compra. Segundo pesquisa do Google Insights, 70% dos adolescentes em todo o mundo confiam mais em influenciadores de nicho do que em “celebridades” de alcance nacional ou global.
Uma recente pesquisa da Rakuten Advertising destacou a força de influenciadores do nicho de beleza, sendo responsáveis por um crescimento de 73% dessa vertente de janeiro a junho de 2023. Outras categorias como saúde e bem-estar, lojas de departamento e viagens também se destacam ao terem as vendas impulsionadas por meio do marketing de influência.
“Pensar no influenciador de forma estratégica, alocando criadores de conteúdo no início do funil, por exemplo, para educar seu consumidor, garante uma jornada mais fluida do cliente, que chega ao último clique sem dúvidas de que está fazendo um bom negócio”, afirma Evelin.
Estímulos no fim do funil de vendas, como cashback e programas de pontuação para fidelizar o cliente, são outras dicas da executiva. Mas, segundo ela, essa prática também funciona no meio de funil, pois pode influenciar positivamente o consumidor no momento em que ele compara e analisa o produto em relação à concorrência.
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O navio navegará uma rota marítima entre a Noruega e a Alemanha e operará entre Oslo, Porsgrunn, Hamburgo e Bremerhaven. A partir de 2026, as empresas norueguesas poderão comercializar seus produtos com baixas emissões de carbono dentro e fora da Noruega, informaram os envolvidos em nota.
A Yara International, empresa química norueguesa que produz fertilizantes, participa como proprietária da carga. "O fertilizante produzido em Porsgrunn será transportado sem emissões para a Alemanha, reduzindo as emissões do escopo 3 em 11 mil toneladas de CO2 por ano", diz a nota.
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A parceria busca incentivar combustíveis de baixo carbono para possibilitar cortes nas emissões do transporte marítimo.
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"Assuma a responsabilidade de que os países ricos não querem fazer um acordo na perspectiva de fazer qualquer concessão. É sempre ganhar mais. E nós não somos mais colonizados. Nós somos independentes. E nós queremos ser tratados com respeito como países independentes, que temos coisas para vender. E as coisas que nós temos para vender têm preço. O que nós queremos é um certo equilíbrio", argumentou o presidente.
O presidente brasileiro afirmou que o país não vai facilitar a cláusula sobre compras governamentais no acordo com a União Europeia. "Queremos que o PIB do Brasil cresça", disse. E advertiu: "O Brasil não vai fechar acordo com a UE para tomar prejuízo". O presidente disse que o governo terá uma reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen. "Vamos ver o que vai acontecer", disse.
Lula partiu de Dubai na manhã deste domingo (madrugada no Brasil) rumo à Alemanha, onde terá uma rodada de encontros com o primeiro-ministro do país, Olaf Scholz, e com o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier. Entre os integrantes da comitiva de Lula estão o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
A participação do presidente brasileiro na COP-28 marcou uma tentativa do país de retomar o protagonismo internacional na agenda climática, área na qual o país exercia forte influência global durante os governos petistas. Na sexta-feira, Lula foi um dos três líderes a discursarem na conferência de abertura da COP-28. Apenas o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed; o rei Charles III do Reino Unido; e Lula falaram na primeira plenária.
Altman, que ajudou a fundar a OpenAI como um laboratório de pesquisa sem fins lucrativos em 2015, foi destituído do cargo de CEO foi demitido em 17 de novembro, em uma saída repentina e sem maiores explicações que surpreendeu o setor. E embora ele tenha logo sido reintegrado à função, poucos dias depois, muitas questões permanecem no ar.
Se você está chegando agora à saga da OpenAI e tentando entender o que está em jogo para todo o espaço da inteligência artificial, você veio ao lugar certo. Aqui está um resumo do que é preciso saber.
Quem é Sam Altman e como ele alcançou a fama?
Altman é cofundador da OpenAI, uma empresa com sede em São Francisco que está por trás do ChatGTP (ele mesmo, o chatbot que parece estar por toda parte atualmente, das escolas às instituições de saúde).
A explosão do ChatGPT desde sua chegada, um ano atrás, colocou Altman no centro das atenções da rápida comercialização da inteligência artificial (IA) generativa - que pode produzir novas imagens, textos e outros tipos de mídia. E ao se tornar a voz mais procurada do Vale do Silício para falar sobre as promessas e os potenciais riscos dessa tecnologia, ele ajudou a transformar a OpenAI em uma startup de renome mundial.
Mas seu cargo na empresa enfrentou reviravoltas difíceis no turbilhão das últimas semanas. Altman foi demitido como CEO na sexta-feira, 17 e, dias depois, estava de volta ao posto com um novo conselho administrativo.
Nesse período, a Microsoft, que investiu bilhões de dólares na OpenAI e tem direitos sobre a tecnologia já existente, ajudou a impulsionar o retorno de Altman e o contratou rapidamente, e também a outro cofundador e ex-presidente da OpenAI, Greg Brockman, que se demitiu em protesto após a destituição do CEO. Enquanto isso, centenas de funcionários da OpenAI ameaçaram se demitir.
Altman e Brockman comemoraram sua volta à empresa com publicações na X, a plataforma anteriormente conhecida como Twitter, na manhã de quarta-feira, 29.
Por que sua destituição - e seu retorno - importam?
Ainda há muito que não se sabe sobre a remoção inicial de Altman. O anúncio da sexta-feira, 17, dizia que ele "não era consistentemente sincero em sua comunicação" com o então conselho administrativo, que, porém, se recusou a oferecer detalhes mais específicos.
A despeito disso, a notícia repercutiu em todo o mundo da IA - e, como a OpenAI e Altman são atores tão relevantes nesse espaço, isso poderia criar questões de confiabilidade em relação a uma tecnologia em crescimento que ainda desperta dúvidas em tantas pessoas.
"O episódio da OpenAI mostra como o ecossistema da IA ainda é frágil, inclusive em relação aos riscos da IA", diz Johann Laux, especialista do Instituto de Internet de Oxford com foco na supervisão humana sobre a inteligência artificial.
A turbulência também acentuou as diferenças entre Altman e integrantes do antigo conselho administrativo da empresa, que manifestaram opiniões diversas sobre os riscos de segurança trazidos pela IA à medida que a tecnologia avança.
Muitos especialistas consideram que todo esse drama só reforça como as decisões sobre a regulação da IA deveriam estar sendo tomadas pelos governos, e não pelas grandes empresas de tecnologia, principalmente em relação a tecnologias de desenvolvimento rápido como a IA generativa.
"Os eventos dos últimos dias não apenas comprometeram a tentativa da OpenAI de introduzir uma governança corporativa mais ética na gestão da empresa, mas também mostram que governança corporativa por si só, mesmo que bem-intencionada, pode facilmente acabar sendo canibalizada por outras dinâmicas e interesses corporativos", diz Enza Iannopollo, analista principal na consultoria Forrester.
A lição, segundo ele, é que as empresas sozinhas não têm condições de oferecer o nível de segurança e confiabilidade da IA de que a sociedade precisa. "Regras e salvaguardas, pensadas com as empresas e aplicadas com rigor pelos órgãos reguladores, são essenciais se quisermos nos beneficiar da IA", diz Iannopollo.
O que é IA Generativa? Como ela está sendo regulada?
Ao contrário da IA tradicional, que processa dados e completa tarefas usando regras pré-determinadas, a IA generativa (incluindo chatbots como o ChatGPT) pode criar coisas novas.
As empresas de tecnologia ainda estão no comando no que diz respeito ao controle da IA e de seus riscos, enquanto os governos de todo o mundo tentam se atualizar.
Na União Europeia, os negociadores estão dando os últimos retoques nas normas que devem compor a primeira regulação abrangente sobre IA no mundo. Mas eles teriam se atrapalhado na discussão sobre a possibilidade e a forma de incluir os produtos de IA mais controversos e revolucionários, os grandes modelos de linguagem comercializados que sustentam os sistemas de IA generativa, inclusive o ChatGPT.
Os chatbots mal eram mencionados quando Bruxelas apresentou pela primeira vez o projeto de legislação em 2021, que se debruçava sobre a IA de usos específicos. Mas as autoridades vêm se apressando para entender como incorporar esses sistemas, também conhecidos como modelos fundacionais, na versão final.
Enquanto isso, nos EUA, o presidente Joe Biden assinou um ambicioso decreto no mês passado tentando equilibrar as necessidades das empresas de tecnologia de ponta com a segurança nacional e os direitos do consumidor.
O decreto, que provavelmente precisará ser ampliado por ação do Congresso, é um passo inicial que visa a garantir que a IA seja confiável e útil, e não maliciosa e destrutiva. Busca orientar como a IA é desenvolvida, para que as empresas possam lucrar sem colocar em risco a segurança pública.