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Observatório Nacional da Indústria lançou ferramenta inédita que reúne dados sobre sustentabilidade e eficiência do setor no Brasil |
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Indicadores do novo painel de dados lançado pelo Observatório Nacional da Indústria, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), revelam avanços significativos em eficiência energética e produtividade no setor: entre 2000 e 2024, a produção de têxteis cresceu 18%, enquanto as emissões energéticas de CO₂ caíram mais de 70%.
Em 2002, eram produzidas 1,43 tonelada de produtos têxteis por 1 tonelada equivalente de petróleo (tep). Em 2024, o mesmo consumo energético produziu 2,9 toneladas de produtos, o que representa um aumento de 103% em produtividade energética, com expressiva redução nas emissões diretas e indiretas de CO₂.
"O setor têxtil promoveu uma verdadeira revolução produtiva, energética e ambiental nas últimas décadas, adotando tecnologias mais eficientes que permitiram produzir mais consumindo menos energia", explica Danilo Severian, especialista em políticas e indústria da CNI.
O diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, esclarece que esses resultados refletem o esforço do setor em aprimorar continuamente seus processos produtivos, buscando maior eficiência e competitividade. "Ao longo das últimas décadas, o setor vem investindo de forma contínua em inovação, tecnologia e melhores práticas, aprimorando produtos, processos e gestão. Esses avanços não apenas reduzem custos, mas também promovem o uso mais eficiente de recursos e a redução de desperdícios, fortalecendo a conexão do setor com a agenda de sustentabilidade. Tais resultados mostram que é possível crescer reduzindo impactos, gerando emprego, renda e competitividade com responsabilidade ambiental", destaca.
Como o setor têxtil se tornou mais limpo e competitivo
Esse desempenho reflete um processo de modernização e eletrificação iniciado nos anos 1990, quando a abertura comercial e a valorização cambial expuseram a indústria nacional à concorrência internacional em condições desiguais, mas também possibilitaram a importação de novas tecnologias. Naquela época, o setor ainda dependia de óleo combustível e lenha, grandes emissores de carbono que respondiam por cerca de 50% da matriz energética da indústria têxtil.
Com a renovação do parque industrial e o investimento em fontes e processos mais limpos, foi possível alcançar ganhos expressivos em eficiência. "O desempenho evidencia que crescimento econômico e sustentabilidade podem caminhar juntos, desde que acompanhados por inovação tecnológica e políticas industriais que estimulem a transição para uma economia de baixo carbono", reforça Danilo.
Apesar dos avanços, o setor enfrenta desafios estruturais. O alto custo da energia, a complexidade tributária e os gargalos de infraestrutura ainda são entraves à expansão sustentável e competitiva. "Fatores como as altas taxas de juros, a concorrência com produtos importados e os fluxos de importação e exportação exercem um forte impacto sobre a competitividade da indústria têxtil brasileira atualmente", complementa Pimentel.
Mesmo diante desses obstáculos, o setor têxtil representa hoje menos de 1% das emissões totais da indústria nacional. |
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Por Patricia Lara
São Paulo, 20/11/2025 - O índice de preços ao produtor (PPI) da Alemanha recuou 1,8% em outubro em relação a igual mês de 2024, segundo dados divulgados pelo Destatis, como é conhecido o escritório de estatísticas do país. Foi a oitava queda consecutiva nos preços ao produtor em comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo o departamento alemão.
Na comparação com agosto, o indicador teve alta de 0,1%.
De acordo com o Destatis, a redução dos preços de energia continuou sendo o principal fator para a queda do índice em relação ao ano anterior. Em outubro de 2025, os preços da energia caíram 7,5% no comparativo anual. A queda de 12,1% nos preços do gás natural (distribuição) foi o fator que mais influenciou a variação anual dos preços da energia.
Bens intermediários também ficaram mais baratos, enquanto bens de capital e de consumo não duráveis e duráveis registraram aumentos de preço. Excluindo energia, os preços ao produtor subiram 0,8% em relação a outubro de 2024 e caíram 0,1% na comparação mensal.
Contato:
*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast
Por Patricia Lara*
São Paulo, 20/11/2025 - As bolsas asiáticas subiram nesta quinta-feira, com as ações de tecnologia impulsionadas pela redução da apreensão sobre uma bolha no segmento de inteligência artificial após os resultados recordes e projeções da americana Nvidia. Fornecedores da empresa na Ásia saltaram.
O índice japonês Nikkei subiu 2,65% em Tóquio, a 49.823,94 pontos. O índice sul-coreano Kospi avançou 1,9% em Seul, a 4.004,85 pontos.
Entre as ações individuais, fornecedoras da Nvidia tiveram fortes ganhos. A Samsung Electronics disparou 4,2% e a SK Hynix ganhou 1,60%, em Seul, enquanto a Taiwan Semiconductor Manufacturing avançou 4,3%, em Taiwan.
Em Tóquio, a Sumitomo Pharma deu um salto de 11%. A seguradora Sompo Holdings também registrou alta de 11%, após lucro líquido ajustado crescer e ficar 68% acima da previsão inicial no primeiro semestre fiscal de 2025, o que levou a companhia a revisar em alta as projeções para o ano completo. A Advantest completou o trio de empresas com maior valorização, com suas ações subindo 9%.
Em outras partes da Ásia, o índice Hang Seng fechou estável a 25.835,57 em Hong Kong. Na China continental, o Xangai Composto apresentou baixa de 0,40%, a 3.931,05 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda de 0,8%, a 2.454,44 pontos. O banco central da China (PBoC, na sigla em inglês) manteve as principais taxas de juros inalteradas pelo sexto mês consecutivo nesta quinta-feira (horário local).
Ainda em outros mercados da Ásia, o Taiex registrou alta de 3,18% em Taiwan, a 27.426,36 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana terminou o pregão em alta, com o S&P/ASX 200 avançando 1,24% em Sydney, a 8.552,70 pontos.
Contato:
* Com informações da Dow Jones Newswires
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, na China, fechou em queda nesta quinta-feira. O contrato futuro mais negociado para entrega em janeiro caiu 0,38%, a 788,50 yuans, o que equivale a US$ 110,86 a tonelada.
Já o segundo contrato futuro mais negociado para entrega em maio de 2026 recuou 0,26%, para 753 yuans, o que equivale a US$ 105,86 por tonelada.
O preço de Dalian em dólares é calculado pela Broadcast segundo a taxa de câmbio mais recente do yuan ante o dólar disponível no site do Banco Central.