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A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição pelo Banco Inter da metade do capital social da Granito Instituição de Pagamento que pertencia ao Banco BMG. O despacho foi publicado nesta segunda-feira, 17, no Diário Oficial da União (DOU).

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a operação é avaliada em R$ 110 milhões.

Com o negócio, o Banco Inter passa a ser o controlador único da empresa. A operação também depende do aval do Banco Central.

"Como justificativa para a realização da operação, as requerentes explicam que, para o Banco Inter, a consolidação de controle na empresa-alvo está alinhada com a estratégia da instituição de investir em empresas de forte base tecnológica e perfil inovador. Além disso, a aquisição permitirá ao Banco Inter o acesso e o apoio da empresa-alvo ao serviço relacionado ao canal físico: entrega e manutenção de máquinas de captura de transações (point of sale), complementando a estratégia de canais digitais do Banco Inter", alegaram as companhias no processo.

Países precisam mudar seu quadro fiscal para absorver as mudanças trazidas pela inteligência artificial (IA), afirma o Fundo Monetário Internacional (FMI) em relatório divulgado nesta segunda-feira, 17. O FMI, porém, destaca que tributação sobre IA não é aconselhável, visto que reduziria a velocidade de inovação e só traria realocação de capital para outros países sem impostos.

O relatório desaconselha também que incentivos fiscais sejam fornecidos a empresas de software, visto que aceleraria sintomas perigosos, como demissões em massa, causados pela IA.

Segundo a instituição, a IA trará aumento significativo de produtividade e eficiência nos serviços públicos, mas trará uma dolorosa fase de adaptação, com elevado índice de desemprego em setores profissionais.

Como forma de absorver essa transição e alto índice de demissões, o FMI recomenda que países aumentem os fundos de seguro-desemprego, para permitir a trabalhadores maior tempo para se realocarem profissionalmente.

"Serão necessários programas abrangentes de assistência social para os trabalhadores que enfrentam desemprego de longa duração, ou redução da procura de mão de obra local devido à automatização ou ao encerramento de indústrias", afirma o relatório, ao recomendar também que governos invistam em novos programas de formação setorial e requalificação profissional.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,1% em abril ante março, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com abril de 2023, houve crescimento de 5,1% em abril de 2024. A taxa acumulada nos 12 meses encerrados em abril ficou positiva em 2,7%.

"A economia apresentou estabilidade em abril na comparação com março. Esse resultado mostra uma perda de ritmo de crescimento da atividade após bom desempenho no início do ano. Apesar disso, na comparação com abril de 2023, o resultado é de crescimento expressivo da economia (5,1%) disseminado em diversos componentes, como os investimentos, a indústria, o consumo, as exportações e as importações. Tal comportamento indica uma perda de fôlego em comparação ao início do ano, porém ainda superior ao do mesmo período de 2023", avaliou Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB - FGV, em nota oficial.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

No trimestre móvel terminado em abril de 2024 ante o trimestre móvel até abril de 2023, o PIB cresceu 2,8%. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 5,5% no período, com resultados positivos em todos os componentes, especialmente nos serviços e nos bens não duráveis.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve uma elevação de 4,8% no trimestre até abril de 2024 ante o mesmo período do ano anterior.

"Todos os componentes da FBCF contribuíram positivamente para esse crescimento", informou a nota do Monitor do PIB.

Na FBCF, o componentes de máquinas e equipamentos subiu 5,5%, o de construção, 3,5%, e o de outros ativos, 7,2%.

A exportação de bens e serviços registrou crescimento de 8,8% no trimestre até abril ante o mesmo trimestre do ano anterior. Já a importação de bens e serviços aumentou 11,6% no período, com destaque para a influência positiva de serviços e de bens intermediários.

Em termos monetários, o PIB alcançou R$ 3,63 trilhões no acumulado de janeiro a abril, em valores correntes.

A taxa de investimento da economia foi de 17,6% em abril.