No Centro das Atenções
A dubladora Denise Simonetto, conhecida por dar voz a algumas das maiores estrelas de Hollywood no Brasil, morreu no último domingo, 23, aos 70 anos. A informação foi confirmada por colegas de profissão e por veículos especializados em dublagem.
Denise enfrentava um câncer havia alguns anos e, em meio às dificuldades financeiras, recebeu o apoio da comunidade da dublagem e de fãs, que organizaram vaquinha online para ajudar em seu tratamento.
Nascida em São Paulo, Denise iniciou sua carreira na dublagem pela Peri Filmes, no Rio de Janeiro, no fim dos anos 1970. Ao longo de mais de quatro décadas, se tornou a voz brasileira de atrizes como Julia Roberts, Demi Moore, Sandra Bullock, Sigourney Weaver, Sally Field e Elisabeth Shue.
Um de seus trabalhos mais marcantes foi a dublagem da protagonista Punky, interpretada por Soleil Moon Frye, na série Punky, a Levada da Breca (1984-1988), sucesso que marcou a infância de toda uma geração.
Denise também se destacou em produções japonesas e animações. Ela dublou Tomoko em Cybercop, os Policiais do Futuro (1988-1989), Anri em episódios de O Fantástico Jaspion (1985-1986), Minnie Mouse em curtas de Mickey Mouse, e, no cinema nacional, participou da animação Turma da Mônica em A Princesa e o Robô (1983), como o personagem Anjinho.
No Instagram, o também dublador Glauco Marques, seu amigo, destacou a importância de Denise em sua formação. "Ela foi a porrada certeira na minha mente para que as coisas tivessem um outro olhar na carreira. Me destruiu para me reconstruir", escreveu ele nas redes sociais.
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Presos da Penitenciária 3 (P3) do Complexo Hortolândia-Campinas, no interior de São Paulo, atearam fogo em colchões e danificaram portas da penitenciária na manhã desta segunda-feira, 24, em um princípio de rebelião.
O ato foi contido por policiais penais. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), não houve registro de feridos ou reféns. Segundo a pasta, o princípio de rebelião ocorreu após a apreensão, no dia anterior, de bebida alcoólica artesanal.
De acordo com a SAP, a Polícia Penal opera dentro dos padrões de segurança e disciplina. O ato coletivo de indisciplina em um dos pavilhões foi controlado com o apoio da Célula de Intervenção Rápida (CIR).
"Os presos danificaram portas automatizadas de celas e atearam fogo em colchões e outros objetos, após Policiais Penais apreenderem, no dia anterior, bebida alcoólica artesanal. Os custodiados estão contidos pela CIR. Os envolvidos serão transferidos para outros presídios paulistas", diz a secretaria em nota.
Uma atleta de vôlei do Tijuca, time da Superliga Feminina de Vôlei, foi baleada na noite deste domingo, 23, em uma tentativa de assalto na Rua Conde de Bonfim, na Tijuca, na zona norte do Rio.
Júlia Rocha Marques de Azevedo, de 28 anos, estava com os pais no carro quando foram abordados pelos bandidos em uma das ruas mais movimentada do bairro. O Tijuca Tênis Clube, onde o time treina, fica localizado na mesma rua.
Policiais militares do 6º BPM (Tijuca) foram acionados para a ocorrência. O caso é investigado pela 19ª DP (Tijuca) como tentativa de assalto. De acordo com a atleta, o tiro entrou pelas costas, mas não atingiu nenhum órgão ou coluna.
"Ontem à noite eu nasci de novo! Voltando para casa, eu vivi algo que nunca imaginei passar: fui baleada. Antes de tudo, quero tranquilizar todo mundo, eu estou bem. O projétil entrou pelas minhas costas, mas, graças a Deus, não atingiu minha medula, passou a 1mm da minha coluna e não perfurou nenhum órgão, passando a menos de 1cm da minha bexiga, mas saiu sem causar danos maiores. Por muito pouco, minha história poderia ter sido outra eu literalmente nasci de novo", escreveu Julia nas redes sociais.
Julia foi atendida e levada ao Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio. Ela foi atendida e já se recupera em casa.
"É impossível não sentir uma tristeza profunda pela violência em que estamos vivendo. Não dá para normalizar e muito menos para proteger quem escolhe fazer o mal. Queria agradecer os policiais do 6° batalhão por terem prestado toda a ajuda para minha família e a equipe do Hospital Souza Aguiar que me atendeu maravilhosamente bem", escreveu.
O influenciador Gabriel Spalone, acusado de desviar mais de R$ 146 milhões por meio de fraudes no Pix, foi extraditado da Argentina para o Brasil na sexta-feira, 21. Ele estava detido em Buenos Aires desde 27 de setembro, quando foi preso no aeroporto após desembarcar de um voo vindo do Panamá.
O advogado Eduardo Mauricio, que defende Spalone, disse que o influenciador concordou com a extradição. Segundo a defesa, a decisão "demonstra a contribuição de Gabriel quanto a busca da verdade real dos fatos".
"Gabriel nunca fugiu. Ele já se encontrava no exterior e isso tudo foi uma aventura jurídica por parte da autoridade policial, que fez constar que Gabriel tinha fugido", disse Mauricio. A defesa acrescentou que aguarda o julgamento de um habeas corpus no Tribunal de Justiça e que solicitou novamente ao juiz da ação penal que Spalone responda ao processo em liberdade.
O caso
Spalone é o principal alvo de uma investigação da Polícia Civil do Estado de São Paulo contra um grupo suspeito de desviar R$ 146 milhões por meio de fraudes no Pix.
Ele é dono da Dubai Cash e da Next Trading Dubai, fintechs voltadas a operações de pagamentos e investimentos. Nas redes sociais, a Dubai Cash afirma ter movimentado mais de R$ 2 bilhões em transações por Pix, e a Next se apresenta como uma empresa de serviços financeiros de escala global. O influenciador tem dois imóveis: um em São Paulo e outro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Além de Spalone, outros dois homens também são investigados. Eles teriam lucrado quase R$ 75 mil com o esquema criminoso. A defesa deles não foi localizada.
A Polícia Civil constatou que o esquema utilizou diversas contas mantidas em uma instituição bancária para o recebimento dos valores. As investigações também apontaram que os golpistas utilizaram o Pix como meio de transferência.
De acordo com a investigação, os criminosos ainda usaram a credencial de uma prestadora de serviços para desviar os valores do banco em fevereiro deste ano.
Em 23 de setembro, a 1ª Delegacia da Divisão de Crimes Cibernéticos, vinculada ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil, deflagrou a Operação Dubai, que tinha como objetivo o cumprimento de mandados de prisão preventiva contra Spalone e os dois homens. Um deles foi localizado na capital paulista e outro em Campinas, no interior de São Paulo, mas Spalone não foi encontrado.
O nome dele chegou a ser incluído na Difusão Vermelha da Interpol e as buscas mobilizaram agentes da Polícia Civil e autoridades da Argentina, do Panamá, do Paraguai e dos Estados Unidos. Ele foi preso em um aeroporto de Buenos Aires em 27 de setembro após desembarcar de um voo que tinha saído do Panamá.