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Os usuários são Wagner Pereira e Rita de Cássia Serrão. Eles tiveram os perfis bloqueados em novembro de 2022, por ordem judicial. Moraes autorizou a reativação das contas em janeiro, mas impôs como condição para levantar o embargo uma multa de R$ 20 mil por dia caso voltassem a publicar "mensagens instigadoras ou incentivadoras de golpe militar, atentatórias à Justiça Eleitoral e ao Estado democrático de Direito".
Novas postagens que colocavam sob desconfiança a legitimidade das eleições de 2022 foram publicadas nas contas no dia 1º de maio. "Eleições tomadas, fato que eles mesmo não conseguem provar o contrário (sic)", escreveu Wagner em uma das publicações. Rita afirmou que "eles não venceram a eleição mas sim tomaram o poder".
As publicações foram removidas pelo X no dia 1º de junho, após ordem de Moraes. Na ocasião, o ministro listou oito links para serem excluídos e levantou o sigilo dos autos. A multa estabelecida na decisão é referente ao mês em que o conteúdo ficou no ar.
Embora sejam reincidentes, os usuários não chegaram a ser notificados sobre o risco de multa. Um dos documentos do processo afirma que a Coordenadoria de Processamento "certifica não ter localizado endereço para intimação dos envolvidos".
O Estadão procurou o TSE para saber se a cobrança da multa está condicionada ou não à citação prévia e aguarda resposta.
Para a advogada Maíra Recchia, especialista em Direito Eleitoral, a multa não pode ser aplicada sem a ciência dos envolvidos.
"A gente ficou muito próximo de golpe, então o Estado Democrático de Direito e a lisura do processo eleitoral precisam de proteção. Por outro lado, as pessoas só descumprem aquilo que elas têm ciência. Essa determinação judicial tem que vir pelos meios legais, seja via citação, quando é o primeiro ato de chamada da parte no processo, ou uma intimação", explica. "Quando elas não existem, eu não vejo como aplicar multa. Um fator de proteção seria a retirada do conteúdo."
Supremo tem ameaça de CPI
A decisão de Moraes vem a público no momento em que a Corte está sob ataques. Na Câmara, deputados de oposição conseguiram reunir 171 assinaturas para instauração da CPI do abuso de autoridade. O presidente do TSE e também ministro do Supremo Tribunal Federal tem sido alvo das principais críticas.
Em outra frente, o Senado aprovou proposta legislativa para impedir decisões monocráticas de magistrados do Supremo contra projetos de lei votados no Legislativo. A proposta seguiu para apreciação na Câmara dos Deputados.
A Frente parlamentar do Agro, composta por 324 deputados e 50 senadores, teve a reação mais incisiva. O grupo divulgou nota neste domingo, 3, em que diz que as falas de Lula durante a Cúpula do Clima (Cop-28), nos Emirados Árabes Unidos, "criminalizam" os integrantes do Legislativo. Outros parlamentares ouvidos pelo Estadão também criticaram o presidente.
"Lula demonstra desapreço ao Congresso que tem e desrespeito as suas escolhas políticas. Subjugar o povo brasileiro a condição de galinheiro é algo típico de quem acha pode tudo e que controla a todos", disse o senador Marcos Rogério (PL-RO), relator do marco temporal no Senado.
"É uma fala de viés autoritário", disse o deputado Mendonça Filho (União-PE). "É de alguém que entende o poder Executivo como hegemônico. A mesma legitimidade que ele tem, nós temos com o Parlamento. É de uma agressão com as bases democráticas."
O segundo-vice-presidente da Câmara, Sóstenes Cavalcantes (PL-RJ), também criticou o presidente. "O Parlamento e a representação de todo o povo, inclusive de quem perde a eleição do Executivo", afirmou.
Para a bancada do agro, ao criticar a adoção de um marco temporal, tese que estabelece que só podem ser demarcadas reservas em áreas ocupadas por indígenas até a promulgação da Constituição Federal, em 5 de abril de 1988, o presidente "sinaliza para a criminalização da produção rural no Brasil, em busca de perpetuação no poder e de uma democracia fraca, dependente e corrupta, incapaz de debater seriamente um tema que impacta milhares de família brasileiras".
"No alerta feito por Lula na Cop-28 sobre o aumento da extrema direita no Brasil e no mundo, fica claro que a democracia petista não alcança a multiplicidade de opiniões, a liberdade de expressão e o futuro do Brasil, independente de partido, mas como nação", escreveu a FPA, em comunicado. "Nossa política é para brasileiros e para todos os demais países que dependem da produção brasileira para se alimentar."
Na Cop-28, Lula se reuniu com entidades da sociedade civil brasileiras e defendeu a participação de representantes dos movimentos sociais na política para ocupar espaços de decisão.
"A gente tem que se preparar para entender que ou nós construímos uma força democrática capaz de ganhar o Poder Legislativo, o Poder Executivo, e fazer a transformação que vocês querem, ou nós vamos ver acontecer o que aconteceu com o marco temporal. Querer que uma raposa tome conta do nosso galinheiro é acreditar demais", disse Lula.
"Na grande maioria das vezes, Lula fala muita besteira, mas quando ele viaja, entra no modo turbo", criticou José Medeiros (PL-MT), integrante da FPA. "O problema são os cupins cuidando do dinheiro dos brasileiros. O que assusta é Lula e o PT cuidando do dinheiro do País."
Lula fez vetos aos principais pontos do marco temporal, aprovado na Câmara e no Senado. O projeto de lei foi aprovado enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) pautou o assunto e declarou a tese inconstitucional no dia 21 de setembro.
Senadores aproveitaram a votação da proposta para fazer críticas ao STF e dizer que cabe ao Legislativo a premissa de criar leis.
Os vetos ainda precisam ser analisados em sessão do Congresso Nacional, que reúne deputados e senadores. A votação já foi adiada duas vezes. A última delas aconteceu no dia 23 de novembro e foi adiada. A votação da pauta segue sem data definida.
A votação tem um dos quóruns mais difíceis do Legislativo brasileiro: a maioria absoluta dos parlamentares precisa votar sim para derrubar o veto de Lula. Isso significa metade mais um de todos os membros do Congresso - 257 deputados e 41 senadores -, e não apenas dos presentes.
O presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), já afirmou em repetidas vezes que tem os votos necessários para derrubar os vetos do presidente ao marco temporal.
A decisão também proíbe novas reportagens sobre o caso. A liminar atendeu a um pedido de Traiano. Procurado pela reportagem, por meio da assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa, o deputado não comentou a decisão. O Estadão também procurou o ex-deputado Plauto Miró e os outros veículos de comunicação atingidos, mas ainda não obteve resposta.
O empresário delator é Vicente Malucelli. Ele fechou acordo de colaboração com o Ministério Público do Paraná. A delação trata da licitação da TV Icaraí, da qual Malucelli é um dos responsáveis, para planejamento e produção de conteúdo da TV Assembleia, canal do legislativo estadual do Paraná. Os anexos estão sob sigilo. A advogada Thaise Mattar Assad, que representa o empresário, informou que não comentaria o caso. "Não podemos nos manifestar, porque o dever de sigilo existe", disse ao Estadão.
A reportagem também procurou o Ministério Público. O órgão informou que os procedimentos relacionados a autoridades com prerrogativa de foro "receberam os encaminhamentos pertinentes e as soluções adequadas, tempestivamente". "Em razão de disposição legal e de expressa ordem judicial, o MPPR, por ora, não pode se manifestar a respeito", diz o comunicado.
A decisão que determinou a exclusão das matérias é assinada pela juíza Giani Maria Moreschi e foi tomada neste sábado, 2, no plantão do Tribunal de Justiça do Paraná. Ela justificou que o caso corre em segredo de justiça e que a divulgação das informações poderia causar "danos" ao processo.
"O acordo de colaboração premiada e os depoimentos do colaborador serão mantidos em sigilo, sendo vedado ao magistrado decidir por sua publicidade em qualquer hipótese", escreveu.
A juíza afirmou que a restrição à publicação é temporária, até o levantamento do sigilo do processo, e negou que a ordem judicial seja uma forma de censura ou violação da liberdade de imprensa.
"Até porque referida informação foi divulgada ilicitamente e, inclusive, pelo que consta dos autos, está sendo, ou será, objeto de investigação, para fins de responsabilização", acrescentou.
A decisão foi tomada em caráter de urgência no plantão e ainda poderá ser revista se houver recurso.
COM A PALAVRA, O DEPUTADO ADEMAR TRAIANO
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Assembleia do Paraná, para ouvir o deputado, que não comentou a decisão. "Se está em sigilo é vedado falar ou publicar", informou o serviço de comunicação.
COM A PALAVRA, O EX-DEPUTADO PAULO MIRÓ
Até a publicação deste texto, a reportagem buscou contato com o ex-deputado, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestação.
COM A PALAVRA, O EMPRESÁRIO VICENTE MALUCELLI
Procurada pela reportagem, a advogada Thaise Mattar Assad, que representa o empresário Vicente Malucelli, que fechou acordo de colaboração com o Ministério Público, informou que não pode comentar o caso. "Nós estamos, enquanto defesa, colecionando interrogações. É um assunto que tem um sigilo legal imposto. Não podemos nos manifestar, porque o dever de sigilo existe", disse ao Estadão.
COM A PALAVRA, O PORTAL PLURAL
"O Plural lamenta a decisão e tem convicção de que, em nome da liberdade de expressão garantida pela Constituição Federal, o Judiciário irá em breve reverter essa liminar. O assunto é de grande relevância para todos os cidadãos paranaenses e merece a devida publicidade", diz o comunicado divulgado pelo portal.
COM A PALAVRA, O G1 E A RPC
A reportagem entrou em contato com o portal g1 e com a RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, e ainda aguardava resposta até a publicação deste texto. O espaço está aberto para manifestação.
COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO PÚBLICO DO PARANÁ
O Ministério Público do Paraná, por meio da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos (Subjur), informa que os "procedimentos investigatórios sob sua responsabilidade, relacionados a autoridades com prerrogativa de foro, receberam os encaminhamentos pertinentes e as soluções adequadas, tempestivamente. E que em razão de disposição legal e de expressa ordem judicial, o MPPR, por ora, não pode se manifestar a respeito".
No discurso, a ex-primeira-dama afirmou que seus adversários políticos disseminam "ideologias malignas" e são "pessoas do mal, sim". Ela opinou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enganou os eleitores cristãos com a indicação de Dino ao STF. "Sabe o que é enganar? Quando o líder assina um acordo com a igreja e agora indica um senhor extremamente comunista para o STF. Isso é falso moralismo e isso é enganar e ludibriar os cristãos", discursou.
"Aí o senhor indicado para o STF fala assim: 'sou comunista, graças a Deus'. Isso é uma doença. Ele precisa ter a verdade na vida dele. Esse é o papel do pai da mentira: te enganar, distorcer", acrescentou.
Michelle continuou dizendo que Dino "combate a família e os bons costumes". Em seguida, ela reproduziu uma fake news sobre o ministro que circulou nas redes sociais esta semana e foi desmentida pelo Estadão Verifica.
Em um vídeo compartilhado por usuários no Instagram, Dino afirma que faz o que o líder soviético Vladmir Lenin recomendava, ou seja, usar o "idiota útil" na linha de frente, incitar o "ódio de classe" e "destruir a família e a espiritualidade".
Na realidade, as frases foram falsamente atribuídas ao russo. O que Dino queria dizer, e que foi cortado do vídeo que circula nas redes, é que na visão de Lenin, a recomendação era a "análise concreta da situação concreta".
Na sequência, Michelle criticou Dino por publicar uma foto com o arcebispo de Brasília, Paulo Cezar Costa. Os dois posaram juntos segurando a Bíblia. "Hoje visitei o Cardeal Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília, que me acolheu com muita fraternidade, bençãos e palavras de Fé. E me presenteou com uma bela edição da Bíblia, que estará comigo nos próximos anos", escreveu o ministro na postagem.
No discurso, Michelle afirmou: "Se ele é comunista, ele é contra os valores e princípios cristãos. Porque o comunismo foi o que mais perseguiu os cristãos. Não existe comunista crstão. É de contramão com a palavra de Deus. A gente não pode aceitar esse tipo de gente no poder".
A ex-primeira-dama também criticou outros setores do governo, em especial os gastos com publicidade e com viagens do presidente e da atual primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja. Michelle a apelidou de "viajajante". "Pregam o comunismo e amam tudo que o capitalismo pode proporcionar. E amam viajar, viu? É uma duplinha que ama viajar", ironizou.
Em outro momento da fala, Michelle disse ser perseguida politicamente. Ela citou episódios em que teria recebido transferências em cheque do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz e joias presenteadas por governos estrangeiros.
A ex-primeira-dama afirmou que os adversários políticos inventam narrativas mentirosas. "Eles matam. Eles se envolvem em corrupção e tira do povo, matam as pessoas em filas de hospitais. Eles assassinam reputações. Destroem a moral, destroem a sociedade com ideologias malignas. Eles são pessoas do mal, sim", discursou.
Michelle convoca 'mulheres de bem'
A ex-primeira-dama afirmou que o objetivo do PL é formar novas lideranças "femininas", não "feministas", e convocou as "mulheres de bem" a se juntarem à legenda. Michelle ressaltou que, apesar da vida corrida, gosta de "cuidar do meu galego dos olhos azuis", em referência a Bolsonaro.
Para a ex-primeira-dama, as mulheres têm um jeito diferente de fazer política, porque sabem "transformar dor em causa". "A cota é importante? É, mas nós queremos a mulher porque ela é a protagonista da própria história. Diferente do atual 'desgoverno', que só valoriza a mulher em época de campanha", discursou.
A reportagem não conseguiu contato com a assessoria de Michelle.
Perillo afirmou ainda que o PSDB já tem nome definido para a disputa ao Planalto em 2026: o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, seu antecessor no comando da legenda. "Erramos por não termos lançado candidato à Presidência da República ano passado. Foi um erro grosseiro. Eu me coloquei à época contra essa ideia de apoiar outras candidaturas, fui voto vencido", disse Perillo.
O presidente do PSDB disse que deve viajar pelo País para debater sobre urbanização das cidades e outros assuntos locais. Ele defende que o partido deve lançar o máximo possível de candidatos a prefeito nas eleições municipais de 2024, sobretudo em cidades com mais de 100 mil habitantes, mas ponderou que é preciso avaliar também a viabilidade das candidaturas.
"Acho que a gente vai precisar, mais do que nunca, trabalhar com essa perspectiva de candidaturas nas mais importantes cidades do País e, ao mesmo tempo, definir já uma estratégia quanto às eleições de 2026, com candidaturas fortes nos Estados e candidatura presidencial. Nesse caso, a gente já tem um nome definido, um pré-candidato, que é o Eduardo Leite", emendou.
Desidratação
A previsão de Perillo é que o PSDB vai manter ou aumentar o número de prefeitos eleitos ano que vem, em comparação com 2020, apesar de esperar uma "desidratação" em São Paulo. Em 2022, a sigla perdeu o governo do Estado, seu principal reduto eleitoral por décadas, o que levou também a uma debandada de prefeitos para legendas mais alinhadas ao Republicanos, partido do agora governador Tarcísio de Freitas.
O novo presidente do PSDB afirmou que é hora de "reunificar" o partido, "sobretudo em São Paulo". Para ele, divisões e brigas na sigla, como as que deixaram "cisões profundas" nas prévias de 2022, devem ficar no passado, mas não é possível "tapar o sol com a peneira".
Escolha
Perillo foi eleito para comandar o PSDB na quinta-feira, 30, após uma breve disputa interna com o ex-senador José Aníbal (SP). Ele chegou à presidência da sigla com o apoio do deputado Aécio Neves (MG), que retomou influência no partido após ser absolvido de acusações de corrupção. "Somos um partido. Se não fosse assim, se não houvesse divisões, interesses regionais, não se chamaria 'partido', seria talvez 'unido'. O próprio nome 'partido' já implica em uma série de discussões que existem e são democráticas", comentou. "Eu, por exemplo, sempre defendi prévias a nível nacional, mas [EM 2022]foi muito traumático, criou cisões profundas", emendou o ex-governador de Goiás.
O ex-governador de São Paulo João Doria, na ocasião, venceu a disputa contra Eduardo Leite, mas depois retirou sua candidatura ao Planalto. Segundo Perillo, há uma demanda pela retomada do protagonismo do PSDB, que já governou o País com Fernando Henrique Cardoso por dois mandatos e foi o principal partido de oposição durante as gestões anteriores de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, do PT.
Ele defendeu que a sigla precisa insistir em um discurso de combate ao que chamou de radicalização no País. "Quero ajudar a reunificar o partido, sobretudo em São Paulo, que é o mais importante Estado da federação. E, ao mesmo tempo, trabalhar para acabar com dualidades, divisões, brigas que tiveram no passado, porque se hoje a gente tem dificuldades, bancadas diminutas [NO CONGRESSO]é porque, de alguma maneira, nós erramos", disse.
"Não vou admitir que a gente fique com hipocrisia, tapando o sol com a peneira, fingindo que está tudo certo, quando não está. A gente tem que chamar a responsabilidade de todo mundo para a necessidade de sairmos dessa inércia", frisou Perillo.
Instituto
O novo presidente do PSDB evitou comentar sobre a disputa pelo comando do Instituto Teotônio Vilela (ITV), ligado ao partido. Como mostrou a Coluna do Estadão, uma ala da bancada de deputados da sigla avalia deixar o partido caso perca a presidência do ITV. Os parlamentares querem que o ex-governador Rodrigo Garcia (SP) assuma a entidade, que recebe mais de 20% do fundo eleitoral da legenda.
Aécio, porém, também quer a presidência do órgão. Perillo afirmou que nunca conversou com a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), sobre eventual saída dela do partido, mas disse que dará todas as garantias de liberdade para que ela possa ter relações cordiais e fazer parcerias com o governo Lula.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A Corte é marcada pela desigualdade na representação dos Estados na história das indicações dos ministros. Na atual formação, o STF abriga sete ministros do Sudeste, um do Sul, um do Nordeste, um do Centro-Oeste e nenhum do Norte, de acordo com dados do tribunal que levam em consideração o local de nascimento do magistrado.
Dino pode se tornar o sexto nascido no Maranhão a integrar o Supremo no período republicano. Antes dele, passaram pelo plenário da Corte os ministros Costa Barradas (Deodoro da Fonseca), Pindahiba de Mattos (Floriano Peixoto), João Pedro Belfort Vieira (Prudente de Morais), Viveiros de Castro (Venceslau Brás) e Carlos Madeira (José Sarney).
Segundo dados do tribunal, os Estados com mais integrantes na história republicana foram Rio de Janeiro (33), Minas Gerais (30), São Paulo (26) e Rio Grande do Sul (18) - federações do Sul e do Sudeste. O Nordeste teve 55 ministros indicados ao longo dos anos. Os Estados mais representados foram Bahia, com 14, e Pernambuco, com 11.
Em 132 anos de Corte, seis Estados e o Distrito Federal não tiveram sequer um ministro indicado. São eles: Acre, Amapá, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Formação atual do STF tem ministros de seis Estados
A formação atual é representada por ministros de seis Estados: Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, André Mendonça, Cristiano Zanin, de São Paulo; Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, do Rio de Janeiro; Edson Fachin, do Rio Grande do Sul; Gilmar Mendes, do Mato Grosso; Cármem Lúcia, de Minas Gerais; e Nunes Marques, do Piauí.
Único ministro que nasceu em um Estado e teve a sua carreira construída em outro, Gilmar Mendes nasceu em Diamantino (MT), mas atuou, principalmente, em Brasília.
No sábado, o presidente Emmanuel Macron classificou o acordo Mercosul-União Europeia como "antiquado" e afirmou que o modelo é incoerente com a política ambiental brasileira. Lula, por sua vez, atribuiu a posição do presidente francês a uma postura protecionista e disse que teve uma reunião bilateral no sábado para tentar "mexer com o coração" de Macron.
"Se não houver acordo, pelo menos ficará patente de quem é a culpa por não haver acordo", disse o presidente. O Brasil tinha expectativa de conseguir celebrar o acordo até a reunião do Mercosul, que ocorre nesta semana no Rio de Janeiro. Lula disse ainda que os países ricos não podem colocar a culpa da falência do tratado no Brasil e na América do Sul. O presidente defendeu que as nações desenvolvidas tenham equilíbrio e parem de tentar obter vantagens em tudo. Macron visitará o Brasil no dia 27 de março de 2024.
"Assuma a responsabilidade de que os países ricos não querem fazer um acordo na perspectiva de fazer qualquer concessão. É sempre ganhar mais. E nós não somos mais colonizados. Nós somos independentes. E nós queremos ser tratados com respeito como países independentes, que temos coisas para vender. E as coisas que nós temos para vender têm preço. O que nós queremos é um certo equilíbrio", argumentou o presidente.
O presidente brasileiro afirmou que o país não vai facilitar a cláusula sobre compras governamentais no acordo com a União Europeia. "Queremos que o PIB do Brasil cresça", disse. E advertiu: "O Brasil não vai fechar acordo com a UE para tomar prejuízo". O presidente disse que o governo terá uma reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen. "Vamos ver o que vai acontecer", disse.
Lula partiu de Dubai na manhã deste domingo (madrugada no Brasil) rumo à Alemanha, onde terá uma rodada de encontros com o primeiro-ministro do país, Olaf Scholz, e com o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier. Entre os integrantes da comitiva de Lula estão o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
A participação do presidente brasileiro na COP-28 marcou uma tentativa do país de retomar o protagonismo internacional na agenda climática, área na qual o país exercia forte influência global durante os governos petistas. Na sexta-feira, Lula foi um dos três líderes a discursarem na conferência de abertura da COP-28. Apenas o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed; o rei Charles III do Reino Unido; e Lula falaram na primeira plenária.
O navio navegará uma rota marítima entre a Noruega e a Alemanha e operará entre Oslo, Porsgrunn, Hamburgo e Bremerhaven. A partir de 2026, as empresas norueguesas poderão comercializar seus produtos com baixas emissões de carbono dentro e fora da Noruega, informaram os envolvidos em nota.
A Yara International, empresa química norueguesa que produz fertilizantes, participa como proprietária da carga. "O fertilizante produzido em Porsgrunn será transportado sem emissões para a Alemanha, reduzindo as emissões do escopo 3 em 11 mil toneladas de CO2 por ano", diz a nota.
A produção de amônia normalmente envolve o uso de combustíveis fósseis, como carvão e gás natural, e emite grandes quantidades de CO2. A Yara Clean Ammonia, no entanto, planeja fornecer uma mistura de amônia "azul" e "verde" para o Yara Eyde, segundo reportagem da CNN. Na produção de amônia "azul", as emissões de CO2 são capturadas na fonte e armazenadas no subsolo , enquanto a amônia "verde" é produzida usando eletricidade renovável.
A parceria busca incentivar combustíveis de baixo carbono para possibilitar cortes nas emissões do transporte marítimo.
"Tecnologias de baixas emissões devem ser levadas à escala comercial na próxima década. É imperativo incentivar as transportadoras a escolherem combustíveis de baixo carbono", disse Magnus Krogh Ankarstrand, presidente da Yara Clean Ammonia, na nota.
A Yara Clean Ammonia e a North Sea Container Line estão estabelecendo uma joint venture para concretizar o Yara Eyde, enquanto o navio será operado pela NCL Oslofjord. A joint venture visa se tornar a primeira operadora de linha do mundo a se concentrar exclusivamente em navios porta-contêineres movidos a amônia.
Altman, que ajudou a fundar a OpenAI como um laboratório de pesquisa sem fins lucrativos em 2015, foi destituído do cargo de CEO foi demitido em 17 de novembro, em uma saída repentina e sem maiores explicações que surpreendeu o setor. E embora ele tenha logo sido reintegrado à função, poucos dias depois, muitas questões permanecem no ar.
Se você está chegando agora à saga da OpenAI e tentando entender o que está em jogo para todo o espaço da inteligência artificial, você veio ao lugar certo. Aqui está um resumo do que é preciso saber.
Quem é Sam Altman e como ele alcançou a fama?
Altman é cofundador da OpenAI, uma empresa com sede em São Francisco que está por trás do ChatGTP (ele mesmo, o chatbot que parece estar por toda parte atualmente, das escolas às instituições de saúde).
A explosão do ChatGPT desde sua chegada, um ano atrás, colocou Altman no centro das atenções da rápida comercialização da inteligência artificial (IA) generativa - que pode produzir novas imagens, textos e outros tipos de mídia. E ao se tornar a voz mais procurada do Vale do Silício para falar sobre as promessas e os potenciais riscos dessa tecnologia, ele ajudou a transformar a OpenAI em uma startup de renome mundial.
Mas seu cargo na empresa enfrentou reviravoltas difíceis no turbilhão das últimas semanas. Altman foi demitido como CEO na sexta-feira, 17 e, dias depois, estava de volta ao posto com um novo conselho administrativo.
Nesse período, a Microsoft, que investiu bilhões de dólares na OpenAI e tem direitos sobre a tecnologia já existente, ajudou a impulsionar o retorno de Altman e o contratou rapidamente, e também a outro cofundador e ex-presidente da OpenAI, Greg Brockman, que se demitiu em protesto após a destituição do CEO. Enquanto isso, centenas de funcionários da OpenAI ameaçaram se demitir.
Altman e Brockman comemoraram sua volta à empresa com publicações na X, a plataforma anteriormente conhecida como Twitter, na manhã de quarta-feira, 29.
Por que sua destituição - e seu retorno - importam?
Ainda há muito que não se sabe sobre a remoção inicial de Altman. O anúncio da sexta-feira, 17, dizia que ele "não era consistentemente sincero em sua comunicação" com o então conselho administrativo, que, porém, se recusou a oferecer detalhes mais específicos.
A despeito disso, a notícia repercutiu em todo o mundo da IA - e, como a OpenAI e Altman são atores tão relevantes nesse espaço, isso poderia criar questões de confiabilidade em relação a uma tecnologia em crescimento que ainda desperta dúvidas em tantas pessoas.
"O episódio da OpenAI mostra como o ecossistema da IA ainda é frágil, inclusive em relação aos riscos da IA", diz Johann Laux, especialista do Instituto de Internet de Oxford com foco na supervisão humana sobre a inteligência artificial.
A turbulência também acentuou as diferenças entre Altman e integrantes do antigo conselho administrativo da empresa, que manifestaram opiniões diversas sobre os riscos de segurança trazidos pela IA à medida que a tecnologia avança.
Muitos especialistas consideram que todo esse drama só reforça como as decisões sobre a regulação da IA deveriam estar sendo tomadas pelos governos, e não pelas grandes empresas de tecnologia, principalmente em relação a tecnologias de desenvolvimento rápido como a IA generativa.
"Os eventos dos últimos dias não apenas comprometeram a tentativa da OpenAI de introduzir uma governança corporativa mais ética na gestão da empresa, mas também mostram que governança corporativa por si só, mesmo que bem-intencionada, pode facilmente acabar sendo canibalizada por outras dinâmicas e interesses corporativos", diz Enza Iannopollo, analista principal na consultoria Forrester.
A lição, segundo ele, é que as empresas sozinhas não têm condições de oferecer o nível de segurança e confiabilidade da IA de que a sociedade precisa. "Regras e salvaguardas, pensadas com as empresas e aplicadas com rigor pelos órgãos reguladores, são essenciais se quisermos nos beneficiar da IA", diz Iannopollo.
O que é IA Generativa? Como ela está sendo regulada?
Ao contrário da IA tradicional, que processa dados e completa tarefas usando regras pré-determinadas, a IA generativa (incluindo chatbots como o ChatGPT) pode criar coisas novas.
As empresas de tecnologia ainda estão no comando no que diz respeito ao controle da IA e de seus riscos, enquanto os governos de todo o mundo tentam se atualizar.
Na União Europeia, os negociadores estão dando os últimos retoques nas normas que devem compor a primeira regulação abrangente sobre IA no mundo. Mas eles teriam se atrapalhado na discussão sobre a possibilidade e a forma de incluir os produtos de IA mais controversos e revolucionários, os grandes modelos de linguagem comercializados que sustentam os sistemas de IA generativa, inclusive o ChatGPT.
Os chatbots mal eram mencionados quando Bruxelas apresentou pela primeira vez o projeto de legislação em 2021, que se debruçava sobre a IA de usos específicos. Mas as autoridades vêm se apressando para entender como incorporar esses sistemas, também conhecidos como modelos fundacionais, na versão final.
Enquanto isso, nos EUA, o presidente Joe Biden assinou um ambicioso decreto no mês passado tentando equilibrar as necessidades das empresas de tecnologia de ponta com a segurança nacional e os direitos do consumidor.
O decreto, que provavelmente precisará ser ampliado por ação do Congresso, é um passo inicial que visa a garantir que a IA seja confiável e útil, e não maliciosa e destrutiva. Busca orientar como a IA é desenvolvida, para que as empresas possam lucrar sem colocar em risco a segurança pública.
Esta é a segunda decisão do STJ desfavorável à plataforma. A primeira foi julgada pela Terceira Turma do tribunal em 2021. De acordo com especialistas, os precedentes preocupam pelo impacto na segurança jurídica de quem investe em imóveis para locação na plataforma.
O julgamento, realizado em 09 de outubro, abordou uma situação específica. No entanto, segundo a advogada Kelly Durazzo, especialista em Direito Imobiliário, a decisão não foi clara e levanta dúvidas sobre sua aplicabilidade em casos similares. O Airbnb participou do processo como "amicus curiae" ("amigo da corte", ou parte interessada), buscando que a decisão não fosse considerada vinculante para situações futuras.
"Já há uma insegurança jurídica na questão do Airbnb no mundo todo, alguns países estão regulamentando. Muita gente está investindo, e essa decisão aumenta a insegurança", avalia a especialista.
No caso específico examinado pela Corte, uma proprietária recorreu de decisões de instâncias inferiores que haviam proibido a locação por meio do Airbnb para mais de um locatário. Os tribunais consideraram que o contrato não se enquadra nos padrões típicos, seja para locação residencial ou por temporada.
O voto vencedor foi apresentado pelo ministro Raul Araújo. Ele entendeu que o proprietário é obrigado a dar destinação residencial ao prédio a não ser que haja autorização expressa para a hospedagem remunerada, por via de contrato atípico. "O proprietário de imóvel em condomínio edilício pode, em princípio, usar e fruir de sua unidade da forma como melhor lhe aprouver, desde que em consonância com a legislação e as regras e convenções condominiais", afirmou em seu voto.
O relator da ação, Luís Felipe Salomão, foi o único a apresentar posição contrária. O ministro destacou que a locação por Airbnb está inserida na chamada "economia de compartilhamento" e que a atividade está protegida pela liberdade econômica. Ele citou precedente do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou a atividade de transporte compartilhado como Uber e 99 "em mercado até então explorado por taxistas".
Lei não restringe
"Não bastasse a ausência de qualquer lei que limite tal comportamento dos requeridos (princípio da legalidade), há que se ressaltar que os recorrentes realizam as atividades de disponibilização de seus imóveis, na forma como apresentado, desde o ano de 2011, sem que tenha havido oposição, ao menos pelo que evidencia, de insurgência dos demais condôminos em relação a tais atividades", argumentou o ministro.
No Senado, tramita desde 2019 um projeto de lei (PL) que quer regulamentar a locação de imóveis residenciais por meio de plataformas como o Airbnb. O senador Angelo Coronel (PSD-BA), autor da proposta, argumentou que há um "vazio legislativo" que tem contribuído para o aumento dos conflitos entre proprietários que buscam alugar seus imóveis por meio de plataformas e moradores que se opõem à transformação do condomínio em um ambiente de hospedagem.
Procurada pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a Airbnb disse que as decisões do STJ "referem-se a casos específicos e pontuais e não determinam a proibição da locação via Airbnb em condomínios".
"O aluguel por temporada no Brasil é legal, expressamente previsto na Lei do Inquilinato. Proibir ou restringir a locação por temporada viola o direito constitucional de propriedade de quem aluga o seu imóvel. O Airbnb está comprometido a apoiar o crescimento econômico no Brasil, ajudando proprietários de imóveis a obterem renda extra ao se tornarem anfitriões na plataforma, participando ativamente da economia do turismo com praticidade e segurança", diz a empresa.
A cúpula no Rio acontece ainda sob a expectativa de que as autoridades possam anunciar a conclusão das negociações com a União Europeia. Ao falar do assunto, Prazeres segue a linha sinalizada pelo Itamaraty mais cedo, sem garantir a chance do comunicado. Reforçou, por sua vez, que o governo brasileiro põe esforços para tentar o feito. "Evidentemente nós estamos trabalhando para conclusão de Mercosul-UE, com esse objetivo [de anúncio da conclusão na Cúpula]. A assinatura com Cingapura e um eventual - sublinho o eventual - anúncio da conclusão das negociações entre Mercosul e União Europeia fariam esse ano absolutamente notável em relação ao passado recente, afirmou Prazeres.
Sobre a negociação com Cingapura, a secretária destacou que, além de representar a estreia do bloco em um país asiático, se trata também do primeiro acordo de livre comércio que o Brasil conclui em mais de uma década. "É um acordo que favorece investimentos, serviço, tecnologia, a aproximação entre empresas. Já há um número importante de empresas brasileiras em Cingapura, e o acordo contribui para a segurança jurídica da atuação dessas empresas lá. O mercado é também importante para outros produtos, por exemplo, é o quinto destino de carne suína do Brasil", observou.
Além de ser o sétimo destino das exportações brasileiras, Cingapura também figura como o segundo principal comprador do País na Ásia, depois da China. Diante disso, a titular da Secex ressalta um dos termos do acordo que deverá facilitar as vendas de frigoríficos brasileiros ao parceiro. Se trata da possibilidade de adoção do sistema pre-listing, que gera uma habilitação facilitada das plantas que podem exportar ao destino.
"Ao invés de habilitação se dar por planta, você tem a possibilidade de adotar um acordo que reconheça os estabelecimentos autorizados pelo Ministério da Agricultura no Brasil, e vice-versa. Isso nós pleiteamos com a China há muito tempo e ainda não conseguimos, por exemplo", citou Prazeres, defendendo que o avanço no uso do mecanismo contribui para a credibilidade das autoridades sanitárias brasileiras no ambiente externo.
Além da expectativa de que o acordo incremente R$ 28 bilhões no PIB brasileiro até 2041, os cálculos do governo também apontam para a geração de R$ 11 bilhões em investimentos e R$ 49 bilhões em corrente de comércio em 18 anos.
Para a secretária de Comércio Exterior, a assinatura do acordo com Cingapura, junto de um eventual anúncio de conclusão das negociações com a União Europeia, imprimem uma sinalização "muito positiva" sobre o futuro do Mercosul e sua capacidade em fechar acordos comerciais. "Certamente houve avanços com a União Europeia. Estamos muito mais próximos da conclusão do que estávamos no início do ano. Temos clareza de que há um universo limitado de assuntos que ainda estão abertos, mas certamente estamos mais próximos de um acordo", afirmou Prazeres.
O anúncio ocorre após a sinalização de adesão do Brasil à Opep+. A entidade é um grupo formado por 23 países entre membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados. No caso da Opep, os países têm obrigações a cumprir, como o aumento ou a redução da produção de petróleo, o que não ocorre com os membros da Opep+. Atualmente, entre os aliados que compõem a entidade estão países como Azerbaijão, Bahrein, Malásia, México e Rússia.
Neste sábado, 2, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil vai participar do grupo Opep+, mas não vai "apitar nada" nas decisões do bloco. Ele argumentou que a participação brasileira é importante para convencer países produtores de petróleo a reduzirem a exploração de combustíveis fósseis. Segundo o Ministério de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a adesão não vai impor ao País nenhuma cota máxima de produção.
Lula participou de um encontro com a sociedade civil durante a Cúpula do Clima da ONU, COP-28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Durante a reunião, representantes de organizações não governamentais defenderam postura enfática contra os combustíveis fósseis.
"Muita gente ficou assustada com a ideia de que o Brasil ia participar da Opep. O Brasil não vai participar da Opep, vai participar da Opep+", disse. "Eu vou lá, escuto, só falo depois que eles tomarem a decisão e venho embora. Não apito nada. A Opep+ eu acho importante a gente participar, porque a gente precisa convencer os países que produzem petróleo que eles precisam se preparar para reduzirem os combustíveis fósseis", disse.
Silveira já havia sinalizado a entrada do País na entidade durante a semana. "A Opep+ é uma plataforma de discussão da indústria petroleira, onde poderemos discutir transição energética", disse, acrescentando ser necessário e urgente avançar nesse tema. Ele argumentou que o Brasil foi convidado porque o governo Lula é reconhecido por "ser do diálogo".
Ainda neste sábado, Prates defendeu que as receitas petrolíferas sejam aplicadas em esforços de transição energética numa crescente. "É preciso compreender que o mundo simplesmente não pode parar de usar petróleo de um dia para o outro. Nós ainda vamos precisar dele. É importante também que as receitas petrolíferas dos Estados e empresas sejam usadas gradualmente cada vez mais para a transição energética", disse em vídeo gravado na COP-28, em Dubai.
Segundo ele, o debate sobre o papel das petroleiras na transição, previsto para quarta-feira, 6, será a principal contribuição da Petrobras e suas pares globais, estatais e privadas, na conferência.
Parcerias com sauditas
Na quarta-feira, 29, Prates havia afirmado em uma rede social que a estatal estava avançando em parcerias com os sauditas, para "garantir que possamos trabalhar conjuntamente em projetos de segurança, acessibilidade e sustentabilidade energética". Ele não deu mais detalhes.
O presidente da Petrobras participou da mesa de debates do Fórum Empresarial Arábia Saudita-Brasil, em Riade, na Arábia Saudita, com Lula. O evento promovido pela Apex Brasil reuniu as principais empresas e entidades brasileiras e sauditas para promover a prospecção econômica entre ambos os países.
"Na mesa sobre energia, defendi que o Brasil possui grande potencial na liderança operacional da transição energética, que já está em curso. Nosso País detém uma matriz energética e elétrica importantemente renovável. E isso serve tanto de desafio como de referência para nossas relações com a Arábia Saudita e demais países", disse Prates.
No encontro, Lula também convocou a Arábia Saudita a avaliar parcerias na área de fertilizantes. O Brasil é o maior importador do insumo, ao mesmo tempo que é uma dos maiores fornecedores de alimentos do planeta.
A Petrobras possui quatro fábricas de fertilizantes, sendo uma em construção, a UFN III, em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, que chegou a ter a venda anunciada pelo governo Bolsonaro para o grupo russo Acron, mas não foi adiante; e outras três que foram hibernadas (Fafen-PR) e arrendadas (Fafen-BA e Fafen-SE) entre 2019 e 2020.
Segundo Prates, a intenção da Petrobras agora é retomar todas as unidades. A primeira que deverá voltar à operação é a unidade do Paraná, que está hibernando, e conversas já estão sendo feitas para possíveis projetos conjuntos nas fábricas arrendadas na Bahia e Sergipe. Já a fábrica de Três Lagoas tem previsão de iniciar a operação em 2028, com possibilidade de ter o prazo antecipado. (COM DENISE LUNA)
Ricardo Alexandre Mendes deu entrada como inventariante (pessoa responsável por listar bens e herdeiros do patrimônio). Como Walewska não deixou testamento, o papel, por direito, é de Ricardo, com quem a atleta foi casada por 20 anos. Ele havia pedido a separação pouco antes da morte da jogadora, mas o processo de divórcio não chegou a ser concluído. Não há um valor do patrimônio da atleta. O casamento deles era em comunhão parcial de bens, o que cada um adquiriu depois do casamento pertencia aos dois.
Entretanto, o pedido da família da atleta é que Ricardo seja excluído da herança. A principal razão é por ele ter "manchado a imagem" e "atacado a honra" de Walewska, segundo a advogada dos pais. Além disso, Geraldo e Maria relatam tratamento abusivo de Ricardo com a filha. "Eu considerava ele igual um filho. Tratava muito bem. Queria que os dois estivessem muito bem. Na presença dos pais, ele às vezes maltratava ela. Chegamos a assistir briga dele com ela. Chegou a eu levar eles para o aeroporto e ele xingar ele dentro do carro comigo. Eu olhei e ele parou de falar. O marido tratar a mulher perto dos pais... a gente imaginava: 'E longe da gente, o que pode acontecer?'", questionou o pai de Walewska.
Segundo a mãe da atleta, o viúvo não avisou que iniciou o inventário. A última vez em que eles conversaram foi em 21 de setembro, dia da morte de Walewska. Maria ainda relata que Rodrigo avisou que não iria ao velório da esposa, mas que ele não foi impedido de comparecer.
FAMÍLIA NÃO TEM ACESSO AO PATRIMÔNIO
Walewska investia no ramo imobiliário. Conforme um consultor financeiro que a acompanhava até 2019, ela tinha 23 imóveis, sendo 22 deles em São Paulo. Os pais, contudo, não têm acesso a uma lista com os bens. "Toda a relação de imóveis não existe mais. Tem um só. O próprio Ricardo afirmou. Para quem e como foi vendido, quem e como pagou, são as respostas que a família precisa. Isso não foi respondido", argumenta Maria Toledo, advogada dos pais de Walewska.
A atleta não deixou testamento. Entretanto, cartas escritas por elas estão anexas no processo. Os textos citam a decepção em descobrir um filho do marido fora do casamento. Também é mencionada uma frustração financeira, mas sem deixar claro de quem eram as dívidas. De acordo com os pais, Walewska nunca comentou sobre traição com eles.
'ATAQUE À HONRA'
A representante dos pais de Walewska argumenta que o fato de Ricardo ter falado publicamente que a esposa tinha compulsão por compra é um ataque à imagem dela. No boletim de ocorrência da morte de Walewska, ele relatou "enfrentar problemas na relação" há pelo menos quatro anos.
A mãe da atleta não nega o gosto de Walewska por compras: "Ela tinha compulsão por comprar para a casa e para ela". O pai, contudo, reitera que isso não chegava em um nível de que ela vendesse os imóveis, por exemplo, para fazer outras compras. "Se a justiça achar que ele tem direito, é direito dele. Se a justiça achar que nós temos direito, é direito nosso", espera Geraldo.
"Informações que mancharam e atingiram a honra dela. Essa é a razão pela qual a família busca que Ricardo seja considerado indigno. Não existe briga por herança", argumenta a advogada dos pais.
Ricardo Alexandre Mendes falou em nota assinada por seus advogados. Ele confirmou mais uma vez que o casamento passava por uma crise. Entretanto, ele negou qualquer relação abusiva afirmando que essas suspeitas "não poderiam estar mais distante da realidade". O viúvo ainda menciona que os dois construíram "histórias com acertos e erros, pontos altos e baixos, mas que certamente nunca teve qualquer traço de abuso". Sobre o inventário, ele não se manifestou, alegando que o caso corre em segredo de justiça.
CARREIRA
Natural de Belo Horizonte, Walewska começou sua carreira profissional no vôlei em 1995, atuando pelo Minas Tênis Clube, equipe na qual ficou até 1998, quando foi convocada pelo técnico Bernardinho pela primeira vez para a seleção brasileira. Ela tinha apenas 19 anos. A jogadora conquistou medalha de ouro com a seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, em 1999. No ano seguinte, a central ajudou o Brasil a ficar com o bronze na Olimpíada de Sydney.
Depois de um período longe da seleção, ela voltou a ser convocada pelo técnico José Roberto Guimarães e fez parte do time que ficou com o quarto lugar nos Jogos de Atenas, em 2004. Walewska trabalhou com os dois grandes treinadores do vôlei brasileiro: Zé Roberto e Bernardinho. Ambos lamentaram a morte da atleta, bem como outras personalidades e entidades esportivas. A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) afirmou que Walewska era uma "jogadora especial" e que sua trajetória no esporte será "sempre lembrada e reverenciada".
Depois que se aposentou, Wal, como era chamada, passou a ser "especialista em liderança e alta performance", como ela mesmo se descrevia, e lançou a biografia Outras Redes, o documentário O Último Ato é o podcast OlympicMind. Publicada em janeiro deste ano, a biografia, cujo prefácio foi escrito por Bernardinho, conta as memórias e desafios que a jogadora enfrentou na vida e no vôlei, ao qual se dedicou por 30 anos.
Dias antes de morrer, ela visitou o centro de treinamento do Palmeiras e conheceu o técnico Abel Ferreira, com o qual trocou livros e experiências. O treinador disse ter sido uma "honra extraordinária" conhecer a atleta, eleita melhor central do mundo em 2008. Como todos, ele recebeu com incredulidade a notícia da morte da jogadora.
A mandatária compartilhou uma arte com sua própria foto em que há o texto "Estão mais calmos?". Durante a temporada, a torcida palmeirense protestou pelos resultados do time, principalmente após as eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores. Quando o Botafogo era líder absoluto do Brasileirão, isso também era motivo de manifestações. Outro ponto era a cobrança por reforços.
O post, na verdade, é uma repetição do que Leila havia postado no Instagram após o Palmeiras eliminar o Atlético-MG nas oitavas de final da Libertadores. Na ocasião, a presidente escreveu a mesma frase em um story. As redes sociais do TNT Sports reproduziu a pergunta com uma arte. A imagem foi a mesma compartilhada neste domingo por Leila, com inclusão de emojis de corações verdes.
TÍTULO MESMO COM DERROTA
O título brasileiro tem tudo para ficar com o Palmeiras. Com 69 pontos, o Palmeiras tem três de frente para os concorrentes, mas com uma enorme vantagem no saldo de gols. Ou seja, mesmo que sofra uma derrota diante do Cruzeiro, na última rodada, no Mineirão, e os rivais vençam (o que iria igualar o número de vitórias) é praticamente impossível ser ultrapassado no segundo critério de desempate. A festa pelo bicampeonato, afinal o time é o atual campeão, será em Belo Horizonte. Segundo a UFMG, as chances de título são de 99.6%. Botafogo e Atlético-MG ainda têm percentuais, mas inexpressivos: 0,3% e 0,027%.
Com 43 pontos, o Santos ocupa o 15º lugar, seguido por Vasco (42) e Bahia (41), o primeiro integrante na zona da degola. Para não depender do resultado dos concorrentes pela permanência na elite no futebol, o time alvinegro tem de vencer o seu compromisso. Os cariocas recebem o Red Bull Bragantino em São Januário e os baianos recebem o Atlético-MG, na Arena Fonte Nova.
O primeiro tempo deixou claro que apenas uma das equipes em campo ainda tinha o que fazer na competição. Ameaçado pelo rebaixamento, o Santos foi mais contundente nas ações. Faltou acertar o alvo. A única defesa de Bento foi em uma cabeçada de Joaquim. As demais tentativas, com Soteldo, Julio Furch e Jean Lucas, passaram perto, com certo perigo, mas não exigiram intervenções do goleiro do Athletico-PR.
Apesar de jogar em casa, o Athletico-PR demonstrou pouco interesse em atacar. A principal atração era ver Vitor Roque, em sua despedida diante do torcedor antes de rumar para o Barcelona. Mas, mesmo sem forçar, foi para o intervalo com vantagem no placar. Aos 50 minutos, Vitor Bueno cobrou falta da entrada na área no canto onde estava João Paulo, mas o goleiro não conseguiu evitar o gol que fez aumentar o drama santista.
O Santos sentiu o golpe. Voltou bastante desanimado para o segundo tempo. O técnico Marcelo Fernandes ainda tentou o tudo ou nada com Mendoza no lugar de Dodô. E ficou com o nada. Aos 30 minutos, Vitor Bueno acertou lindo cruzamento na cabeça de Madson, outro ex-santista, que apenas desviou de João Paulo. Nos acréscimos, Willian Bigode ainda fez o terceiro.
FICHA TÉCNICA
ATHLETICO-PR 3 X 0 SANTOS
ATHLETICO-PR - Bento; Cacá, Thiago Heleno e Kaíque Rocha; Madson (Bruno Peres), Erick, Fernandinho (Dudu), Christian (Alex Santana) e Cuello; Vitor Bueno (Zapelli) e Vitor Roque (Willian Bigode). Técnico: Wesley Carvalho.
SANTOS - João Paulo; Lucas Braga, Joaquim, Messias e Dodô (Mendoza); Rincón (Morelos), Rodrigo Fernández (Gabriel Inocêncio), Jean Lucas e Nonato (Lucas Lima); Julio Furch (Marcos Leonardo) e Soteldo. Técnico: Marcelo Fernandes.
GOLS - Vitor Bueno, aos 50 minutos do primeiro tempo; Madson, aos 30, e Willian Bigode, aos 50 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Rincón, Joaquim, Fernandinho, Thiago Heleno, Erick, Alex Santana, Rodrigo Fernández, Cacá e Morelos.
ÁRBITRO - Rafael Rodrigo Klein (RS)
RENDA - R$ 1.152.400,00
PÚBLICO - 21.823 pessoas.
LOCAL - Ligga Arena, em Curitiba.
O gol de Guilherme no início do primeiro tempo colocou o time cearense na 10ª colocação, com 51 pontos e garantiu a segunda vitória seguida na competição. No meio de semana tinha vencido por 2 a 1 o Red Bull Bragantino.
Já rebaixado com duas rodadas de antecedência - o time teve a queda sacramentada após derrota de 2 a 1 para o Grêmio, quinta-feira -, o Goiás apenas cumpriu tabela e permanece na 18ª posição com 35 pontos. O time goiano não alcança mais a pontuação necessária para deixar a zona da degola.
O Fortaleza começou a partida em um ritmo intenso e abriu o marcador logo aos cinco minutos. Thiago Galhardo acionou pela direita Calebe, que cruzou rasteiro na área para Guilherme aparecer sozinho e tocar de chapa para o fundo do gol.
O gol deu tranquilidade ao time da casa, mas, ao mesmo tempo, diminuiu o ritmo e cedeu espaço ao Goiás, que passou a atacar um pouco mais. O time goiano, no entanto, não levou perigo ao goleiro João Ricardo.
O Fortaleza voltou mais ligado no segundo tempo e aos nove minutos Yago Pikachu teve a chance de ampliar, mas desperdiçou grande oportunidade. Embora começasse mais ligado, o Fortaleza, assim como no primeiro tempo, diminuiu o ritmo e, sem inspiração, agrediu pouco o gol do goleiro Tadeu.
O Goiás pouco ameaçou a vitória cearense e mostrou o motivo pelo qual foi rebaixado. No final, o time da casa ainda tentou algumas jogadas pelas laterais, mas a partida terminou 1 a 0.
Na última rodada do Campeonato Brasileiro, o Fortaleza, na quarta-feira, às 21h30, encara o Santos, na Vila Belmiro. O Goiás se despede da Série A diante do América-MG, em Goiânia (GO), no mesmo dia e horário.
FICHA TÉCNICA
FORTALEZA 1 X 0 GOIÁS
FORTALEZA - João Ricardo; Tinga, Brítez, Titi e Escobar; Caio Alexandre (Zé Wellison), Lucas Sasha, Yago Pikachu (Lucas Crispim) e Calebe (Pochettino); Guilherme (Marinho) e Thiago Galhardo (Lucero). Técnico: Juan Pablo Vojvoda
GOIÁS - Tadeu; Maguinho (Alesson), Lucas Halter, Edu e Diego; Willian Oliveira (Raphael Guzzo), Morelli (Dodô), Luís Oyama e Guilherme (Breno Herculano); Anderson e Pedrinho (Matheus Babi). Técnico: Mário Henrique.
GOL - Guilherme, aos 5 minutos do primeiro tempo.
CARTÕES AMARELOS - Titi e Thiago Galhardo (Fortaleza); Matheus Babi, Alesson, Diego e Guilherme (Goiás)
ÁRBITRO - Anderson Daronco (FIFA-RS).
RENDA - R$ 454.576,00.
PÚBLICO - 50.317 pagantes.
LOCAL - Arena Castelão, em Fortaleza (CE).
Mesmo jogando em casa, o Botafogo só empatou sem gols com o Cruzeiro neste domingo. Foi o décimo jogo sem vitória do Botafogo, que soma agora 64 pontos e está na quinta colocação. Já o Cruzeiro chegou aos 46 pontos e conseguiu se livrar da ameaça do rebaixamento.
O primeiro tempo não teve grandes chances de gols. A torcida no Engenhão, descontente com a queda de rendimento do time, vaiou o Botafogo.
Na etapa final, o técnico Tiago Nunes trocou a dupla de ataque do Botafogo, tirando Luis Henrique e Tiquinho Soares e colocando Diego Costa e Hugo, mas a equipe não foi capaz de furar a defesa rival.
No final da partida, a torcida do Botafogo chegou a demonstrar algum apoio ao time, mas também surgiram gritos de protestos.
Na última rodada, na quarta-feira, o Botafogo vai a Porto Alegre enfrentar o Internacional. O Cruzeiro recebe o Palmeiras, no Mineirão.
FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 0 X 0 CRUZEIRO
BOTAFOGO - Lucas Perri; Danilo Barbosa, Adryelson e Cuesta; Tchê Tchê, Marlon Freitas (Carlos ALberto), Gabriel Pires (Newton) e Victor Sá; Júnior Santos (Janderson), Luis Henrique (Diego Costa) e Tiquinho Soares (Hugo). Técnico: Tiago Nunes.
CRUZEIRO - Rafael Cabral; Palacios, Neris, Luciano Castán e Marlon; Ian Luccas (Mateus Vital), Lucas Silva (João Marcelo) e Japa; Matheus Pereira (Nikão), Bruno Rodrigues (João Pedro) e Arthur Gomes (Robert). Técnico: Paulo Autuori.
CARTÕES AMARELOS - Danilo Barbosa, Gabriel Pires, Adryelson e Diego Costa (Botafogo), Palacios, Neris e Luciano Castán (Cruzeiro)
ÁRBITRO - Wilton Pereira Sampaio.
RENDA E PÚBLICO - Não divulgados.
LOCAL - Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).
O Red Bull Bragantino, que já tem vaga garantida na fase de Pré-Libertadores de 2024, segue em sexto, agora com 62 pontos. Pode até ultrapassar o Botafogo, com 64 pontos, na última rodada. Já o Coritiba continua na 19ª e penúltima colocação com 30 pontos.
Jogando em casa, o Bragantino dominou praticamente todo o primeiro tempo, mas criou poucas oportunidades claras de gols. A melhor chance de tirar o zero do placar saiu aos 27 minutos, quando Helinho chutou cruzado da entrada da área e obrigou o goleiro Pedro Morisco a se esticar inteiro para salvar o Coritiba.
No lance seguinte, aos 28, o goleiro fez mais uma grande defesa depois de Juninho Capixaba pegar um rebote de um escanteio e chutar firme. A resposta do Coritiba saiu já nos acréscimos, aos 46 minutos. Marcelino Moreno arriscou um chute de fora da área, mas a bola foi para fora.
Na volta do intervalo, o duelo seguiu movimentado, mas o placar só foi sair do zero aos 29 minutos, quando Léo Ortiz colocou o Red Bull Bragantino em vantagem. Vitinho cruzou, Eduardo Sasha escorou e Léo Ortiz cabeceou para o fundo das redes.
A partir daí, o Coritiba se lançou ao ataque em busca do empate, mas não tinha força ofensiva para responder à altura. Enquanto isso, o time paulista se fechou na defesa e segurou a vitória pelo placar de 1 a 0.
Agora, o Red Bull Bragantino encerra sua participação no Brasileirão na próxima quarta-feira, às 21h30, fora de casa, contra o Vasco, no Estádio de São Januário, no Rio de Janeiro. No mesmo horário, o Coritiba encara o Corinthians, no Couto Pereira, pela segunda vez sob comando do técnico Guto Ferreira, escolhido para reerguer o time na Série B em 2024.
FICHA TÉCNICA
RED BULL BRAGANTINO 1 X 0 CORITIBA
RED BULL BRAGANTINO - Cleiton; Andrés Hurtado, Léo Ortiz, Luan Cândido e Juninho Capixaba (Realpe); Matheus Fernandes (Jadsom Silva), Lucas Evangelista e Bruninho (Eduardo Sasha); Helinho (Matheus Gonçalves), Thiago Borbas e Henry Mosquera (Vitinho). Técnico: Pedro Caixinha.
CORITIBA - Pedro Morisco; Natanael, Thalisson Gabriel, Kuscevic e Diogo Batista (Reynaldo); Willian Farias (Andrey), Matheus Bianqui (Gabriel Silva) e Sebastián Gómez; Marcelino Moreno, Robson (Lucas Ronier) e Kaio César (Edu). Técnico: Guto Ferreira.
GOL - Léo Ortiz, aos 29 minutos, do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Juninho Capixaba, Helinho, Matheus Fernandes e Matheus Gonçalves (Red Bull Bragantino).
ÁRBITRO - Dyorgines Jose Padovani de Andrade (ES).
RENDA - R$ 98.045,00.
PÚBLICO - 3.509 total.
LOCAL - Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP).
O referendo pergunta aos venezuelanos se eles apoiam o estabelecimento de um Estado no território disputado, conhecido como Essequibo, concedendo cidadania aos residentes da área atual e futura e rejeitando a jurisdição do tribunal superior das Nações Unidas para resolver o desacordo entre os dois países. Foram chamados a votar 20,7 milhões de venezuelanos de uma população de quase 30 milhões.
Entretanto, o insistente apelo das autoridades venezuelanas para participar "massivamente" no referendo parece ter obtido uma fraca resposta da população, o que se pôde constatar nos centros de votação, com pouca presença de eleitores.
Às 15h (16h em Brasília), três horas antes do encerramento previsto dos centros, menos de 12% dos eleitores tinham votado em três locais de votação em áreas diferentes de Caracas, segundo os coordenadores destes centros consultados pela Efe.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) indicou que os 15.857 centros habilitados para o referendo deste domingo permanecerão operacionais, uma vez que - assegurou - "há ainda venezuelanos nas filas", convidando-os a continuar participando desta consulta.
Willy Morales, um jovem de 29 anos que passava em frente ao centro de votação, decidiu se abster de participar por não se sentir interessado. "No final das contas, seja (Essequibo) nosso ou não, o que basicamente vai se beneficiar é o governo, porque é quem vai trazer à tona as questões minerais para usar a seu favor, mas o povo se beneficiam muito com isso", disse à Efe.
O presidente do CNE, Elvis Amoroso, anunciou que, "imediatamente após o término da prorrogação", fará um balanço de "como tem sido o processo", embora os resultados deverão ser anunciados horas mais tarde.
Do outro lado da fronteira, milhares de guianenses formaram correntes humanas, chamadas de "círculos de união", no domingo para mostrar seu apego à região. Muitos usavam camisetas com frases como "Essequibo pertence à Guiana" e agitavam bandeiras do país.
Como funciona o referendo?
O referendo foi proposto pela Assembleia Nacional do país, aprovado pelo Conselho Nacional Eleitoral e liberado pelo Supremo Tribunal de Justiça, todos controlados por partidários de Maduro. Os venezuelanos respondem "sim" ou "não" para cinco perguntas.
Entre as questões, os eleitores têm de responder se "concordam em rejeitar por todos os meios, de acordo com a lei", o limite de 1899 e se apoiam o acordo de 1966 "como o único instrumento legal válido" para chegar a uma solução. Também pergunta se estão de acordo com a criação de um província venezuelana chamada "Guiana Esequiba" e a outorga da nacionalidade a seus habitantes.
O que está em disputa?
A consulta, não vinculante, não é sobre autodeterminação, já que território de 160 mil quilômetros quadrados está sob a administração da Guiana e seus 125 mil habitantes não votam. O resultado não terá consequências concretas a curto prazo: a Venezuela busca reforçar sua credibilidade e reivindicar sua demanda e nega que seja uma desculpa para invadir e anexar à força a região.
A Venezuela argumenta que o rio Esequibo é a fronteira natural, como foi em 1777 quando era Capitania Geral do Império Espanhol. Apela ao Acordo de Genebra, assinado em 1966 antes da independência da Guiana do Reino Unido, que lançou as bases para uma solução negociada e anulou uma decisão de 1899, que definiu os limites defendidos por Guiana, que pediu sua ratificação à Corte Internacional de Justiça (CIJ).
O governo da Guiana pediu a suspensão do referendo à CIJ, sem sucesso. O tribunal determinou não mudar o status quo da região sem fazer referência ao processo. De qualquer modo, a Venezuela havia afirmado que não cumpriria ordens desse tipo, já que não reconhece a juridição deste tribunal.
A reivindicação da Venezuela se intensificou desde que, em 2015, a gigante energética americana ExxonMobil descobriu petróleo em águas em disputa que a colocariam na lista de países com as maiores reservas per capita do mundo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
Moradores disseram que os militares lançaram panfletos ordenando-lhes que se deslocassem para o sul, para a cidade fronteiriça de Rafah ou para uma área costeira no sudoeste. "A cidade de Khan Younis é uma zona de combate perigosa", diziam os panfletos.
Palestinos na Faixa de Gaza disseram estar ficando sem lugares para ir. Muitos dos seus 2,3 milhões de habitantes estão amontoados no sul depois que Israel ordenou que os civis deixassem o norte nos primeiros dias da guerra. A ONU estima que 1,8 milhão de moradores de Gaza estejam desalojados.
Halima Abdel-Rahman, viúva e mãe de quatro filhos, disse que não atenderá mais às ordens de deslocamento. Ela fugiu de casa em outubro para uma área fora de Khan Younis, onde fica com parentes. "A ocupação diz para você ir para esta área, então eles a bombardeiam", disse ela por telefone. "A realidade é que nenhum lugar é seguro em Gaza. Eles matam pessoas no norte. Eles matam pessoas no sul."
Além dos panfletos, os militares têm usado telefonemas e transmissões de rádio e televisão para avisar os habitantes de Gaza a abandonarem áreas específicas. Israel diz que tem como alvo terroristas do Hamas e atribui as mortes de civis a eles, acusando-os de operar em bairros residenciais.
Fortes bombardeios foram relatados em torno de Khan Younis e da cidade de Rafah, bem como em partes do norte que tinham sido o foco da devastadora ofensiva aérea e terrestre de Israel.
Juliette Toma, diretora de comunicações da agência da ONU para refugiados palestinos, disse que quase 958 mil pessoas deslocadas estavam em 99 instalações das Nações Unidas no sul da Faixa de Gaza. O chefe dos direitos humanos da ONU, Volker Türk, apelou ao fim da guerra, dizendo que o sofrimento dos civis era "demais para suportar".
Os Estados Unidos, aliado mais próximo de Israel, pediram ao país que evitasse novos deslocamentos em massa significativos e que fizesse mais para proteger os civis. A vice-presidente americana, Kamala Harris, também disse ao presidente do Egito que, "sob nenhuma circunstância", os EUA permitiriam a realocação forçada de palestinos de Gaza ou da Cisjordânia, um cerco contínuo a Gaza ou o redesenho das suas fronteiras.
Sem esperanças para nova trégua
O Ministério da Saúde em Gaza, controlado pelo Hamas, disse que o número de mortos desde 7 de outubro ultrapassou 15,5 mil. O ministério não faz distinção entre mortes de civis e combatentes, mas disse que 70% dos mortos eram mulheres e crianças.
Afirmou ainda que mais de 41 mil pessoas ficaram feridas. Um porta-voz do Ministério da Saúde disse que centenas de pessoas foram mortas ou feridas desde o fim do cessar-fogo. "A maioria das vítimas ainda está sob os escombros", disse Ashraf al-Qidra.
Enquanto isso, as esperanças de outra trégua temporária em Gaza estavam desaparecendo. Um cessar-fogo de uma semana que terminou na sexta-feira, 1º, facilitou a libertação de dezenas dos cerca de 240 reféns israelenses e estrangeiros mantidos em Gaza em troca de palestinos presos por Israel. Mas Israel mandou os negociadores para casa, e o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu diz que a guerra continuará até que "todos os seus objetivos" sejam alcançados. Uma delas é retirar o Hamas do poder em Gaza.
Um alto funcionário do Hamas, Osama Hamdan, disse que a retomada das negociações com Israel sobre novas trocas deve estar vinculada a um cessar-fogo permanente. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse ao programa Meet the Press da NBC que os Estados Unidos estão trabalhando "muito duro" para uma retomada de negociações.
As hostilidades renovadas aumentaram as preocupações com os 137 reféns que os militares israelenses acreditam que ainda estão detidos pelo Hamas. Durante a recente trégua, 105 reféns foram soltos, e Israel libertou 240 prisioneiros palestinos. A maioria dos libertados por ambos os lados eram mulheres e crianças. As famílias dos reféns apelaram a uma reunião urgente com o Gabinete de Segurança de Israel, dizendo que o tempo "está se esgotando para salvar aqueles que ainda estão detidos pelo Hamas".
Os militares de Israel disseram que seus caças e helicópteros atingiram alvos na Faixa de Gaza, incluindo "poços de túneis, centros de comando e instalações de armazenamento de armas", enquanto um drone matou cinco combatentes do Hamas. Oficiais militares reconheceram "extensos ataques aéreos na área de Khan Younis".
Os corpos de 31 pessoas mortas no bombardeio israelense no centro de Gaza foram levados para o hospital Al-Aqsa em Deir al-Balah, disse Omar al-Darawi, funcionário administrativo do hospital. Do lado de fora de um necrotério em Khan Younis, o residente Samy al-Najeila carregava o corpo de uma criança. Ele disse que seus filhos estavam se preparando para sair de sua casa, "mas a ocupação não nos deu tempo.
"O prédio de três andares foi completamente destruído, todo o quarteirão foi totalmente destruído." Ele disse que seis dos corpos eram de seus parentes. "Cinco pessoas ainda estão sob os escombros", disse ele.
Sem nova trégua
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, destacou que não há novas negociações oficiais sobre uma trégua e troca de reféns no conflito que envolve Israel e o grupo palestino Hamas. Ainda assim, reforçou que os Estados Unidos seguem trabalhando para que isso ocorra.
Em entrevista à NBC, Kirby afirmou que os Estados Unidos não tinham conhecimento sobre os planos de ataque do Hamas a Israel. A declaração veio em resposta a notícias de que o governo israelense já sabia sobre a possível investida, após matéria divulgada pelo The New York Times nesta semana. (COM NATÁLIA COELHO)
Em uma entrevista recente para o site do Guinness World Record, os pais de Isla, Jason e Amanda McNabb, contaram que a criança surpreendeu a família ao conseguir ler a palavra "vermelho" que havia sido escrita em uma lousa infantil. Em seguida, a criança conseguiu ler outras palavras escritas no brinquedo sem grandes dificuldades. "Com um ano e meio, ela aprendeu o alfabeto sozinha e começou a ler aos dois anos de idade", disse o pai de Isla, Jason McNabb, ao site internacional.
Jason McNabb conta que, após a filha começar a ler sozinha, era comum encontrar ao lado de objetos pela casa as letras correspondentes que formavam a palavra daquele item, como quando a menina deixou as letras G-A-T-O a lado do bichano de estimação da família, ou quando ela deixou as letras que formavam a palavra "cadeira" ao lado do móvel da casa.
O "incidente" foi o estopim para que o casal de Kentucky decidisse que a menina deveria ter sua inteligência avaliada por um profissional. Os McNabb contrataram um psicólogo especializado em crianças superdotadas. "O psicólogo afirma que não costuma testar crianças de até dois anos de idade, mas abriu uma exceção depois de ouvir sobre os talentos dela," disse a mãe da menina na entrevista.
Com o resultado, Isla obteve a pontuação final de 99 de inteligência para a idade nos testes de QI Stanford-Binet, em uma escala que vai até 100. À época, ela tinha apenas 2 anos e meio. Assim, no dia 2 de junho de 2022, o Guinness reconheceu Isla formalmente como a menina mais jovem do mundo a ser aceita no Mensa.
Diante da falta de material didático e de apoio para entender como lidar com uma criança de inteligência superdotada, o casal decidiu inscrever a menina na sociedade de QI, em busca de outros pais que vivem situações semelhantes a sua e que pudessem "trocar figurinhas" sobre como educar uma criança cujo QI é superior a maior parte do resto do mundo.
Atualmente, Isla tem 3 anos de idade e começou a frequentar a pré-escola na sua cidade natal. A menina, segundo relato dos pais, já demonstrou aptidão para matemática e continua aperfeiçoando suas habilidades de leitura, que já supera o padrão das crianças da sua idade.
O Pentágono declarou estar ciente dos relatos sobre os ataques ao USS Carney e a embarcações comerciais e disse que fornecerá mais informações conforme estiverem disponíveis.
Anteriormente, um porta-voz militar britânico mencionou um ataque de drone suspeito e explosões no Mar Vermelho, sem fornecer detalhes. Embora não se tenha identificado a origem, rebeldes houthis apoiados pelo Irã no Iêmen têm realizado ataques no Mar Vermelho. Até o momento, não houve comentários imediatos do grupo. No entanto, um porta-voz militar houthi afirmou que um comunicado "importante" seria divulgado em breve.
O setor de transporte marítimo tem sido um alvo cada vez mais frequente à medida que a guerra entre Israel e o Hamas ameaça se expandir para um conflito regional mais amplo. No início de novembro, os houthis apreenderam um navio de transporte de veículos vinculado a Israel no Mar Vermelho, perto do Iêmen. Os rebeldes ainda mantêm a embarcação perto da cidade portuária de Hodeida. Além disso, mísseis atingiram uma área perto da localização de outro navio de guerra dos EUA na semana passada, depois que a embarcação ajudou um navio vinculado a Israel que havia sido brevemente apreendido por homens armados.
Os houthis não tinham como alvo diretamente os americanos há algum tempo, o que aumenta ainda mais as apostas no avanço dos conflitos marítimos. Em 2016, os EUA lançaram mísseis de cruzeiro Tomahawk que destruíram três locais de radar costeiros em território controlado pelos houthis em retaliação aos mísseis disparados contra navios da Marinha dos EUA, incluindo o USS Mason, na época.
Lula comentou sobre o tema em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde participou da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-28). Lula disse que já conversou por telefone com o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, duas vezes; e que o assessor especial da Presidência e ex-chanceler, Celso Amorim, já conversou com Maduro.
"Só tem uma coisa que a América do Sul não está precisando agora: é de confusão. Se tem uma coisa que precisamos para crescer e melhorar a vida do nosso povo é a gente baixar o facho, trabalhar com muita disposição de melhorar a vida do povo e não ficar pensando em briga. Não ficar inventando história. Espero que o bom senso prevaleça do lado da Venezuela e do lado da Guiana", disse o presidente.
Os venezuelanos vão às urnas neste domingo para opinar sobre a anexação do território, que voltou a ser debatida após descoberta de petróleo na região. A intenção da Venezuela é anexar da fronteira até o Rio Essequibo, o que corresponde a 75% do que hoje é a Guiana.
"Provavelmente, o referendo vai dar o que o Maduro quer, porque é um chamamento ao povo para aumentar aquilo que ele entende que seja o território dele. E ele não acata o acordo que o Brasil já acatou", afirmou Lula.
O presidente voltou a criticar a realização de guerras no mundo. Lula tem sido uma das principais vozes contra os conflitos entre Rússia e Ucrânia, e Israel e o grupo terrorista Hamas.
"É uma contradição a gente fazer um encontro dessa magnitude para discutir a redução de gases de efeito estufa e os caras jogando bomba. A humanidade deveria ter medo de guerra, porque só faz guerra quando falta o bom senso. Quando o poder da palavra se exauriu por fragilidade dos conversadores. Vale mais a pena uma conversa do que uma guerra", disse.
Ainda ontem, a polícia parisiense prendeu o homem que atacou as vítimas com uma faca e um martelo, afirmou o ministro do Interior da França. Segundo a Associated Press, o suspeito é um cidadão francês de 25 anos que passou quatro anos preso por planejar um ataque, deixando o isolamento em 2020. Após a prisão, ele expressou revolta com a morte de muçulmanos, especialmente no Afeganistão e nos territórios palestinos, e afirmou que a França era cúmplice, disse o ministro do Interior francês, Gerald Darmanin, segundo a AP. No ataque de sábado, o agressor teria gritado "Allahu Akbar" (Deus é grande), acrescentou Darmanin.
(Com informações da Associated Press)
MRV e COC se aliam em Campinas, com apoio da Sociedade Brasileira de Dermatologia, em evento nos dias 28 e 30, para alertar operários e a sociedade sobre a importância da prevenção e conscientização
A MRV, maior construtora da América Latina, se uniu à Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), para reforçar a campanha de conscientização e prevenção ao câncer de pele, Dezembro Laranja. A empresa realizará ações educativas em canteiros de obras por todo o Brasil, em suas mídias sociais, na TV fechada, além de levar o tema para a Arena MRV, em Belo Horizonte. O câncer de pele é o de maior incidência no Brasil, representa 31,3% de todos os casos da doença.
Em Campinas, as atividades acontecem nos dias 28 e 30 de novembro, em seis canteiros de obras e contam com o apoio do COC (Centro de Oncologia Campinas). "O COC sente-se honrado em participar dessa parceria com a MRV. A maior empresa de construção civil do Brasil, que tem milhares de colaboradores trabalhando expostos ao sol, demonstra uma consciência social do tamanho do trabalho que realiza. Ao oferecer aos seus colaboradores a possibilidade de serem cuidados e orientados, a MRV contribui para o diagnóstico do tumor mais frequente no mundo", elogia Fernando Medina, oncologista clínico do Centro de Oncologia Campinas.
Os números, segundo o médico, justificam a importância da campanha Dezembro Laranja, criada para alertar e conscientizar sobre a doença. Medina também se baseia nessas estatísticas para destacar o significado da iniciativa da MRV de dar a seus colaboradores a oportunidade de orientação e de rastreio do câncer de pele.
Ainda de acordo com o especialista, a exposição prolongada e repetida ao sol é o mais importante fator de risco para o surgimento do câncer de pele, o tipo da doença mais incidente em todo o mundo. No Brasil, o câncer de pele não melanoma responde por 31,3% de todos os casos da neoplasia maligna, à frente, por exemplo, dos cânceres de mama (10,5%) e de próstata (10,2%).
A cada ano são registrados mais de 220 mil novos casos de câncer de pele no Brasil, de acordo com estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), uma em cada três mortes por câncer de pele não melanoma é causada pela radiação ultravioleta do trabalho ao ar livre.
"A saúde preventiva é fundamental para melhorar a qualidade de vida das pessoas. A iniciativa do Dezembro Laranja fortalece a importância da mobilização contra o câncer de pele, um dos que mais afetam a população brasileira. A prevenção é simples, muito efetiva e protege não apenas contra o câncer, mas também contra envelhecimento precoce e manchas na pele. A ação da MRV, em parceria com o Centro de Oncologia Campinas, traz mais visibilidade ao tema, que precisa fazer parte da nossa agenda. Temos que nos conscientizar para cuidarmos de nossa saúde e da nossa pele, adotando hábitos que vão contribuir muito para o nosso bem-estar", afirma o prefeito de Campinas e médico, Dário Saadi.
Diante desse cenário, a MRV, que já tem uma atuação constante de prevenção, está realizando as ações de reforço na conscientização. "Os números do INCA nos trazem um alerta para a importância da informação e educação sobre o câncer de pele, principalmente no setor da construção civil, em que mais de 80% dos trabalhadores são homens. Há mais de dez anos disponibilizamos protetor solar para as equipes que estão nos canteiros de obras, mas sentimos a necessidade de ir além, de mostrar a relevância da prevenção e do diagnóstico precoce.", destaca Eduardo Fischer, CEO da MRV&CO.
Como parte dessas ações, acontecerão palestras nos canteiros de obras, triagem e atendimento médico, distribuição do manual "ABCDE da pinta" e gibis temáticos da Turma da Mônica produzidos pela SBD, para que os trabalhadores compartilhem com familiares, além da distribuição de protetores solares.
"Cuidar dos nossos funcionários é fundamental para o crescimento da nossa empresa. A adesão ao Dezembro Laranja neste ano é mais um passo na longa campanha que temos. Como uma das maiores companhias do ramo de construção do Brasil, esperamos não só conscientizar os nossos mais de 20 mil funcionários, mas levar também o exemplo ao setor, que é um dos que mais empregam no país", afirma Raphael Lafetá, Diretor Executivo de Relações Institucional e Sustentabilidade da MRV&CO.
Nutrólogo do Hospital IGESP explica que o auxílio na perda de peso e o controle de colesterol, glicemia e pressão arterial estão entre as vantagens proporcionadas pela semente.
Considerada um superalimento, a semente de linhaça traz uma série de benefícios à saúde e vem ganhando cada vez mais espaço no plano alimentar da população brasileira. Parte do grupo das oleaginosas e rica em fibras, ela auxilia na aceleração do trânsito intestinal e promove o aumento do bolo fecal, melhorando o funcionamento do intestino.
Andrea Bottoni, coordenador do serviço de Nutrologia do Hospital IGESP, explica que, além de fibras, a linhaça contém inúmeros nutrientes que fazem bem ao organismo. "A semente de linhaça, tanto a marrom quanto a dourada, possui ferro, cálcio, zinco, potássio, magnésio, ômega 3, fósforo, vitaminas E, complexo B e lignana, uma substância com propriedades anticancerígenas".
Segundo o especialista, o consumo regular da linhaça pode diminuir o risco de alguns tipos de câncer, ajuda a controlar o peso, a estabilizar os níveis de açúcar no sangue e a reduzir o colesterol e a pressão cardíaca. "A linhaça pode ser consumida diariamente, não há um momento específico do dia, mas alguns estudos apontam para um melhor controle da glicemia quando o consumo ocorre antes da refeição principal. Além disso, é observado um maior benefício quando há consumo prolongado, por mais de 12 semanas", esclarece o nutrólogo.
Por ser leve e suave, a semente é um ingrediente versátil, que pode realçar o sabor e textura em uma variedade de receitas. Ela pode ser consumida no café da manhã, com iogurtes e sucos, no almoço ou jantar, com saladas e arroz, e pode incrementar outros preparos, como pães, bolos, panquecas e biscoitos.
"As possibilidades são inúmeras, pois a semente é encontrada nos formatos de grão e farinha. Ambas são excelentes fontes de nutrientes, e a escolha vai depender do objetivo desejado. A semente de linhaça é uma excelente opção para quem busca um consumo mais completo, incluindo fibras e ácidos graxos ômega 3. Por outro lado, a farinha é versátil e pode ser incluída em diversas receitas, como smoothies, iogurtes e panquecas".
Confira alguns dos benefícios que o consumo regular da semente de linhaça proporciona:
Controle da glicemia: um dos benefícios mais significativos da linhaça é o controle da glicemia. Consumir linhaça regularmente pode ajudar a estabilizar os níveis de açúcar no sangue, o que a torna uma excelente opção para pessoas que buscam controlar o diabetes ou prevenir a resistência à insulina;
Controle do colesterol: a linhaça também é conhecida por sua capacidade de reduzir os níveis de colesterol no sangue. As fibras solúveis encontradas na semente ajudam a eliminar o excesso de colesterol ruim, contribuindo para a saúde cardiovascular e prevenindo doenças do coração;
Melhora da pressão arterial: alguns estudos sugerem que a inclusão da linhaça na dieta pode auxiliar na redução da pressão arterial, já que contribui para a saúde do sistema circulatório. Este benefício é especialmente importante para pessoas com hipertensão;
Auxílio na redução e controle do peso: para as pessoas que buscam emagrecer, a linhaça pode ser uma aliada valiosa. Suas fibras promovem a sensação de saciedade, fornecendo a ingestão de calorias. Além disso, é rica em ácidos graxos ômega 3, que auxiliam no processo de queima de gordura.
Iniciativa contempla ações para o Novembro Azul com testes gratuitos para detecção de câncer de próstata
O Saúde na Estrada Ipiranga, maior ação nacional itinerante de saúde e responsabilidade social do Brasil chega a sua 16ª edição com mais de 700 mil atendimentos. Ao todo, a iniciativa já rodou cerca de 625 km e passou por mais de 200 municípios, em 22 estados, com a realização de 56 mil exames de glicemia, 15 mil bioimpedâncias e o envolvimento de mais de 50 mil profissionais voluntários da área da saúde. Neste mês, a carreta também oferece exames rápidos (PSA) para detecção de câncer de próstata e materiais informativos reforçando a conscientização no Novembro Azul.
Em 2023, mais de 20 concessionárias de rodovia apoiaram o trabalho em diferentes trechos, disponibilizando ambulâncias e alterando os displays de led da rodovia para passar informações aos motoristas sobre o evento. Mais de 100 instituições de ensino foram envolvidas, com a participação de mais de 2 mil estudantes voluntários de Enfermagem.
Também neste ano, Ipiranga contou com a parceria de 20 Secretarias Estaduais de Saúde e 80 Secretarias Municipais de Saúde, que disponibilizaram vacinas, testes rápidos e preservativos. O apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que realizou palestras de conscientização da segurança no trânsito, em mais de 50 eventos, foi essencial para atualizar e tirar dúvidas dos motoristas.
Para Ipiranga, é fundamental promover ações e um olhar mais humanizado para cuidar cada vez mais da saúde física e mental dos profissionais das estradas e do entorno das cidades visitadas. Só para se ter uma ideia, segundo dados da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), existem no Brasil cerca de dois milhões de caminhoneiros.
"O Saúde na Estrada é um projeto desenvolvido com muita dedicação e responsabilidade para oferecer atendimento de saúde ao público das estradas e às comunidades próximas aos postos Ipiranga Rodo Rede. É um projeto que preza pelo acolhimento e olhar cuidadoso aos que, muitas vezes, ficam meses fora de casa e não conseguem tempo para realizar um exame simples. Essa inciativa é tão bem-sucedida porque acreditamos no nosso papel de apoiar a jornada de quem está na estrada", comenta Bárbara Miranda, vice-presidente de Marketing e Desenvolvimento de Negócios da Ipiranga.
Saúde - O programa oferece exames com foco no checkup básico de saúde, como oximetria (oxigenação no sangue), temperatura corporal; pressão arterial, batimentos cardíacos, além de glicemia (nível de açúcar no sangue), bioimpedância (avalia a composição corporal para determinar o estado nutricional) e acuidade visual. O público também pode realizar testes rápidos de HIV, sífilis, hepatite B e C. Por meio de parcerias com as secretarias municipais de saúde, também são aplicadas vacinas para H1N1, covid-19, tétano, hepatite B, febre amarela e tríplice viral.
A carreta - Com dois andares em cerca de 110m², teto levadiço e um espaço amplo, moderno e confortável, a estrutura foi desenvolvida para permitir montagem rápida nos locais dos eventos. No "espaço zen", estão disponíveis cadeiras de massagem automáticas. Repetindo a parceria com a Polícia Rodoviária Federal, o público terá acesso a orientações de trânsito. A PRF também estará nas estradas para direcionar o caminhoneiro aos postos nos dias dos eventos.
O risco de problemas vasculares aumenta na menopausa, mas é possível diminuir os sintomas e conviver salubremente com eles, afirma a médica Carol Mardegan, especialista em Cirurgia Endovascular.
Segundo levantamento da Pesquisa Nacional de Saúde, 26% das mulheres acima dos 40 anos estão sujeitas à Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), obesidade, aumento do colesterol e da glicemia. Analisando este cenário, é fundamental o acompanhamento médico para evitar ou, ao menos, retardar diversas destas doenças.
A Carol Mardegan é cirurgiã vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e destaca que hábitos saudáveis, equilíbrio entre vida profissional e pessoal, cuidados com a saúde íntima e realização de exames preventivos são essenciais para manter uma vida saudável e aumentar a longevidade feminina em qualquer faixa etária.
Com a chegada dos 40 anos, as mulheres iniciam a fase de climatério, que marca a transição entre a fase reprodutiva e a fase pós-menopausa. Este período pode apresentar diversos sintomas e todos eles advém de alterações hormonais que ocorrem no organismo, conheça os principais:
- Ondas de calor;
- Sudorese e calafrios repentinos;
- Palpitações;
- Cefaleia;
- Tontura;
- Insônia;
- Perda de memória;
- Fadiga.
É neste período que ocorrem as principais modificações hormonais, circulatórias e sanguíneas que favorecem a progressão de doenças cardiovasculares, explica a especialista. "Durante o climatério é importante focar na própria saúde e manter os cuidados necessários para minimizar os efeitos hormonais e, consequentemente, diminuir a incidência dos sintomas. Buscar uma rotina de exames, praticar atividade física regular, manter uma alimentação saudável e cuidar da qualidade do sono são as principais formas de garantir o bem estar durante essa fase".
Varizes e menopausa: Como conviver melhor com ambas condições?
Em um estudo recente da SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular) mostra que cerca de 78% das mulheres acima dos 40 anos estão sujeitas a desenvolvê-las. A médica ressalta que a prevenção das varizes não difere muito das outras fases da vida.
"É importante parar de fumar ou, pelo menos, diminuir o tabagismo, evitar o sobrepeso ou a obesidade, praticando atividades físicas regularmente, optar por uma alimentação saudável também pode diminuir dores nas pernas advindas das varizes e beber água em uma quantidade ideal. Se acompanhado por um médico, é possível, também, usar meias de compressão, mas é fundamental que a paciente realize o check-up vascular anual".
Durante a menopausa, as doenças cardiovasculares mais comuns entre as mulheres 40+ são o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC), de acordo com dados do Ministério da Saúde. A Dra. Carol ressalta que a ocorrência de doença arterial coronariana é de duas a três vezes maior após a menopausa em comparação com a pré-menopausa. Além disso, a probabilidade de ter alguma forma de doença cardiovascular aumenta conforme a idade avança, especialmente se existirem fatores de risco presentes, como tabagismo, dislipidemia (aumento de gordura na corrente sanguínea), sedentarismo, sobrepeso e diabetes.
Além disso, a redução dos níveis de estrógeno no período da menopausa contribui negativamente para o aumento dos riscos de problemas vasculares, já que o estrógeno possui função vasodilatadora e ajuda a equilibrar os níveis de colesterol no corpo.
"O ideal é que em paralelo ao estilo de vida saudável da academia, dieta, evitando o consumo excessivo de álcool e tabagismo, a paciente também busque auxílio médico para entender se a terapia de reposição hormonal é válida, este procedimento regular costuma ser uma boa opção para aliviar os sintomas da menopausa e proteger contra a perda de colágeno", finaliza.
Especialista dá quatro dicas sobre como parar de fumar |
Os cigarros eletrônicos têm ganhado cada vez mais espaço entre os brasileiros. Segundo o Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), o consumo desses dispositivos quadruplicou, entre 2018 e 2022, saltando de 500 mil para 2,2 milhões de usuários.
Existem diversos tipos de cigarros eletrônicos. Ao consumir, o usuário inala aerossóis gerados pelo aquecimento de um líquido que, geralmente, contém nicotina, além de outras substâncias tóxicas à saúde responsáveis por dar sabor ao fumo.
Um dos grandes problemas do consumo é a alta concentração de nicotina presente no dispositivo. De acordo com a Associação Médica Brasileira, fumar um cigarro eletrônico equivale a consumir 20 cigarros convencionais.
Segundo Clarissa Bercam, pneumologista do Hospital Metropolitano Vale do Aço, "o corpo sente todos os efeitos do fumo, principalmente o pulmão, alvo de diversas lesões causadas pelo tabagismo", alerta a profissional.
Entre as lesões, a principal e mais perigosa é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), onde 80% dos casos são causados pelo tabagismo, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
Com o objetivo de conscientizar e reduzir a carga da doença, foi criado o Dia Mundial da DPOC, lembrado em 17 de novembro. Em alusão a data, Clarissa traz algumas medidas para combater o tabagismo e, assim, evitar a doença.
Como parar de fumar?
1. Busque apoio profissional: consulte um profissional de saúde para orientação e suporte. Existem programas e medicamentos que podem ajudar no processo.
2. Identifique gatilhos: identificar situações ou emoções que desencadeiam o desejo de fumar pode ser útil para evitar o habito. Desenvolva estratégias alternativas para lidar com essas situações.
3. Estabeleça metas pequenas: defina metas realistas para reduzir gradualmente o consumo de tabaco. Isso pode tornar o processo mais alcançável.
4. Adote um estilo de vida saudável: pratique exercícios regularmente, mantenha uma dieta balanceada e evite o consumo de álcool em excesso para melhorar a saúde geral.
"Ao tomar medidas concretas para combater o tabagismo, os indivíduos podem contribuir não apenas para a redução do risco de DPOC, mas também para uma melhoria significativa na saúde pulmonar e geral", indica a pneumologista. |
Tatiane Paula, psicóloga clínica, alega que empresas que priorizam a saúde mental dos funcionários colhem benefícios significativos |
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No mundo corporativo, a saúde mental é um tema significativo. Muitos funcionários enfrentam obstáculos que criam um ambiente onde o estresse prevalece, como a competitividade entre os colegas de trabalho e a pressão para cumprir metas e prazos. Para lidar com isso, muitas empresas estão redefinindo suas abordagens para promover o bem-estar emocional e psicológico de seus colaboradores.
De acordo com Tatiane Paula, psicóloga clínica, o estigma em torno da saúde mental persiste, fazendo com que muitos funcionários temam julgamentos por admitirem que estão enfrentando problemas. "A falta de suporte e políticas inadequadas nas empresas contribuem para a sensação de isolamento. Manter equilíbrio entre vida pessoal e trabalho torna-se um desafio, exacerbando problemas de saúde mental. Sobrecarga de trabalho e a falta de recursos apropriados intensificam a exaustão".
Empresas que priorizam a saúde mental dos funcionários colhem benefícios significativos. Segundo a especialista, a produtividade aumenta, uma vez que funcionários mentalmente saudáveis mantêm o foco e tomam decisões ponderadas. Ações direcionadas à saúde mental reduzem o absenteísmo, ou seja, a ausência de colaboradores no trabalho, fortalecendo o desempenho organizacional. A retenção de talentos torna-se mais eficaz em ambientes que demonstram preocupação com o bem-estar emocional. Funcionários satisfeitos e engajados contribuem para um ambiente de trabalho mais positivo.
"Investir na saúde mental também resulta em economia a longo prazo, reduzindo custos associados a absenteísmo e rotatividade. A criatividade e inovação florescem em equipes com boa saúde mental. Além disso, cumprir regulamentações sobre saúde mental torna-se uma obrigação ética e legal", completa.
O estresse impacta a produtividade de diversas formas. Dificuldade de concentração, erros, procrastinação e efeitos na saúde física são apenas alguns exemplos relatados pela psicóloga. Estratégias de gerenciamento de estresse e ambientes de trabalho saudáveis são essenciais para manter o equilíbrio e a eficácia no trabalho.
Recursos para preservar a saúde mental
Empresas podem adotar uma variedade de recursos, desde programas de aconselhamento confidenciais até treinamentos de gerenciamento de estresse. Flexibilidade no trabalho, políticas de licença e acesso facilitado a profissionais de saúde mental são medidas fundamentais. Campanhas de conscientização e criação de uma cultura inclusiva também promovem o bem-estar.
Lidar com problemas de saúde mental requer sensibilidade. Apoio, escuta atenta, informação sobre recursos disponíveis e flexibilidade são vitais. A criação de políticas claras e uma cultura de trabalho sem estigma são abordagens necessárias.
Impactos a longo prazo
O investimento em saúde mental gera impactos duradouros. "Funcionários mais produtivos, menor rotatividade, melhor satisfação e imagem positiva são apenas algumas das recompensas. A promoção da saúde mental não apenas preserva o bem-estar individual, mas também contribui para um ambiente de trabalho mais saudável e próspero", declara Tatiane.
"Em um mundo onde a saúde mental no trabalho é uma prioridade crescente, as empresas que lideram essa mudança estão colhendo os benefícios não apenas para seus colaboradores, mas também para o sucesso sustentável de seus negócios", finaliza a psicóloga.