Notícias do Dia
O vereador Ricardo Teixeira (União Brasil) tem sido discreto e evitado comentar publicamente a possibilidade de se tornar o presidente da Câmara Municipal de São Paulo a partir de 2025. Ele se tornou o favorito para suceder a Milton Leite (União Brasil) após o prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB) vetar o nome de Rubinho Nunes (União Brasil). Antes da eleição, Rubinho era o nome mais cotado; ele, no entanto, trocou de lado e apoiou a candidatura de Pablo Marçal (PRTB).
Teixeira é visto como um parlamentar experiente, com 16 anos de Câmara e boa relação tanto com a base governista quanto com a oposição. Ele foi secretário de Mobilidade e Trânsito de Nunes por quase dois anos, o que lhe permitiu fazer campanha como o "pai" da Faixa Azul para motos, e também integrou o primeiro escalão durante a gestão Fernando Haddad (PT).
O petista chegou a exonerá-lo duas vezes após decisões judiciais determinarem que Teixeira não poderia ser secretário em razão de uma condenação anterior por improbidade administrativa quando atuava na Dersa, antiga estatal paulista responsável por administrar rodovias. As sentenças foram revertidas em segunda instância, e Teixeira voltou à administração Haddad.
Ao Estadão, a assessoria de imprensa do vereador disse, em nota, que não havia impedimento jurídico para que ele fosse secretário, "tanto que Ricardo Teixeira foi candidato a vereador e deputado federal nas eleições seguintes (2016, 2018, 2020 e 2024)".
Acerto
O nome do vereador do União Brasil ganhou força diante da falta de alternativas para que o acordo firmado entre o partido, o MDB e o PL seja cumprido. Com Nunes na cabeça de chapa, o União aceitou que o coronel da reserva Ricardo de Mello Araújo (PL) fosse o candidato a vice. Em troca, obteve o compromisso de que o prefeito, o MDB e o PL apoiariam um nome da sigla para presidir a Câmara.
Reeleito, Nunes indicou que o acerto está de pé, mas declarou que não aceita a indicação de Rubinho. O prefeito disse ainda que deseja que o próximo presidente da Câmara Municipal não seja um vereador de primeiro mandato. Teixeira, até agora, é o único a se encaixar na exigência. "O Ricardo Teixeira é bom, já tem experiência", afirmou Nunes, na semana passada.
A tese do prefeito, contudo, não é unanimidade. Milton Leite, que, além da Câmara, preside o União Brasil em São Paulo, afirmou em entrevista à rádio Bandeirantes que qualquer vereador pode comandar a Casa. Ele decidiu se aposentar da política após quase 30 anos no Legislativo municipal.
"Imaginemos que nenhum vereador do União fosse reeleito. Eu abriria mão da vaga para a presidência? Naturalmente, não", disse Leite. "Não estou aqui descartando Ricardo Teixeira nem outro nome. Faremos a construção junto com todas as bancadas."
Teixeira tem dito que a maioria da bancada é que escolherá o candidato do União e que todos os colegas de partido têm condições de exercer o cargo. O processo é acompanhado de perto por João Jorge (MDB) e Isac Félix (PL), que nutrem esperança de serem os candidatos governistas.
Parlamentares da oposição avaliam que Teixeira possui o perfil adequado para presidir a Câmara, destacando sua capacidade de honrar acordos e ouvir diferentes lados. Vereadores do PT manifestaram preocupação com a possibilidade de um presidente "com forte viés ideológico", como Rubinho Nunes.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou nesta quarta-feira, 6, que o Palácio do Planalto vai tentar retomar a previsão de bloqueio de emendas no projeto que trata das novas regras para uso desses recursos. A medida foi retirada de última hora do texto durante a votação na Câmara. A proposta agora precisa ser analisada pelo Senado.
O projeto apresentado pelo deputado Rubens Pereira Jr. (PT-MA) autorizava o bloqueio de dotações de emendas parlamentares até a mesma proporção aplicada às demais despesas discricionárias. O relator do texto, Elmar Nascimento (União Brasil-BA), retirou esse item de seu relatório final. A versão aprovada prevê apenas o contingenciamento de emendas.
O contingenciamento de recursos do Orçamento da União é feito quando há frustração de receitas na arrecadação federal. Já o bloqueio é necessário quando a despesa sobe acima do permitido pelas regras fiscais. O bloqueio é mais difícil de ser revertido e acontece com mais frequência. Por isso, o Congresso quis evitá-lo no caso das emendas.
"Tem um aspecto que temos que ajustar, porque parece que não passou bloqueio de emendas, passou contingenciamento. Para o governo, é adequado que as emendas parlamentares possam ser bloqueadas, como qualquer outro recurso orçamentário é passível de ser bloqueado. Essa alteração vamos dialogar no Senado para ver se é possível e o texto retornar à Câmara", disse Randolfe, que se reúne nesta quarta-feira, 6, com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para definir a data de votação do projeto na Casa - a expectativa é que seja na semana que vem.
"O governo preferiria que ficasse o termo bloqueio", ressaltou o senador. Randolfe disse que a versão do projeto que passou na Câmara foi a "possível" diante das exigências de transparência e rastreabilidade para as emendas que foram feitas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Deputados e senadores tentam convencer o Supremo a liberar a execução das emendas ao Orçamento. O repasse desses recursos está suspenso desde agosto, quando o ministro Flávio Dino determinou que o Congresso e o governo dessem mais transparência e rastreabilidade para o envio das verbas aos municípios. A decisão do magistrado abriu uma crise entre os Poderes e, desde então, representantes do Legislativo, Executivo e Judiciário têm negociado uma saída.
Emendas parlamentares são recursos no Orçamento da União que podem ser direcionados pelos deputados e senadores a seus redutos eleitorais. Hoje, existem três modalidades: as emendas individuais, a que cada deputado e senador tem direito, as de bancada estadual e as de comissão. As duas primeiras são impositivas, ou seja, o pagamento é obrigatório, embora o governo controle o ritmo da liberação.
A proximidade de um desfecho para o impasse sobre as emendas parlamentares provocou uma disputa na Câmara. O deputado Zé Vitor (PL-MG) apresentou um projeto alternativo, após parlamentares considerarem pró-governo demais o texto de Pereira Jr.
Esse cenário reflete o "cabo de guerra" entre Executivo e Legislativo por influência no Orçamento da União. Deputados agiram para tentar impedir que o Palácio do Planalto reassuma muito controle sobre a destinação dos recursos, o que inclui a retirada da previsão de bloqueio.
O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato à presidência da Câmara a partir do ano que vem, disse nesta quarta-feira, 6, que a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos "causa um momento de euforia" nos movimentos de direita para as próximas eleições. Motta, no entanto, evitou comentar se o resultado eleitoral nos EUA poderia levar a uma pressão a favor da anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump.
Para o líder do Republicanos no Câmara, a vitória de Trump "causa um ânimo maior aos movimentos de direita no País".
"A pauta dos movimentos de direita no mundo são bastante conectadas. Quando há, de qualquer líder político em um país amigo ou vizinho, a concepção de que houve uma vitória do pensamento que elas defendem, causa um momento de euforia para o próximo período eleitoral do País. É natural", declarou.
Questionado se esse resultado poderia ter algum impacto concreto na comissão que avalia a anistia aos processados pelos atos de 8 de janeiro, Motta se esquivou.
"A condução da comissão deve começar nos próximos dias. comissão vai trabalhar com serenidade e fazer o trabalho que tem que ser feito para debater um tema importante como esse", declarou.
O deputado avaliou, no entanto, que nada deve mudar na relação comercial do Brasil com os Estados Unidos, apesar das posições diferentes de Luiz Inácio Lula da Silva e de Donald Trump no espectro ideológico.
"Acredito que seja o momento em que o Brasil precisa se consolidar cada vez mais em suas relações internacionais. Não acredito que o país comprometa suas relações com os EUA por uma questão política ideológica. Sempre defendemos que o interesse do País está acima de qualquer interesse partidário. O Brasil saberá se posicionar através do Itamaraty", afirmou.
Candidato à presidência da Câmara com o apoio de 15 partidos, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) afirmou nesta quarta, 6, que pretende procurar o PSD, o União Brasil, o Psol e o Novo para obter novas adesões à sua campanha.
As declarações ocorreram em entrevista a jornalistas nesta quarta-feira, 6, durante a 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20, o "P20". Na ocasião, ele celebrou os apoios dos partidos Rede Sustentabilidade, PRD e Solidariedade, anunciados horas antes.
"Nossa candidatura vai se consolidando a cada dia como uma candidatura forte, que tem musculatura, que dialoga com todos. E nós procuraremos, até o final, dialogar com todos os partidos, com o PSD, com o União, com o PSOL, com o Novo, porque essa é a essência da nossa candidatura, o diálogo, a convergência", declarou.
Além das siglas que anunciaram apoio nesta quarta, o deputado paraibano conta com o sinal favorável de PL, PT, MDB, PP, Podemos, PCdoB, PV, PDT, PSB, PSDB, Cidadania e o próprio Republicanos, seu partido. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também defende a eleição de Motta.
Os líderes do PSD, Antonio Brito (BA), e do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), lançaram candidaturas, mas seus partidos resolveram iniciar diálogo com Motta para apoiar o líder do Republicanos.
Em reunião com integrantes de sua sigla, na semana passada, Elmar aceitou retirar sua candidatura, depois que o partido passou a negociar cargos na nova gestão.
O líder do PDT, Afonso Motta (RS), confirmou, na segunda-feira, 5, que os pedetistas foram comunicados da desistência de Elmar. No entanto, o líder do União tem evitado fazer um anúncio público.
Brito, por sua vez, afirmou que o PSD negociará a manutenção da proporcionalidade do partido nos cargos da Câmara. Após essa articulação com Motta, a bancada fará uma nova reunião para deliberar se ele continuará ou não com a candidatura.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) parabenizou na madrugada desta quarta-feira, 6, Donald Trump pela vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. "Testemunhamos o ressurgimento de um verdadeiro guerreiro", afirmou o ex-presidente brasileiro em posicionamento publicado no X (antigo Twitter).
Inelegível por decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro também ligou a vitória de Trump nas urnas ao seu futuro político no País. "Talvez em breve Deus também nos conceda a chance de concluir nossa missão com dignidade e nos devolva tudo o que foi tirado de nós. Talvez tenhamos uma nova oportunidade de restaurar o Brasil como uma terra de liberdade, onde o povo é senhor de seu próprio destino", disse.
Ao falar em "processo eleitoral brutal" e em "perseguição judicial", Bolsonaro aproxima a trama vivida por Trump da sua própria trajetória política.
O ex-presidente relativiza o resultado obtido nas eleições presidenciais de 2022 com acusações sobre o sistema eleitoral e a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante sua campanha à reeleição - a mesma Justiça Eleitoral que, no ano seguinte ao pleito, condenou Bolsonaro à inelegibilidade em três ocasiões.
Dessas decisões, uma foi revogada, enquanto as demais permanecem em vigor e impedem que o ex-presidente volte a concorrer a cargos eletivos até 2030.
Reunião com embaixadores
Em junho de 2023, o TSE condenou Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, pela reunião com embaixadores na qual o então presidente atacou, sem apresentar provas, as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral do País.
O ex-presidente foi condenado à inelegibilidade por oito anos, contados a partir da data do primeiro turno das eleições gerais de 2022.
Abuso de poder no Sete de Setembro
Três meses depois, em outubro, o ex-chefe do Executivo foi condenado mais uma vez, por abuso de poder político durante o feriado de Dia da Independência em 2022. Os ministros concluíram que ele usou a data cívica para fazer campanha.
Essa condenação, que impôs mais uma pena de inelegibilidade ao ex-presidente e o pagamento de uma multa de R$ 425 mil, se estendeu a Walter Braga Netto, ex-ministro e vice na chapa de Bolsonaro na eleição de 2022.
No mês seguinte, o ministro do TSE Benedito Gonçalves, de saída da Corte Eleitoral, impôs mais uma condenação a Bolsonaro por abuso de poder durante o Sete de Setembro. Na ocasião, o ministro antecipou parcialmente a análise do mérito da ação, por considerar que o colegiado já havia decidido sobre o mesmo fato, em outras ações. Em junho deste ano, contudo, o ministro Raul Araújo anulou essa condenação.
O magistrado avaliou haver "litispendência parcial" no caso, ou seja, quando uma pessoa já foi investigada e condenada por um determinado fato. A reversão da pena, porém, não devolveu a elegibilidade a Bolsonaro.
Com as duas condenações, Bolsonaro acumula duas penas por inelegibilidade, mas não há soma no tempo das condenações. O prazo da inelegibilidade do presidente segue até 2030, oito anos após 2022.
Indiciamentos por fraude no cartão de vacinas e caso das joias
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Além das condenações na Justiça Eleitoral, Bolsonaro também é alvo de outros casos que aguardam desfecho da Justiça. Entre os processos, o ex-presidente já foi indiciado em investigações relativas à fraude em seu cartão de vacinas e no caso das joias sauditas, revelado pelo Estadão. Após o indiciamento, cabe ao Ministério Público a apresentação de denúncias. Para que Bolsonaro se torne réu e seja levado a julgamento, a denúncia do Ministério Público deve ser aceita pela autoridade de Justiça.
Condenado na Justiça Eleitoral, Bolsonaro está inelegível, enquanto Donald Trump, condenado neste ano por um tribunal de Nova York, pôde concorrer no pleito presidencial.
O republicano foi condenado por pagamentos ocultos a uma atriz pornô, os quais, segundo o veredito, tiveram como objetivo o silenciamento de uma denúncia de assédio. Contudo, não há, nos Estados Unidos, um dispositivo legal que impeça um cidadão condenado de concorrer e assumir cargos federais.
O Supremo Tribunal Federal (STF) validou nesta quarta-feira, 6, o trecho da Reforma Administrativa de 1998, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que acabou com a obrigatoriedade do regime jurídico único e dos planos de carreira para servidores públicos.
Esse ponto da reforma estava suspenso desde 2007 por uma decisão provisória do STF.
A nova decisão do Supremo não terá efeitos retroativos, ou seja, passará a valer a partir da publicação do acórdão. O STF também definiu que o regime dos servidores atuais não poderá ser alterado. O objetivo, segundo os ministros, é "evitar tumultos administrativos e previdenciários".
Ficaram vencidos os ministros Cármen Lúcia, Edson Fachin e Luiz Fux. "É a flexibilização, com todos os seus efeitos, que chega ao serviço público", criticou Fachin.
Com a decisão, os servidores podem ser contratados tanto pela forma estatutária, isto é, por concurso público, como por sistemas alternativos, como o celetista, ou seja, pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
A regra vale para todos os órgãos da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.
"A extinção do regime jurídico único está em consonância com as demandas atuais da administração pública e favorece a promoção da eficiência. Ao reduzir o formalismo excessivo na gestão administrativa, a mudança oferece maior flexibilidade para as contratações públicas de pessoal", defendeu o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF.
Os ministros analisaram uma ação movida em conjunto pelo PT, PDT, PCdoB e PSB. Os partidos alegaram que a emenda constitucional foi promulgada sem a aprovação das duas Casas Legislativas em dois turnos de votação e que as alterações tendem a abolir direitos e garantias individuais.
O governo federal prepara propostas de reajustes para cargos em comissão e funções gratificadas que variam entre 9% e 30%, que serão pagos em duas parcelas, em 2025 e 2026. Os aumentos devem ser encaminhados ao Congresso, em um contexto em que o governo é pressionado a cortar despesas, em projeto de lei que reúne todos os acordos já formalizados pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) com diversas categorias do funcionalismo federal.
A informação foi publicada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Estadão/Broadcast. O Ministério da Gestão e Inovação diz que a remuneração acumula "expressiva" defasagem em relação ao setor privado e às carreiras típicas do Estado (confira a nota mais abaixo).
A pasta não confirma os porcentuais discutidos, mas confirma que há uma discussão para esse reajuste, levando em conta a defasagem salarial dessas funções em relação ao setor privado e outras carreiras de Estado.
As negociações sobre reajuste para o funcionalismo vêm se desenrolando ao longo deste ano, mas o iminente envio do texto ao Congresso ocorre em meio às indefinições sobre o corte de gastos no governo federal. A equipe econômica discute as medidas para reduzir o gasto público com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e demais órgãos setoriais, sem incluir o Legislativo neste momento. Não há previsão de prazo para a formalização das medidas, tampouco de impacto.
Em relação ao reajuste para servidores, o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2025 já reserva recursos para a expansão desses gastos: são R$ 2,1 bilhões para novas contratações. Até setembro, a estimativa de impacto orçamentário em 2025 dos acordos do funcionalismo já firmados neste ano era de R$ 16 bilhões.
O projeto com os reajustes para o funcionalismo vai propor um aumento para cargos em comissão, funções de confiança e gratificações, dividido em seis grupos remuneratórios. Nos cargos da alta administração, deve haver um aumento que varia entre 17% a 30% ao ano. Já nas ocupações gerenciais, a proposta é de um reajuste de 17% em 2025 e de 9% em 2026. As gratificações de militares em cargos de confiança devem ter uma alta de 18% em 2025 e de 9% em 2026. As outras gratificações, em geral, terão um aumento de 9% nos dois anos.
Uma pessoa que acompanha diversas mesas de negociação salarial para os servidores federais lembra que a decisão de reajustar os vencimentos para comissionados e funções gratificadas é uma prerrogativa do governo. "Acredito que o governo deve aproveitar para revisar as vagas com comissões. Os valores estão baixos, sem atratividade", afirmou.
'Expressiva defasagem'
Em nota, o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) justifica que, nos últimos anos, a remuneração nos cargos e funções comissionadas acumulou "expressiva" defasagem em relação ao setor privado e às carreiras típicas do Estado. A pasta cita que em 2024, por exemplo, a remuneração de secretários-executivos de Ministérios e até do presidente Banco Central, é de R$ 18.887,14, inferior ao salário de ingresso de várias carreiras típicas de Estado (que podem ser de R$ 20.924,80 ou R$ 22.921,71). O salário do secretário-executivo, que tem a função de substituir um ministro na sua ausência, equivale a 42,92% da remuneração do chefe da pasta.
Parte dessa defasagem salarial, diz o MGI, é justificada pela falta de reajustes nos últimos anos. Para os cargos de diretor, por exemplo, a pasta cita que foram concedidos dois reajustes desde 2015: um em 2019 e outro em 2023, totalizando 32,17% no período, menos da metade da inflação acumulada, que foi de 72,35%. Um estudo do Hay Group, contratado pelo governo, com base nos valores dos cargos em comissão, funções e gratificações, mostra que, em maio de 2015, a remuneração total (subsídio básico e benefícios) no Executivo federal já era mais de 50% inferior à do mercado privado.
Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu aumentar o ritmo de alta da Selic. A taxa básica de juros subiu 0,50 ponto porcentual, de 10,75% para 11,25% ao ano, após a elevação de 0,25 ponto na reunião do colegiado de setembro (e que marcou a retomada do atual ciclo de aperto da política monetária).
No comunicado divulgado após a reunião, o Copom cita o "ambiente externo desafiador" - "principalmente, da conjuntura econômica interna nos Estados Unidos", que levanta dúvidas sobre a postura do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) - e reforça a preocupação com o quadro fiscal no Brasil. No momento em que o governo promete a apresentação de um pacote para redução de gastos, o Copom defende a "apresentação e execução de medidas estruturais para o Orçamento fiscal".
"O comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida, com a apresentação e execução de medidas estruturais para o Orçamento fiscal, contribuirá para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária", diz trecho do documento.
Ministros e integrantes do PT têm resistido ao anúncio de medidas de corte de despesas, por exemplo, em áreas sociais - que estão no foco da equipe econômica. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que uma reunião marcada para esta quinta-feira, 7, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve definir as medidas.
O Copom não deu indicações para as próximas reuniões. "O ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo de aperto monetário serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação", diz o comunicado. As projeções de inflação do Copom aumentaram para todo o horizonte contemplado. A estimativa para o IPCA de 2024 saltou de 4,3% para 4,6%, já acima do teto da meta (de 4,5%). E a estimativa para 2025 subiu de 3,7% para 3,9%, mais distante do centro do alvo (de 3%).
Os analistas veem novos aumentos da Selic à frente. A Armor Capital, por exemplo, elevou para 13% sua projeção para a taxa no fim do atual ciclo de alta - que iria até maio de 2025. O economista-chefe do Banco BV, Roberto Padovani, projeta que os juros básicos poderão subir até março e chegar a 12,5%. Já o economista-chefe da G5 Partners, Luis Otavio Leal, diz que "cenários em que os juros tenham de ir além dos 13% (...) vão ganhar força" a depender da repercussão do pacote de corte de gastos prometido pelo governo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
As exportações da China subiram 12,7% em outubro ante igual mês do ano passado, ganhando força em relação ao avanço de 2,4% de setembro, segundo dados publicados pelo órgão alfandegário do país nesta quinta-feira, 7. O resultado de outubro ficou bem acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam alta de 5,9% das exportações.
Também no confronto anual, as importações chinesas registraram queda de 2,3% em outubro, após o aumento de 0,3% de setembro. Neste caso, o consenso da FactSet era de perda de 1,5% no último mês.
Ainda em outubro, a China acumulou superávit na balança comercial de US$ 95,72 bilhões, maior do que o saldo positivo de US$ 81,71 bilhões de agosto, e acima da projeção da FactSet, de US$ 76,8 bilhões.
*Com informações da Dow Jones Newswires
Por Sergio Caldas
São Paulo, 07/11/2024 - As bolsas europeias operam em alta na manhã desta quinta-feira, ensaiando recuperação de perdas de ontem, enquanto investidores digerem balanços da região e aguardam decisões de política monetária no Reino Unido e nos EUA.
Por volta das 7h05 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,56%, a 509,60 pontos.
Dos balanços do dia, o da ArcelorMittal agradou e a ação da gigante siderúrgica tinha alta de 5,6% em Amsterdã. Já os da Telefónica e da Air France-KLM decepcionaram. No horário acima, o papel da companhia de telecomunicações espanhola caia 1,6% em Madri e o da empresa aérea franco-holandesa tombava 11% em Paris.
Em Milão, a ação do BPM saltava 8,8%, após o terceiro maior banco da Itália anunciar que fará uma oferta de cerca de 1,6 bilhão de euros pelo controle da gestora de ativos Anima Holding (+9,7%).
Ontem, as principais bolsas da Europa chegaram a mostrar sólidos ganhos na esteira da vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA, mas acabaram encerrando em baixa em meio a temores de que o republicano imponha tarifas a produtos do continente.
Nas próximas horas, a atenção vai se voltar para anúncios de juros do Banco da Inglaterra (BoE), ainda nesta manhã, e do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), à tarde. A expectativa é que tanto o BoE quanto o Fed cortem seus juros básicos em 25 pontos-base.
No âmbito macroeconômico, as vendas no varejo da zona do euro cresceram 0,5% em setembro ante agosto, um pouco mais do que esperado, enquanto a produção industrial da Alemanha recuou 2,5% no mesmo período, bem mais do que se previa.
Às 7h21 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,03%, a de Paris avançava 0,52% e a de Frankfurt ganhava 1,21%. Já as de Milão, Madri e Lisboa exibiam altas de 0,32%, 0,51% e 0,17%, respectivamente.
Contato:
A Telefónica obteve lucro líquido de 10 milhões de euros no terceiro trimestre de 2024, representando apenas uma pequena fração do ganho de 502 milhões de euros apurado em igual período do ano passado, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira, 7.
O resultado da companhia de telecomunicações espanhola, que foi atribuído à desvalorização do real no Brasil e a uma baixa contábil no Peru, ficou bem abaixo da previsão de analistas, de lucro de 329 milhões de euros.
O Ebitda ajustado - medida de rentabilidade bastante acompanhada - da Telefónica caiu 2,5% na mesma comparação, a 3,26 bilhões de euros, e a receita diminuiu 3%, a 10,02 bilhões de euros, mas ficou acima do consenso, de 9,98 bilhões de euros.
Para 2024, a Telefónica segue prevendo avanço de 1% na receita e ganho de 1 a 2% no Ebitda. Fonte: Dow Jones Newswires.
A produção industrial da Alemanha sofreu uma queda de 2,5% em setembro ante agosto, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quinta-feira, 7, pelo Destatis, o escritório de estatísticas do país. O resultado veio pior do que o esperado por analistas consultados pela FactSet, que previam recuo de 1% da produção no período.
No confronto anual, a produção da indústria alemã diminuiu 4,6% em setembro, no cálculo sem ajustes.
Os dados da produção industrial de agosto foram revisados, para alta mensal de 2,6% e contração anual de 3%.
Bruno Henrique foi xingado no primeiro jogo após ter sido alvo de uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público que o investiga como suspeito de participar em esquema de aposta. Na vitória do Flamengo por 1 a 0 contra o Cruzeiro, no Independência, em Belo Horizonte, o atacante foi alvo de copos jogados por torcedores cruzeirenses enquanto era substituído. Um coro que gritava "bandido" o acompanhou na saída do gramado. O jogador ainda não se manifestou sobre o caso
Apesar da operação realizada na terça-feira em endereços ligados ao jogador, o Flamengo garantiu que não o afastaria dos treinos e dos jogos. O clube disse que acompanha as investigações e vai contribuir se necessário, além de se colocar à disposição do atleta. Nesta quarta-feira, Bruno Henrique foi titular e capitão do time.
Aos 34 minutos do segundo tempo, o Flamengo já vencia por 1 a 0, quando o técnico Filipe Luís substituiu o atacante por Lorran. Bruno Henrique tentou deixar o campo pelo lado oposto aos bancos de reservas. Torcedores cruzeirenses arremessaram copos em direção ao atleta. Um deles chegou a atingi-lo e foi recolhido pelo árbitro Gustavo Ervino Bauermann.
O flamenguista se dirigiu ao outro lado do campo e, quando saía, ouviu a torcida do cruzeiro entoar um coro que o chamava de "bandido". Bauermann relatou a situação do copo em súmula. Aos 32 minutos, o próprio árbitro havia sido atingido por um copo vindo da torcida do Cruzeiro.
Ao fim da partida, o zagueiro David Luiz comentou a situação de Bruno Henrique. "O Bruno tem qualidade e não tem que colocar em causa em nenhum momento a qualidade que ele tem. Ele soube gerir da melhor maneira possível, com experiência, e nos ajudou bastante", disse o flamenguista à transmissão do canal Premiere.
Na entrevista coletiva, o técnico Filipe Luis também comentou o caso. "Falei com Bruno. Assim que acordei e fiquei sabendo da notícia, consegui contatar ele, que estava muito tranquilo, bem, sereno, porque ele sabe que é inocente. É até um pedido para que se respeite a presunção de inocência, porque é um dano à imagem dele. Depois pode ser que se arquive novamente esse caso, que já foi arquivado (no STJD). E vai ser um dano irreparável na imagem dele. Vamos esperar resolver esse processo. O Flamengo tem interesse em resolver mais do que ninguém. E a gente tem plena confiança no Bruno Henrique", disse o treinador.
O arquivamento que o técnico menciona foi feito pelo STJD, por entender que não haveria motivo para punição desportiva a Bruno Henrique. Agora, a investigação se dá pela PF. Segundo o órgão, o jogador e demais envolvidos podem responder por crime contra a incerteza do resultado esportivo, que encontra a conduta tipificada na Lei Geral do Esporte, com pena de dois a seis anos de reclusão.
O jogo investigado é uma partida contra o Santos ocorrida em novembro de 2023, pelo Brasileirão. Ele levou amarelo aos 50 minutos do segundo tempo por falta em Soteldo, na época no Santos. Em seguida, reclamou com o árbitro Rafael Rodrigo Klein, levou o segundo amarelo, seguido de um vermelho. O time paulista venceu por 2 a 1.
A operação da PF tomou como base um relatório da Associação Internacional de Integridade de Apostas (Ibia, na sigla em inglês) e Sportradar, que fazem análise de risco. O documento foi feito a partir de três bets, ao notarem movimentações suspeitas envolvendo apostas para que Bruno Henrique recebesse cartão amarelo.
Com a cabeça na Copa do Brasil, competição na qual está em desvantagem por 3 a 1 na final diante do Flamengo, o técnico Gabriel Milito rodou novamente o elenco do Atlético-MG no Campeonato Brasileiro. No encerramento da 32ª rodada, o time mineiro encontrou dificuldade no entrosamento e com gol no fim, acabou superado pelo lanterna Atlético-GO, por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Estádio Antônio Accioly, em Goiânia.
Com a derrota, o Atlético-MG permanece em 10º lugar, com 41 pontos. O time tem como planejamento as conquistas da Copa do Brasil e Libertadores, campeonatos nos quais é finalista. Os mineiros decidem o título da Copa do Brasil neste domingo, na Arena MRV, às 16h. Já a Libertadores está marcada para o dia 30, na Argentina, em jogo único contra o Botafogo. Já o Atlético-GO, mesmo virtualmente rebaixado, chegou aos 25 pontos, mas permanece na última posição da tabela.
Com os reservas, o Atlético-MG não conseguiu ter entrosamento e errava passes em demasia. A melhor chance saiu em chute de Vargas, mas o chileno estava em posição irregular. Além disso, o time chegava atrasado nas jogadas, o que resultou no amarelo para Paulo Victor, que, temendo uma expulsão, foi substituído aos 30 minutos.
Lanterna, o Atlético-GO também pecava nas construções das jogadas, com muitos erros técnicos. O time goiano só foi levar perigo na reta final, em cabeceio de Luiz Fernando, defendido por Delfim. No fim, o duelo pouco inspirado foi para o intervalo sem grandes emoções e com o placar zerado.
A qualidade técnica voltou melhor na segunda etapa. O Atlético-MG trocava melhor os passes e já encontrava espaços na defesa adversária. Guilherme Arana e Bruno Fuchs obrigaram Ronaldo a fazer boas intervenções, enquanto Deyverson e Rubens assustaram em chutes da entrada da área.
Na defesa, o time mineiro era mais compacto e não dava espaço para os goianos chegarem perto da meta defendida por Delfim. Na reta final, quando o empate parecia ser o resultado final, Janderson recebeu em velocidade, bateu na saída de Delfim para dar a vitória ao Atlético-GO, aos 44 minutos.
Pelo Campeonato Brasileiro, o Atlético-MG volta a atuar somente na próxima quarta-feira, às 20h, no confronto contra o Flamengo, no Maracanã, desta vez pela 33ª rodada. Já o Atlético-GO atua no sábado, às 19h, contra o Red Bull Bragantino, em Goiânia.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-GO 1 X 0 ATLÉTICO-MG
ATLÉTICO-GO - Ronaldo; Maguinho (Bruno Tubarão), Luiz Felipe, Alix Vinicius e Guilherme Romão; Gonzalo Freitas (Rhaldney), Baralhas, Luiz Fernando, Alejo Cruz (Janderson) e Lacava (Shaylon); Derek (Hurtado). Técnico: Anderson Gomes.
ATLÉTICO-MG - Gabriel Delfim; Saravia, Igor Rabello, Bruno Fuchs e Rubens (Guilherme Arana); Fausto Vera, Paulo Vitor (Otávio), Bernard (Palacios) e Alisson; Vargas (Zaracho) e Deyverson (Alan Kardec). Técnico: Gabriel Milito.
GOL - Janderson, aos 44 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Maguinho e Gonzalo Freitas (Atlético-GO); Paulo Vitor e Otávio (Atlético-MG).
ÁRBITRO - Jonathan Benkenstein Pinheiro (RS).
RENDA E PÚBLICO - Não divulgado.
LOCAL - Estádio Antônio Accioly, em Goiânia (GO).
Com um gol de falta de David Luiz, o Flamengo derrotou o Cruzeiro, por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, em jogo válido pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o time rubro-negro chegou aos 58 pontos, na quarta colocação, superado apenas por Botafogo (67), Palmeiras (61) e Fortaleza (60). Já a equipe mineira segue com 44, em oitavo lugar.
Embalado pela classificação para a final da Copa Sul-Americana, o Cruzeiro foi a campo com o que tem de melhor no elenco. O técnico Fernando Diniz tentou sem sucesso a primeira vitória no comando do time no Brasileirão.
Já o Flamengo, que disputa no domingo o jogo de volta da decisão da Copa do Brasil contra o Atlético-MG, não contou com Léo Ortiz, Wesley, Gerson, Gabigol e Arrascaeta. O time manteve uma invencibilidade sobre o rival de nove anos.
Com uma marcação no campo do adversário, o Cruzeiro começou tendo o domínio da partida. O Flamengo buscou jogar nos erros cruzeirenses, por meio de contra-ataques.
O primeiro lance de maior emoção ocorreu aos cinco minutos, quando Kaio Jorge tentou uma bicicleta de fora da área, mas a finalização saiu fraca e Rossi fez fácil defesa.
Aos oito minutos, Villalba pegou rebote da zaga do Flamengo pela ponta-direita e arriscou, mas Rossi fez grande defesa e mandou para escanteio. Aos 13, o goleiro argentino chegou a ser driblado por Gabriel Verón, mas a bola correu muito e saiu.
Aos poucos o Flamengo ficou mais com a posse de bola e tentou diminuir o ritmo intenso imposto pelo Cruzeiro. A tática deu certo e Matheus Gonçalves, aos 21, exigiu a primeira defesa de Cássio. Mas a melhor chance surgiu aos 23, quando Bruno Henrique mandou a bola na trave.
Depois de um início de jogo bem disputado, as equipes passaram a trocar muitos passes no meio de campo, mas sem objetividade, contrariando o estilo de seus treinadores, que gostam de times ofensivos.
As equipes voltaram mais animadas para o segundo tempo. Em três minutos, William, pelo Cruzeiro, e Ayrton Lucas, pelo Flamengo, já haviam finalizado. Aos sete, David Luiz aproveitou uma barreira al armada para abrir o placar, de falta, para o Flamengo.
Com a vantagem no placar, o time carioca voltou a se posicionar para os contra-ataques, deixando a bola com o Cruzeiro, que, mesmo de forma desordenada, tentou o empate. William chutou por cima, aos 18, mas a grande chance foi aos 25, quando Rossi espalmou chute de Barreal e Kaio Jorge. Live, chutou para fora.
A pressão do Cruzeiro foi forte. Lucas Romero e Kaio Jorge levaram perigo à meta de Rossi. A equipe mineira, nervosa, acaba entrando na catimba do adversário e várias discussões são registradas em campo. Aos 37, o Flamengo chegou a marcar com um belo gol de Alcaraz, mas o VAR invalidou o lance.
Daí até o fim, o Cruzeiro tentou o empate, mas não teve forças. O Flamengo terminou o jogo com dez jogadores por causa da expulsão de Allan aos 49 minutos.
FICHA TÉCNICA:
CRUZEIRO 0 X 1 FLAMENGO
CRUZEIRO - Cássio; William, João Marcelo, Lucas Villalba e Marlon; Walace (Barreal), Lucas Romero (Lucas Silva), Matheus Henrique, Matheus Pereira (Lautaro Díaz) e Gabriel Verón (Mateus Vital); Kaio Jorge. Técnico: Fernando Diniz.
FLAMENGO - Rossi; Varela, David Luiz (Léo Pereira), Fabrício Bruno e Ayrton Lucas (Alex Sandro); Allan, Erick Pulgar (Evertton Araújo) e Alcaraz; Gonzalo Plata, Bruno Henrique (Lorran) e Matheus Gonçalves (Michael). Técnico: Filipe Luís.
GOL - David Luiz aos sete minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Gonzalo Plata, Marlon, David Luiz, Evertton Araújo, Villalba, Alex Sandro e Rossi.
CARTÃO VERMELHO - Allan.
ÁRBITRO - Gustavo Ervino Bauermann (SC).
RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.
LOCAL - Arena Independência, em Belo Horizonte (MG).
O Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1 acabou no último domingo, mas o piloto da Red Bull, Max Verstappen, continua no Brasil. Ele está em Brasília, onde vive a namorada Kelly Piquet, filha do multicampeão de F-1 Nelson Piquet, e aproveitou para ir na dentista. Indicada por Kelly, a profissional Eliane Barros, afirmou que o piloto é "um grande campeão dentro das pistas e pessoa incrível fora delas".
A dentista disse ainda que foi "um grande prazer" cuidar de Vertappen. Nos comentários Kelly respondeu com um emoji mandando um beijo com coração. Eliane replicou o comentário agradecendo à namorada do piloto pela confiança.
Max Verstappen foi o grande vencedor do GP de São Paulo e encaminha o quarto título mundial. Depois de largar em 17º lugar ele se beneficiou da bandeira vermelha, acionada por causa da chuva, e terminou a corrida na primeira posição. Na classificação geral ele tem 393 pontos, 62 a mais do que Norris, segundo colocado com 331.
Essa não é a primeira vez que o piloto da Red Bull faz aparições diferentes no País e, mais especificamente, em Brasília. Verstappen esteve no Brasil em dezembro de 2023 para passar o Natal e, na época, andou em uma kombi vermelha para ir em uma competição de kart e também aproveitou o tempo para jogar videogame.
Depois de se apresentar na 6ª Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva) nesta quarta-feira, Rafael Modilhane, torcedor do Corinthians que levou uma cabeça de porco para o clássico com o Palmeiras, em jogo válido pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, afirmou se tratar de uma "provocação sadia". Ele ainda disse que a proporção que o caso tomou mostra que "estão acabando com o futebol". Modilhane prestou depoimento e foi liberado em seguida.
"A provocação é sadia, não peguei barra de ferro para agredir ninguém, não dei soco. O futebol raiz tem de viver, nos anos 1990, todo mundo ia para o jogo junto, brincava com o outro. Hoje chegou em uma proporção que estão acabando com o futebol", falou Modilhane.
Ele explicou que a ideia surgiu a partir de uma conversa com um grupo de amigos. Eles achavam que a brincadeira de que o "Palmeiras não tem Mundial" já tinha sido muito usada e queriam inovar na provocação. A ideia inicial não era levar o item para a arquibancada. "No primeiro momento, eu levei a cabeça de porco para tirar uma foto no estacionamento, mais nada, por causa de uma brincadeira. Só quis fazer isso. Não quis confrontar alguém", justificou.
O torcedor ainda disse que não foi ele quem arremessou a cabeça pro estádio. "Eu joguei para o setor sul. Não tinha nada combinado com ninguém. Eu não sabia que ia repercutir. Eu compraria de novo a cabeça de porco, tirava foto, mas o ato de ter arremessado para acontecer tudo o que aconteceu, não (repetiria)", completou.
RELEMBRE O CASO
Aos 28 minutos do primeiro tempo do clássico entre Corinthians e Palmeiras, torcedores corintianos atiraram uma cabeça de porco no momento em que Raphael Veiga ia cobrar um escanteio. A parte do animal ficou perto da linha de fundo e precisou ser retirada por Yuri Alberto, que afastou com o pé. No momento em que isso aconteceu, o jogo estava empatado sem gols.
IDENTIFICADOS NO ESTÁDIO
Dois torcedores foram identificados por câmeras de segurança da arena corintiana e conduzidos ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) no estádio. Eles prestaram depoimento e foram liberados duas horas depois da partida. Eles assinaram um Termo Circunstanciado (TC) e negaram envolvimento no caso. Segundo o delegado César Saad, titular da delegacia de Repressão aos Delitos Esporte (Drade), o Ministério Público de São Paulo vai pedir o banimento do estádio de todos envolvidos no episódio.
Terminasse hoje a fase de classificação da Liga dos Campeões, o Paris Saint-Germain seria uma das decepções, amargando eliminação até dos playoffs - de nono a 24º. Com apenas quatro pontos em quatro rodadas, o time ocupa o 25º lugar. Após levar a virada no Parque dos Príncipes, por 2 a 1, para o Atlético de Madrid, o técnico Luis Enrique evitou caça às bruxas e manteve a confiança por classificação.
"No momento, é difícil analisar uma partida como essa. Mas tem sido a mesma história nos últimos jogos da Liga dos Campeões: o sucesso não tem estado conosco", lamentou o treinador, ao levar a virada no último lance. "É claro que estamos chateados hoje. Amanhã, será hora de olhar para o jogo com calma e tentar continuar melhorando. Vamos nos reerguer e tentar novamente. Ainda temos quatro jogos pela frente na Liga dos Campeões", ressaltou.
O jogo da quinta rodada, contudo, é uma pedreira, na casa do Bayern, em Munique. Depois, ainda visita o RB Leipzig, recebe o Manchester City e fecha a fase na casa do Stuttgart, uma dura tabela pela frente.
"É um sentimento muito triste, porque os torcedores nos apoiaram durante todo o jogo. Insistimos até o último segundo, mas parece um filme de terror. Parece muito injusto, e de fato é, é muito injusto", avaliou o embate com os espanhóis.
O treinador lamenta o inferno astral vivido e acha que a fase está indo além da conta para o PSG. "Nunca passei por tantas partidas injustas seguidas em uma competição na minha carreira", revelou. "Ainda temos quatro partidas para jogar. Quatro partidas difíceis contra adversários de alto nível. Já sabíamos que o sorteio tinha sido muito imprevisível e agora temos que nos preparar para jogar essas partidas."
O zagueiro brasileiro Marquinhos também avaliou a fase do PSG na Liga dos Campeões como injusta. Apesar de criar oportunidades na partida, a equipe vem pecando na frente e pagando caro na defesa.
"Eu acho que o futebol é um pouco assim. A gente vê que existem diferentes ideias de jogo. Acho também que, quando você realmente quer ganhar, faz tudo o que é necessário para conseguir. É preciso criar mais oportunidades, marcar gols, pressionar os adversários e jogar no campo deles", frisou.
O brasileiro achou o resultado injusto nesta quarta-feira. "Hoje, acredito que tivemos chances, controlamos o jogo e tivemos mais posse de bola. Mas, mais uma vez, não conseguimos concretizar nossas ações e aproveitar nossos momentos fortes. Isso é o que não conseguimos fazer", avaliou. "Não conseguimos transformar tudo isso em gols e resultados nos últimos jogos. Acho que estamos fazendo coisas boas, mas é isso que torna essa competição a mais difícil do mundo. Sempre jogamos contra equipes de alto nível que nos fazem pagar o preço por qualquer erro. E hoje, mais uma vez, foi assim."
Novos ataques aéreos de grande escala atingiram um subúrbio de Beirute na manhã desta quinta-feira, 7, incluindo um local adjacente ao único aeroporto internacional do Líbano. Antes da ofensiva, o exército israelense emitiu um aviso de evacuação, sob o argumento de que haveria instalações do Hezbollah no local.
O líder do Hezbollah, Naim Kassem, disse em discurso na quarta-feira, 6, que o grupo militante libanês está aberto para negociações de cessar-fogo apenas quando "o inimigo parar sua agressão".
Também nesta quinta, o exército israelense anunciou a expansão da operação terrestre que já dura um mês no norte da Faixa de Gaza, com o objetivo de incluir parte de Beit Lahiya, que foi fortemente bombardeada desde os primeiros dias da guerra.
Segundo Israel, militantes do Hamas se reagruparam na cidade. Fonte: Associated Press.
O presidente da China, Xi Jinping, desejou que seu país e os Estados Unidos superem suas diferenças e tenham uma nova era de bom relacionamento, em mensagem congratulatória pela vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial norte-americana.
No texto, Xi Jinping disse a Trump que a história mostra que os dois lados têm a ganhar com cooperação e a perder com confrontos, segundo a mídia estatal chinesa. Fonte: Associated Press.
O turbulento governo de coalizão da Alemanha entrou em colapso, nesta quarta-feira, 6, mergulhando a nação economicamente em apuros em uma crise política, o que aumentou a incerteza para a Europa enquanto a região encara a vitória eleitoral de Donald Trump nos EUA.
O chefe de governo alemão, Olaf Scholz, demitiu o ministro das Finanças, Christian Lindner, presidente do Partido Democrático Livre, de viés amigável ao mercado. A legenda é a menor da coalizão tripartite de liberais de livre mercado, social-democratas e Verdes. A demissão foi motivada por divergências sobre política econômica, disse um porta-voz do governo.
Os três parceiros estiveram em desacordo em diversas áreas políticas desde que o governo emergiu de uma eleição inconclusiva há três anos. Mais recentemente, a disputa centrou-se na forma de tirar a maior economia da Europa de uma recessão persistente que a transformou em um dos piores desempenhos da região.
Scholz disse que buscaria o apoio dos partidos da oposição para garantir a aprovação de uma série de projetos de lei que tramitam no Parlamento até o final do ano. Ele disse que então pediria um voto de confiança que poderia abrir caminho para eleições antecipadas.
"Sou forçado a tomar esta medida para evitar que o nosso país seja prejudicado", disse Scholz. "Precisamos de um governo que funcione e tenha força para tomar as decisões necessárias para o nosso país."
Segundo a constituição alemã, elaborada após a Segunda Guerra Mundial, apenas o presidente federal, Frank-Walter Steinmeier, tem o poder de dissolver o Parlamento e ordenar uma votação antecipada, o que é pouco provável que aconteça antes de março.
Se uma eleição não conseguir obter uma maioria clara, como sugerem as sondagens, poderá levar meses para se formar um novo governo. Fonte: Dow Jones Newswires
Pesquisa da Far.me destaca a prevalência de medicamentos psiquiátricos entre mulheres em diferentes faixas etárias, com predomínio de antidepressivos e antipsicóticos
Organizada para jogar luz na discussão sobre os impactos na vida das pessoas, pesquisa da Far.me revela que 84% das mulheres entre 18 e 39 anos, que utilizam medicamentos de forma recorrente, fazem uso de remédios psiquiátricos. O levantamento, que analisou tratamentos entre janeiro e setembro de 2024, aponta o consumo de antidepressivos e antipsicóticos nesta faixa etária, onde a quetiapina (15%), venlafaxina (14%) e escitalopram (12%), utilizados para o tratamento de depressão, ansiedade e transtornos de humor, se destacam como os mais utilizados.
O estudo, produzido pela farmácia on-line por assinatura que usa tecnologia para facilitar a adesão ao tratamento para quem faz uso contínuo de remédios, e que analisou oito mil tratamentos entre janeiro e setembro de 2024 em diferentes faixas etárias, aponta que o uso de medicamentos psiquiátricos é relevante em todas as faixas etárias, atingindo 44% entre as mulheres de 40 a 69 anos. Neste recorte, a quetiapina (18%), a sertralina (13%) e o escitalopram (13%) são os medicamentos mais comuns.
Já entre as mulheres acima dos 70 anos, o percentual de uso de medicamentos psiquiátricos é de 35%, sendo a quetiapina (19%) e a memantina (8%), que trata o Alzheimer, os principais medicamentos psiquiátricos usados nessa fase da vida. O percentual geral, no entanto, é considerando reflexo de um aumento no uso de medicamentos para outras condições de saúde nesta faixa etária, como a rosuvastatina e a losartana, usados respectivamente para redução dos níveis de colesterol e hipertensão arterial, conforme analisado em estudo anterior da Far.me. Este dado aponta para uma tendência em que, com o avanço da idade, as mulheres tendem a consumir uma variedade maior de medicamentos, o que dilui a proporção de remédios voltados para transtornos mentais.
"Os resultados revelam que o uso de medicamentos psiquiátricos é alto no público feminino Este cenário sublinha a importância de um olhar mais atento à saúde mental em todas as idades, o que demanda acompanhamento de psicólogos e médicos como o próprio apoio familiar", afirma Rafael Mandelbaum, CEO da Far.me.
Os dados reforçam a necessidade de atenção contínua à saúde mental das mulheres ao longo da vida e apontam para o desafio de oferecer tratamentos que acompanhem o envelhecimento de forma integrada, considerando tanto os transtornos mentais quanto outras condições de saúde que se tornam mais prevalentes com o passar dos anos.
Preparação para exame pode ser desafiadora, mas, com estratégias certas, é possível transformar ansiedade em aliada
A proximidade do segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) costuma aumentar os níveis de ansiedade entre os estudantes. Porém, o nervosismo excessivo pode afetar o desempenho e comprometer meses de preparação. Para ajudar a manter a calma e garantir o melhor resultado, especialistas dão dicas sobre como lidar com a ansiedade em cada fase do exame.
De acordo com a psicóloga do Vila Olímpia Bilingual School, em Florianópolis (SC), Maria Luisa Graciosa Birro, a ansiedade é uma resposta natural do corpo que, em doses moderadas, pode ser benéfica. "A ansiedade atua como um mecanismo de proteção, nos 'alertando' para entrar em ação e nos preparando para enfrentar situações desafiadoras. No caso de provas avaliativas, como o Enem, é esperado sentir certo grau de ansiedade, pois estamos diante de um momento importante e decisivo. O corpo entende que precisa se 'preparar' para alcançar o melhor desempenho possível", explica. O problema surge quando a ansiedade se torna excessiva e começa a causar sofrimento, sendo fundamental adotar estratégias para gerenciar esse sentimento.
Preparação emocional antes da prova
A organização é uma das principais estratégias para reduzir o nervosismo antes da prova. Controlar a ansiedade na véspera de provas pode ser desafiador. Por isso, é importante se organizar para que esse período e o dia da prova sejam tranquilos. "Separe com antecedência tudo o que você precisa levar, evitando contratempos no dia, e chegue cedo para localizar seu lugar com calma", orienta a psicóloga do Colégio Positivo - Londrina, em Londrina (PR), Renata Moraes Constante.
Maria Luisa recomenda que cada aluno descubra o que funciona melhor para si na véspera do exame. "O estudante se preparou para esse momento, então, o ideal é buscar atividades que ajudem a relaxar antes da prova — pode ser um exercício físico, passar um tempo com amigos ou ler um livro. Para algumas pessoas, estudar 'até o último minuto' pode intensificar a ansiedade", explica.
Durante o exame: como manter a calma
O nervosismo durante o exame pode ser uma das principais causas de perda de foco, mas existem maneiras de controlar a ansiedade na sala de prova. A psicóloga Maria Luisa indica a prática da respiração diafragmática para manter a calma. "Se o estudante se sentir nervoso durante a prova, a recomendação é concentrar-se em exercícios respiratórios. A respiração diafragmática, em particular, é eficaz para aliviar o estresse e a ansiedade", explica.
Renata orienta como aplicar essa técnica no exame: "Coloque os dois pés no chão, separe os joelhos, mantenha uma postura alinhada, feche os olhos (se possível), coloque uma mão na barriga e outra no meio do peito. Inspire lentamente pelo nariz, concentrando-se em expandir a barriga, de modo que a mão sobre ela suba, enquanto a mão no peito permanece o mais imóvel possível. Em seguida, expire devagar pela boca, deixando a barriga descer naturalmente. Repita esse processo por alguns minutos, mantendo um ritmo calmo e constante, ao menos três vezes", recomenda.
O que fazer após o exame
Para muitos estudantes, a ansiedade não termina com o encerramento do exame. As especialistas aconselham que os alunos evitem conferir os gabaritos logo após a prova, pois isso pode aumentar o estresse. "Depois da prova, é hora de relaxar. É importante entender que o estudante fez o melhor que podia e, agora, precisa descansar e se dedicar a atividades prazerosas. A tentação de verificar os resultados imediatamente pode intensificar a ansiedade", alerta Renata.
Maria Luisa acrescenta que, após o exame, é essencial adotar uma visão equilibrada do processo seletivo. “Essas provas ocorrem todos os anos, e diversos fatores influenciam o desempenho. É importante lembrar que, independentemente do resultado, sempre é possível tentar novamente ou explorar outras oportunidades", conclui.
Os candidatos do Enem 2024 farão o exame nos dias 3 e 10 de novembro, com provas aplicadas em mais de 10 mil locais distribuídos pelo país. Com uma preparação adequada e estratégias eficazes para controlar a ansiedade, os estudantes podem enfrentar esse desafio com mais tranquilidade, maximizando suas chances de alcançar um bom desempenho.
A campanha Outubro Rosa de 2024 impulsionou um aumento na realização de exames para detecção de câncer de mama em comparação a 2023. Foram realizados 18.864 exames este ano, um crescimento de cerca de 13% em relação aos 16.720 exames do ano anterior, segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI). Os dados foram identificados especialmente no estado de São Paulo, onde a FIDI faz a realização de exames de mamografia em 76 unidades.
Entre os exames realizados, a mamografia de rastreamento liderou, com 26.198 procedimentos, seguida pela ultrassonografia de mamas (8.625 exames) e mamografia diagnóstica (525 exames). Além disso, foram realizadas 236 biópsias de mama, essenciais para a confirmação de diagnósticos suspeitos.
O aumento dos exames sem achados, que passaram de 16.495 em 2023 para 18.765 em 2024, demonstra a importância do rastreamento para monitorar pacientes saudáveis e facilitar diagnósticos precoces. A maior parte dos exames foi realizada especialmente por adultos (22.911) seguidos por idosos (12.375).
- Mamografia de rastreamento lidera números com 26.198 procedimentos
- Ultrasonagrafia de mamas foram 8.625 exames
- Mamografia Diagnóstica foram 525 exames
- Biópsias de Mamas chegou ao número de 236
OMinistério da Cultura (MinC) lançou a Campanha Cultura Negra Vive, ação integrante da campanha do governo federal: Brasil pela Igualdade Racial. A iniciativa abrangente conta com a participação do Ministério da Igualdade Racial (MIR), do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), e de outras Pastas, bem como da Fundação Cultural Palmares, vinculada ao MinC. A ação contínua celebra e destaca a importância da cultura negra no Brasil, promovendo a conexão simbólica entre o Dia Nacional da Cultura, celebrado em 5 de novembro, e o Dia Nacional da Consciência Negra, em 20 de novembro, que, pela primeira vez, ganha a condição de feriado oficial no país.
A Campanha Cultura Negra Vive busca não só celebrar, mas também fortalecer o papel da população negra na construção da identidade cultural brasileira. Esse marco histórico é uma homenagem a Zumbi, Dandara dos Palmares e outras figuras heroicas, como Aqualtune e Acotirene, que simbolizam a luta por liberdade e igualdade.
Mariana Braga, chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério da Cultura, destaca a importância dessa ação para o Ministério. "A campanha Cultura Negra Vive visa dar visibilidade à forte presença das Culturas Negras Brasileiras nas ações desenvolvidas em todo o Brasil para o combate e superação do racismo, reforçando o papel central da Cultura no diálogo, com a sociedade brasileira, sobre a Consciência Negra. É uma oportunidade de afirmar que essas Culturas Vivem apesar das tentativas de apagamentos sofridas e que precisamos nos unir para que elas permaneçam vivas!”, disse.
Formulário
A campanha alimenta o Mapa do Brasil pela Igualdade Racial por meio do preenchimento de um formulário disponível no site, onde instituições e cidadãos podem cadastrar eventos e ações. Estes serão incorporados ao Mapa Colaborativo da Cultura Negra de novembro, permitindo a visibilidade das celebrações em todo o país.
Mobilização
O lançamento da campanha Cultura Negra Vive representa um momento importante para mobilizar toda a comunidade cultural, movimentos, grupos, artistas, trabalhadores, brincantes, Pontos de Cultura na luta contra o racismo no Brasil.
A arte e a cultura são elementos essenciais para transformar as comunidades, romper com preconceitos, reforçar as identidades e ampliar o entendimento e o diálogo entre diferentes povos, como explica Márcia Rollemberg, secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura. “Somos um país marcado pela diversidade cultural e que precisa valorizar e reconhecer a imensa contribuição da população negra na formação da cultura nacional, das nossas identidades, somos e temos uma rica matriz africana. Uma potência cultural advinda da maior diáspora do mundo, lutar pela igualdade racial é lutar pelo Brasil”, acrescentou.
A secretária dos Comitês de Cultura, Roberta Martins, também destacou. “A participação ativa dos Comitês de Cultura vai colaborar para que a gente consiga mapear e jogar luz nas ações culturais que estão sendo desenvolvidas no Brasil profundo. Tem muita coisa acontecendo e o nosso objetivo é fortalecer essa rede de cultura, além de promover cada vez mais a conexão da sociedade com o legado e as narrativas da cultura negra, que sedimentaram a construção social do nosso país”, incentivou.
Campanha Tradições de Matriz Africana contra o Racismo
Para marcar o mês de novembro, o Pontão de Cultura Ancestralidade Africana no Brasil lançou, nesta terça-feira (5), em live no YouTube, uma campanha nacional de combate ao racismo por meio da valorização das tradições de matriz africana. No próximo dia 12 de novembro, ocorrerá o lançamento presencial na Fundação Palmares, em Brasília.
Segundo o Pontão, a campanha é necessária porque os povos tradicionais de matriz africana e seus territórios, em suas diferentes denominações, constituem um contínuo civilizatório africano no Brasil, espaços culturais de cultivo, disseminação e permanência da ancestralidade e abrigo da autoestima e da identidade do povo negro.
A ação busca denunciar o racismo e a violência contra as tradições de matriz africana, além de promover o engajamento da sociedade nesse tema e fortalecer as lideranças e autoridades tradicionais para a defesa dos seus territórios e dos seus direitos. "Os europeus civilizaram a África com pólvora. Nós civilizamos o Brasil com nossos tambores", reforçou Bábà Paulo Ifatide, representante do Pontão.
O Ancestralidade Africana no Brasil é resultado do Edital Nº09 de Fomento a Pontões de Cultura e faz parte da estratégia do Ministério da Cultura de reativar a rede da Política Nacional de Cultura Viva (PNCV) nos territórios e por temáticas.
Entre as ações previstas no plano de trabalho está a realização de uma campanha nacional de combate ao racismo através da valorização da ancestralidade africana.
Junior, o cantor, multi-instrumentista, dançarino e performer, com uma carreira de 35 anos que transcende gerações, está prestes a embarcar em sua mais nova e audaciosa jornada artística com a "Solo Tour". Este novo espetáculo não é apenas uma celebração de sua trajetória musical, mas um mergulho profundo na essência de um artista que, pela primeira vez, convida o público a explorar consigo as profundezas de sua alma. Revelando facetas que poucos conhecem.
A concepção explora o lugar da solitude e introspecção, e nasceu da ideia de transformar o voo solo de Junior em um salto profundo em sua própria essência, partindo do estudo dos dois últimos álbuns de Junior, aliado à sua vontade de criar um momento de conexão real e emotiva. Esse voo não é apenas físico, mas um convite para explorar as profundezas do ser do artista, sua jornada de emancipação e autoconhecimento. A força da sensibilidade, da expressão poética, da voz e do corpo são os pilares dessa performance, que traduz a subjetividade e a potência de um artista que se entrega de corpo e alma ao que faz. É a oportunidade de se reconectar com os fãs de forma direta e sincera, trazendo à tona um lado do artista que nunca foi visto.
No dia 23 de novembro, Junior se apresenta em São Paulo, na Tokio Marine. A primeira parte da tour será realizada pela Live Talentos, escritório responsável pela gestão de carreira do artista, e mais datas serão anunciadas para o ano que vem.
Junior se jogou de cabeça na criação dessa tour, do mesmo modo que se joga em tudo o que faz. Desde o início, participou ativamente de todas as decisões, garantindo que sua visão estivesse presente em cada detalhe, da produção musical à performance, passando pela iluminação e cenografia. O envolvimento intenso e natural reflete o quanto ele está entregue nessa fase de sua carreira, onde a busca por um voo autoral e sincero é o ponto central.
"Estou vivendo um momento muito especial na minha carreira e é uma felicidade imensa poder dividir isso com o público. A Solo Tour marca a continuidade de um ciclo que começou com o álbum, mas que agora se completa de uma maneira totalmente nova no palco. Esse trabalho é muito pessoal e cada show será uma troca única, onde espero que todos possam se sentir parte dessa jornada que estamos construindo juntos."
Junior
O público terá a chance de descobrir um Junior multifacetado e experimental. Dança, canto, produção e performance se unem para criar um espetáculo visual e sensorial único e impactante. Mais do que um show, é uma performance íntima e grandiosa, onde ele se despe de antigos rótulos para se mostrar em sua forma mais crua e madura.
Dividido em cinco atos, o show narra a trajetória de saltar para dentro de si mesmo e compartilhar isso com o mundo. Emulando o percurso de um voo desde seu decolar, passando por áreas de turbulência até retornar, de volta para casa, em seu destino final.
A cenografia, inspirada na estrutura de um avião, transporta o público para essa jornada. Com um grid de luz semicircular e plataformas de níveis e obstáculos que se servem de suporte para corpos, o palco se torna um espaço dinâmico onde a dança acrobática e o parkour se misturam, ampliando a experiência visual.
O setlist desse show abarca uma amplitude de expressões e nuances que o artista quis trazer pro palco. Abre espaço para que se ouça com delicadeza sua sensibilidade como compositor, e também para que se receba o impacto do seu vigor como performer e dançarino. O repertório não foge de trazer momentos nostálgicos de sua música, e até mais além, trazendo um pouco das suas referências familiares e íntimas, mas também leva o cantor para lugares novos e inexplorados.
Nídia Aranha, diretora geral do show, comentou o processo: “Esse projeto foi um desafio desde o início, porque pegamos um ícone da música nacional da infância e adolescência de muitos e o rompemos em busca da essência mais pura do artista. Foi preciso limpar todas as expectativas e reconstruir essa figura a partir de um lugar autoral e sincero. A tour é quase biográfica, mas sem cair no óbvio; ela convida o público a mergulhar de cabeça, a cair junto nesse voo para dentro de quem o Junior realmente é hoje. É uma jornada visceral, íntima e, ao mesmo tempo, grandiosa. Acredito que quem o acompanhou ao longo desses anos vai se surpreender ao ver esse lado ainda inexplorado."
Para marcar esta fase transformadora, Junior também se reinventa visualmente. Com o cabelo tingido de azul e a palavra “solo” tatuada na cabeça, o artista faz uma declaração estética que vai além da superfície, refletindo sua busca por autenticidade e liberdade. As escolhas visuais simbolizam um processo de auto exploração e renovação, ao mesmo tempo em que capturam a leveza e a liberdade de se permitir experimentar, subverter e se enxergar sob novas perspectivas, mostrando ao público que a diversão e a ousadia também fazem parte deste momento.
Solo é mais do que uma turnê; é uma manifestação artística, uma experiência imersiva que proporciona o público a conhecer o verdadeiro Junior. É um espetáculo biográfico que, ao despir as expectativas e os arquétipos construídos ao longo de décadas, revela a autenticidade de um artista em sua forma mais pura e sincera. Um convite para todos voarem junto com Junior em uma jornada única, visceral e transformadora.
A apresentação única, na unidade mogiana, que recém completou 03 anos de abertura , marca também o inicio de uma programação especial mais centrada na cultura afrobrasileira tão fortemente lembrada no mês da Consciência Negra. Com cerca de 50 anos de carreira musical, Di Melo, é referência da black music no Brasil.
O Baile do Di Melo é um show alegre e dançante, que traz, em seu repertório, uma fusão das músicas do artista, sempre com a presença de grooves irresistíveis e letras questionadoras. Com mais de 50 anos de carreira musical, Di Melo é, ainda hoje, referência da black music no Brasil e considerado no meio artístico e musical uma lenda viva!
Roberto de Melo Santos, mais conhecido como Di Melo nasceu no Recife em 22 de abril de 1949. É músico, compositor, escultor, ator e poeta. Seus álbuns são caracterizados pela variedade de gêneros musicais, incluindo a mistura de elementos da música soul e do funk com a psicodelia. Lançou seu primeiro álbum em 1975, num período em que diversos membros da black music brasileira iniciaram carreira, tendo canções gravadas por Wando e Jair Rodrigues.
No decorrer da década de 2000, lançou uma série de discos independentes. Mais tarde, foi objeto de dois documentários e um curta-metragem ficcional. Aos quase 75 anos, o compositor e multiartista Di Melo mostra que está em plena forma musical e artística, intensificando seu legado do qual ainda hoje se utilizam muitos artistas e músicos das novas gerações.
Dono de uma voz rouca, grave e potente, o artista segue sendo fonte de criatividade e inventividade. Sua história é marcada por posicionamentos firmes, inclusive em relação ao mercado fonográfico. Depois do sucesso de seu disco de 1975, gravado pela EMI-Odeon, suas músicas não saíam da rádio. Ao mesmo tempo, gravou outras canções com nomes também em alta, como Wando e Jair Rodrigues. Este trabalho se tornou um disco atemporal, que por décadas se manteve no mercado e cujo estilo, arranjos e composições ganharam o mercado internacional.
Em viagem ao exterior, o próprio compositor, em entrevista ao portal Tribuna de Minas. conta que enquanto passeava, ele andava e ouvia suas músicas, como "Kilariô" e "A vida em seus métodos diz calma", entre os estrangeiros. Em uma loja de vinis local (Holanda), encontrou seu disco custando 700 euros; e um outro, mais detonado, por 380. "Quando eu falei que era o Di Melo, os caras não sabiam se riam, se choravam, ou se me matava para o disco valer mais", eu ri, finaliza ele. E, realmente, um boato por tempos circulou de que Di Melo havia morrido. Não à toa, principalmente depois de um acidente grave em 1990, quando ele ganhou o nome de "Imorrível". Com esse nome, lança-se um documentário sobre ele, que venceu vários prêmios, a partir do seu retorno aos palcos e, então, um disco, em 2016. Recentemente, ele lançou o "Atemporal", com o grupo francês Cotonete, o que leva Di Melo para o jazz. Mais recentemente, vários músicos brasileiros da nova geração gravaram o "Podível e impodível", interpretando as canções do disco de 1975. Ele ainda regravou a música "Minha estrela".
No repertório do show ele vai cantar todos os seus clássicos, do disco lançado em 1975 e músicas do álbum "Imorrível" lançado em 2016. Além disso, o cantor vai apresentar algumas músicas inéditas de seu novo álbum, ainda em produção.