Notícias do Dia
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quarta-feira, 22, que a determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de reforçar o monitoramento do Planalto sobre as medidas dos demais ministérios não deve criar um "funil" que "trave" o governo.
O movimento de Lula vem depois de o governo sofrer um grande desgaste por causa de um ato da Receita Federal que foi usado pela oposição para dizer que o Executivo taxaria o Pix. Ele deu a declaração em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, do CanalGov, o veículo institucional do governo federal.
"Não podemos criar um funil, uma estrutura burocrática que trave o governo. Porque é um volume muito grande de instruções normativas e de portarias. O que o presidente afirmou e vamos fazer é chamar a atenção de todos os secretários e vamos, eventualmente, aperfeiçoar esse modelo. Para que aquilo que impacta a população não se faça de forma burocrática, de forma automática. É preciso alinhar com a comunicação. É preciso explicar antes de publicar. Não pode publicar para tentar explicar depois. Explique antes e depois publique porque aí fica mais fácil de a população entender", disse Rui Costa.
O Facebook foi a empresa que mais recebeu recursos nas últimas duas eleições brasileiras, segundo dados do Divulgacand, sistema de prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O valor destinado à empresa passou de pouco mais de R$ 1.700, em 2014, para quase R$ 200 milhões na corrida municipal do ano passado.
Neste mês, a Meta, que é dona também do Instagram e, no Brasil, possui registro social como Facebook, foi alvo de polêmica ao anunciar o fim do programa de checagem de informações nos Estados Unidos, medida que não tem data para ser implementada no País. A empresa decidiu afrouxar as restrições sobre conteúdos preconceituosos e retomar os algoritmos que recomendam publicações políticas.
Especialistas ouvidos pelo Estadão criticam o que chamam de "monopólio" do Facebook, falam em "desigualdade" no tratamento da legislação eleitoral entre as redes sociais e as empresas de comunicação e apontam riscos de interferências no processo eleitoral. Procurado, o Facebook não quis comentar.
O Facebook foi o principal fornecedor contratado pelas campanhas nas eleições de 2024 e 2022, figurando em segundo lugar nas disputas de 2020 e 2018. Por "fornecedores" entende-se tudo aquilo que um candidato compra ou contrata ao longo da disputa eleitoral - desde gastos com gráficas e marqueteiros até o fretamento de aeronaves. No caso do Facebook, o gasto dos candidatos se deu principalmente com o impulsionamento de conteúdo no Facebook e no Instagram.
No Divulgacand, o Facebook aparece pela primeira vez como fornecedor nas eleições gerais de 2014, quando um candidato a deputado federal de Santa Catarina registrou R$ 980 em transferência eletrônica para a empresa, o que hoje equivale a cerca de R$ 1.700, corrigidos pela inflação no período. O candidato não especificou qual foi o serviço contratado. Em 2016, quatro candidatos - três a vereador e um a prefeito - somaram R$ 1 mil em gastos com "criação e inclusão de páginas". Corrigido pela inflação, essa despesa foi de R$ 1.800.
A grande mudança de paradigma ocorreu nas eleições de 2018, quando o Facebook recebeu R$ 23,2 milhões das campanhas brasileiras, em valores nominais. Minas Gerais foi destaque nesse tipo de gasto, com dois candidatos a governador sendo os que mais investiram na plataforma. Antonio Anastasia (PSDB), que buscava a reeleição, gastou R$ 878 mil, seguido por Romeu Zema (Novo), com R$ 476,3 mil. O outsider desbancou Anastasia e conquistou o governo do Estado.
Em ascensão
Desde então, os valores destinados ao Facebook não pararam de crescer, atingindo quase R$ 200 milhões no ano passado. Ainda assim, esse montante representa apenas 3% dos gastos totais que as campanhas tiveram em 2024. De acordo com o TSE, foram R$ 6,6 bilhões investidos. Na última disputa, o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, foi quem mais gastou com Facebook e Instagram, destinando R$ 8,8 milhões às redes sociais. Depois dele vêm Evandro Leitão (PT), que se elegeu prefeito de Fortaleza, e seu concorrente derrotado, o ex-prefeito José Sarto (PDT). Eles despejaram R$ 5,8 milhões e R$ 4,9 milhões nas plataformas, respectivamente.
O Estadão procurou as assessorias de Boulos e Leitão, mas elas não tinham respondido até a publicação deste texto. Sarto não foi localizado.
Para se ter uma ideia da diferença no montante recebido pelo Facebook, o segundo maior fornecedor na campanha do ano passado foi uma empresa de pagamentos, que recebeu R$ 76,4 milhões dos candidatos e partidos.
Felipe Soutello, estrategista político com quase 30 anos de experiência em campanhas eleitorais, lembrou que a Meta foi a única grande rede social a assinar as regras do TSE e aceitar recursos do fundo eleitoral na eleição de 2024. Outras empresas, como a Alphabet (dona do Google e YouTube), ou já impunham restrições a conteúdo político-eleitoral ou proibiram anúncios políticos no ano passado.
Para Soutello, é contraditório que a legislação brasileira permita a concentração de recursos desse tipo em um único fornecedor e, ao mesmo tempo, proíba as campanhas de utilizar outras formas de mídia.
"É complexo quando, em uma eleição, você tem apenas uma multinacional de comunicação controlando esse volume de recursos. O Brasil não tem empresas que possam contribuir como fornecedoras? Acho que tem", disse Soutello, que questiona as restrições a outras mídias na legislação eleitoral.
Território
"Eleição tem tudo a ver com território. Por que não posso comprar mídias no relógio da cidade, nos pontos de ônibus, nos próprios ônibus, nas mídias dos elevadores e shoppings centers? O País precisa fazer uma reflexão sobre essa desproporcionalidade. Houve um movimento para ocupar o espaço de comunicação das redes sociais, mas uma série de outros meios de comunicação ficou de fora", disse. "Agora, ela muda essa política, passa a permitir que o conteúdo político chegue independentemente de o cidadão querer, e acaba com o fact-checking", completou o estrategista.
Especialista em Direito Eleitoral e doutorando pela UERJ, Bruno Andrade afirmou que a existência de um monopólio já é, por si só, problemática, especialmente porque a maioria das empresas da Meta está concentrada, embora não formalmente por questões fiscais, nos Estados Unidos.
"Isso gera uma possibilidade de quebra de segurança e soberania do País frente ao poderio de outras nações sobre os processos internos brasileiros", disse o advogado e professor, acrescentando que o gasto com o Facebook pode ser ainda maior do que os dados do Divulgacand indicam, já que candidatos podem contratar empresas para gerenciar o impulsionamento de conteúdo.
Preocupação
Andrade ressaltou que países da Europa têm demonstrado crescente preocupação com as redes sociais e o risco de interferências indevidas nos processos eleitorais. Na Irlanda, o Facebook enfrentou uma decisão desfavorável relacionada a uma funcionalidade que permitia aos usuários indicar se iriam ou não votar nas eleições. Mais recentemente, a Alemanha acusou Elon Musk, dono do X, de interferir no processo eleitoral ao usar sua rede social para apoiar uma candidatura de extrema direita.
Na opinião de Andrade, o monopólio das redes sociais no cenário eleitoral pode ser minimizado com ampliação de permissão de financiamento em outras plataformas que não apenas as redes sociais. Ele sugeriu, por exemplo, permitir gastos em emissoras de rádio e televisão, além de ampliar a permissão para meios de comunicação impressos. Hoje, a lei permite a divulgação paga de até dez anúncios de propaganda eleitoral na imprensa escrita e a reprodução desses anúncios na internet até a antevéspera das eleições.
"Há um tratamento desigual da legislação eleitoral entre empresas de redes sociais e as demais empresas, pois, enquanto as redes sociais não têm limitação quanto ao recebimento de recursos e à divulgação de propaganda eleitoral, os outros meios de comunicação têm proibição ou restrição. Defendo que o tratamento deve ser igual em relação a gastos e a limites. Se não tem para rede social, não faz sentido ter para outras formas de divulgação", afirmou o especialista, que foi secretário de Modernização, Gestão Estratégica e Socioambiental do TSE.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A Polícia Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que as investigações da Operação Overclean sobre o desvio de emendas parlamentares sejam transferidas ao gabinete do ministro Flávio Dino.
O inquérito foi distribuído por sorteio ao ministro Kassio Nunes Marques no dia 17. Os investigadores defendem que Dino tem preferência para conduzir o caso porque ele é relator de outros processos sobre irregularidades na liberação de emendas parlamentares.
Como regra geral, os relatores no STF são definidos por sorteio. Uma ação ou investigação só é direcionada a um ministro quando ele já atua em casos que têm ligação direta com o novo processo - é a chamada distribuição por prevenção.
Quando o inquérito da Operação Overclean chegou ao STF, em 16 de janeiro, o ministro Edson Fachin, vice-presidente da Corte, estava à frente do plantão judiciário. Ele considerou que não era o caso de prevenção.
Cabe agora ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, analisar o pedido da PF e decidir se o inquérito deve ser transferido ao gabinete de Flávio Dino.
Nesta terça, 12, Barroso pediu que a Secretaria Judiciária apresente parecer técnico sobre "eventual prevenção". O presidente do STF também solicitou que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, diga se concorda com a redistribuição.
Flávio Dino conduz com rigor a investigação sobre a distribuição das emendas parlamentares. O ministro congelou repasses e vem cobrando mais transparência na indicação dos recursos.
A Operação Overclean foi enviada ao STF por suspeita de envolvimento de parlamentares com prerrogativa de foro. O STF é a instância competente para investigar deputados e senadores. O processo tramita em segredo de Justiça.
Deputados bolsonaristas que estão em Washington comemoraram a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dançando uma música do cantor sertanejo Gusttavo Lima, que pretende se candidatar à Presidência da República em 2026. A gravação foi feita na segunda-feira, 20, após a solenidade no Capitólio, em um baile com um grupo de bolsonaristas que vivem no território americano.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver os deputados Carla Zambelli (PL-SP), Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e Marcel Van Hattem (Novo-RS) dançando o single "Balada", que é um dos maiores sucessos do cantor sertanejo.
O baile onde os deputados aparecem dançando a música de Gusttavo Lima contou com a participação de integrantes do movimento Yes Brazil USA. O grupo é formado por brasileiros que residem nos Estados Unidos e defendem o conservadorismo e o bolsonarismo.
Também participaram do baile os deputados Capitão Alden (PL-BA), Maurício do Vôlei (PL-MG), Messias Donato (Republicanos-ES) e Sargento Gonçalves (PL-RN). Os quatro não aparecem na gravação onde a música de Gusttavo Lima é reproduzida.
Os parlamentares bolsonaristas não puderam acompanhar a posse de Trump na Rotunda do Capitólio e assistiram à solenidade em outros espaços da capital americana. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram encaminhados para um estádio de basquete próximo à sede do Legislativo dos Estados Unidos.
Por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não conseguiu reaver o passaporte para participar da posse de Trump. O magistrado viu um "risco de fuga" devido a declarações dele sobre um possível asilo político no exterior.
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu, no fim do ano passado, anular uma sanção que havia aplicado a Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação de Jair Bolsonaro, pelo caso do "gabinete paralelo" dos pastores que atuavam no ministério, revelado pelo Estadão em 2022. A decisão foi tomada na última reunião do colegiado de 2024, em 16 de dezembro, mas, por ser um processo em andamento, foi divulgada sem o nome da autoridade escrutinada.
A sanção anulada foi uma censura ética. A medida não tem o efeito concreto de uma multa, por exemplo, mas funciona como uma espécie de mancha no currículo. Um novo julgamento deverá ser realizado na próxima reunião do colegiado, marcada para 27 de janeiro.
O caso que ficou conhecido como "gabinete paralelo" consistia na influência exercida na pasta por dois pastores, Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura, sem vínculo com o ministério. As reportagens da época mostraram que eles facilitavam o acesso de pessoas ao ministro. Uma gravação vazada naquele período registrava Milton Ribeiro dizendo que daria preferência a atender "a todos os que são amigos do pastor Gilmar" - e que isso teria sido um pedido do então presidente, Jair Bolsonaro.
O caso também incluiu, por exemplo, um prefeito acusando um dos pastores de ter pedido pagamentos em ouro para liberar recursos para creches no ministério. A Comissão de Ética, porém, foca na declaração gravada do então ministro. O relator do processo no colegiado foi Manoel Caetano, que preside a comissão. No voto em que recomendou a censura ética, ele afirmou que a declaração "colocou em dúvida a integridade e a clareza de posições da administração pública, em claro desvio de caráter ético-jurídico, bem como revelou o descumprimento do compromisso moral e dos padrões qualitativos estabelecidos para a conduta da alta administração".
A defesa de Milton Ribeiro negou irregularidades tanto na época em que o caso foi divulgado quanto no processo da Comissão de Ética. Argumentou que a distribuição de recursos para municípios era realizada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e que não poderia interferir nos critérios de repasse. Também disse que o áudio não menciona nenhuma contrapartida para o envio de recursos e que as notícias que embasavam a representação eram inverídicas. Milton Ribeiro deixou o Ministério da Educação por causa do escândalo. Depois, ainda em 2022, ele chegou a ser preso durante a investigação da Polícia Federal sobre o caso.
A anulação da censura ética teve origem em embargos de declaração, tipo de recurso que pede esclarecimentos ou correções sobre uma decisão. Os representantes de Milton Ribeiro pediram a nulidade do julgamento sob o argumento de não ter havido intimação no fim da investigação e na designação do julgamento, o que teria reduzido o direito de defesa do ex-ministro.
"Nem sequer foram concedidos ao embargante e sua defesa técnica o prazo para apresentar as alegações finais e a oportunidade para sustentar oralmente. Até mesmo porque, o embargante apenas tomou conhecimento da sanção que lhe fora imposta, quando já havia sido emitida e formalizada a conclusão do Colegiado", afirmou a defesa de Milton Ribeiro.
Em seu novo voto, o presidente da Comissão de Ética, Manoel Caetano, disse não ter havido prejuízo à defesa porque o ex-ministro teria tido oportunidade para se manifestar sobre todas as provas produzidas. Apesar disso, concordou com a nulidade do julgamento porque a publicação da pauta da reunião que decidiria pela censura ética não incluiu o nome do advogado de Milton Ribeiro, Daniel Bialski. Também determinou a inclusão de novo julgamento do processo na próxima reunião do colegiado, com intimação dos interessados.
"Os advogados do ex-ministro Milton Ribeiro explicitam que ninguém pode ser julgado sem observância e respeito aos princípios constitucionais do devido processo, contraditório e ampla defesa. E no caso, isso ocorreu e por isso o procedimento foi anulado pela própria Comissão de Ética Pública da Presidência. Aguarda-se o correto andamento do processo e a marcação dos demais atos processuais para possibilitar que se possa comprovar a plena inocência das acusações apresentadas, bem como evidenciar a conduta sempre proba, ética e correta de Milton Ribeiro enquanto Ministro da Educação", afirmou a defesa do ex-ministro em nota enviada à reportagem.
"A decisão foi anulada por nulidade decorrente de falta de regular intimação do advogado do acusado. Suprida essa nulidade, o processo deve entrar na pauta de janeiro", afirmou o presidente da Comissão de Ética, Manoel Caetano, que também é relator do processo.
O ministro Herman Benjamin, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), rejeitou um habeas corpus do advogado Carlos Geraldo de Albuquerque Nogueira para cumprir pena em regime domiciliar ou em uma sala equipada com frigobar, escrivaninha, livros e televisão.
O advogado foi condenado a 20 anos e seis meses de prisão, em regime inicial fechado, pelo assassinato de um homem a pauladas, em fevereiro 2021, em Manaus. Por ser um crime doloso contra a vida, ele foi julgado no Tribunal do Júri. Os jurados concluíram que o homicídio foi agravado porque teve motivação fútil.
Carlos Geraldo de Albuquerque Nogueira está detido no Centro de Detenção Provisória de Manaus II, em uma sala de Estado-Maior, como estabelece o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Ao dar entrada no habeas corpus, a defesa argumentou que o alojamento não tem "janela, frigobar, água gelada, escrivaninha, livros, televisão e instrumentos para exercer sua profissão". O advogado pediu transferência para a sala de Estado-Maior da seccional da OAB no Amazonas.
O pedido foi negado primeiro por um desembargador do Amazonas. Na sequência, o habeas corpus subiu para o Superior Tribunal de Justiça.
O ministro Herman Benjamin não chegou a analisar o mérito do pedido. Ele usou um argumento processual para negar o HC. Afirmou que não houve julgamento colegiado no Tribunal de Justiça do Amazonas e, por isso, o STJ não poderia julgar o caso. Seria, na avaliação do ministro, pular uma instância.
"A decisão combatida foi proferida monocraticamente pelo desembargador relator na origem. Não há, pois, deliberação colegiada sobre a matéria trazida na presente impetração, o que inviabiliza o seu conhecimento pelo Superior Tribunal de Justiça", diz a decisão.
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, disse nesta terça, 21, que há indicativo de bandeira tarifária verde ao longo do ano, em razão das previsões climáticas atuais.
Neste mês de janeiro já está com bandeira verde, diante da redução no custo de energia a partir de condições mais favoráveis para a geração durante o período chuvoso no País. Com a seca histórica no segundo semestre de 2024, em setembro a Aneel chegou a acionar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, pela primeira vez em mais de três anos.
De acordo com Feitosa, um eventual "estresse maior" no período seco neste ano levaria ao acionamento da bandeira amarela ou vermelha. "Em alguns momentos de um estresse maior durante o período seco (em 2025), pode ocorrer momentaneamente de a bandeira variar entre amarela e vermelha, mas a perspectiva para o ano é muito favorável e nós também esperamos que o comportamento tarifário ao longo do ano seja o mais previsível possível", disse.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para sinalizar aos consumidores o custo da geração no País antes do reajuste anual das tarifas de energia e, assim, não onerar este custo com a incidência de juros ao longo do ano. Assim, conforme as condições de geração de energia, os valores extras são cobrados mensalmente e transferidos às distribuidoras, que fazem a compra da energia, por meio da "Conta Bandeiras".
Em período com a bandeira verde não há cobrança adicionalpara os consumidores. Já a amarela resulta, atualmente, em cobrança adicional de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Há ainda mais dois patamares que podem ser acionados: a vermelha 1 (R$ 4,463 para cada 100 kWh) e a vermelha 2 (R$ 7,877 a cada 100 kWh).
Enel sob fiscalização
O diretor-geral da Aneel afirmou ainda que suas equipes técnicas e as da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arcesp) estão apurando semanalmente os indicadores de desempenho da Enel São Paulo. Segundo ele, a equipes estão atuando no âmbito do termo de intimação emitido pela Aneel em outubro do ano passado, após apagão que deixou milhões de consumidores da distribuidora sem energia elétrica.
"A Enel SP está sob fiscalização desde a emissão do termo de intimação. Cabe à relatora (Agnes da Costa, diretora da agência) avaliar todas as informações que estão sendo coletadas, todas essas diligências, para submeter ao colegiado a sua percepção sobre o tema", disse Sandoval, que evitou dar uma previsão para o debate sobre a atuação da distribuidora em plenário pelo colegiado da agência. (COM LUDMYLLA ROCHA)
Se o Pix domina nos pagamentos de pessoas físicas, entre as empresas a preferência ainda é pelo boleto bancário. Segundo pesquisa feita pela Qive (antes conhecida por Arquivei) com apoio da Endeavor, o boleto bancário é o método de pagamento usado com maior frequência por 65% das empresas brasileiras, à frente do Pix, com 33%, e do cartão de crédito, que tem apenas 2% das preferências.
A preferência pelo boleto é atribuída a questões como segurança e compatibilidade com os sistemas, segundo o estudo da Qive, que é uma plataforma de gestão de documentos fiscais e financeiros. A pesquisa aponta que o boleto oferece comprovantes mais padronizados e rastreáveis. Além disso, o processo de pagamento tem múltiplas aprovações, de modo a reduzir riscos, e permite mais tempo para revisão e aprovação diante do alto volume de transações. Para completar, alguns sistemas de gestão empresarial não possuem integração completa com o Pix.
A pesquisa ouviu 400 empresas de todas as regiões do Brasil entre os dias 23 de setembro e 18 de outubro de 2024. As companhias são dos mais diversos setores - incluindo serviços, alimentação, tecnologia, saúde e indústria - abrangendo desde microempresas a grandes empresas, com faturamento acima de R$ 300 milhões.
Por Laís Adriana
São Paulo, 22/01/2025 - As bolsas da Europa sobem, conforme investidores ponderam sinais para a trajetória de juros do Banco Central Europeu (BCE), após diversos dirigentes sinalizarem provável corte das taxas na próxima semana. Os ganhos fortes levaram Londres e Frankfurt a renovarem alta histórica, impulsionadas ainda por balanços e colocando em segundo plano preocupações com tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.
Às 7h10 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,64%, a 529,35 pontos.
Os mercados acionários europeus abriram com alguns índices próximos à estabilidade, mas firmaram alta forte ao longo da manhã. Segundo o Danske Bank, o foco dos investidores está mudando gradativamente nesta semana dos impactos de ameaças tarifárias de Trump para as decisões monetárias dos principais BCs na próxima semana.
No Fórum Econômico Mundial, em Davos, dirigentes do BCE sinalizaram que um corte de juros na próxima semana é provável. François Villeroy de Galhau (França) projetou queda das taxas para nível próximo de 2% até o verão do Hemisfério Norte, enquanto Klass Knot (Holanda) disse estar "confortável" com relaxamento monetário nas próximas duas reuniões.
Mais cautelosa, a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que espera uma redução gradual dos juros europeus, mas reiterou que os dirigentes não estão "atrás da curva", em entrevista à CNBC, nos arredores de Davos. Lagarde alertou ainda que a União Europeia (UE) deve se preparar para as tarifas comerciais de Trump e seus efeitos sobre a economia local. Lagarde falará novamente em Davos nesta tarde, às 12h15 (de Brasília).
Às 7h20 (de Brasília), o índice DAX ganhava 1,13% em Frankfurt, depois de renovar recorde de alta a 21.274,75 pontos, impulsionado também pela temporada de balanços. A ação da Adidas subia 6,7%, depois de superar expectativas de lucro em resultados do quarto trimestre. Entre outros destaques, a SAP avançava 1,8% ao seguir a euforia global com ações de semicondutores, após Trump anunciar pacote robusto de investimentos em data centers nos EUA.
Já o FTSE 100 subia 0,28% em Londres, também renovando máxima histórica a 8.582,79 pontos, com destaque para alta de 5,5% da Intermediate Capital, que bateu expectativas em balanço do terceiro trimestre fiscal de 2024. Em Milão, o FTSE MIB avançava 0,39%. Em Lisboa, o PSI 20 aumentava 0,01%. Em Paris, o CAC 40 ganhava 0,75%. Na contramão, o IBEX 35 tinha queda de 0,07% em Madri.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira, 21, que as tarifas que pretende impor aos produtos do Canadá e do México a partir do dia 1º não teriam "nada a ver" com a renegociação do pacto comercial existente entre os três países. Segundo Trump, as tarifas têm o objetivo de interromper a imigração não autorizada e o fluxo de drogas ilícitas nas fronteiras com os dois países.
Trump também ameaçou impor tarifas contra a China, que exporta produtos químicos usados para fazer fentanil. O presidente americano reiterou, porém, que não teve discussões prolongadas sobre os impostos de importação na conversa da semana passada com o presidente chinês, Xi Jinping."Não falamos muito sobre tarifas, além de que ele sabe qual é a minha posição", disse Trump. Fonte: Associated Press.
O Grupo CPFL vai substituir até 2029 medidores de energia por equipamentos digitais e mais inteligentes (smart meters) em suas três concessões de distribuição de energia no Brasil.
Segundo o diretor-presidente da empresa, Gustavo Estrella, a meta é ter 400 mil clientes por ano com o sistema de telemedição. "As redes inteligentes representam uma das maiores evoluções tecnológicas que teremos no setor de distribuição nos próximos anos e a troca de medidores é a base dessa transformação", afirma.
Ao todo, a troca dos aparelhos custará R$ 1,2 bilhão, dos quais R$ 800 milhões serão financiados pelo Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do programa "BNDES Mais Inovação", que utiliza recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O restante virá de aporte da companhia.
Do lado da CPFL, a modernização dos medidores permitirá a transmissão de dados de consumo de forma remota e em tempo real, eliminando a necessidade de lituras manuais de consumo. E, com o monitoramento em tempo real do consumo, será possível à concessionária melhorar a gestão das interrupções no fornecimento de energia.
Os recursos serão destinados a três empresas controladas pelo grupo: CPFL Paulista, Piratininga e Santa Cruz, que juntas atendem 7,5 milhões de clientes entre os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
"O projeto resultará na aquisição de equipamentos inovadores, de fabricação nacional, que oferecem diversos recursos tecnológicos para gestão do consumo de energia, garantindo agilidade nos serviços prestados pelas distribuidoras, beneficiando os consumidores", explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da França, François Villeroy de Galhau reafirmou nesta quarta-feira, 22, que as taxas de juros europeias estão a caminho do nível neutro e devem atingir cerca de 2% até o verão do Hemisfério Norte. "Estamos vigilantes, mas confiantes na trajetória de desinflação na Europa", disse, durante painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
No entanto, a autoridade monetária reconheceu que diversos riscos ainda rondam a economia europeia, como possíveis choques de oferta, tarifas comerciais dos EUA e incertezas sobre a política local. "Os choques de oferta devem ser mais frequentes nos próximos anos e devemos estar preparados para eles", disse Villeroy, acrescentando que o nível de pressão inflacionária dependerá da resiliência da produtividade local.
Sobre as tarifas dos EUA, o dirigente afirmou que ainda é cedo para dizer, mas que as novas políticas "podem ter efeitos inflacionários" ao fragmentar o comércio global, o que arriscaria o progresso da inflação e da flexibilização monetária. Políticas fiscais acomodatícias demais na zona do euro também representariam um risco, pontuou Villeroy.
Para ele, o recente salto nos rendimentos de títulos soberanos reflete um aumento nos prêmios de prazo e temores sobre esse conjunto de riscos.
Ao ser questionado, Villeroy ressaltou que a política monetária europeia e a do Federal Reserve (Fed) nos EUA podem divergir. "Somos independentes", lembrou.
Oscilando neste início de temporada, o Botafogo quer voltar ao caminho das vitórias contra o embalado Volta Redonda. O jogo será disputado nesta quarta-feira, no estádio Nilton Santos, pela quarta rodada da Taça Guanabara, primeira fase do Campeonato Carioca.
Na última rodada, o Botafogo foi derrotado pelo Sampaio Corrêa por 2 a 1, placar que o deixou na oitava posição com três pontos. Por outro lado, o Volta Redonda, em quarto lugar com seis, venceu o Bangu por 1 a 0 e vem de duas vitórias em três rodadas.
Único dos quatro grandes que venceu até o momento no Estadual, o Botafogo segue com um elenco alternativo, enquanto o grupo principal está realizando trabalhos de pré-temporada no CT.
O técnico Carlos Leiria, escolhido para assumir a equipe neste início de temporada com a saída de Artur Jorge, não tem desfalques. Portanto, a escalação deve ser a mesma da partida contra o Sampaio Corrêa. A grande dúvida está no ataque. O atacante Kayke Queiroz, titular no último compromisso, tem a concorrência do uruguaio Valentín Adamo.
O treinador prega cautela no planejamento para a sequência da temporada e mantém mistério quanto ao retorno do grupo principal, que ainda não teve a data da volta confirmada.
"A gente tem sido bem cuidadoso com esse planejamento interno do nosso treinamento, de preparação. É estar atento aos detalhes de treinamento, atento aos detalhes desse retorno da equipe e poder ajudar da melhor maneira possível"
Com duas vitórias consecutivas, o Volta Redonda está na luta pela classificação para a próxima fase do Carioca. Sem desfalques, o técnico Rogério Corrêa deve repetir a mesma escalação dos últimos jogos.
Entre os nomes mais conhecidos do Voltaço estão o meia Chay, campeão da Série B de 2021 pelo Botafogo, e Kelvin, que defendeu o Fluminense em 2019, mas disputou apenas uma partida com a camisa Tricolor.
Rogério Corrêa elogiou o bom desempenho de alguns reforços no estadual e destacou a importância para o restante do ano. Nesta temporada, o Volta Redonda, atual campeão brasileiro da Série C, disputará a Série B.
FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO X VOLTA REDONDA
BOTAFOGO - Raul; Newton, Kawan, Serafim e Rafael Lobato; Patrick de Paula, Kauê e Vitinho; Yarlen, Kayke Queiroz (Valentín Adamo) e Matheus Nascimento. Técnico: Carlos Leiria (Interino)
VOLTA REDONDA - Jean Drosny; Wellington Silva, Gabriel Bahia, Fabrício e Sanchez; Pierre, Robinho, Luciano Naninho e Chay; Kelvin e Bruno Santos. Técnico: Rogério Corrêa
ÁRBITRO - Pierre Dias dos Santos (RJ)
HORÁRIO - 21h30
LOCAL - Estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).
Corinthians e Grêmio definem último finalista da Copa São Paulo
Após três semanas de muitos gols, emoção e disputa, a Copa São Paulo de Futebol Júnior 2025 está chegando ao fim. Nesta quarta-feira, às 17 horas, com transmissão da Sportv, Corinthians e Grêmio se enfrentam na Arena Barueri, para definir o último classificado para a decisão da maior competição de base do País.
Maior campeão da história com 11 títulos e atual vencedor da Copinha, o time paulista tenta chegar à sua 12ª conquista, enquanto os gaúchos, que chegaram à final pela última vez em 2020, tentam o primeiro título.
Mesmo sendo tratado como favorito desde o início, o Corinthians passou por apuros. No Grupo 27, ficou na segunda colocação, atrás do Santo André, que levou a melhor no duelo direto, na última rodada. Já na segunda fase, os paulistas passaram pelo Falcon-SE, com uma vitória por 1 a 0, e tiraram o Vila Nova-GO na terceira fase, por 4 a 1. A emoção veio mais forte nas oitavas de final, quando após um empate por 0 a 0 no tempo regulamentar, o Corinthians eliminou o Ituano nos pênaltis, por 5 a 4.
Na fase seguinte, eliminou o Vasco com uma vitória por 1 a 0, marcado por Gui Negão. Foi o primeiro gol marcado pelo centroavante apontado como um dos destaques do time e que, agora, promete marcar gols decisivos nesta reta final da competição.
O Grêmio teve um melhor desempenho na fase de inicial. No Grupo 21, o time de Porto Alegre teve a companhia de Vitória da Conquista, Porto Vitória e Atlético Guaratinguetá, onde terminou a primeira fase na liderança, com sete pontos, seis gols marcados e apenas um sofrido.
Na segunda fase, tirou o Marcílio Dias, por 1 a 0, e aplicou 4 a 0 no Goiás, na etapa seguinte, se garantindo nas oitavas. Após um empate por 2 a 2 no tempo normal, tirou o Red Bull Bragantino por 5 a 4, nos pênaltis. Nas quartas, os gaúchos eliminaram o Palmeiras, com uma vitória emocionante, por 3 a 2.
As duas apresentações neste começo de Campeonato Paulista tem empolgado o torcedor pontepretano. Com o elenco reformulado e sob o comando de Alberto Valentim, a Ponte Preta tem mostrado uma postura diferente da última temporada. Invicto na competição, o time de Campinas busca sua primeira vitória no estádio Moisés Lucarelli diante da Portuguesa, nesta quarta-feira, às 20h, pela terceira rodada. Do outro lado, a Lusa tenta seu primeiro triunfo no Estadual a fim de tentar decolar na competição.
Na estreia, o time de Campinas surpreendeu ao vencer o Novorizontino fora de casa, por 1 a 0, e com um jogador a menos desde os 30 minutos do primeiro tempo. Já diante do Santos, acabou cedendo o empate por 1 a 1, mas com uma postura que fez o time sair de campo aplaudido. A Ponte Preta está em terceiro lugar do Grupo D, com quatro pontos, empatado com o Palmeiras.
Já a Portuguesa ainda não venceu. Foi derrotada na estreia contra o Palmeiras, por 2 a 0, no Allianz Parque, e na despedida do Canindé, chegou a abrir 2 a 0 frente ao Novorizontino, porém acabou cedendo o empate por 2 a 2 na reta final. Sob o comando de Cauan Almeida, é o terceiro colocado do Grupo B, com apenas um ponto.
O técnico Alberto Valentim terá a volta do volante Dudu, que cumpriu suspensão diante do Santos pelo cartão vermelho na estreia. A tendência é que o ele retorne ao time titular na vaga do lateral direito Pacheco. Com isso, Maguinho, que atuou na espécie de um ala, volta a fazer a função do lado direito.
Outra novidade é o zagueiro chileno Vicente. Recém contratado, ele aguarda os últimos trâmites burocráticos para ficar à disposição do treinador. Com 18 reforços para a temporada, Alberto Valentim pede calma para que todos possam ter o entrosamento necessário e não forçar os atletas, prevenidos às lesões.
"É tudo novo para todo mundo. Com o tempo, treinos e ajustes de vídeo, a gente vai ganhando entrosamento. A gente aproveitou a pré-temporada para elevar a condição física como base para o ano todo, mas temos o desgaste. Não queremos correr risco de perdê-los por lesão" disse o treinador em coletiva.
Na Portuguesa, o treinador Cauan Almeida poderá repetir a mesma equipe dos dois primeiros jogos, a fim de dar mais ritmo e melhorar cada vez mais o entrosamento. A novidade estará somente no banco de reservas. Recém contratado, o atacante Jajá Silva foi regularizado e está liberado para atuar em Campinas, sendo uma das novidades na lista de relacionados.
Apesar do empate frustrante na despedida do Canindé, o treinador apontou evolução na equipe e o entendimento com o modelo de jogo proposto: "Obviamente não estamos satisfeitos por não termos vencido, mas o ponto positivo foi que sustentamos o modelo que a gente deseja, predominante em pressão alta, ofensivo, com bastante construção de jogo apoiado, curto e longo. A evolução da equipe como um todo está acontecendo" disse Cauan Almeida.
FICHA TÉCNICA
PONTE PRETA X PORTUGUESA
PONTE PRETA - Diogo Silva; Maguinho, Saimon, Artur e Danilo Barcelos; Dudu, Léo Oliveira, Emerson, Serginho e Pedro Vilhena; Jean Dias. Técnico: Alberto Valentim.
PORTUGUESA - Rafael Santos; Alex Silva, Gustavo Henrique, Alex Nascimento e Lucas Hipólito; Fernando Henrique, Hudson e Cristiano; Daniel Júnior, Henrique Almeida e Maceió. Técnico: Cauan Almeida.
ÁRBITRA - Edina Alves Batista (FIFA-SP).
HORÁRIO - 20h.
LOCAL - Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP)
O Corinthians volta a campo nesta quarta-feira, para enfrentar o Água Santa, na Neo Química Arena, pela terceira rodada do Campeonato Paulista. A equipe busca ampliar para dez jogos a invencibilidade do time alvinegro após o Parque São Jorge ferver com a suspensão da votação do impeachment do presidente Augusto Melo.
A última derrota do Corinthians aconteceu em 31 de outubro, quando o time paulista foi eliminado pelo Racing na Copa Sul-Americana após revés por 2 a 1. Desde então, foram nove vitórias consecutivas, incluindo a reta final do Brasileirão e os seis pontos conquistados no Paulistão deste ano.
O retrospecto é ainda melhor em jogos na Neo Química Arena. Já são 13 partidas de invencibilidade em Itaquera. O último resultado negativo foi em 20 de agosto, na derrota por 2 a 1 para o Bragantino, pela Sul-Americana. O time da capital paulista levou a melhor nos pênaltis e avançou na competição.
A tendência é que o Corinthians use uma equipe mais próxima da titular. Matheuzinho, Yuri Alberto e Memphis Depay podem começar como titulares. O goleiro Hugo Souza ainda se recupera de uma amidalite e está fora. Rodrigo Garro, com problema no joelho, também é ausência.
A partida acontece dois dias após a tumultuada reunião do Conselho Deliberativo para tratar sobre o impeachment de Augusto Melo. Os membros do colegiado divergiram bastante do processo, sendo necessária a votação de admissibilidade da destituição. O resultado foi de 126 a 114 pela continuidade da reunião, revoltando os apoiadores do presidente. Uma nova data para a continuação da sessão ainda será marcada.
O Água Santa, por sua vez, busca reagir no Paulistão. A equipe de Diadema estreou com derrota em casa, por 2 a 1, para o São Bernardo. Na segunda rodada, foi goleada por 6 a 0 pelo Mirassol, recém-promovido à Série A. O clube sonha em repetir a campanha que levou a equipe à final em 2023, vencida pelo Palmeiras.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS - Matheus Donelli; Matheuzinho, André Ramalho (Félix Torres), Cacá e Matheus Bidu (Hugo); Alex Santana, André Carrillo, Ryan e Igor Coronado (Talles Magno); Yuri Alberto, Memphis Depay (Romero). Técnico: Ramón Díaz.
ÁGUA SANTA - Ygor Vinhas; Ynaiã, Lucas Rocha, Fábio Sanches e Renan Castro; Wesley Dias, Netinho, Luan Dias e Robinho; Marco Antônio e Willen. Técnico: Marcelo Cabo.
ÁRBITRO - Lucas Canetto Bellote
LOCAL - Neo Química Arena, em São Paulo (SP).
Ainda sem conseguir pontuar no Campeonato Paulista, Red Bull Bragantino e Velo Clube se enfrentam nesta quarta-feira, às 18h30, no estádio Nabi Abi Chedid, pela terceira rodada do Campeonato Paulista, dispostos a dar um basta nesta série de derrotas neste início de competição.
Enquanto o time de Bragança segue enfrentando dificuldades com a sequência de maus resultados que o acompanha desde o fim do Campeonato Brasileiro do ano passado, a equipe do Rio Claro, por sua vez, ainda não conseguiu embalar uma boa sequência desde o seu retorno à elite do futebol paulista.
O Bragantino fez sua estreia na competição com uma derrota apertada para o Corinthians, por 2 a 1, em um jogo em que o time até demonstrou certa reação, mas não conseguiu evitar o revés. Na segunda rodada, a situação piorou, com a equipe sendo superada pelo São Bernardo por 3 a 2, resultado que ligou o sinal de alerta no clube.
A pressão sobre o técnico Fernando Seabra tem aumentado, mesmo em um clube conhecido por dar mais tempo de trabalho aos seus treinadores, o que acaba gerando um ambiente de incerteza, especialmente após uma temporada abaixo das expectativas no Brasileirão.
Já o Velo Clube, que no ano passado viveu uma histórica campanha ao conquistar o acesso à Série A1 do Campeonato Paulista, também iniciou o torneio com dificuldades. Na estreia, teve uma dura derrota em casa para o Noroeste, por 2 a 0, reeditando a final da Série A2 de 2023, mas sem o mesmo brilho da temporada anterior.
Na rodada seguinte, enfrentou o Corinthians acabou superado por 2 a 1 e viu a pressão sobre o elenco crescer. Apesar dos bons momentos que a equipe tem mostrado em campo, os resultados negativos até o momento deixam claro que o Velo Clube ainda tem muito a evoluir para se estabelecer como uma força competitiva na divisão principal.
Este será apenas o terceiro confronto entre as duas equipes na história do Campeonato Paulista. Nos dois primeiros duelos, o time de Bragança Paulista levou a melhor com duas vitórias.
O técnico Fernando Seabra e seus comandados sabem que, para não deixar a crise tomar proporções maiores. Para este duelo, o volante Jadsom Silva e o atacante Eduardo Sasha devem retornar ao time titular.
"Estamos vivendo as dificuldades que esperávamos viver. É lógico que a gente trabalha para obter os resultados, trazer as vitórias, mas não existe mágica. Uma pré-temporada curta, um elenco com transformações que são positivas, leva tempo para tudo se acomodar. A gente não esperava facilidade em nenhum momento", disse Seabra.
Do outro lado, o Velo Clube deve manter a formação para buscar o entrosamento necessário a fim de se firmar. A principal esperança é o atacante Daniel Amorim, autor do gol na derrota para o Corinthians. O técnico Guilherme Alves deve apostar em uma formação mais defensiva, justamente por estar brigando contra um time da Série A.
"Paulistão não tem jogo fácil. Fizemos uma boa partida com o Corinthians, mas não conseguimos o resultado esperado. Esperamos evoluir e corrigir os erros diante de uma equipe que também está precisando vencer. Vamos deixar o máximo em campo para conquistar a primeira vitória do Velo Clube neste retorno à Série A1", destacou Guilherme Alves.
FICHA TÉCNICA
RED BULL BRAGANTINO X VELO CLUBE
RED BULL BRAGANTINO - Cleiton; Eduardo Santos, Pedro Henrique, Lucas Cunha e Juninho Capixaba; Jadsom Silva, Eric Ramires e Gustavinho; Vinicinho, Eduardo Sasha e Sandro Pitta. Técnico: Fernando Seabra.
VELO CLUBE - Dalton; Yuri Ferraz, Rafael Ribeiro, Marcelo Augusto, Itambé e Renan Siqueira; Carlos Manuel, Léo Baiano, Felipinho Barreto e Sillas; Daniel Amorim. Técnico: Guilherme Alves.
ÁRBITRO - Murilo Tarrega Victor
HORÁRIO - 18h30
LOCAL - Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP)
Atual campeão carioca, o Flamengo teve um início muito ruim nesta temporada. A expectativa era de que os jovens da base pudessem dar conta do recado nas primeiras rodadas, como em 2024. Mas isso não aconteceu. Ainda sem vencer, com um empate e duas derrotas, o rubro-negro quer conquistar sua primeira vitória diante do Bangu, nesta quarta-feira, às 19 horas, no estádio Castelão, em São Luís (MA), pela quarta rodada da Taça Guanabara, primeira fase do estadual.
Na última rodada, no Castelão, o Flamengo foi superado pelo Nova Iguaçu, por 2 a 1, e soma apenas um ponto. Esta é também a pontuação do seu adversário, que vem de derrota por 1 a 0 para o Volta Redonda. Este será, portanto, o confronto dos lanternas.
Depois de realizar a pré-temporada nos Estados Unidos, o elenco principal já está de volta ao Rio de Janeiro, mas a expectativa é de que os atletas entrem em campo apenas na quinta rodada. Portanto, o clube seguirá sendo representado por um grupo alternativo, sob o comando de Cléber dos Santos, técnico do sub-20.
Cléber dos Santos deve repetir a estratégia dos jogos anteriores e usar a mesma base pela quarta vez consecutiva. Apesar dos lamentos pela última derrota, ele procurou ser positivo ao dar o caminho para a reabilitação. "Precisamos dar a volta por cima no próximo jogo e conseguir fazer um resultado melhor".
A única novidade prevista é o retorno de Cleiton, que já atuou na defesa nos dois primeiros jogos, depois reforçou o time principal no amistoso contra o São Paulo, disputado no Estados Unidos pelo FC Series. Ele deve entrar na vaga de Felipe Vieira.
O Bangu ainda não empolgou. Mas tentará surpreender o Flamengo para se afastar da temida zona de rebaixamento para a Série A2. O técnico Júnior Martins deve fazer apenas mudanças pontuais e provavelmente usará na escalação a mesma base dos jogos anteriores.
Reserva diante do Volta Redonda, Macário pode voltar ao time titular. O atacante foi um dos destaques do Olaria no ano passado, mas ainda não conseguiu se destacar em Moça Bonita. Fabinho, artilheiro da segunda divisão do estadual no ano passado pelo Audax e que foi titular na última partida, pode voltar ao banco de reservas.
FICHA TÉCNICA
BANGU X FLAMENGO
FLAMENGO - Dyogo Alves; Daniel Sales, Pablo, Cleiton e Zé Welinton; Rayan Lucas, Fabiano, Guilherme (Wallace Yan) e Lorran; Thiaguinho e Carlinhos. Técnico: Cléber dos Santos (interino)
BANGU - Victor Brasil (Alexander); Hygor, Kevem, Yuri Garcia e Vitinho; André Castro, Moretti, Raphael Augusto e Lucas Nathan; Rafael Carioca e Fabinho (Macário). Técnico: Júnior Martins
ÁRBITRO - Carlos Tadeu Ferreira de Castro (RJ)
DATA - 22/01/2025
HORÁRIO - 19h
LOCAL - Estádio Castelão, em São Luis (MA).
O chefe das Forças Armadas israelenses, general Herzi Halevi, anunciou nesta terça, 21, que deixará o cargo no início de março, citando a falha militar sob seu comando em proteger a população dos ataques do Hamas, em 7 de outubro de 2023.
O pesado saldo - 1.200 mortos em Israel e outros 250 sequestrados levados para a Faixa de Gaza - criou uma expectativa em Israel de que pelo menos alguns líderes acabariam renunciando. Apenas alguns oficiais renunciaram, e o general Halevi é o de mais alta patente entre eles até agora.
"Minha responsabilidade pelo terrível fracasso me acompanha todos os dias, toda hora e assim será pelo resto da minha vida", disse ele, em carta ao ministro da Defesa israelense, Israel Katz.
O primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, rejeitou os apelos para renunciar ou assumir plena responsabilidade pelo desastroso fracasso em prever e prevenir o ataque do Hamas. Ele disse apenas que terá de responder a "perguntas difíceis" após a guerra.
O anúncio do general foi feito dois dias depois de Israel e Hamas iniciarem uma trégua de 42 dias, a primeira fase de um acordo de cessar-fogo e liberação de reféns. No domingo, o Hamas libertou três mulheres em troca de 90 palestinos presos em Israel.
Oportuno
Citando o acordo com o Hamas, Halevi disse que o momento agora era propício para ele partir, já que os reféns começaram a voltar para casa. Ele também disse que o Exército israelense havia alcançado uma série de grandes conquistas, permitindo a ele sair com "a dissuasão e a força" de Israel restauradas.
Mas ele também admitiu que os objetivos de guerra de Israel - que incluíam a destruição do Hamas e o retorno de todos os reféns - ainda não foram alcançados. Na esteira do cessar-fogo, as forças do Hamas reafirmaram seu controle sobre grande parte de Gaza, e a maioria dos reféns ainda permanece no enclave.
Netanyahu nunca se entendeu completamente com Halevi, segundo o comentarista de assuntos militares do Haaretz Amos Harel. Após os ataques do Hamas, Netanyahu tentou cada vez mais direcionar a culpa pelo desastre ao líder militar, disse Harel.
Radicalismo
Agora, com o general Halevi, que foi nomeado pelos opositores centristas do primeiro-ministro, em 2022, fora do cenário, os aliados conservadores de Netanyahu esperam pela oportunidade de nomear um chefe militar que se alinhe mais estreitamente com eles.
Figuras do governo de linha-dura como Bezalel Smotrich, o ministro das Finanças, também criticaram líderes militares como Halevi por não lançarem uma campanha ainda mais agressiva em Gaza, ao mesmo tempo que grupos de direitos humanos acusam o Exército israelense de terem cometido crimes de guerra. Mais renúncias devem ocorrer nas próximas semanas.
Nos últimos 15 meses, Halevi, que assumiu o posto mais alto do Exército no início de 2023, supervisionou as forças israelenses na guerra em Gaza, na invasão terrestre no Líbano, nas operações militares na Síria e nos ataques ao Irã.
Segundo Halevi, o Exército israelense finalizará uma série de inquéritos internos sobre o fracasso da segurança em 7 de outubro de 2023, antes de sua partida. Mas ele afirmou que os inquéritos militares eram limitados e sugeriu que uma investigação independente fosse aberta, ao que Netanyahu se opõe.
Cisjordânia
Ainda ontem, enquanto cumpriam um cessar-fogo em Gaza com o Hamas, forças de segurança de Israel iniciaram uma ampla operação militar em Jenin, na Cisjordânia. Segundo o governo, o objetivo da operação é erradicar o terrorismo.
Ao menos 10 pessoas morreram e 35 ficaram feridas, segundo a Autoridade Palestina, que governa partes do território ocupado. Sobre a operação em Jenin, Netanyahu disse que ela será extensa e significativa. Houve um aumento acentuado das tensões na Cisjordânia, onde o poder dos combatentes cresceu e a violência de colonos judeus contra civis palestinos disparou. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Nesta terça-feira, 21, o governo de Donald Trump expandiu os poderes que os agentes de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês) têm para deportar rapidamente alguns imigrantes indocumentados dos EUA, uma medida que pode ajudar o novo presidente a executar a campanha de deportação em massa que ele prometeu.
A nova política, detalhada em um aviso publicado online, permite que o Departamento de Segurança Interna deporte mais rapidamente certos imigrantes indocumentados que, ao serem detidos, não conseguem provar que estão no país há mais de dois anos. Esses amplos poderes - um processo conhecido como remoção expedita, que permite a deportação de imigrantes não autorizados sem procedimentos judiciais - têm sido tradicionalmente reservados principalmente para áreas próximas à fronteira sul.
Mas a política emitida pelo secretário interino de segurança interna, Benjamine C. Huffman, permite que os agentes do ICE utilizem essa medida em todo o território dos Estados Unidos. "O efeito dessa mudança será aumentar a segurança nacional e a segurança pública - enquanto reduz os custos do governo - facilitando decisões rápidas de imigração", afirmou o aviso.
A primeira administração de Trump tentou implementar um processo de deportação igualmente acelerado a nível nacional, mas esses esforços foram contestados em tribunais federais. A batalha legal resultante impediu que a regra entrasse em vigor até o final de 2020, quando um tribunal de apelações federal permitiu que o Departamento de Segurança Interna avançasse com as remoções expeditas ampliadas enquanto o processo judicial continuava. A administração Biden revogou a política.
Como algumas das outras ações iniciais de Trump em relação à imigração, a regra pode enfrentar outra contestação legal.
Geralmente, imigrantes não autorizados detidos nos EUA recebem uma notificação para comparecer ao tribunal de imigração, onde podem apresentar seu caso para permanecer no país. Os tribunais estão sobrecarregados com um acúmulo de mais de três milhões de casos, levando alguns a serem agendados para anos no futuro. Os procedimentos de deportação geralmente não podem começar até que um juiz emita uma decisão.
Ao eliminar os procedimentos judiciais para imigrantes que se enquadram nos parâmetros da política, o processo acelerado pode oferecer ao governo Trump outra ferramenta para cumprir a promessa de campanha de realizar deportações em massa no início de seu mandato, disseram especialistas e ex-oficiais do ICE.
"A remoção expedita ampliada pode acelerar muito as deportações e aumentar o número de migrantes removidos. Diferente dos longos processos nos tribunais de imigração que podem levar anos, a remoção expedita pode ser realizada em questão de horas", disse Kathleen Bush-Joseph, analista de políticas do Instituto de Políticas de Migração, em um e-mail.
Bush-Joseph afirmou que o ônus recairá sobre os migrantes para fornecer documentação mostrando que "estão no país há mais de dois anos, têm status legal ou uma reivindicação de proteção, como o asilo".
Corey Price, ex-oficial sênior do ICE que supervisionou deportações na agência, disse que a política pode fazer uma grande diferença para os agentes do ICE encarregados de remover mais pessoas.
"Eu esperaria que eles se apoiassem fortemente nisso", disse ele.
Grupos de defesa dos direitos dos imigrantes rapidamente condenaram a medida como uma forma de assustar imigrantes em todo o país.
"A remoção expedita é uma prática profundamente falha que frequentemente nega aos imigrantes uma oportunidade justa de acessar alívio, separa famílias desnecessariamente e ridiculariza o direito de acesso a um advogado", disse Lindsay Toczylowski, presidente do Immigrant Defenders Law Center, que ajuda a representar imigrantes.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou nesta quarta-feira (22) de "esquerdista radical linha dura" a bispa episcopal de Washington, Mariann Budde, que pediu "misericórdia" à comunidade LGBT+ e aos imigrantes do país durante cerimônia religiosa com a presença de Trump, na véspera.
"Em nome do nosso Deus, peço que tenha misericórdia das pessoas em nosso país que agora estão assustadas", disse a líder religiosa durante a cerimônia, que faz parte do rito de posse presidencial.
"Ela a bispa trouxe sua igreja para o mundo da política de uma forma muito desagradável. Ela tinha um tom desagradável e não era convincente ou inteligente. Ela não mencionou o grande número de imigrantes ilegais que entraram em nosso país e mataram pessoas", afirmou Trump em publicação na plataforma Truth Social (da qual é dono).
"Além de suas declarações inapropriadas, o serviço foi muito chato e pouco inspirador. Ela não é muito boa em seu trabalho! Ela e sua igreja devem um pedido de desculpas ao público", acrescentou o presidente americano. Fonte: Associated Press.
Durante as férias escolares, as crianças geralmente têm maior liberdade de horários e atividades. No entanto, essa mudança de rotina pode impactar negativamente o sono, especialmente para aquelas que já têm apneia do sono. A apneia é uma condição que provoca pausas na respiração durante o sono, prejudicando a qualidade do descanso e podendo afetar o desenvolvimento físico e emocional dos pequenos.
De acordo com o Dr. Geraldo Lorenzi Filho, pneumologista da healthtech Biologix, a apneia pode piorar quando os horários de sono ficam desregulados. Ele explica que “o desajuste no ritmo biológico das crianças, principalmente durante as férias, período em que tendem a dormir mais tarde, pode agravar a apneia, afetando a respiração noturna e prejudicando a qualidade do sono.”
Além disso, com o aumento das atividades nas férias, como passeios e festas, as crianças podem ficar sobrecarregadas e ter noites mal dormidas. O impacto dessa alteração vai além do sono. Um artigo de revisão da Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro descreve que crianças com apneia do sono podem sofrer alterações cognitivas e comportamentais.
Quais sinais observar?
Pais atentos podem perceber alguns sinais que indicam a necessidade de cuidados, como ronco alto, dificuldade para acordar, cansaço, irritabilidade e problemas de concentração. Crianças com apneia do sono, por exemplo, apresentam sonolência excessiva durante o dia, o que impacta as interações sociais e a disposição para brincar.
Para minimizar os efeitos negativos das mudanças de rotina, o pneumologista da Biologix sugere que os pais tentem manter, sempre que possível, um horário regular para dormir e acordar, mesmo durante os períodos de folga. “Tente garantir que a criança tenha uma boa higiene do sono, com um ambiente tranquilo e adequado para o descanso, evitando atividades estimulantes perto da hora de dormir”.
Além disso, a alimentação também deve ser observada antes de dormir. Evitar alimentos pesados ou estimulantes, como cafeína e produtos ricos em açúcar, é uma prática importante. O Dr. Lorenzi Filho ressalta que uma alimentação saudável contribui para um sono de melhor qualidade e orienta: “Certifique-se de que a criança tenha uma refeição leve e nutritiva antes de ir para a cama”, comenta o especialista.
Caso sejam notados sinais de apneia, é fundamental que os pais procurem orientação médica para avaliar a gravidade do quadro. "Se necessário, um exame chamado polissonografia pode ser realizado para confirmar a presença da apneia, como o Exame do Sono Biologix. Se a condição for mais grave, tratamentos como o uso de CPAP (ventilação por pressão positiva contínua) podem ser recomendados para o controle adequado da condição", reforça o Dr. Lorenzi Filho.
O calor intenso e as chuvas frequentes que marcam o verão no Brasil criam condições ideais para o acúmulo de água parada, favorecendo a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS¹), o Brasil registrou 6,3 milhões de casos prováveis de Dengue em 2024, dos quais mais de 3 milhões foram confirmados, colocando o país no topo do ranking global de notificações.
Pensando nisso, Mat Inset, marca de inseticidas da Flora, apresenta dicas simples e práticas para ajudar na proteção de casas e famílias contra o Aedes aegypti, especialmente neste período. Confira:
1 – Cuidado com a água parada
O combate à Dengue começa dentro de casa. O mosquito Aedes aegypti se reproduz em locais com água limpa e parada. Por isso, é essencial eliminar potenciais criadouros, como pratinhos de plantas, calhas e ralos entupidos e caixas d’água mal vedadas. Certifique-se de descartar adequadamente objetos que podem acumular água, como pneus, garrafas e copos descartáveis. Tampe barris, lixeiras e mantenha seu quintal limpo de entulhos.
2 – Proteja sua casa
Além de eliminar focos de água parada, o uso de inseticidas é um grande aliado na proteção. A linha de aerossóis Multi Inseticidas à base d’água de Mat Inset, possui eficácia comprovada e eliminam com apenas um jato² o mosquito Aedes aegypti, disponíveis nas variantes Original, Aquatech, Óleo de Citronela e Óleo de Eucalipto. O Repelente Elétrico Líquido oferece proteção de 45 noites³, já o Repelente Elétrico Pastilha oferece proteção de até 12 horas⁴.
3 – Proteja a si mesmo
Caso existam focos de dengue em sua região, entre em contato com as autoridades locais para ações mais amplas. Além disso, o Brasil oferece a vacina contra a dengue no SUS para jovens de 10 a 14 anos, e ela também está disponível em clínicas particulares para quem tem entre 4 e 60 anos.
Outra medida complementar é o uso de repelentes corporais, que ajudam a prevenir picadas. Ao aplicá-los, certifique-se de passar o produto por último, após hidratantes ou protetores solares. Reaplique conforme indicado no rótulo.
4 – Mantenha a higiene e vedação de ralos
Ralos são locais que podem acumular água facilmente, especialmente em áreas externas e em banheiros. Mantenha os ralos tampados ou utilize telas de proteção para evitar que os mosquitos se reproduzam nesses locais.
5 – Utilize telas de proteção em portas e janelas
Para completar a proteção e evitar que os mosquitos entrem em casa, instale telas em portas e janelas. Essa medida simples ajuda a impedir o acesso do mosquito ao interior do ambiente, aumentando a proteção da família.
A instalação de telas em portas e janelas podem ajudar a impedir a entrada de mosquitos, protegendo o ambiente interno. Esse recurso simples é uma barreira eficaz para evitar o contato com o Aedes aegypti dentro de casa.
O Ministério da Saúde prorrogou a imunização contra a gripe na região Norte até o dia 31 de janeiro. A vacina é recomendada para toda a população não vacinada, a partir de 6 meses de idade. A iniciativa considera a situação epidemiológica local, os estoques disponíveis e as estratégias definidas pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação, protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil. A estimativa é que 6,6 milhões de pessoas sejam imunizadas no Norte brasileiro.
Desde 2023, a estratégia de imunização contra a gripe nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins passou a ocorrer no segundo semestre do ano, devido às particularidades climáticas da região, que inicia nessa época o “Inverno Amazônico”, período de maior circulação viral e de transmissão da gripe. A vacina influenza protege os brasileiros e contribui para a redução de internações no Sistema Único de Saúde (SUS).
Para a ministra Nísia Trindade, essa ampliação reforça o compromisso do Ministério da Saúde em proteger a população contra doenças imunopreveníveis, garantindo acesso equitativo às vacinas. “A imunização é uma ferramenta essencial para salvar vidas e reduzir a pressão sobre o nosso sistema de saúde, especialmente em regiões com desafios específicos, como a Amazônia. Seguimos empenhados em fortalecer a cultura da vacinação, ampliando a cobertura vacinal e assegurando que todos os brasileiros estejam protegidos”, defende a ministra.
Desde o começo da mobilização, foram aplicadas 2.881.622 doses da vacina contra a influenza na região, alcançando uma cobertura vacinal de 39,3%. No total, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza no SUS 47 imunobiológicos, sendo 30 vacinas, 13 soros e 4 imunoglobulinas. Entre as vacinas estão as do Calendário Nacional e as indicadas para grupos em condições clínicas específicas.
Compromisso com a transparência
A proteção da população é uma das pautas prioritárias do governo federal, que em 2023 lançou o Movimento Nacional pela Vacinação enquanto estratégia de retomada das coberturas vacinais, que apresentavam queda desde 2016. Desde então, a tendência é de crescimento. Em 2024, até novembro, o Brasil registrou aumento na cobertura de 15 das 16 vacinas do calendário infantil. Dessas, 12 ultrapassaram o percentual de 2023.
Segundo o novo Painel Interativo de distribuição, entre 2023 e 2024, foram enviadas mais de 604 milhões de doses a todos os estados. O painel é interativo e possui dados detalhados sobre o número de doses de todos os tipos de vacinas distribuídas pelo governo federal. Lançada em dezembro de 2024, a plataforma fortalece a gestão tripartite do SUS e reafirma o compromisso com a transparência.
A nova ferramenta marca mais um passo na consolidação de políticas públicas voltadas para a imunização. Anualmente, são distribuídas cerca de 300 milhões de doses de vacinas para todos os 5.570 municípios brasileiros. Esse é um processo logístico que exige planejamento detalhado, gestão eficiente e transparente para superar os desafios impostos pela extensão territorial e diversidade do Brasil.
O Núcleo de Desenvolvimento Cultural prorrogou as inscrições para os cursos gratuitos de danças urbanas e música, destinados a jovens de 10 a 17 anos matriculados na rede pública de ensino. As inscrições estão abertas até o dia 30 de janeiro e podem ser realizadas online pelo link disponibilizado pelo projeto.
Com sede no Centro Cultural São Mateus, em São Paulo, a iniciativa oferece 80 vagas, sendo 40 para dança e 40 para música. No curso de dança, o foco será em estilos urbanos, como street dance, enquanto na música os participantes trabalharão com violão e viola caipira, explorando repertórios da música tradicional brasileira e peças clássicas.
Além das aulas, o projeto promove apresentações públicas durante o período do curso, encerrando as atividades com uma exibição final que visa valorizar a produção artística dos participantes e fortalecer a cultura local.
“Sabemos que a cultura e o aprendizado em artes são grandes aliados para mantermos as pessoas fora das ruas e se projetando em um futuro onde se sintam valorizadas e motivadas a construir um belo futuro”, afirma Thiago Catelani, coordenador de produção do projeto.
Após uma temporada de sucesso, a Casa Museu Eva Klabin estendeu a exposição "Novas Raízes", da renomada artista Rosana Paulino, até o próximo domingo (26). O encerramento será celebrado no sábado (25), com uma visita guiada pelo curador Lucas Albuquerque, além do lançamento do ebook "Novas Raízes", eternizando as instalações de Rosana em diálogo com o acervo da Casa. Haverá ainda a oficina gratuita "Livro de Artista", aberta para crianças e adultos, que incentiva a produção coletiva de um livro. A exposição pode ser visitada de quarta-feira a domingo gratuitamente.
Os trabalhos de "Novas Raízes" expostos no ebook são resultado de uma longa pesquisa acerca da arquitetura e do acervo da Casa, localizada no coração da Lagoa Rodrigo de Freitas. Com o objetivo de celebrar os 30 anos de carreira, Rosana Paulino traz à tona discussões sobre memória, natureza, identidade e história afro-brasileira. A individual da artista é a primeira no Rio de Janeiro após a sua exposição no Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, o MALBA. Com a mostra, Rosana se tornou a primeira mulher negra a ter uma individual exposta no museu argentino, que apresentou um olhar retrospectivo da trajetória da artista.
"Esta é uma oportunidade única de ver a obra de Rosana Paulino em diálogo direto com um acervo clássico, propondo assim uma revisão histórica e epistemológica aos olhos do visitante", afirma o curador Lucas Albuquerque, sobre a combinação do acervo fixo da casa com as obras da artista. "Rosana questiona sobre como podemos repensar a produção contemporânea em diálogo com novas leituras de mundo, este bem diferente daquele deixado por Eva Klabin há mais de trinta anos", complementa.
Os cômodos do térreo serão dedicados a produções que expõem a relação entre a arquitetura e botânica, com desenhos, colagens e instalações. As obras da série "Espada de Iansã", integrante da 59ª Bienal de Veneza, se juntam a outros trabalhos que visam romper a separação entre dentro e fora, com plantas tomando as diferentes salas. Rosana chama a atenção para a incisiva separação entre o ambiente doméstico e o jardim, fruto de uma corrente de pensamento europeu que aponta para a necessidade de domar a natureza.
Os cômodos do segundo andar tangenciam uma discussão sobre a vida privada de mulheres negras ao longo da história. Obras como "Paraíso tropical", "Ama de Leite" e "Das Avós" resgatam fotografias e símbolos da história afro-brasileira, tecendo uma reflexão sobre a subjugação dos corpos às políticas de apagamento resultantes do modelo escravocrata vivido pelo Brasil Colônia. Fazendo uso de tecidos em voil, fitas, lentes, recortes e outros objetos, Paulino propõe a preparação de um ambiente de descanso para todas as mulheres negras vítimas da história brasileira, em especial Mônica, a ama de leite fotografada por Augusto Gomes Leal em 1860, uma das poucas que tiveram o seu nome conservado ao longo da história.
"Novas Raízes" é uma iniciativa da Casa Museu Eva Klabin, patrocínio da Klabin S.A e realização do Ministério da Cultura. Conta com o apoio da Atlantis Brazil, Everaldo Molduras e Galeria Mendes Wood, e parceria de mídia da Revista Piauí e do Canal Curta!.
SERVIÇO: 25/01 (sábado) – Atividades de encerramento de "Novas Raízes" - 15h: Oficina "Livro de artista" (para toda família) - 16h: Lançamento do e-book e visita guiada com o curador Entrada gratuita
Visitação: Até domingo, 26 de janeiro Quarta a domingo, 14h às 18h Local: Casa Museu Eva Klabin (Av. Epitácio Pessoa, 2480 - Lagoa) Entrada gratuita Classificação livre |
Ontem (21), a ministra da Cultura, Margareth Menezes, se reuniu com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Antonio Waldez Góes da Silva, o senador Randolfe Rodrigues e representantes das escolas de samba do Amapá para discutir parcerias e iniciativas voltadas ao fortalecimento da cultura popular.
Durante o encontro, a ministra destacou importantes programas de fomento cultural promovidos pelo Ministério da Cultura, como a Lei Paulo Gustavo (LPG), a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), a Lei Rouanet e a Política Nacional Cultura Viva (PNCV). Ela também ressaltou a contribuição dessas culturas tradicionais para o desenvolvimento socioeconômico local.
“O Ministério da Cultura está de portas abertas para apoiar as mais variadas manifestações e movimentos culturais e populares. Esse apoio vai além do carnaval, que é apenas um dos momentos de visibilidade dessas expressões culturais. O trabalho social desenvolvido por esses grupos ao longo do ano é fundamental para a comunidade e para o fortalecimento da identidade local”, afirmou.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Antonio Waldez Góes da Silva, pontuou o papel transformador das novas políticas culturais, que buscam contemplar as especificidades regionais e intra-regionais, e que promovem maior equidade na distribuição de recursos e ações.
“Essa nova forma de fazer política cultural em um país liderado por você, Margareth Menezes, certamente transformará também essa história que ficou, que está ficando para trás. É uma concentração muito grande dos esforços, às vezes, ou numa região, ou em poucos estados do Brasil. Então eu acho que você já está fazendo a diferença e a gente está aqui também imbuído desse fator”, pontuou.
A reunião também contou com a presença do secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural, Henilton Menezes, além de representantes de escolas de samba amapaenses, como Alex Pereira, presidente da Escola de Samba Piratas de Batucadas; Sandro Ferreira, presidente da Escola de Samba Maracatu da Favela; e João Porfírio, da Embaixada de Samba.