Quem é o vereador preso por pagar eleitores para usar óculos espião e comprovar voto na urna?

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O vereador Irmão Edivaldo (MDB), de Ourilândia do Norte (PA), foi preso em flagrante suspeito de compra de votos no dia da votação das eleições municipais. A dinâmica adotada pelo parlamentar, que cumpre o terceiro mandato na Câmara Municipal e foi reeleito para mais quatro anos, chamou a atenção dos fiscais do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) e da Polícia Civil do Estado. Edivaldo entregou óculos com câmera para que os aliciados pudessem registrar o voto supostamente vendido.

De acordo com a investigação da Polícia Civil, uma mesária suspeitou de eleitores que estavam entrando na cabine de votação com óculos semelhantes. Ela acionou os fiscais e foi detectado que os óculos tinham uma microcâmera embutida e serviria para que eleitores comprovassem voto no candidato. O vereador vai responder por compra de votos e associação criminosa. O caso foi exibido pelo programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo, 20.

Vereador em terceiro mandato, Edivaldo Borges Gomes, de 64 anos, nasceu na cidade de Uruaçu (GO), mas se mudou para Ourilandia do Norte, em 1986. O primeiro mandato como vereador na cidade paraense foi conquistado nas eleições municipais de 2004. Foi eleito com 331 votos.

Em 2008, foi reeleito, com 359 votos. Após dois mandatos consecutivos, tentou se eleger, novamente, em 2016, não atingindo os votos necessários, mas retornou ao parlamento em 2020, quando conseguiu 545 votos.

De acordo com a biografia disponibilizada pelo vereador no site da Câmara Municipal de Ourilândia do Norte, Edivaldo tem como objetivo político chegar ao Executivo municipal. "Pretende continuar na vida publica até chegar no Executivo", destaca o texto.

Em paralelo à vida pública, Edivaldo é o 1º vice-pastor da Assembleia de Deus, Ministério de Madureira, na cidade paraense.

Eleito para quarto mandato com 848 votos

Nas eleições municipais deste ano, Edivaldo foi reeleito com 848 votos, em meio a suspeitas de compra de votos. Após ser detido e liberado sob pagamento de fiança, o vereador usou a Câmara para se defender das acusações no dia 11 deste mês: "Respeitem a família, respeitem o cidadão de bem".

"Eu lamento em dizer que, por mais que você trabalhe, por mais que você tenha um trabalho digno e honrado, existem muitos adversários que procuram fazer o mal para a gente, sem você ter feito mal a ninguém. Eu desafio qualquer cidadão de Ourilândia que prove que eu, vereador Edivaldo, já prejudiquei alguém ou montei alguma 'casinha' para qualquer que seja o ser humano. Uma maldade sequer da minha parte", disse.

Com a voz embargada, Edivaldo disse que a "Justiça será provada". "Estou aqui de alma lavada, de consciência tranquila de que não tenho nada a me envergonhar. No momento certo, a Justiça será provada em todos os aspectos e todas as instâncias deste País."

"Esses ataques não estão atacando só a minha pessoa. Estão atacando a minha família. É uma família digna e respeitada nesta cidade. As pessoas deveriam ter um pouco de hombridade quando começam a atacar as pessoas, sem nenhuma necessidade, simplesmente por atacar e fazer o mal", afirmou.

Em outra categoria

Em comunicado conjunto divulgado após reunião nesta sexta-feira, 14, os ministros das Relações Exteriores do G7 destacaram que o grupo "não está tentando prejudicar a China ou frustrar seu crescimento econômico". O bloco afirmou que "uma China crescente, que jogue de acordo com as regras e normas internacionais, seria de interesse global". No entanto, o G7 expressou preocupação com as "políticas e práticas não comerciais da China", que estão levando a "capacidade excessiva prejudicial e distorções de mercado".

O grupo também pediu que a China "se abstenha de adotar medidas de controle de exportação que possam levar a interrupções significativas nas cadeias de suprimentos".

Coreia do Norte

Além das críticas à China, o G7 voltou sua atenção para a Coreia do Norte, exigindo que o país "abandone todas as suas armas nucleares e quaisquer outras armas de destruição em massa, bem como programas de mísseis balísticos, de acordo com todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU".

O grupo também expressou "sérias preocupações" com os roubos de criptomoedas realizados pelo regime norte-coreano e pediu a resolução imediata do problema dos sequestros de cidadãos estrangeiros.

América Latina

Em relação à América Latina, o G7 reiterou seu "apelo pela restauração da democracia na Venezuela", alinhado com as "aspirações do povo venezuelano que votou pacificamente por mudanças".

O grupo condenou a "repressão e detenções arbitrárias ou injustas de manifestantes pacíficos, incluindo jovens, pelo regime de Nicolás Maduro", e exigiu a "libertação incondicional e imediata de todos os presos políticos".

O comunicado também destacou que as ações de navios venezuelanos que ameaçam embarcações comerciais da Guiana são "inaceitáveis" e uma "violação dos direitos soberanos internacionalmente reconhecidos da Guiana".

Questionado sobre a possibilidade da adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ter sido "retirada da mesa", o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, confirmou a informação e afirmou que as relações com a Rússia devem ser normalizadas após o fim da guerra na Ucrânia. No entanto, ele destacou a necessidade de manter a pressão sobre Moscou.

"É normal que, se a guerra parar de alguma forma, tanto para a Europa quanto para os EUA, gradualmente se restaurarem relações normais com a Rússia. Mas ainda não chegamos lá, precisamos manter a pressão sobre eles", disse Rutte em entrevista à Bloomberg, enfatizando a importância de garantir que Moscou leve a sério as negociações para um cessar-fogo.

Rutte também afirmou que seria "difícil" para a Otan se envolver diretamente em um possível cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, mas destacou que a organização poderia "oferecer conselhos" às partes envolvidas nas conversas.

Ele se declarou "cautelosamente otimista" de que a paz possa ser alcançada ainda neste ano.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um apelo à comunidade internacional, especialmente aos Estados Unidos, para pressionar a Rússia e forçar o fim da guerra. "Vladimir Putin não terminará a guerra por conta própria, mas o poder dos Estados Unidos é suficiente para forçá-lo a fazer isso", afirmou Zelensky em comunicado, destacando que "são necessárias medidas fortes" para que o conflito chegue ao fim.

O líder ucraniano ressaltou que a pressão internacional "deve ser direcionada sobre a Rússia", a única parte que não quer a paz. "Somente ações decisivas podem pôr fim a essa guerra", disse ele, alertando que a Rússia não tem interesse em cessar-fogo e só busca prolongar o conflito.

Zelensky também fez um apelo aos Estados Unidos, pedindo que o país tome "medidas fortes" para ajudar a alcançar a paz. "Faço um apelo firme a todos que têm influência sobre a Rússia, especialmente os Estados Unidos, para tomarem medidas fortes que possam ajudar", afirmou.

Ele se mostrou confiante na capacidade dos Estados Unidos em exercer uma pressão eficaz sobre o Kremlin, enfatizando que a Ucrânia está "pronta para agir de forma rápida e construtiva" para avançar nas negociações.

O presidente ucraniano afirmou que o país está "perto do primeiro passo para a paz, um cessar-fogo", destacando que a proposta dos Estados Unidos de um cessar-fogo incondicional é um avanço importante. "A parte americana propôs iniciar com um cessar-fogo incondicional. Depois, durante o período de silêncio, poderíamos preparar um plano de paz confiável", disse.

Zelensky ainda criticou a postura de Putin, dizendo que ele "não pode sair desta guerra porque ficaria sem nada". "Putin faz tudo o que pode para sabotar a diplomacia", destacou, apontando que o líder russo tenta "envolver todos em discussões intermináveis" e impõe condições "inaceitáveis" para garantir que a guerra continue. Segundo o presidente ucraniano, "Putin não quer cessar-fogo" e sua única estratégia tem sido "bloquear qualquer diplomacia".