'É meu dever cívico': CEO do Telegram diz que tem mais de 100 filhos pelo mundo

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O fundador e CEO do app mensageiro Telegram, Pavel Durov, afirmou na segunda-feira, 29, ter mais de 100 filhos biológicos espalhados pelo mundo. O relato foi feito por meio do canal oficial no aplicativo russo.

"Como isso é possível para um cara que nunca foi casado e prefere viver sozinho?", questiona o presidente executivo do Telegram. De acordo com Durov, a centena de filhos seria resultado de doações de esperma feitas por ele ao longo dos últimos anos.

Tudo começou quando, quinze anos atrás, um amigo pediu a Pavel Durov que doasse esperma, já que o amigo e sua esposa estariam passando por problemas de fertilidade.

O chefe da clínica responsável por doações teria então dito ao empresário que "material de alta qualidade" estaria em falta. Durov teria ouvido ainda que seria seu "dever cívico" doar mais esperma para ajudar anonimamente outros casais.

Em 2024, o executivo que recebeu a notícia de que "minha atividade de doação passada ajudou mais de cem casais em doze países a terem filhos", diz. Além disso, afirma, ainda há ao menos uma clínica que ainda possui seu esperma congelado para uso anônimo.

Segundo Durov, há planos de facilitar o acesso a seu DNA para que seus filhos biológicos consigam se encontrar. "Claro, há riscos, mas não me arrependo de ter sido doador", conta. Ele acrescenta ainda que há um problema sério de falta de esperma saudável pelo mundo hoje em dia, e se diz orgulhoso de ter feito sua parte para aliviá-lo.

Leia, a seguir, o texto enviado por Pavel Durov na íntegra:

"Acabaram de me dizer que tenho mais de 100 filhos biológicos. Como isso é possível para um cara que nunca se casou e prefere viver sozinho?

Quinze anos atrás, um amigo meu me procurou com um pedido estranho. Ele disse que ele e sua esposa não podiam ter filhos devido a um problema de fertilidade e me pediu para doar esperma em uma clínica para que eles tivessem um bebê. Eu morri de rir, antes de perceber que ele estava falando sério

O chefe da clínica me disse que 'material de doador de alta qualidade' estava em falta e que era meu dever cívico doar mais esperma para ajudar anonimamente mais casais. Isso parecia loucura suficiente para que eu me inscrevesse para a doação de esperma.

Avançando para 2024, minha atividade de doador no passado ajudou mais de 100 casais em 12 países a terem filhos. Além disso, muitos anos depois de eu ter deixado de ser doador, pelo menos um centro de fertilização in vitro ainda tem bastante material congelado disponível para uso anônimo por famílias que desejam ter filhos.

Agora, pretendo abrir o código aberto do meu DNA para que meus filhos biológicos possam se encontrar mais facilmente. É claro que há riscos, mas não me arrependo de ter sido um doador. A escassez de esperma saudável tornou-se um problema cada vez mais sério em todo o mundo, e tenho orgulho de ter feito minha parte para ajudar a aliviá- lo.

Também quero ajudar a desestigmatizar toda a noção de doação de esperma e incentivar mais homens saudáveis a fazê-lo, para que as famílias que estão lutando para ter filhos possam ter mais opções. Desafie as convenções - redefina a norma!"

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O ex-Beatle Ringo Starr afirmou que só seguirá fazendo música sob uma condição: estar em uma banda. Em entrevista ao jornal The Times, publicada no último domingo, 12, o baterista explicou sua decisão.

"Eu só quero estar em uma banda. Não quero estar sozinho. Não tem como subir no palco e tocar 'Yesterday' apenas com a bateria", declarou.

Starr, que fez história ao lado de Paul McCartney, John Lennon e George Harrison nos anos 60, lançou em 10 de janeiro seu novo álbum, Look Up, que traz influências do country. É seu primeiro trabalho desde 2019.

Beatles e reencontro com McCartney

Sobre seu papel nos Beatles, Starr reconheceu suas limitações vocais, mas destacou o apoio de seus colegas. "Eu sempre quis ser outra pessoa, como Jerry Lee. Quero dizer, consigo segurar uma melodia, desde que seja no meu tom. Deu certo com os Beatles porque John e Paul eram grandes compositores", afirmou.

Ele também relembrou algumas das canções que marcaram sua trajetória, como With a Little Help from My Friends e Yellow Submarine. "Essas músicas ainda são gigantescas, e eu continuo tocando-as nas turnês. Eles escreveram muitas canções incríveis para mim."

Em dezembro, Starr reencontrou Paul McCartney no palco, durante uma apresentação no O2 Arena, em Londres. Os dois tocaram clássicos como Helter Skelter e Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band. Esse foi o primeiro show em que se reuniram desde julho de 2019.

Ainda Estou Aqui entrou em cartaz em mais de 200 salas de cinema na França com o título Je Suis Toujours Là nesta semana. Com a exibição, o longa passou a receber resenhas de veículos franceses. E um dos mais tradicionais jornais do país, o Le Monde, fez uma crítica negativa do filme.

O crítico Jacques Mandelbaum dedicou uma página da edição do tradicional jornal francês para sua crítica. Para ele, a atuação de Fernanda Torres é "um tanto monocórdica."

Mandelbaum não gostou da "concentração melodramática" em Eunice Paiva, que fez o filme "passar com um traço leve demais pela compreensão do mecanismo totalitário".

O autor da crítica ainda comparou o trabalho de Fernanda Torres com o de Sônia Braga em Aquarius, alegando que as duas personagens beiram uma representação religiosa demais do sofrimento. O jornal avaliou o filme com uma estrela, em uma escala que vai até quatro.

Outros veículos franceses, porém, foram mais elogiosos a Ainda Estou Aqui. O jornal Liberátion disse que "Walter Salles narra com força e emoção o luto impossível que atingiu os Paiva". O Le Figaro classificou o filme como "uma cativante e poderosa narrativa histórica".

A revista especializada em cinema Première, por sua vez, o definiu como "uma obra dilacerante". Outra publicação tradicional, a Cahiers du Cinemà, o chamou de "um filme realizado com sutileza, que reafirma a necessidade da transmissão".

Emilia Pérez, representante francês ao Oscar 2025, é o principal rival de Ainda Estou Aqui na premiação. Os indicados ao Oscar serão revelados no próximo dia 23.

*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais

Neil Gaiman negou as acusações de abuso sexual das quais é alvo. O autor de Sandman usou seu blog pessoal para rebater os relatos apresentados pela New York Magazine na última segunda-feira, 13. A reportagem da revista apresenta denúncias de oito mulheres.

"(São) descrições de coisas que aconteceram ao lado de coisas que definitivamente não aconteceram. Estou longe de ser uma pessoa perfeita, mas nunca me envolvi em atividade sexual não consensual com ninguém. Nunca", começou.

O britânico ainda justificou seu silêncio e ressaltou que sempre tentou ser uma pessoa reservada. "Fiquei quieto até agora, tanto por respeito às pessoas que estavam compartilhando suas histórias quanto por um desejo de não chamar ainda mais atenção para muita desinformação [...] Sentia que as mídias sociais eram o lugar errado para falar sobre assuntos importantes."

Gaiman afirmou que já foi uma pessoa "descuidada" com os sentimentos das outras, mas que nunca abusou de ninguém sexualmente e que todas as relações que teve foram consensuais.

"Algumas das histórias horríveis que estão sendo contadas agora simplesmente nunca aconteceram, enquanto outras foram tão distorcidas do que realmente aconteceu que não têm relação com a realidade. Estou preparado para assumir a responsabilidade por quaisquer erros que cometi. Não estou disposto a virar as costas para a verdade, e não posso aceitar ser descrito como alguém que não sou, e não posso e não vou admitir ter feito coisas que não fiz", finalizou.

O autor já havia negado as acusações de abuso sexual quando o podcast Master: as alegações contra Neil Gaiman, da Tortoise, abordou o assunto.