O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) teve alívio importante na segunda prévia de junho (1,27%) ante maio (3,83%), favorecido pelas commodities, que abriram espaço para um resultado aquém de 2%, segundo o coordenador dos Índices de Preços na Fundação Getulio Vargas, André Braz. O economista avalia que essa deve ser a tônica do indicador no mês, uma vez que a segunda prévia antecipa bem o resultado, conforme Braz.Braz acrescenta que a apreciação recente da taxa de câmbio também ajudou na desaceleração, principalmente do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que teve decréscimo de 4,96%, para 1,26%.
"Houve desaceleração importante na segunda prévia do IGP-M do mês que só foi possível dada a trégua oferecida pelas commodities, que tanto pressionaram o índice nos últimos 12 meses", diz Braz, citando as quedas em milho (9,93% para -4,30%) e soja (3,96% para -3,09%) e a desaceleração de minério de ferro (18,30% para 1,25%) e cana de açúcar (19,51% para 6,22%).
O economista pondera que o alívio nos preços internacionais das commodities, principalmente de soja, pode ser momentâneo, porque ainda existe muita liquidez no mundo, o que é um incentivo para o aquecimento da economia global e, assim, para a demanda desses produtos. Mas, por outro lado, diz que esses preços já subiram muito nos últimos 12 meses e que a valorização do câmbio ajuda muito a conter o avanço do IGP.
Alívio na alta do IGP-M tem ligação com commodities, diz FGV
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