O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que há preocupação sobre a dificuldade de as pessoas quantificarem os resultados fiscais do Brasil em caso de mudança da meta já estabelecida. Segundo ele, o País teve avanços nesta direção com a aprovação do arcabouço fiscal, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem trabalhado muito na condução do fiscal."Foi feito um trabalho muito importante, de estabelecer um novo arcabouço fiscal no primeiro ano", disse Campos Neto, durante o evento Reuters Next, realizado em Nova York. "Sobre a mudança da meta fiscal, para nós a preocupação é que as pessoas tenham mais dificuldades de prever os resultados fiscais", acrescentou.
De acordo com o presidente do BC, a razão que preocupa a autoridade é o impacto da situação fiscal do País na política monetária. "As variáveis são importantes para a nossa tomada de decisão. A forma como o fiscal impacta é importante para nós, para a economia", reforçou Campos Neto.
Ele disse que o cenário global e externo é marcado por incertezas e repetiu que é difícil saber de onde virá a desinflação.
Conforme Campos Neto, o Brasil teve visão diferente durante a pandemia uma vez que já enfrentava desafios. Desde então, tem aprovado várias reformas. Ele citou a tributária, aprovada na quarta-feira no Senado. "O Brasil foi o único país que aprovou reformas durante a covid-19 e continua", disse.
Com meta, há preocupação com dificuldade sobre previsão de resultado fiscal, diz Campos Neto
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