Entidades do agro da Argentina pedem a Milei trabalho conjunto

Economia
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Entidades do agronegócio argentino deram parabéns ao presidente eleito da Argentina, Javier Milei, e pedem a ele que trabalhe conjuntamente com o setor produtivo. Em manifestações após o segundo turno das eleições presidenciais, ocorrido no domingo (19), representantes de produtores reforçaram as demandas do setor já apresentadas aos candidatos no primeiro turno, sendo as prioridades o fim das retenciones (taxação sobre as exportações agropecuárias), a unificação do câmbio e a liberação de cotas e estoques para exportações.

"Acreditamos que o presidente Javier Milei deveria convocar o setor produtivo para trabalhar em conjunto e traçar políticas agrícolas para o campo. Da mesma forma, esperamos que a redução e eliminação dos impostos e limites sobre as exportações ocorra em breve e comecemos a trilhar o caminho do crescimento do nosso país", disse o presidente da Confederação Rural Argentina (CRA), Carlos Castagnani, em nota enviada ao Estadão/Broadcast.

A CRA reivindica também do novo governo a recriação do Ministério da Agricultura, que foi transformado em Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca na gestão de Alberto Fernández. "Isso também é importante", afirmou Castagnani.

A Sociedade Rural Argentina (SRA), ao cumprimentar a vitória de Milei, também afirmou que espera trabalhar conjuntamente para a "solução dos problemas do país. "O novo governo terá o apoio do campo, porque agora se abre uma grande oportunidade para trabalharmos juntos para fazer uma mudança radical nas políticas atuais. Há anos alertamos: com intervenções nos mercados, retenciones e cotas de exportação, distorção cambial e alta pressão tributária, entre outros fatores, a produção fica estagnada", afirmou a SRA em nota. "Trabalharemos lado a lado para que o novo presidente possa suprir a falta de oportunidades que muitos argentinos têm e que nós, produtores, possamos recuperar a confiança para produzir", concluiu a entidade.

Durante a campanha eleitoral, Milei prometeu a dolarização da economia, a redução gradativa e fim das retenciones em até dois anos, a remoção de cotas e tarifas no comércio internacional, eliminação das tarifas de importação de insumos e revogação da lei de terras permitindo compra por estrangeiros.