O petróleo fechou nesta segunda-feira, 17, com ganhos, diante do dólar enfraquecido contra moedas rivais, e impulsionado por sinais de demanda aquecida nos Estados Unidos, após o índice de atividade industrial Empire State ficar acima do esperado em junho.O WTI para agosto fechou com alta de 2,14% (US$ 0,67), a US$ 79,72 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto subiu 1,97% (US$ 1,63), a US$ 84,25 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Pela manhã, os preços oscilaram perto da estabilidade, conforme investidores absorviam dados chineses de produção industrial e vendas no varejo mais fracos do que o esperado. Após o índice de atividade industrial surpreender para cima, os preços aceleraram. Segundo o City Index, o mercado está otimista com a demanda americana, agora que o país entra na chamada "driving season" - período que historicamente registra procura ampliada do óleo, na forma de combustível para viagens em veículos. O dado desta segunda-feira, então, somou-se às expectativas já existentes.
"Os investidores ignoraram o aumento anual mais fraco do que o esperado de 5,6% na produção industrial chinesa e as notícias de que o refino de petróleo caiu para a taxa mais baixa neste ano, depois de mais fábricas terem sido paralisadas para manutenção no país asiático", escreveu o City Index, em relatório de pesquisa.
Segundo o estrategista de Commodities e Derivados do Bank of America (BofA), Francisco Blanch, os estoques de petróleo aumentaram durante o primeiro trimestre deste ano, e tudo indica que continuaram o movimento no atual trimestre, visto que a demanda global continua se atenuando.
Blanch pontua, porém, que a expectativa é de leve alta dos preços ao longo do terceiro trimestre. Caso a redução voluntária proposta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) for cumprida pela Rússia, Iraque e Casaquistão, compensando o excedente dos últimos meses, os preços poderão permanecer "suficientemente firmes", afirma. O analista conta também com um impulso chinês, após nova alta na produção no país, conforme novos estímulos econômicos são esperados.
Petróleo fecha em alta, de olho em demanda aquecida nos EUA e apesar de dados chineses
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