O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, defende que os recursos que forem obtidos com a taxação das big techs, proposta em discussão no governo federal, possam ter parte destinada à inclusão digital, abrangendo o projeto de levar internet às 138 mil escolas públicas do País."Estamos falando sobre isso há algum tempo. A gente compreende e entende que essas grandes empresas de tecnologia mundiais, que faturam bilhões no nosso País, têm que, de alguma forma, contribuir com o Brasil", disse o ministro a jornalistas, após lançamento de edital para projetos de conectividade que devem alcançar 20 mil escolas até 2026.
Os diálogos sobre a taxação às big techs, segundo o ministro das Comunicações, seguem sendo amadurecidos internamente no governo. Dentre as reuniões, destaca que defendeu ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a importância de incorporar a destinação de parte dos recursos para a conectividade.
"Essa é uma discussão que estaremos aprimorando internamente dentro do governo, com a Fazenda, com o próprio presidente, que é quem vai dar a palavra final", disse Juscelino Filho. Contudo, lembrou que, ainda que avancem, a proposta terá um longo caminho a ser percorrido no Congresso.
"É no Congresso onde as propostas tramitam, onde são emendadas e onde são discutidas e votadas. Então também participaremos ativamente dessas discussões se a proposta for enviada", afirmou o ministro, que citou a possibilidade de a matéria ir ao Legislativo ainda neste ano.
Para Juscelino Filho, caso a taxação às big techs prospere, uma das possibilidades para reforçar os programas de inclusão digital seria a formação de um novo fundo. "Para que possamos vincular a aplicação dessa contribuição integral ou parcial", afirmou o ministro, que disse que essa necessidade se impõe pelo diagnóstico de que parte importante do País ainda carece de investimentos em conectividade.
Juscelino Filho defende que big techs contribuam com inclusão digital caso taxação avance
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