Inteligência artificial apresenta duas rotas para humanidade. Qual pegaremos?

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Não é preciso ser um entusiasta ou um profissional de tecnologia para já não ter se deparado com o termo inteligência artificial (IA). Ela está presente no nosso dia a dia, a cada transação bancária, ou na oferta de produtos e conteúdos nas nossas redes sociais. Contudo, o lançamento do ChatGPT, plataforma da Open AI divulgada em novembro de 2022, trouxe um novo elemento de disrupção para a humanidade. Estaria eu exagerando? Venha comigo.
 

Comparativos e metáforas podem auxiliar a entender o tamanho do momento tecnológico que vivemos. Como bem lembrou em sua palestra na Febraban Tech 2023 o meu colega Ignasi Barri Vilardell, Head de Portfólio de Ofertas, Desenvolvimento de Negócios para IA e Nuvem, e Responsável pelas Estratégias de Fusões da GFT Espanha, há quase 2 mil anos o Homo Erectus – primeira espécie humana com proporções modernas do corpo, de braços curtos e pernas mais longas – descobriu que a fricção entre duas pedras gerava uma faísca que, se aproximada a algo de fácil combustão, geraria uma chama: o fogo.
 

Tal medida evolutiva abriu-lhe uma gama de possibilidades (se defender de animais selvagens, cozinhar, se aquecer no inverno, etc.), sem ter a exata ideia de que algo tão simples, em princípio, abriria um rol de possibilidades como, por exemplo, a Revolução Industrial, no século 18. Como você já deve estar imaginando, teria a IA para o homem moderno o mesmo impacto revolucionário do que o fogo foi em outros tempos? Sim e te mostro o porquê.
 

A base da IA remonta os anos 1940, com as descobertas do matemático britânico Alan Turing, com evoluções gradativas nas décadas seguintes. O uso de grandes bases de dados teve papel preponderante a cada avanço. É o que faz o ChatGPT e seus concorrentes produzirem uma série de soluções personalizadas. É também o que permitiu, lá em 1996, que um supercomputador da IBM, o Deep Blue, derrotasse o enxadrista Garry Kasparov, algo cercado de ceticismo à época.
 

O que une a história, passado, presente e futuro, envolve o ânimo gerado pela tecnologia que se aprofunda e cria facilidades de um lado, perante os temores sobre os malefícios que tal ferramenta pode causar às pessoas se for utilizada de maneira incorreta. Com o fogo foi assim, por que não seria com a IA? Entretanto, tudo está definido e claro sobre para onde vamos com essa inteligência artificial que participa cada vez das nossas vidas? Vamos com calma aqui.
 

Toda vez que há uma grande descoberta a animação da sociedade é ampla, com a crença de que tudo irá mudar. Todavia, a velocidade da alteração da realidade mundana não se dá na mesma proporção das expectativas das pessoas. Não que essa disfuncionalidade entre expectativa e realidade deva nos fazer subestimar a tecnologia a longo prazo. Isto é o que geralmente acontece, mas há bons exemplos de que, com a IA, a história foi, é e será bem diferente de qualquer outra tecnologia. Falar disso me permite diferenciar dois conceitos importantes sobre o tema, no que tange a IA Generativa, muito em voga nos debates da atualidade, e na IA que se classifica como Predicativa.
 

Os serviços financeiros, como aqueles já vistos com o Open Banking e outros aderentes ao Open Finance, estão na dianteira quando falamos no uso da IA Generativa, aquela com capacidade de criar novas informações a partir de uma base de dados pré-existente. É assim que bancos e fintechs estão oferecendo serviços e ofertas personalizadas a cada cliente, com extração e tabulação de dados de maneira automatizada. E não para por aí.
 

Iniciativas no setor automotivo (de inspeções veiculares a carros autônomos), de saúde (telemedicina para diagnósticos automatizados e velozes), e de manufatura (uma produção de assentos de alumínio já cai de sete minutos para alguns segundos na Alemanha) são outros exemplos daquilo que a IA já entrega de fato, e só estamos começando a explorar o real potencial disso. Aqui entra o que já começa a ser chamado de IA Predicativa.
 

Se classifica algo como predicativo quando se atribui uma qualidade e/ou uma característica a algo. No caso da inteligência artificial, significa ir além dos dados gerados ante uma cadeia imensa de informações e lhe atribuir qualidades e características, partindo de modelos e arquiteturas profundas e de alto desempenho. Novos modelos de hardware e software já estão entre nós e outros virão dentro desse raciocínio, que tem também a democratização do acesso às informações e a industrialização de soluções que se expandem para diversas áreas como figuras centrais.
 

Por ora, a ideia generativa da IA faz com que as maiores empresas do planeta – Google, Microsoft, Meta, Amazon, entre outras – corram atrás dos seus próprios modelos à lá ChatGPT. Em comum em cada uma dessas iniciativas, além da produção de textos, imagens, vídeos e outros conteúdos, está o potencial de finitude incerta, sobretudo pelo scraping mais profundo e de valor agregado em ascensão. Com menos esforço manual, estamos mais e mais melhorando a qualidade de dados e a eficiência de todas as aplicações possíveis.
 

É nítido, desta maneira, que a escalabilidade é atrativa demais para ser ignorada no mundo dos negócios, impactando a vida de trabalhadores, consumidores e da sociedade em geral. Possivelmente, o grande desafio colocado pela IA, seja ela generativa, predicativa ou de outra ordem, está no seu elemento ainda estático, que mais se baseia em gerar novos dados a partir de uma base pré-concebida de informações. Há, porém, a tendência de que isso não perdure por muito tempo – o Bard, do Google, não nos deixa mentir.
 

As regras deste jogo envolvendo a IA passa por isso: ter plataformas e ferramentas cada vez mais baseadas em modelos de linguagem naturais, criando novas cadeias de valor e, consequentemente, de dados. Isso será fantástico, porém há sempre o "mas". Tudo isso precisa vir sempre acompanhado de três premissas fundamentais: sistemas seguros e relevantes; custos reduzidos (hoje treinar com IA é caro); e privacidade de dados, sem modelos estereotipados e manipulados.
 

Volto à pergunta que fiz no começo deste artigo: estaria eu exagerado? Não. A inteligência artificial é agora, e isso nos coloca dois caminhos centrais como humanidade: vamos reagir rapidamente e capitalizar com esses e outros fenômenos relacionados, ou iremos apenas enfrentar as consequências por estarmos atrasados perante a evolução tecnológica? Esta é uma resposta que nem o ChatGPT ou algum algoritmo pode gerar para nós.

 

*Jonatas Leandro é VP de Inovação da GFT Technologies no Brasil

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O gênero de terror pode ser mais do que apenas sustos e monstros. Muitos filmes do gênero usam esta linguagem para oferecer reflexões profundas e análises complexas das emoções e dos traumas humanos, usando o medo como uma ferramenta para explorar a psique humana. Se você gosta de um bom susto, mas também aprecia histórias que nos fazem refletir, esta lista é para você.

Conheça os filmes de terror que, além de provocar arrepios, retratam as complexidades da mente humana proporcionando momentos de verdadeiro horror:

Babadook (2014)

Amelia é uma mãe solteira que luta para criar seu filho Samuel, que tem problemas comportamentais. Após encontrar um livro misterioso chamado Mister Babadook, a situação deles se agrava quando uma entidade maligna começa a assombrá-los. O filme explora a depressão e o luto de Amelia pela perda do marido. O Babadook é uma metáfora para os sentimentos reprimidos que eventualmente se tornam incontroláveis se não forem enfrentados. Disponível na Prime Video.

Os Outros (2001)

Grace, uma mulher religiosa, vive em uma mansão isolada com seus dois filhos fotossensíveis. Quando estranhos eventos começam a ocorrer, ela suspeita que a casa esteja assombrada. O filme aborda a negação e o isolamento. A reviravolta final revela que a negação de Grace sobre a realidade trágica que a cerca é a verdadeira assombração. Disponível na Prime Vídeo.

Saga Hannibal (1991-2007)

Segue a relação complexa entre o psiquiatra canibal Dr. Hannibal Lecter e aqueles que o investigam, particularmente Clarice Starling e Will Graham.

A psicopatia e a manipulação psicológica são exploradas no filme. E Hannibal Lecter usa sua inteligência para manipular e controlar os que estão ao seu redor. O filme revela a fragilidade da mente humana. Dividido em 5 filmes: Hannibal - A Origem do Mal (2007), Dragão Vermelho (2002), Caçador de Assassinos (1986), O Silêncio dos Inocentes (1991) e Hannibal (2001) - em ordem cronológica. Todos estão disponíveis na Prime Video.

Telefone Preto (2021)

Finney Shaw é sequestrado por um assassino em série e trancado em um porão, onde um telefone desconectado permite que ele se comunique com as vítimas anteriores do sequestrador. A história destaca o poder do trauma e da resiliência. As vítimas anteriores, falando através do telefone, simbolizam como as experiências passadas e os traumas podem ajudar na sobrevivência e superação. Disponível na Prime Video.

Midsommar (2019)

Um grupo de amigos viaja para a Suécia para participar de um festival de verão, mas o que começa como uma experiência bucólica rapidamente se transforma em um pesadelo perturbador. O filme aborda o luto e a codependência. A protagonista, Dani, está lidando com uma perda devastadora e encontra uma forma de redenção em um culto que inicialmente parece acolhedor, mas revela intenções sombrias. Disponível na Prime Video.

Hereditário (2018)

Após a morte da matriarca da família Graham, segredos sinistros sobre sua linhagem começam a ser revelados, e eventos sobrenaturais afetam seus membros. O filme explora a herança do trauma e a disfunção familiar. As experiências passadas e os segredos da família afetam profundamente cada membro, levando-os à loucura e ao desespero. Disponível na Netflix, Max e Prime Video.

A Bruxa (2015)

Uma família puritana no século 17 é banida de sua colônia e vive isolada na floresta, onde começam a ocorrer eventos inexplicáveis que testam sua fé e sanidade. O filme explora a paranoia e o fanatismo religioso. A crescente desconfiança e medo dentro da família levam à sua desintegração, questionando a relação entre fé e razão. Disponível no Prime Video e Globoplay.

Corra! (2017)

Chris, um jovem negro, visita a família de sua namorada branca e descobre um segredo aterrorizante. O filme aborda o racismo e a objetificação. A aparente cordialidade da família esconde intenções sinistras, explorando a tensão racial e o impacto psicológico do preconceito. Disponível na Netflix, Star+ e Prime Video.

O Sexto Sentido (1999)

Cole Sear, um garoto que vê pessoas mortas, busca ajuda do psicólogo infantil Dr. Malcolm Crowe. O filme explora a comunicação e a aceitação. A jornada de Cole para aceitar sua habilidade e o luto de Malcolm por um evento traumático revelam a importância da compreensão e do apoio emocional. Disponível na Star+.

Nós (2019)

Adelaide Wilson e sua família são aterrorizados por representação de pessoas idênticas a eles (doppelgängers) durante uma viagem de férias.

O filme aborda a dualidade e a identidade. Os doppelgängers representam o lado sombrio e reprimido dos personagens, questionando quem somos realmente e como nossas ações afetam outros. Disponível na Prime Video.

João Silva, filho de Fausto Silva e apresentador da Band, disse não ser dependente das riquezas do pai, afastado da televisão por problemas de saúde.

"Eu falo muito isso: dinheiro que é do meu pai, não é o meu. Então não [tenho] muita coisa. Quero construir meu patrimônio, almejo alto", declarou o jovem de 20 anos em entrevista ao programa No Lucro CNN.

O apresentador do Programa do João falou também sobre a boa relação com Faustão. "Meu pai tinha um trato [para que eu fosse] independente após os 21 anos. Consegui um pouco antes, mas moro com meus pais e em casa não pago nada de contas. Em casa meu pai sempre foi muito liberal, deixava que eu pudesse fazer as coisas, sair para jantar em restaurante bom. Isso me trouxe oportunidades maravilhosas."

A americana Marissa Teijo fez história ao competir no Miss Texas, nos Estados Unidos, no último fim de semana. Aos 71 anos de idade, ela se tornou a participante mais velha a disputar o concurso de beleza.

A competição contou com 75 concorrentes. Apesar de não levar a coroa para casa, Marissa agradeceu o apoio em suas redes sociais. "Nunca esperei causar tal impacto, mas estou entusiasmada por representar e inspirar tantas mulheres de uma certa idade e mulheres jovens a tomarem conta de seu estilo de vida saudável e fitness", disse.

"Levantar peso é a chave para se manter jovem, forte e vibrante. Podemos fazer botox, preenchimento ou cirurgia e pintar o cabelo, mas se o nosso corpo estiver fraco e flácido, o tempo vence! E todos nós queremos ser vencedores", completou.

Quando foi anunciada na competição, Marissa afirmou que sua participação serviria para inspirar mulheres a encontrarem sua melhor versão física e mental.

Além de já ter participado de competições fitness, Marissa é uma professora aposentada do ensino fundamental, modelo e já participou de comerciais de televisão. Em suas redes sociais, ela compartilha sua rotina e fotos com amigos e familiares.

O concurso Miss Texas ocorreu em Houston nos dias 21, 22 e 23 de junho. Aarieanna Ware, da cidade de Dallas, foi a vencedora da competição e agora avança para o Miss USA como representante do estado do Texas.

Confira aqui