A direção do Juventude não escondeu o alívio após o time gaúcho assegurar sua permanência na primeira divisão do futebol brasileiro. A vaga na Série A de 2025 foi garantida com a vitória conquistada sobre o São Paulo, por 2 a 1, na noite de quarta-feira, no MorumBis. A confirmação da presença no Brasileirão foi celebrada principalmente em razão das dificuldades superadas pelo clube gaúcho na temporada.O time de Caxias do Sul sofreu diversos problemas de logística causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul entre os meses de abril e maio deste ano. Além disso, o clube detém uma das folhas salariais mais reduzidas de toda a Série A do Campeonato Brasileiro.
"É uma sensação de dever cumprido, pois mesmo com todas as dificuldades que tivemos este ano, inclusive com a logística de viagens em razão das enchentes no Rio Grande do Sul, conseguimos ir além das nossas metas nas competições disputadas. Nunca escondemos que a permanência na Série A era uma delas, e só tenho a agradecer a toda nossa comunidade, elenco, comissão técnica, diretoria, funcionários e colaboradores, que foram fundamentais para encerrarmos o ano com alegria", festejou o presidente Fabio Pizzamiglio.
As enchentes no primeiro semestre afetaram diretamente o deslocamento do Juventude pelo País. Em condições normais, o clube gaúcho usa o aeroporto da própria cidade, a pouco menos de cinco quilômetros do estádio Alfredo Jaconi. Porém, conta com uma frota escassa de voos, não apenas para grandes capitais, como também para o próprio terminal internacional da capital gaúcha. E o Aeroporto Salgado Filho ficou por meses fechado em razão da reconstrução pós-enchentes.
"Foram problemas que não conseguimos controlar. Chegamos a ficar 16 horas em rota para jogos contra Palmeiras e Red Bull Bragantino, em São Paulo", relembra Pizzamiglio. Para minimizar esses efeitos, por exemplo, a delegação chegou a ficar 10 dias longe de casa ao visitar o Fortaleza, no Ceará, e o Bahia, em Salvador, durante o 1o turno da competição.
"Essas viagens também causaram impacto psicológico nos atletas, que ficam longe dos familiares e do centro de treinamento, mas entendemos que era necessário para chegarmos em condições físicas próximas dos adversários", comentou o presidente do clube.
O impacto econômico atingiu um dos clubes de menor folha salarial da primeira divisão. São R$ 2,5 milhões por mês. "O planejamento que iniciamos nos primeiros meses de 2024 foram muito bem estabelecidos e cumpridos pela direção de futebol como um todo. Volto a repetir que ter chegado à final do Estadual este ano não foi uma surpresa, pelo contrário, teve planejamento", afirmou Pizzamiglio.
Nos gastos com reforços, a equipe de Caxias do Sul foi econômica. Foram apenas R$ 900 mil. "Trabalhamos com responsabilidade financeira, essa sempre foi uma premissa da gestão, e nos últimos anos procuramos equilibrar o clube na parte financeira. Quando alcançamos esse equilíbrio, também conseguimos ser competitivos na parte técnica. Temos que, de alguma forma, diminuir a distância quando falamos de orçamento para as principais equipes da elite. A busca por novas receitas também é constante", contou o dirigente.
Juventude celebra vaga na Série A após enchentes e folha salarial reduzida
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