De olho no título, Flamengo defende a liderança isolada no clássico com Fluminense no Maracanã

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

No último fim de semana, o Flamengo assumiu a liderança isolada do Campeonato Brasileiro, e, agora tem a missão de manter a posição, quando faltam apenas cinco jogos. O seu primeiro desafio é disputar o tradicional clássico Fla-Flu diante do Fluminense, nesta quarta-feira, às 21h30, no Maracanã, pela 34ª rodada.

O Flamengo atingiu os 71 pontos e abriu três de vantagem em relação ao Palmeiras (68) após a goleada por 5 a 1 sobre o rebaixado Sport, na Arena Pernambuco. Entrou de vez na contagem regressiva para ser campeão da temporada, inclusive, na condição de favorito, segundo os estatísticos.

O Fluminense está num outro patamar. Soma 51 pontos e ocupa a sétima posição. Por isso, segue de olho em uma vaga no G-6. Na última rodada, empatou com o Cruzeiro por 0 a 0, em Belo Horizonte (MG), um resultado considerado positivo porque o time mineiro está em terceiro lugar e faz grande campanha.

O retrospecto do Fla-Flu é equilibrado. Ao todo, os rivais se enfrentaram 454 vezes, com 167 vitórias do Flamengo, 142 do Fluminense e 145 empates. Nas arquibancadas acontecerá uma divisão igualitária, apesar do mando pertencer ao Tricolor. Os tricolores ficarão no setor sul, lado oposto aos rubro-negros, colocados no setor norte. Os outros setores serão mistos.

A diretoria flamenguista não poupou esforços para colocar seus principais jogadores em campo. Ela fretou um avião para contar com cinco jogadores convocados por suas seleções na Data Fifa e que estavam nos Estados Unidos: o lateral direito Varela, o lateral esquerdo Matías Viña, os meias Arrascaeta e Carrascal e o atacante Gonzalo Plata.

Os três primeiros serviram a seleção uruguaia, enquanto os dois últimos foram chamados por Colômbia e Equador, respectivamente. Este grupo de selecionáveis será reavaliado pela comissão técnica por conta do desgaste da viagem.

O zagueiro Léo Ortiz pode aparecer na lista de opções após período longe dos gramados por causa de uma lesão no tornozelo direito. O seu retorno é fundamental, já que Danilo está a serviço da seleção brasileira na Europa e não voltará ao Rio de Janeiro a tempo. O lateral esquerdo Alex Sandro, que também foi chamado por Carlo Ancelotti, aumenta a lista de ausências e será substituído por Ayrton Lucas.

O volante Jorginho voltou a treinar com o grupo depois de se recuperar de uma lesão na coxa direita e tem chance de aparecer na lista de relacionados. Caso fique disponível, o ítalo brasileiro deve atuar ao lado de Erick Pulgar. Saúl também é opção.

O centroavante Pedro segue fora para continuar a recuperação de uma fratura no antebraço direito sofrida há quase um mês. O técnico Filipe Luís espera contar com o artilheiro no sábado, dia 22, diante do Red Bull Bragantino, mas a situação é tratada com cautela, já que a prioridade é tê-lo disponível na final da Copa Libertadores contra o Palmeiras, no dia 29 de novembro, em Lima, capital do Peru.

No Fluminense, o volante Martinelli volta após cumprir suspensão na última rodada e fará dupla com Hércules. Desta forma, Facundo Bernal, responsável por substituir o camisa 8 na ocasião, fica como opção no banco de reservas.

Ausente nos últimos dois jogos devido a uma entorse no joelho direito, o atacante Germán Cano deve estar à disposição do treinador Luís Zubeldía. Ele disputa a titularidade com John Kennedy e Everaldo, que recentemente ganhou espaço com a comissão técnica.

O meia Paulo Henrique Ganso pode ser novidade no banco. Ele não entra em campo desde 13 de setembro, quando sofreu uma lesão de grau dois na panturrilha esquerda, mas já voltou a treinar com o restante do elenco e vive a expectativa de ser opção.

O zagueiro Manoel é o único desfalque. Ele se recupera de uma artroscopia no joelho esquerdo e dificilmente voltará a atuar ainda este ano. Como tem contrato até o fim da temporada e segue com o futuro indefinido.

FICHA TÉCNICA

FLUMINENSE X FLAMENGO

FLUMINENSE - Fábio; Samuel Xavier, Thiago Silva, Freytes e Renê; Martinelli, Hércules e Lucho Acosta; Kevin Serna, Everaldo (John Kennedy) e Canobbio. Técnico: Luís Zubeldía.

FLAMENGO - Rossi; Emerson Royal, Léo Ortiz, Léo Pereira e Ayrton Lucas; Erick Pulgar, Jorginho (Saúl) e Arrascaeta (Carrascal); Luiz Araújo, Bruno Henrique e Samuel Lino. Técnico: Filipe Luís.

ÁRBITRO - Davi de Oliveira Lacerda (ES)

DATA - 19/11 (Quarta-feira)

HORÁRIO - 21h30

LOCAL - Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

Em outra categoria

No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.