Da tela para o espaço expositivo

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No mundo das artes, os últimos meses foram marcados pela necessidade de reinvenção. O avanço da covid-19 fez com que museus, galerias e outras instituições culturais tivessem de lançar mão de iniciativas criativas para manter a fidelidade do público no meio virtual. A pandemia está ainda longe de acabar, mas a reabertura dos espaços culturais permite, agora, que algumas dessas ações online ganhem desdobramentos presenciais. É o caso do concurso Quarentena com Lume, que acaba de originar uma exposição na própria Galeria Lume, em espaço dedicado a produções experimentais e a mostras de curta duração. Intitulada O Eu É Um Outro, em referência à famosa frase do poeta francês Arthur Rimbaud, a exposição busca reforçar como, mais do que nunca, as ações individuais impactam a vida coletiva.

"No começo da pandemia, estávamos tristes de não poder vir para a galeria. É muito bom vivenciar a prática dos artistas, ter esse contato com eles. Ao mesmo tempo, achamos que as pessoas que nos seguiam nas redes estavam sentindo falta de contato com a produção artística", lembra Paulo Kassab Júnior, sócio-diretor da galeria, liderada também por Victoria Zuffo. Foi nesse contexto que tiveram a ideia de lançar um concurso para mobilizar o público a enviar fotos e vídeos com a hashtag #isoladosmasnuncasozinhos, buscando incentivar pessoas de diferentes idades, histórias e regiões a produzirem arte dentro de casa.

"Fizemos isso para que as pessoas pudessem interagir com a galeria de outra forma e, ao mesmo tempo, para que tivessem contato com os artistas", acrescenta Kassab Júnior, explicando que essa ligação se tornou possível com o convite feito a alguns artistas para que participassem do júri junto a um comitê da própria galeria. Embora não pudessem ganhar, outros artistas foram convidados a publicar as suas fotos para estimular a participação do público.

A competição foi dividida em duas etapas e o requisito em ambos os casos era que as imagens respeitassem o tema proposto para cada fase e fossem feitas com smartphones. A primeira etapa, dedicada apenas a fotografias, teve como tema a frase "Confinamento compartilhado" e, como jurado convidado, o fotógrafo Julio Bittencourt. Os vencedores foram o designer paulistano Kleber Fernandes da Cruz, o fotógrafo de paisagem e natureza Ricardo Takamura, de São José dos Campos, e o fotógrafo brasiliense Fred Schueler. As imagens variaram de registros bem-humorados a mais melancólicos do momento. Vale destacar que, ao longo do processo, o júri tinha acesso apenas às imagens, sem saber quem eram os seus criadores.

Voltada a vídeos, a segunda etapa contou com o diretor de cinema Renato Amoroso e o artista Gal Oppido como jurados. Após enviarem trabalhos com o mote "Nós, o outro, o distante...", saíram vencedores o professor de história e fotógrafo Caio Danyalgil, de Olinda, o fotógrafo e design gráfico paulistano Fernando Vianna e o coletivo Zanella e Juliana, também de São Paulo.

Todos eles receberam como recompensa obras de Julio Bittencourt e Gal Oppido. E, no que é novidade para a maioria, têm agora suas produções exibidas na galeria. Segundo Kassab Júnior, muitos participantes não haviam sequer visto uma foto sua impressa. A galeria assumiu todos os custos de montagem e propiciou a eles uma vivência como a dos artistas profissionais, propondo vender a primeira tiragem das obras do mesmo modo como faz com os nomes que representa.

"É um caminho sem volta", avalia Kassab Júnior sobre a presença das galerias nas redes. Exatamente no percurso proposto com o concurso, ele considera, no entanto, que o contato ao vivo é fundamental.

SERVIÇO

O EU É UM OUTRO

GALERIA LUME

R. GUMERCINDO SARAIVA, 54, 4883-0351.

10H/19H (SÁB., 11H/15H; FECHA DOM.).

ATÉ 4/3. GRÁTIS. INFORMAÇÕES EM WWW.GALERIALUME.COM

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Uma professora de artes usou suas redes sociais para compartilhar o resultado da pintura de um de seus alunos. A foto, que viralizou no X (Antigo Twitter), mostra Antônio, que se inspirou no filme Flow para colorir sua tela.

"Gente, olhem que coisa mais maravilhosa, seu Antônio, acabou de finalizar a pintura do quadro do gatinho de Flow na nossa aula de hoje. E está todo orgulhoso perguntando se vocês vão gostar, não tenho a menor dúvida", diz a legenda.

A pintura fez tanto sucesso que Gints Zilbalodis, diretor da animação, agradeceu o brasileiro.

"Obrigada, Sr. Antônio", escreveu, em português.

Flow venceu o Oscar 2025 de Melhor Animação. Produzido na Letônia, o filme narra a história de um gato solitário que, após uma devastadora inundação apocalíptica, precisa se unir a outras criaturas para sobreviver, lutando para proteger seu barco.

A produção superou grandes concorrentes, como Robô Selvagem, da DreamWorks, e Divertida Mente 2, da Disney Pixar, para conquistar a estatueta. Embora também tenha disputado na categoria de Melhor Filme Internacional, foi derrotado pelo brasileiro Ainda Estou Aqui.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

O testamento do ator Gene Hackman, que foi encontrado morto em sua casa no dia 26 de fevereiro deste ano, foi revelado pelo site americano TMZ nesta sexta-feira, 14. Os valores deixados pelo artista não foram divulgados, mas o portal de notícias revelou que a fortuna de Hackman deveria ser destinada para sua esposa, a pianista Betsy Arakawa.

O problema é que Betsy também foi encontrada morta na residência do casal no dia 26 de fevereiro. Segundo a polícia, a esposa morreu no dia 11 de fevereiro, de síndrome pulmonar por hantavírus. O marido morreu cerca de uma semana depois, vítima de uma doença cardíaca e Alzheimer.

Para complicar ainda mais a situação, os três filhos de Hackman - Christopher, Leslie e Elizabeth - não são mencionados em seu testamento. O ator nunca escondeu que não tem a melhor relação com seus filhos e, apesar de ter se reconciliado com eles nos últimos anos, não havia mudado seu testamento. De acordo com o TMZ, o documento foi redigido em 1995.

Agora, um processo legal deve decidir para quem a fortuna de Hackman irá. Como Betsy morreu antes de Hackman, as suas posses iriam para o ator. Há uma cláusula no testamento da pianista, no entanto, que indica que caso a morte de ambos ocorresse em um intervalo menor do que 90 dias, as mortes deveriam ser consideradas simultâneas.

Nesse caso, o testamento de Betsy afirma que todas as suas posses seriam doadas para instituições de caridade. Já as posses de Hackman devem ser disputadas pelos filhos do ator na justiça norte-americana. Até o momento, os familiares do ator não se pronunciaram publicamente sobre a questão.

Os torcedores do AFC Richmond podem respirar aliviados, a série Ted Lasso retornará para uma quarta temporada.

E mais: Jason Sudeikis, que interpreta o protagonista da obra, também estará de volta na pele do técnico de futebol mais fofo e empático do planeta.

A produção da Apple TV+, no entanto, contará com uma novidade no enredo: na quarta temporada, Ted Lasso comandará um time de futebol feminino.

Os detalhes da trama ainda não foram divulgados, mas já se sabe que Lasso retornará dos Estados Unidos para comandar o AFC Richmond feminino.

Ao final da terceira temporada, o treinador se despediu do elenco masculino da equipe britânica e retornou ao estado do Kansas para se reunir com seu filho.

O primeiro episódio da nova temporada será filmado nos Estados Unidos e deve explicar os motivos que levaram Lasso a retornar para a Inglaterra.

Nomes importantes da série original também retornarão, como Hannah Waddingham (Rebecca), Brett Goldstein (Roy) e Jeremy Swift (Leslie).

Os atores que interpretam os jogadores do AFC Richmond, no entanto, não devem retornar regularmente para a série.