Zanin suspende julgamento sobre laqueadura e vasectomia voluntária de menores de 21 anos

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O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista (mais tempo para análise) e suspendeu nesta quarta-feira, 6, o julgamento sobre a lei que proíbe a laqueadura e a vasectomia de mulheres e homens menores de 21 anos ou com menos de dois filhos.

Não há data para a retomada da votação. O regimento interno do STF prevê que os ministros têm até 90 dias para devolver o processo a julgamento. Depois disso, cabe à presidência do tribunal pautar novamente o caso.

Até o momento, apenas os ministros Kassio Nunes Marques e Flávio Dino votaram. Os dois são a favor da restrição de idade. No entanto, eles defenderam que o STF deve proibir a esterilização de adolescentes, mesmo que já tenham dois filhos ou mais.

"A lei não surgiu com o propósito de restringir a liberdade de homens e mulheres sobre os seus próprios corpos, mas como resposta a um quadro de clandestinidade e excesso de cirurgias esterilizadoras", defendeu Nunes Marques, relator do processo.

O ministro argumentou ainda que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece métodos contraceptivos alternativos e reversíveis. Também citou estudos sobre os índices de arrependimento de homens e mulheres que se submetem ao procedimentos de vasectomia e laqueadura antes dos 30 anos.

A Lei do Planejamento Familiar foi aprovada em 1996. O texto prevê que a esterilização voluntária só pode ser feita "em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 21 anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, inclusive aconselhamento por equipe multidisciplinar, com vistas a desencorajar a esterilização precoce".

Flávio Dino também defendeu que o STF remova da legislação o trecho que impõe aos profissionais de saúde a obrigação de "desencorajar" a esterilização "precoce". "Não é papel do Estado encorajar ou desencorajar alguém a fazer ou deixar de fazer nesse caso", criticou.

O Supremo Tribunal Federal debate a constitucionalidade da lei a partir de uma ação proposta pelo PSB. Os ministros precisam decidir se as restrições impostas pela legislação são legítimas ou se configuram uma interferência indevida do Estado nas liberdades individuais.

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Heloisa Teixeira, escritora, crítica cultural e importante nome do feminismo brasileiro, morreu aos 85 anos nesta sexta-feira, 28, no Rio de Janeiro, por complicações de uma pneumonia e insuficiência respiratória aguda. A escritora estava internada na Casa de Saúde São Vicente, na Gávea, bairro da zona sul da capital. A informação foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras (ABL), da qual a autora era imortal.

Nascida em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, Heloísa formou-se em Letras Clássicas pela PUC-Rio, com mestrado e doutorado em Literatura Brasileira na UFRJ e pós-doutorado em Sociologia da Cultura na Universidade Columbia, em Nova York (EUA). Como acadêmica, ela definiu um campo de pesquisa que privilegia a relação entre cultura e desenvolvimento, segmento em que se tornou referência, dedicando-se às áreas de poesia, relações de gênero e étnicas, culturas marginalizadas e cultural digital.

Entre os livros que publicou, destaca-se a histórica coletânea 26 Poetas Hoje, de 1976. A obra revelou uma geração de poetas "marginais" que entrou para a história da literatura brasileira, como Ana Cristina Cesar, Cacaso e Chacal. A antologia é considerada um divisor de águas entre uma poesia canônica e uma poesia contemporânea e performática. Segundo a autora, o livro causou furor na época.

Nos últimos anos, vinha trabalhando com o foco na cultura produzida nas periferias das grandes cidades, no feminismo, bem como no impacto das novas tecnologias digitais e da internet na produção e no consumo culturais.

Heloisa foi eleita imortal da ABL - a 10ª mulher a receber o título - em abril de 2023, ocupando a cadeira 30, antes pertencente à escritora Nélida Piñon.

O Lollapalooza 2025 começa nesta sexta-feira, 28, e vai até o domingo, 30, no Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo. O primeiro dia de festival tem como atração principal a americana Olivia Rodrigo, de 22 anos, que encerra a noite no Palco Budweiser. Além dela, passam pelo evento Jão, Empire of the Sun, Rüfüs du Sol, entre outros.

Para quem for acompanhar de casa, é possível assistir aos shows do festival pelo Multishow, BIS ou Globoplay, a partir das 14h30. No streaming, o sinal será aberto (disponível para não assinantes) e vai revezar entre a programação do Multishow e do BIS.

Veja abaixo o que esperar das principais apresentações do dia e confira os horários de todos os shows segundo a programação oficial.

Jaó

O show no Lollapalooza é importante para o cantor, um dos maiores nomes do pop brasileiro da atualidade. Em janeiro, Jão anunciou uma pausa e a apresentação no festival na capital paulista é a última marcada de sua agenda de shows. O artista vem de um ano de conquistas: se tornou o primeiro artista solo a esgotar três datas no Allianz Parque, se apresentou 14 vezes nas principais brasileiras e fez shows no Palco Mundo no Rock in Rio e no Rock in Rio Lisboa. Tudo isso com menos de uma década de carreira. A apresentação deve seguir os moldes da Superturnê, a última apresentada pelo artista, e, como sempre, deve atrair uma multidão de fãs que o acompanham.

Rüfüs du Sol

O trio, formado por Tyrone Lindqvist, Jon George e James Hunt, é sucesso na Austrália com uma sonoridade que mistura música eletrônica, indie e house. A banda toca antes da cantora Olivia Rodrigo, atração principal da sexta, no palco Samsung Galaxy. Seus shows são conhecidos por entregar uma verdadeira experiência imersiva - e a banda já assumiu que suas músicas são criadas para serem ouvidas ao vivo. "Mesmo que você não conhecesse uma música do Rüfüs no começo, no final você deixou um fã", disse Hunt ao The Sydney Morning Herald sobre as apresentações do grupo. O último álbum lançado por eles foi Inhale/Exhale, no ano passado, que deve dar o tom da apresentação no festival.

Olivia Rodrigo

A cantora americana Olivia Rodrigo é um fenômeno entre jovens da geração Z. Começou a carreira como atriz da Disney e viralizou aos 17 anos com a canção Drivers License, que foi sucesso instantâneo e quebrou recordes nas plataformas de streaming. Agora com 22 anos, ela é a principal atração deste primeiro dia de Lollapalooza e deve encerrar a noite com uma seleção de músicas de seus dois álbuns de estúdio, Sour (2021) e Guts (2023), que são marcados por uma mescla entre baladas sentimentais e canções mais agitadas inspiradas pelo pop punk dos anos 2000.

Line-up e horários dos shows do Lollapalooza nesta sexta (28)

Palco Budweiser

- 12h45 - 13h40 - Dead Fish

- 14h45 - 15h45 - Mc Kako

- 16h55 - 17h55 - Girl In red

- 19h05 - 20h05 - Empire of the Sun

- 21h30 - 23h - Olivia Rodrigo

Palco Samsung Galaxy

- 12h - 12h45 - Vencedor do concurso "Temos Vagas 89FM"

- 13h40 - 14h40 - Juyè

- 15h50 - 16h50 - Inhaler

- 18h - 19h - Jão

- 20h10 - 21h25 - Rüfüs Du Sol

Palco Mike's Ice

- 12h45 - 13h40 - Pluma

- 14h45 - 15h45 - Jovem Dionísio

- 16h55 - 17h55 - White Denim

- 19h05 - 20h05 - Nessa Barrett

- 21h30 - 22h30 - Caribou

Palco Perry's by Fiat

- 12h - 12h45 - Paula Chalup

- 13h - 14h - Cashu

- 14h15 - 15h15 - L_cio

- 15h30 - 16h30 - Blancah

- 16h45 - 17h45 - Tropkillaz

- 18h - 19h - DJ GBR

- 19h15 - 20h15 - Disco Lines

- 20h30 - 21h30 - JPEGMAFIA

Serviço

Lollapalooza Brasil

Dias 28, 29 e 30 de março

Autódromo de Interlagos, em São Paulo

R$ 1.050 (para um dia)

A Universidade de Duke se manifestou publicamente após ter sua imagem associada a uma cena exibida pela série The White Lotus, da HBO. Na cena em questão, Timothy Ratliff (Jason Isaacs) protagoniza imagina cometer um assassinato seguido de suicídio enquanto usa uma blusa da instituição, onde estudou.

A instituição não gostou da referência usada na série e criticou a escolha.

"A Universidade Duke não aprovou o uso de suas marcas em The White Lotus. Duke valoriza a expressão artística e a narrativa criativa, mas personagens vestindo roupas com marcas registradas da universidade de forma tão evidente geram confusão e sugerem, erroneamente, um endosso ou afiliação que não existem", disse Frank Tramble, vice-presidente de comunicações, marketing e assuntos públicos da organização à CNN.

Trumble ainda afirmou que além do seriado usar a marca de Duke sem autorização prévia, a cena "vai longe demais".

"O suicídio é a segunda causa de morte em campus universitários. Como imagens da série estão sendo amplamente compartilhadas nas redes sociais, estamos utilizando nossa marca para promover a conscientização sobre saúde mental e lembrar as pessoas de que há ajuda possível", finalizou.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais