Guarany Osório: 'Decisão de Baku pôs mais pressão na COP do Brasil'

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A nova meta de financiamento climático definida na Cúpula do Clima deste ano (COP29), em Baku, no Azerbaijão, causou insatisfação entre os países em desenvolvimento e já coloca pressão na COP30, marcada para Belém, no Pará, em 2025. Essa é a visão do professor Guarany Osório, coordenador do Programa de Política e Economia Ambiental do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP). "A saída da COP29 foi essa construção ao longo do caminho, colocando mais pressão na COP-30", disse o especialista ao Estadão.

Isso significa que a próxima COP, sob a liderança do Brasil, terá de trabalhar para preencher as lacunas deixadas pela cúpula de Baku. O montante aprovado, de US$ 300 bilhões anuais (cerca de R$1,74 trilhão) até 2035, para o financiamento climático, ficou bem abaixo do US$ 1,3 trilhão (R$ 7,5 trilhões) pedido pelos países em desenvolvimento. A decisão foi tomada em plenária na madrugada de ontem no Azerbaijão, ainda noite de sábado no Brasil. Há queixas também sobre a falta de detalhamento na origem desses valores e nas regras para concessão - que poderiam incluir até juros em nível proibitivo.

Como o senhor avalia o financiamento climático de US$ 300 bilhões para países em desenvolvimento?

A expectativa era complicada para essa COP em virtude do momento geopolítico conturbado que estamos vivendo. E o valor foi o que ficou possível a se chegar nesse cenário. Ficou longe do US$ 1 trilhão que era esperado para financiamento de mitigação e adaptação.

Quais sãos os próximos passos?

A saída foi essa construção ao longo do caminho, colocando mais pressão para a COP30 do Brasil. Será necessário um aumento desses aportes e da ambição com relação financiamento, que deve ser liderado pelos países desenvolvidos.

Ficou um sentimento generalizado de frustração?

Temos um misto de sentimentos. Uma parte aplaudiu, mas os países em desenvolvimento, principalmente os mais vulneráveis na questão climática, saíram muito frustrados.

Por quê?

Os países em desenvolvimento não são os causadores do problema, mas vão ter de pagar boa parte dessa conta. Quem causou mais o aquecimento global foram os países que se industrializaram e utilizaram combustível fóssil ao longo dos últimos séculos. Agora é trabalhar para que se melhore essa ambição do financiamento e todo o regramento, as fontes e como será utilizado para que ele chegue à ponta e para quem precisa realmente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Uma professora de artes usou suas redes sociais para compartilhar o resultado da pintura de um de seus alunos. A foto, que viralizou no X (Antigo Twitter), mostra Antônio, que se inspirou no filme Flow para colorir sua tela.

"Gente, olhem que coisa mais maravilhosa, seu Antônio, acabou de finalizar a pintura do quadro do gatinho de Flow na nossa aula de hoje. E está todo orgulhoso perguntando se vocês vão gostar, não tenho a menor dúvida", diz a legenda.

A pintura fez tanto sucesso que Gints Zilbalodis, diretor da animação, agradeceu o brasileiro.

"Obrigada, Sr. Antônio", escreveu, em português.

Flow venceu o Oscar 2025 de Melhor Animação. Produzido na Letônia, o filme narra a história de um gato solitário que, após uma devastadora inundação apocalíptica, precisa se unir a outras criaturas para sobreviver, lutando para proteger seu barco.

A produção superou grandes concorrentes, como Robô Selvagem, da DreamWorks, e Divertida Mente 2, da Disney Pixar, para conquistar a estatueta. Embora também tenha disputado na categoria de Melhor Filme Internacional, foi derrotado pelo brasileiro Ainda Estou Aqui.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

O testamento do ator Gene Hackman, que foi encontrado morto em sua casa no dia 26 de fevereiro deste ano, foi revelado pelo site americano TMZ nesta sexta-feira, 14. Os valores deixados pelo artista não foram divulgados, mas o portal de notícias revelou que a fortuna de Hackman deveria ser destinada para sua esposa, a pianista Betsy Arakawa.

O problema é que Betsy também foi encontrada morta na residência do casal no dia 26 de fevereiro. Segundo a polícia, a esposa morreu no dia 11 de fevereiro, de síndrome pulmonar por hantavírus. O marido morreu cerca de uma semana depois, vítima de uma doença cardíaca e Alzheimer.

Para complicar ainda mais a situação, os três filhos de Hackman - Christopher, Leslie e Elizabeth - não são mencionados em seu testamento. O ator nunca escondeu que não tem a melhor relação com seus filhos e, apesar de ter se reconciliado com eles nos últimos anos, não havia mudado seu testamento. De acordo com o TMZ, o documento foi redigido em 1995.

Agora, um processo legal deve decidir para quem a fortuna de Hackman irá. Como Betsy morreu antes de Hackman, as suas posses iriam para o ator. Há uma cláusula no testamento da pianista, no entanto, que indica que caso a morte de ambos ocorresse em um intervalo menor do que 90 dias, as mortes deveriam ser consideradas simultâneas.

Nesse caso, o testamento de Betsy afirma que todas as suas posses seriam doadas para instituições de caridade. Já as posses de Hackman devem ser disputadas pelos filhos do ator na justiça norte-americana. Até o momento, os familiares do ator não se pronunciaram publicamente sobre a questão.

Os torcedores do AFC Richmond podem respirar aliviados, a série Ted Lasso retornará para uma quarta temporada.

E mais: Jason Sudeikis, que interpreta o protagonista da obra, também estará de volta na pele do técnico de futebol mais fofo e empático do planeta.

A produção da Apple TV+, no entanto, contará com uma novidade no enredo: na quarta temporada, Ted Lasso comandará um time de futebol feminino.

Os detalhes da trama ainda não foram divulgados, mas já se sabe que Lasso retornará dos Estados Unidos para comandar o AFC Richmond feminino.

Ao final da terceira temporada, o treinador se despediu do elenco masculino da equipe britânica e retornou ao estado do Kansas para se reunir com seu filho.

O primeiro episódio da nova temporada será filmado nos Estados Unidos e deve explicar os motivos que levaram Lasso a retornar para a Inglaterra.

Nomes importantes da série original também retornarão, como Hannah Waddingham (Rebecca), Brett Goldstein (Roy) e Jeremy Swift (Leslie).

Os atores que interpretam os jogadores do AFC Richmond, no entanto, não devem retornar regularmente para a série.