Manifestantes fazem 'abraçaço' contra cercamento da Praça Pôr do Sol

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Moradores e frequentadores participaram na tarde deste domingo, 28, de um ato contra o cercamento da Praça Coronel Custódio Fernandes Pinheiro, mais conhecida como Praça Pôr do Sol, no Alto de Pinheiros, zona oeste da cidade de São Paulo. O "abraçaço" foi motivado pela instalação de alambrado, com custo de R$ 652,9 mil para a Prefeitura, em todo o entorno do espaço.

O ato foi organizado por um coletivo de cerca de 150 moradores e frequentadores da praça, organizados pelas redes sociais e que usam a hashtag #PorDoSolSemCerca.

O grupo quer reverter a decisão da gestão Bruno Covas (PSDB), que atendeu a pedidos da Associação Amigos do Alto de Pinheiros (SAAP) e da Associação de Moradores de City Boaçava, e defende que a discussão deveria ter embasamento técnico e ouvir a população por meio de audiências públicas.

Por causa da pandemia da covid-19, o grupo se organizou para que todos os participantes mantivessem dois metros de distância, utilizassem máscaras de proteção, enquanto seguravam um grande barbante que simbolizava a conexão entre as pessoas.

Segundo a gestão Bruno Covas, a iniciativa tem o objetivo de permitir "o controle de pessoas para não causar aglomeração" durante a pandemia da covid-19 e facilitar a "conservação do local, que contém características de parque e recebe grande quantidade de frequentadores". Além disso, a Prefeitura alega ter atendido "às solicitações de moradores da região". Questionada, não respondeu sobre as reivindicações de realizar audiências públicas sobre o destino do espaço.

A obra é realizada por uma empresa privada, contratada pela Subprefeitura de Pinheiros. O alambrado substitui um cercamento provisório com tapumes, colocado em abril do ano passado após o registro de aglomerações e que teve o custo de R$ 800 mil.

Os horários de funcionamento e a capacidade máxima de ocupação estão em fase de estudos."Foram instalados alambrados em vez de grades, por ser mais econômico", acrescentou a Prefeitura, por meio de nota.

Com 28 mil metros quadrados, a praça atrai também moradores de outras regiões e turistas, especialmente pelo pôr do sol. A área verde teria se formado durante o loteamento da Cia City na região, mas foi nos anos 70 que ganhou o projeto das urbanistas Miranda Martinelli Magnoli e Rosa Kliass.

Rosa é um dos maiores nomes do paisagismo no País, também por trás dos projetos da Praça Benedito Calixto, em Pinheiros, do antigo Vale do Anhangabaú, no centro, e do Parque da Juventude, no Carandiru, zona norte, dentre outros. Um dos principais elementos adicionados pelas urbanistas na praça foi, a partir do aproveitamento da topografia do local, uma espécie de arquibancada voltada para o lado do pôr do sol.

Defensora do gradeamento, a SAAP destaca que o cercamento é uma demanda de parte dos moradores desde 2014. Segundo a associação, o aumento de frequentadores trouxe mais lixo, barulho e o consumo de bebidas e drogas durante a noite.

Já o coletivo contrário ao cercamento defende que o espaço siga aberto, com a instalação de mais lixeiras, intensificação dos serviços de limpeza e coleta de lixo, garantia do cumprimento do Programa Silêncio Urbano (PSIU), melhora na iluminação, obras de acessibilidade e, ainda, a disponibilização de agentes de trânsito para organizar os engarrafamentos e evitar o estacionamento irregular.

Integrante do coletivo, a economista Juliana Leal, de 30 anos, é moradora do entorno desde 1995. "Defendo que os cidadãos devem ter direito à cidade, direito ao lazer, à cultura, saúde, educação. Para mim, o cercamento de um espaço público é muito simbólico no sentido que você está privando o direito das pessoas de ter isso, em vez de tentar outro tipo de solução", defende. Como sou frequentadora há muito tempo, eu sei que tem problemas, de grande quantidade de pessoas, lixo, barulho", comenta.

Para ela, o cercamento não "vai resolver nada" e que a melhoria das condições passa por melhorias na zeladoria e na iluminação, instalação de banheiros, vigilância e outras medidas.

Ela critica, ainda, que a gestão municipal tratou a demanda do cercamento como se fosse de uma "ampla maioria de moradores", o que discorda. "Essas coisas devem ser consultadas, é uma praça muito grande, que atrai muita gente", destaca. "Aquela praça é um organismo vivo. Meus pais iam lá quando namoravam, eu ia lá quando namorava o meu marido, sempre estando ali, vivenciando com amigos, com música, sempre foi uma coisa muito viva."

Frequentador da praça desde os anos 80, o cineasta Mauricio Faria, de 56 anos, acredita que os moradores que defendem a obra estão "iludidos" e que o cercamento vai trazer mais problemas, especialmente em relação à sensação de segurança. "É um achismo das associações, e a prefeitura fez uma licitação de quase R$ 700 mil baseada nesses achismos."

Ele também critica não ter sido apresentado um estudo técnico que comprove que o gradeamento trará benefícios para a região. "É uma licitação cara, ruim, baseada na vontade de moradores iludidos", alega. "A Prefeitura foge do problema. A solução é muito mais complexa que uma cerca. Quando se cerca se cria um local, vazio, ermo, ainda mais à noite", comenta. "Tradicionalmente, a praça é um lugar turístico,um ponto de encontro da juventude. É muito difícil mudar o perfil, e não vejo motivo para isso. Sem essa juventude ocupando aquele espaço, pode vir coisa pior."

Para o cineasta, o destino da praça deveria ser debatido pela população em geral, e não apenas por parte dos moradores, em audiências públicas. Ele cita, inclusive, um espaço semelhante perto de onde mora, na Aclimação, no centro expandido, que teria perdido frequentadores e cuidados após ser fechada.

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Meghan Markle se emocionou ao falar sobre os filhos, príncipe Archie e princesa Lilibet, nesta segunda-feira, 28. Em um bate-papo com Jamie Kern Lima, fundadora da IT Cosmetics, a duquesa de Sussex compartilhou alguns momentos em família e revelou que escreve e-mails diários para os filhos, como uma espécie de cápsula do tempo.

A ex-atriz contou que criou endereços de e-mail para Archie e Lilibet e que, todas as noites, antes de dormir, envia mensagens com fotos, boletins escolares e registros do cotidiano. "Achei uma maneira especial de guardar essas lembranças para eles. Um dia, quando tiverem 16 ou 18 anos, vou entregar tudo para que vejam o quanto foram amados", afirmou, emocionada.

A duquesa também falou sobre como encara a maternidade e se emocionou ao dizer que quer ser "boa nisso". A intenção é que os filhos, ao crescerem, possam sentir que "ninguém nunca amou tanto alguém como nossa mãe nos amou".

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Ela também falou sobre o apoio do marido, príncipe Harry, especialmente na criação de sua empresa, a As Ever. Em tom descontraído, descreveu Harry como "muito, muito bonito" e brincou que o casamento segue forte: "Vamos ficar juntos para sempre".

Meghan comparou a trajetória do casal a um jogo de videogame: "É como no Super Mario Bros., em que você enfrenta os dragões para salvar a princesa. Harry faz tudo o que pode para proteger a nossa família".

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O príncipe Harry e Meghan Markle deixaram suas responsabilidades como membros da monarquia do Reino Unido, em 2020. Desde então, o casal vive nos Estados Unidos.

Três anos depois de seu lançamento, Top Gun: Maverick se tornou motivo de um processo legal contra a Paramount, estúdio responsável pela produção. Shaun Gray, primo do roteirista Eric Singer, afirma nos autos que trabalhou em 12 cenas de ação do filme, mas que não foi compensado por seu trabalho.

Assistente de roteiro não-creditado de Singer em filmes como Only the Brave, que, assim como Top Gun: Maverick, foi dirigido por Joseph Kosinski, e Trama Internacional, Gray trabalha principalmente como artista de efeitos visuais, mas diz ter desenvolvido o roteiro do blockbuster estrelado por Tom Cruise ao longo de cinco meses com o primo e Kosinski. Ele afirma ainda ter documentado suas colaborações em documentos "meticulosos e datados".

"Essa ação busca justiça para Gray, um roteirista talentoso manipulado e explorado pelos poderosos de Hollywood, e exige a responsabilização dos réus que tiveram lucro extraordinário ao se apossar do trabalho criativo de Gray", diz o processo.

Esta não é a primeira vez que a franquia Top Gun é alvo de litígio. Em 2022, o mesmo advogado que representa Gray, Marc Toberoff, abriu processo contra a Paramount em nome da família do jornalista Ehud Yonay, cujo artigo publicado em 1983 foi usado de base para o primeiro filme estrelado por Cruise e Val Kilmer. O processo foi dispensado pela corte em 2024.

"Esse processo, assim como o previamente aberto pelo Sr. Toberoff em uma tentativa de se beneficiar do sucesso de Top Gun: Maverick, não tem mérito", disse um porta-voz da Paramount em um comunicado à imprensa. "Estamos confiantes de que a corte rejeitará essas alegações."

Consultor em Top Gun: Maverick, J.J. "Yank" Cummings, piloto veterano da marinha estadunidense, confirmou o envolvimento de Gray no processo de escrita do roteiro em uma entrevista publicada em 2022 pela GQ. "Nos primeiros dias, éramos eu, Eric e Shaun", disse Cummings à época. "Passamos cinco dias em um quarto de hotel em San Diego repassando o roteiro linha por linha. Cerca de um mês depois, Eric, Shaun e eu ficamos cinco dias no escritório de Eric em Santa Monica e [Kosinski] passou por lá nos dois últimos dias para revisar nosso trabalho."

Além de fazer US$ 1,49 bilhão nas bilheterias mundiais, Top Gun: Maverick foi indicado a seis categorias do Oscar, incluindo Melhor Roteiro Adaptado.

A Netflix anunciou que as gravações da terceira temporada de Ilhados com a Sogra começaram nesta segunda-feira, 28, data em que o Dia da Sogra é celebrado.

Para selecionar as candidatas da nova etapa do reality show, a Netflix realizou uma convenção de sogras em São Paulo. Reunindo mais de 200 sogras de todas as regiões do Brasil, elas chegaram ao evento sem saber que era um teste para a nova temporada do programa.

A etapa foi gravada e será exibida no primeiro episódio da terceira temporada do reality show. No evento, as candidatas participaram de ativações inspiradas nas provas da última temporada do programa.

A nova temporada de Ilhados com a Sogra seguirá sob o comando de Fernanda Souza e com a mesma premissa: seis famílias se enfrentarão em provas inéditas em busca do prêmio final de R$ 500 mil, em uma ilha paradisíaca em Alagoas.

A nova temporada do programa ainda não tem data de estreia. As duas primeiras temporadas do reality show estão disponíveis no catálogo da Netflix.