Série 'Os Últimos Dias de Gilda', de Gustavo Pizzi, estará no Festival de Berlim

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Uma mulher que vive sua vida intensamente, se preocupando em buscar a sua felicidade sem se importar com o que a sociedade e seus vizinhos possam pensar ou dizer. Gravada no Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro, a série Os Últimos Dias de Gilda caminha pela espinhosa trilha do preconceito e da quebra de tabus impostas pelos ditames sociais. A produção, protagonizada por Karine Teles, foi selecionada para o Festival de Berlim e está disponível no Globoplay. O Canal Brasil a exibirá, no dia 8 de março, em uma maratona com os quatro episódios em sequência, a partir das 20h30.

Na história, Gilda é uma mulher que sabe muito bem o que quer da vida e de suas relações. Mora sozinha, cria porcos e galinhas no quintal e passa parte do tempo cozinhando, o que ela faz muito bem. No entanto, essa sua forma de viver acaba incomodando algumas pessoas, como é o caso de sua vizinha Cacilda, interpretada por Julia Stockler, casada com Ismael (Igor Campagnaro). E aí entra um dos fatores que vão complicar o mundo da protagonista. O rapaz é candidato a um cargo público por um partido ligado a um grupo religioso. E as pessoas daquele lugar serão obrigadas a colaborar com a campanha, colocando um cartaz do candidato na porta de casa. Gilda, porém, não pretende participar disso, procurando se manter independente, o que não será encarado de forma tranquila, dando início a uma série de agressões a ela e aos que se unirem a ela. E será o caso da vizinha e amiga Jandira (Ana Carbatti) e do segurança Wallace (Antonio Saboia) que, junto com Gilda, se permitem viver o amor e o sexo de forma ampla.

Gilda é um pouco de todas as mulheres do mundo, aliás, "de todos os femininos", avalia Karine Teles sobre a personagem que conhece muito bem, pois teve a oportunidade de interpretá-la, em 2004, no teatro, no monólogo escrito por Rodrigo de Roure. "Gilda tem o benefício de ser uma personagem fictícia e, nessa liberdade, nessa potência que a gente tem na criação de metáforas, de significados através da arte, a gente pode inflar uma única mulher com características de muitas", diz a atriz e corroteirista da série junto com Gustavo Pizzi, que assina a direção do seriado.

Em conversa com o Estadão, por telefone, Karine e Gustavo refletem sobre a atualidade da história e de seus personagens, comemorando a indicação para integrar uma mostra em Berlim. A dupla, aliás, repete aqui essa parceria de sucesso no cinema, que pode ser conferida em Riscado (2010) e Benzinho (2018). "A gente tem uma tradição muito grande de filmes entrando em grandes festivais internacionais, ocupando esse mercado, mas é a primeira vez que uma série brasileira entra na seleção oficial", comemora o diretor ao enfatizar a representatividade do fato. "Acho que isso abre muito espaço não só para a gente, mas também para um olhar para essa produção seriada brasileira. Foi uma notícia fantástica", diz.

A história de Gilda se passa em uma pequena vila de casas, onde os vizinhos vivem entre o amor e ódio. Trata-se, no fundo, de um microcosmo que reflete a sociedade arcaica em que vivemos, principalmente em relação à forma como as pessoas escolhem para viver. Esse é o tema central da minissérie, o fato de uma mulher morar sozinha, ganhar seu próprio dinheiro, ter sua religião e não se limitar a ter um único homem. "A Gilda é isso, é o feminino descobrindo o seu poder, a sua liberdade, e incomodando profundamente só por existir livre, é o que a gente percebe que incomoda de fato", afirma Karine, para quem Gilda é uma mulher utópica. "Acho que ela tem um amor, uma empatia, uma sororidade que são inspiradores para mim."

Como a trama vem em um crescendo de tensão, algumas cenas causam maior impacto. Karine destaca a cena em que a sua personagem é agredida pelos vizinhos, que atiram tomates nela. "Foi um momento que não vou esquecer." Segundo a atriz, a encenação foi tensa e teve de ser rodada mesmo com chuva, pois não havia como ser feita em outro dia. E comemora a realização da cena que, para ela, é "superpotente".

Com um final emocionante, o que se vê em cena o tempo todo é uma mulher que ama a vida e aproveita os prazeres que ela proporciona. "Ela gosta de comer, dançar, transar. Todas as coisas que a nossa sociedade adora regular", conta ainda Karine Telles.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Maike deixou o BBB 25 poucos dias após iniciar o romance com Renata. Mesmo com a distância, a bailarina não descarta um futuro relacionamento ao fim do programa. Neste sábado, 19, ela refletiu sobre a possibilidade em conversa com Guilherme.

"Acho que lá fora a vida é diferente, então têm outras coisas para conhecer, minhas e dele. Então acho que vai ter que existir esse momento de, lá fora, a gente se permitir outras coisas, ter uma nova conversa", pontuou Renata.

A bailarina disse que precisa conhecer o "currículo" do pretendente fora da casa. Contudo, acredita que a convivência ao longo do confinamento pode ajudar em alguns quesitos, já que eles se viram em diversas situações.

"Mas eu não deixei de viver nada aqui dentro. E não tem mais muito o que eu mostrar, ele já me viu com geleca na cabeça, com pipoca, pó na cara, caindo no molho de tomate, ele já me viu de todos os jeitos", refletiu aos risos.

Maike foi eliminado no 15º Paredão com 49,12% dos votos, no último dia 10. Na ocasião, ele disputou a berlinda com Vinicius, que teve 48,02%, e Renata, 2,86%.

Lady Gaga enfrentou problemas técnicos no início do show que fez nesta sexta-feira, 18, no Coachella. O microfone da cantora apresentou falhas durante Abracadabra, segunda música do repertório, cortando a voz da artista.

Sem interromper a apresentação, Gaga trocou discretamente o microfone de cabeça por um modelo de mão e manteve a coreografia. Depois de alguns minutos, ela voltou ao palco com um novo microfone que funcionou corretamente até o fim da performance.

Momentos depois, ao piano, a artista se desculpou com o público pelo problema técnico. "Meu microfone parou de funcionar por um segundo. Pelo menos vocês sabem que eu canto ao vivo", disse.

A artista completou afirmando que estava fazendo o possível para compensar a falha: "Acho que a única coisa que podemos fazer é dar nosso melhor, e com certeza, eu estou dando meu melhor para vocês hoje".

Lady Gaga no Brasil

Lady Gaga está preste a vir ao Brasil. O palco para o seu show em Copacabana, no dia 3 de maio, está sendo erguidona areia da praia desde o último dia 7, e envolve uma megaoperação com cerca de 4 mil pessoas na equipe de produção nacional - sem contar o efetivo de órgãos públicos que também atuam no evento, como segurança, transporte e saúde.

O palco principal terá 1.260 metros quadrados e estará a 2,20 metros do chão, altura pensada para melhorar a visibilidade do público. A produção ainda contará com 10 telões de LED distribuídos pela praia e um painel de LED de última geração no centro do palco, prometendo uma experiência grandiosa para quem estiver presente e também para aqueles que assistirem de casa.

A estrutura do evento está sob responsabilidade da Bonus Track, mesma produtora que assinou o histórico The Celebration Tour de Madonna no ano passado, também em Copacabana. Para efeito de comparação, o palco da Rainha do Pop tinha 24 metros de largura e 18 metros de altura, com três passarelas e um elevador. A expectativa é que o show de Gaga supere esses números em impacto visual e tecnológico.

A apresentação está prevista para começar às 21h, com duração de 2h30. O show será gratuito, aberto ao público e terá transmissão ao vivo na TV Globo, Multishow e Globoplay.

A banda britânica The Who anunciou neste sábado, 19, que o baterista Zak Starkey está de volta ao grupo. A decisão vem após a saída repentina do músico, que havia sido desligado após um desentendimento com o vocalista Roger Daltrey durante uma apresentação no Royal Albert Hall, em Londres.

O comunicado, assinado pelo guitarrista e cofundador do grupo Pete Townshend, esclarece que houve falhas de comunicação que precisaram ser resolvidas "de forma pessoal e privada por todas as partes", e que isso foi feito com sucesso. Segundo ele, houve um pedido para que Starkey ajustasse seu estilo de bateria para o formato atual da banda, sem orquestra, e o baterista concordou.

O episódio que gerou tensão aconteceu durante o show beneficente Teenage Cancer Trust, no qual o vocalista Roger Daltrey, organizador do evento, interrompeu a última música da apresentação, The Song Is Over, para criticar a bateria de Starkey. "Para cantar essa música, preciso ouvir a tonalidade, e não consigo. Só tenho a bateria fazendo 'bum, bum, bum'. Não consigo cantar isso. Desculpem, pessoal", disse ao público.

Na nova mensagem, Townshend também assumiu parte da responsabilidade pela situação. Ele explicou que estava se recuperando de uma cirurgia no joelho e que talvez não tenha se preparado o suficiente para o evento. "Achei que quatro semanas e meia seriam suficientes para me recuperar totalmente… Errado", escreveu.

O músico admitiu ainda que a banda pode ter dedicado pouco tempo às passagens de som, o que gerou problemas no palco. Ele reforçou que o centro do palco é uma das áreas com som mais difícil de controlar e que Daltrey apenas tentou ajustar seu retorno de áudio. Zak, segundo ele, cometeu alguns erros e se desculpou.

Townshend descreveu o ocorrido como um "mal-entendido" e disse que tudo ganhou uma proporção maior do que deveria. "Isso explodiu muito rápido e ganhou oxigênio demais", afirmou. Agora, segundo ele, a banda considera o episódio encerrado e segue adiante com energia renovada.

O texto também desmentiu boatos de que Scott Devours, baterista da turnê solo de Daltrey, substituiria Zak de forma permanente. Townshend disse que lamenta não ter desmentido esse rumor antes e se desculpou com Devours.

Zak Starkey integra o The Who desde 1996 e é filho de Ringo Starr, baterista dos Beatles. Ele já tocou com outras bandas, como Oasis e Johnny Marr & The Healers.