'Combater crime sem cometer crimes', adverte Fachin ao propor regras para operações no Rio

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O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou nesta quarta-feira, 5, um longo e duro voto na "ADPF das Favelas", ação sobre a política de segurança pública do Rio de Janeiro. Ele defendeu que as favelas não podem ser tratadas como uma "zona franca de crime" e que as operações policiais precisam respeitar critérios mínimos de segurança. "O desafio é combater o crime sem cometer crimes."

Em 2022, o STF estabeleceu protocolos provisórios para balizar as operações policiais no Rio, em uma tentativa de reduzir a letalidade policial. Ao analisar os dados dos últimos três anos, o ministro concluiu que o cenário melhorou, mas defendeu que seria "prematuro" encerrar o processo. Segundo Fachin, o "estado de coisas ainda inconstitucional" na política de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro ainda é uma realidade.

"Esse julgamento é o fim de um ciclo, nasce outro, para além deste tribunal, que abre um novo arco de atividades a serem desenvolvidas", defendeu.

Uma das principais sugestões do ministro é a criação de um comitê interinstitucional consultivo, coordenado pelo Ministério Público do Rio e da Defensoria Pública, para acompanhar a política de segurança pública do Rio de Janeiro e verificar se o governo fluminense cumpre as exigências do STF. O comitê seria formado ainda por representantes da Secretaria de Segurança Pública, Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), pesquisadores e entidades da sociedade civil.

"O Estado é obrigado a desfazer, prender e desarmar as milícias, os grupos de extermínio que são responsáveis pelas violações do direito à vida. A questão é fazer isso tudo sem recorrer a procedimentos que lesam direitos de centenas de milhares de pessoas inocentes, sem atingir crianças e adolescentes, sem violar o direito à vida com exceções arbitrárias", disparou.

O governador Cláudio Castro (PL) e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), atribuem o avanço do crime organizado às mudanças impostas pelo STF. Eles alegam que as forças de segurança perderam poder de fogo, o que teria permitido a expansão de grupos criminosos sobre o território do Estado.

As críticas foram endereçadas por Fachin em seu voto. O ministro classificou os argumentos como "ilações" sem "respaldo fático e histórico". Ele lembrou que o número de operações policiais aumentou no último ano e que os problemas de segurança pública são "pré-existentes". "Imputar problemas crônicos e de origem anterior à presente arguição às medidas determinadas por esta Corte consiste não apenas em grave equívoco, mas também em inverdade", rebateu o magistrado.

Ao longo da argumentação, que tomou toda a sessão desta quarta, Fachin também criticou o que chamou de uma "percepção higienista" que reduz todos os moradores de favelas a criminosos. Segundo o Censo de 2022, 2,14 milhões de pessoas vivem em 1.724 favelas ou comunidades urbanas no Estado do Rio de Janeiro.

"O controle de territórios por organizações criminosas é sim um problema grave e real, mas a redução de tais espaços à ideia de complexos territoriais criminosos a serem militarmente combativos e confinados é uma simplificação que naturaliza um grau inconcebível por parte do Estado", criticou o ministro.

Veja as principais exigências propostas pelo ministro Edson Fachin ao Estado do Rio:

- Monitorar ocorrências e divulgar dados detalhados sobre o "uso excessivo ou abusivo da força legal" e sobre mortes de civis e militares em confrontos armados com participação das forças de segurança;

- Justificar o uso de helicópteros em operações policiais;

- Disponibilizar ambulâncias em operações com risco de conflito armado;

- Preservar vestígios de crimes possivelmente cometidos em operações e evitar a remoção indevida de cadáveres sob o pretexto de prestação de socorro;

- Evitar operações em perímetros de escolas, creches, hospitais e postos de saúde. Se elas foram necessárias, devem ser justificadas por escrito ao Ministério Público do Rio;

- Produzir relatórios detalhados ao fim de cada operação policial;

- Instalar câmeras e equipamentos de GPS nas viaturas policiais e nas fardas dos agentes de segurança;

- Documentar, armazenar e disponibilizar as provas produzidas em investigações de crimes contra a vida, notadamente o laudo do local do crime e a autópsia;

- Criar programas de assistência à saúde mental dos profissionais de segurança pública, estabelecendo atendimento obrigatório quando houver envolvimento dos agentes em "incidentes críticos";

- Proibir buscas domiciliares no período noturno ou que tenham como base apenas denúncias anônimas;

- Prioridade absoluta nas investigações que tenham como vítimas crianças e adolescentes.

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Guilherme venceu nesta sexta-feira, 18, a última prova do Big Brother Brasil 25 e já está garantido na final. O brother resistiu quase 12 horas e também levou um carro zero para casa.

A consagração da vitória - e da vaga na final - será feita na noite desta sexta-feira, no programa ao vivo, quando também será aberto o Paredão com os demais jogadores.

No domingo, 20, um deles será eliminado e os três que restarem estarão na grande final do programa, que acontece na terça-feira, 22.

Um pouco antes da prova, que teve início na noite da quinta-feira, o último eliminado do reality foi Diego Hypolito. Ele estava no Paredão com Vitória Strada e com Renata.

Diego Hypolito foi eliminado com 58,77% da média de votos. Renata ficou com 39,26% e Vitória Strada com apenas 0,97%.

Como foi a prova de resistência

Na prova, os jogadores foram posicionados em cima de uma base em uma plataforma giratória. Cada um deles tinha cinco fichas para usar ao longo da dinâmica para fazer uma recarga agendada.

Em torno dessa plataforma, haviam quatro situações diferentes: três delas continham uma consequência, que podia ser vento, chuva ou calor. Apenas uma tinha uma passarela que levava até o carro.

Toda vez que a plataforma parava de girar, os jogadores acabavam em uma dessas situações. Quando parasse na passarela do carro, o jogador podia optar por bater no botão do celular gigante para fazer uma recarga. O jogador assistia a um vídeo e devia colocar uma ficha no totem carregador e seguir para o carro.

O jogador tinha direito a 5 minutos no total, mas devia bater novamente no botão do celular antes que o tempo terminasse. Se o jogador não batesse no botão a tempo, ele estava eliminado.

A primeira a desistir da prova foi Vitória Strada, após cerca de sete horas. Ela usou todas as fichas de descanso e optou por sair da disputa. Três horas depois, João Pedro também comunicou à direção de prova que estava desistindo.

Renata e Guilherme ainda ficaram por mais duas horas na plataforma, conversando e resistindo ao cansaço e dores no corpo.

Pouco depois das 11 horas, Renata cogitou desistir e conversou com Guilherme. O brother disse que acreditava que ela também estaria na final. Com isso, ela deixou a plataforma e foi anunciada como eliminada da prova.

A cantora Lexa divulgou, nesta sexta-feira, 18, uma música que fez para a filha, Sofia, que morreu três dias após o nascimento. A bebê, fruto do relacionamento com o ator Ricardo Vianna, nasceu em 2 de fevereiro de forma prematura, mas não resistiu às complicações.

A canção se chama Você e Eu e está disponível nas principais plataformas digitais. "A música mais linda da minha vida. Ouçam e sintam o mais puro amor! Uma declaração pra minha estrelinha", escreveu a cantora nas redes sociais.

Lexa anunciou o lançamento da música na terça, 15. Na ocasião, publicou um vídeo chorando ao escutá-la.

Já na quarta, ela compartilhou a primeira reação de Ricardo ao escutar a canção, e se declarou para o noivo.

"'Eu vejo você' é a frase que o Ricardo mais fala pra quem ele ama e quando eu estava grávida ele falava o tempo todo pra Sofia. Coloquei 'eu vejo você' na música porque hoje eu entendo o tamanho do significado dessa frase", explicou ela.

E completou: "Choramos porque amamos, porque vivemos e contemplamos cada momento. Eu vejo você porque eu também consigo me ver. O nosso amor fez nascer o ser mais lindo que eu já vi nessa vida."

Ricardo e Lexa anunciaram a gravidez em outubro de 2024. Durante a gestação, ela sofreu com um quadro de pré-eclâmpsia e precisou ser internada no dia 21 de janeiro.

A cantora também desenvolveu síndrome de Hellp, um problema que afeta o funcionamento do fígado e dos rins, tornando sua gravidez ainda mais delicada.

Sofia nasceu com pouco mais de seis meses de gestação, e não resistiu ao parto prematuro. A perda foi anunciada publicamente no dia 10 de fevereiro.

A música de Lexa para a filha pode ser conferida no seguinte endereço na internet: https://www.youtube.com/watch?v=cJoAgfvdZ6w

O baterista americano Joe Seiders, de 44 anos, foi preso por posse de pornografia infantil. Integrante da banda de indie rock canadense New Pornographers, ele não se pronunciou publicamente sobre o caso.

Um comunicado divulgado na quinta-feira, 17, pela polícia do condado de Riverside, na Califórnia, informa que as autoridades receberam uma denúncia na tarde do dia 7 de abril.

Na ocasião, um garoto de 11 anos afirmou que um adulto desconhecido o havia gravado com um celular enquanto ele usava o banheiro de um estabelecimento.

Dois dias depois, a polícia recebeu uma segunda denúncia no mesmo local. Um funcionário afirmava que um homem adulto estava entrando e saindo do banheiro com jovens do sexo masculino.

Acreditando se tratar do mesmo homem, a polícia prendeu o suspeito no local e o identificou como Joe Seiders.

Após a prisão, foi realizado um mandado de busca e apreensão na casa e no carro do músico.

Segundo a nota da polícia, "foram encontradas evidências que o implicavam nos dois incidentes relatados, além de outros crimes, incluindo posse de pornografia infantil".

Seiders segue preso no Centro de Detenção John Benoit e responde pelos crimes de posse de pornografia infantil, importunação sexual infantil, invasão de privacidade e tentativa de invasão de privacidade.

De acordo com o jornal The Guardian, ele deve comparecer ao tribunal em 22 de abril.

Na madrugada desta sexta-feira, 18, a New Pornographers publicou um comunicado em seu Instagram. "Todos na banda estão absolutamente chocados, horrorizados e devastados com a notícia das acusações contra Joe Seiders - e nós imediatamente cortamos todos os laços com ele. Nossos corações estão com todos os que foram afetados por suas ações", diz a nota.

A banda, liderada por Neko Case e AC Newman, lançou nos anos 2000 o álbum de estreia Mass Romantic.

O maior sucesso do grupo veio em 2014 com o disco Brill Bruisers.

Naquele ano, o baterista Kurt Dahle deixou a banda e foi substituído por Seiders.