PF investiga procurador do Trabalho por peculato e organização criminosa em MS

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A Polícia Federal abriu fase ostensiva da investigação sobre a suposta prática de crimes de peculato e organização criminosa pelo procurador Cícero Rufino Pereira, do Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande e Anastácio, a 140 quilômetros da capital sul mato-grossense. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

A operação, deflagrada na manhã de quinta-feira, 25, tem origem em um procedimento investigativo realizado pelo Ministério Público Federal, conduzido pelos procuradores regionais da República na 3ª Região Leonardo Cardoso de Freitas e José Roberto Pimenta Oliveira. O MPF afirma ter identificado o desvio de valores provenientes 'de má conduta funcional'.

Segundo investigadores, o esquema consistiria na triangulação de recursos, com apropriação de parte dos valores por Rufino mediante acordos com empresas fiscalizadas e flagradas em situação irregular. Pela lei, essas empresas devem pagar multas, que deveriam ser encaminhadas a alguma entidade assistencial ou que tenha finalidade pública. No entanto, parte do dinheiro doado retornaria ao procurador, aponta a investigação.

Procurada pelo Estadão, a Corregedoria do Ministério Público do Trabalho confirmou a investigação no Mato Grosso do Sul, mas disse que não poderia passar mais informações porque o processo corre em sigilo. O órgão disse que 'está acompanhando e prestando total apoio ao Ministério Público Federal'. Questionada se já há processo administrativo interno para apurar os supostos ilícitos e se Rufino foi afastado do quadro de servidores, a Corregedoria do MPT não respondeu.

COM A PALAVRA, CÍCERO RUFINO PEREIRA

A reportagem do Estadão enviou e-mail para o gabinete do procurador às 17h31 de quinta-feira, 25, pedindo manifestação. A reportagem também ligou para as assessorias de imprensa do Ministério Público do Trabalho e da 24ª Procuradoria Regional do Trabalho (MPT de Mato Grosso do Sul). Até a publicação desta matéria nesta sexta-feira, 26, o Estadão reiterou os pedidos de retorno do procurador e ainda não recebeu uma resposta. O espaço está aberto para sua manifestação.

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Um ônibus que transportava o cantor Ferrugem e sua equipe se envolveu em um acidente de trânsito na manhã deste domingo, 20, na região de Porto Alegre. Ninguém ficou ferido.

Na noite anterior, o artista havia se apresentado no festival Festimar, na cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho.

Segundo comunicado divulgado pela empresa responsável pelo veículo, o acidente ocorreu por volta das 6h45 da manhã na BR-290, próximo à Ponte do Guaíba, que liga a capital ao interior do Estado.

Ferrugem falou sobre o ocorrido em suas redes sociais, compartilhando uma foto da frente do ônibus com os vidros estilhaçados. "Livramento! Um senhor acidente, mas graças a Deus todos estão bem", escreveu.

Mais tarde, gravou um vídeo explicando o acidente: "Destruiu tudo ali, a frente do ônibus, a porta foi arrancada, mas, graças a Deus, ninguém se machucou. Todo mundo bem, todo mundo inteiro."

O cantor também esclareceu que o acidente não atrapalharia o show que fará na noite deste domingo, 20, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.

Durante a tarde, ele mostrou que estava almoçando com a família antes de se encaminhar para a apresentação.

Em nota, a Mônica Turismo, responsável pelo ônibus, disse que os danos do acidente foram apenas materiais.

"A empresa imediatamente solicitou a substituição do veículo, mas não houve necessidade, a equipe preferiu ir até o aeroporto com o mesmo veículo para evitar atrasos", diz o comunicado.

Xuxa Meneghel fez um desabafo sobre a pressão estética que sofria da TV Globo na época em que apresentava o Xou da Xuxa, entre 1980 e 1990. Segundo a apresentadora, ela era pressionada para não chegar perto dos 60 quilos.

A revelação foi feita durante entrevista ao podcast WOW. Hoje com 62 anos, Xuxa comentou que lembrou da situação durante os bastidores do documentário Pra Sempre Paquitas, lançada em 2024 na Globoplay, mas que isso acabou não aparecendo no filme.

"Revisitando meu passado no documentário das paquitas, eles não colocaram uma coisa que me mandaram para eu ver em que me coloco para baixo, em que vejo uma foto minha nas cartinhas, em que eu falo 'olha como estou gorda, feia'", explicou Xuxa.

A apresentadora continuou: "Uma coisa que era me colocada na época [era] que se eu passasse dos 60 kg [estaria gorda]. Na época, 54 kg foi o normal que eu ficava. Na Globo, meu normal era 54 kg, 55 kg. Se eu fosse para 58 kg, já apertavam as minhas roupas."

Ela explicou que hoje tem boa relação com o próprio corpo, mas que, na época, a ideia de estar gorda caso seu peso aumentasse "era o que ouvia o tempo todo".

"Era uma cobrança muito grande, um negócio cruel. Você não se gostar e querer ficar mais forte ou menos forte, seja o que for, para você se sentir melhor, é uma coisa. Agora fazer isso por um padrão que lhe foi colocado...", completou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.