Derrite faz novas trocas em departamentos da Polícia Civil em meio à crise na segurança de SP

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Pressionado por casos recentes de violência policial e pela prisão ou afastamento de agentes suspeitos de irregularidades nas últimas semanas, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, promoveu novas trocas em departamentos centrais da Polícia Civil.

Foram designados novos chefes para importantes setores, como o Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol) e Departamento de Administração e Planejamento (DAP). As informações foram publicadas pelo portal G1 e confirmadas pelo Estadão.

As mudanças, porém, não incluíram membros da alta cúpula da secretaria. Foram mantidos no cargo alguns dos principais nomes abaixo de Derrite, como o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Cássio Araújo de Freitas.

Membros da alta cúpula da secretaria consultados pela reportagem minimizaram as trocas recentes e afirmaram que são mudanças de praxe, feitas normalmente a cada dois anos pela pasta. Segundo eles, não há motivo específico para as decisões. As principais nomeações, publicadas na edição da sexta-feira, 7, do Diário Oficial do Estado (DOE), são as seguintes:

- Flávio Ruiz Gastaldi, até então delegado seccional de Praia Grande, assume o Deinter (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo do Interior) 6, em Santos;

- Luiz Carlos do Carmo, antes à frente do Deinter-6, agora vai para o Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro);

- Julio Gustavo Vieira Guebert, que estava no Demacro, assume o Departamento de Administração e Planejamento (DAP);

- Marcelo Jacobucci, anteriormente na Divisão de Investigações Gerais (DIG), agora vai para o Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol).

No fim do ano passado, como mostrou o Estadão, o delegado Fabio Pinheiro Lopes, conhecido como Fabio Caipira, foi afastado do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) após ser citado na delação do empresário Antônio Vinicius Gritzbach, envolvido em esquemas de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Em depoimento em setembro, Gritzbach, assassinado no começo de novembro, disse que repassou dinheiro ao seu advogado para subornar o delegado e outras autoridades. Na época, Pinheiro Lopes chamou o afastamento de "injustiça" e negou qualquer crime. No lugar dele, assumiu o delegado Ronaldo Sayeg, antes à frente do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc).

Recentemente, a Polícia Civil também anunciou o delegado de classe especial João Batista Palma Beolchi como novo corregedor-geral da instituição. Ele assumiu o cargo no lugar de Rosemeire Monteiro de Francisco Ibañez, que pediu afastamento do cargo após seu sobrinho (Eduardo Monteiro, investigador da Polícia Civil) passar a ser investigado por possível elo com o PCC.

O investigador foi preso em dezembro do ano passado ao lado de um delegado e outros dois policiais civis em operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Estado. Eles são suspeitos de cobrar propinas e de lavagem de dinheiro. A partir da delação de Gritzbach, a PF buscou provas de outras investigações e analisou movimentações financeiras e outros depoimentos. Na época, a defesa de Monteiro chamou a prisão de "arbitrariedade".

Em paralelo, em janeiro, a Corregedoria da PM prendeu um cabo da PM suspeito de ser um dos assassinos de Gritzbach, além de mais 14 policiais que faziam parte da escolta do delator, apontada como ilegal pela Secretaria da Segurança Pública.

Posteriormente, foram presos ainda um tenente da Polícia Militar suspeito de dirigir o carro usado na execução e o terceiro acusado de participar da execução do delator do PCC. Trata-se de um cabo que integra o efetivo do 20º Batalhão da PM, como mostrou o Estadão.

No caso de repercussão mais recente, este último com investigação sem aparente elo com a morte de Gritzbach, a delegada titular do 77º Distrito Policial (Santa Cecília), Maria Cecília Castro Dias, foi afastada de suas funções na sexta, sob suspeita de envolvimento em uma espécie de quadrilha formada policiais civis para desviar cargas de drogas e vendê-las a traficantes. Ela não se manifestou.

As prisões e afastamentos se juntam a uma sequência de abusos policiais no fim de 2024, o que deflagrou uma crise na área da segurança pública no Estado. Entre as ocorrências, estão a morte de uma criança de 4 anos na Baixada Santista, de um estudante de Medicina baleado em um hotel da capital, e o flagra de um policial atirando um homem do alto de uma ponte na zona da capital.

Troca na Baixada Santista

Além das trocas em outros departamentos, chama a atenção a mudança na gestão do Deinter-6, com atuação na Baixada Santista. Entre 2023 e 2024, a polícia repetiu incursões na região litorânea sob a justificativa de reprimir a atuação do PCC. A área é considerada estratégica para o crime organizado, uma vez que o Porto de Santos é usado para enviar drogas para o exterior.

A primeira dessas operações, a Escudo, foi deflagrada em julho de 2023 após o assassinato de um soldado da Rota no Guarujá. Meses depois, uma ação semelhante (Verão) foi replicada na Baixada. Ao menos 84 pessoas morreram nessas operações. Segundo a PM, vários dos mortos têm elo com o tráfico ou passagens pela polícia, além de supostamente terem entrado em confronto com as tropas.

Ministério Público do Estado, Ouvidoria das Polícias e entidades denunciaram supostos abusos em parte das ações da polícia, o que é negado pelo governo, que diz investigar os casos.

Em novembro do ano passado, o Tribunal de Justiça do Estado tornou réus dois agentes da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) pela morte de um homem de 36 anos em fevereiro de 2024 em Santos. Conforme a denúncia, eles teriam forjado um confronto e dificultado a captação de imagens pelas câmeras corporais que usavam após matar a vítima, que trabalhava como roupeiro.

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O festival Turá anunciou nesta segunda-feira, 5, as atrações de sua quarta edição, que acontece nos dias 28 e 29 de junho, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Seu Jorge, Raça Negra e Só Pra Contrariar são alguns nomes da programação, exclusiva de artistas nacionais, cuja proposta é a diversidade de gêneros e ritmos musicais.

No sábado, 28, line-up conta com Só Pra Contrariar, Seu Jorge, Lenine e Spok Frevo Orquestra, Pretinho da Serrinha convida Criolo e Leci Brandão, Bonde do Tigrão, Forró das Minas, e os DJs Luísa Viscardi e Trepanado.

Já no domingo, 29, o evento terá Gloria Groove, Raça Negra, Saulo convida Luiz Caldas, Samuel Rosa, Gabriel O Pensador, Samba de Dandara, e os DJs Millos Kaiser e Linda Green.

Os ingressos para o Turá já estão a venda no site da Tickets For Fun ou na bilheteria física oficial (sem taxa), no Teatro Renault. A entrada para apenas um dos dias do festival custa entre R$ 228 (meia) e R$ 456. O passaporte (combo de entradas para os dois dias), R$ 330 (meia) e R$ 660. Clientes Banco do Brasil Ourocard Visa têm desconto de 15% na compra e possibilidade de parcelamento em até 10 vezes sem juros.

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A A24 e a Apple lançaram, nesta segunda-feira, 5, o primeiro trailer de Highest 2 Lowest, novo filme de Spike Lee estrelado por Denzel Washington. No longa, o vencedor do Oscar vive um magnata da indústria musical, conhecido por ter "os melhores ouvidos do negócio", que é envolvido em uma trama com reféns e se vê dividido em um dilema de vida ou morte.

Inspirado em Céu e Inferno, filme de 1963 dirigido por Akira Kurosawa, Highest 2 Lowest é o quinto trabalho de Lee estrelado por Washington. Os dois trabalharam juntos em Mais e Melhores Blues (1990), Malcolm X (1992), Jogada Decisiva (1998) e O Plano Perfeito (2006).

O elenco de Highest 2 Lowest conta ainda com Jeffrey Wright (Ficção Americana), Ilfenesh Hadera (Godfather of Harlem), Aubrey Joseph (Manto e Adaga) e o cantor A$AP Rocky.

O longa será lançado nos cinemas norte-americanos em 22 de agosto e estreia no Apple TV+ em 5 de setembro.

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Desde o lançamento da primeira prévia de Superman, fãs do personagem têm se mostrado extremamente ansiosos para ver mais de Krypto, o Supercão, mascote histórico do Homem de Aço. Diretor do longa, James Gunn revelou em postagem nas redes sociais que o agitado cãozinho foi criado usando seu próprio cachorro, um vira-lata chamado Ozu, como modelo.

Em um vídeo que mostra Ozu latindo para uma televisão que exibia o teaser mais recente do filme, Gunn disse que "Krypto foi modelado tridimensionalmente a partir do corpo de Ozu". "Fizemos a captura em 3D de Ozu e o transformamos em Krypto, deixamos ele branco, [e agora] toda vez que ele se vê na tela, ele tenta se assassinar", contou o cineasta.

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Em uma postagem de outubro de 2024, Gunn já havia contado um pouco sobre a relação entre Krypto e Ozu, que ele adotou no começo do processo de escrita do roteiro de Superman. Segundo ele, o cachorro, que foi encontrado em meio a dezenas de outros cachorros abandonados, nunca havia interagido com humanos e teve adaptação difícil à nova casa. "Ele imediatamente entrou e destruiu nossa casa, nossos sapatos, nossos móveis - ele até comeu meu laptop. Demorou muito para ele nos deixar tocá-lo. Lembro de pensar 'Deus, quão difícil seria a vida se Ozu tivesse superpoderes?' - e assim, Krypto entrou no roteiro e mudou o curso da história como Ozu estava mudando minha vida", escreveu ele.

Escrito e dirigido por Gunn, Superman estreia nos cinemas brasileiros em 11 de julho. O elenco conta com David Corenswet (Twisters) como Clark Kent/Superman, Rachel Brosnahan (Marvelous Mrs. Maisel) como Lois Lane, Nicholas Hoult (Jurado Nº 2) como Lex Luthor, Skyler Gisondo (The Righteous Gemstones) como Jimmy Olsen e Milly Alcock (A Casa do Dragão) como a Supergirl. Nathan Fillion (Recruta), Anthony Carrigan (Barry), Isabela Merced (The Last of Us) e Edi Gathegi (For All Mankind) completam o elenco como Lanterna Verde, Metamorfo, Mulher-Gavião e Sr. Incrível, respectivamente.