Governo anuncia consenso na PEC da Segurança e diz que data do envio ainda será avaliada

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O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou que o governo federal chegou a um consenso em relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública e disse que o projeto está pronto para ser enviado ao Congresso Nacional. A gestão federal, agora, fará reuniões com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para alinhar quando será o melhor momento para o envio ao Parlamento.

As declarações aconteceram nesta quinta-feira, 13, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. Dentre os presentes, estavam também a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e integrantes da área técnica.

"Houve o consenso de todos os presentes que, depois de uma discussão ampla dessa PEC, não apenas com os governadores, mas com a sociedade civil e também com a própria academia, ela estaria madura para ser enviada ao Congresso", disse Lewandowski a jornalistas, dizendo ter sido o último encontro da cúpula do governo para tratar do teor do texto. "Essa PEC pretende, em linhas gerais, criar um SUS da Segurança Pública", resumiu.

Ele afirmou que o texto não sofreu alterações em relação ao apresentado no final de fevereiro. Na época, o conteúdo do projeto foi ampliado para incluir as guardas municipais entre os órgãos de segurança pública previstos no Artigo nº 144 da Constituição Federal. A inclusão formaliza o papel dessas corporações no policiamento ostensivo e comunitário, reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no mesmo mês. A tese define que as guardas municipais podem exercer ações de segurança urbana, desde que não realizem atividades de investigação criminal.

De acordo com o novo texto, a corporação municipal deve atuar de forma integrada com as polícias civil e militar, sem exercer funções de polícia judiciária - o que foi determinado pela Corte. A PEC destaca a necessidade de regulamentação por meio de legislação municipal e da fiscalização por parte do Ministério Público. Lewandowski afirmou que as guardas municipais farão policiamento urbano, ostensivo e comunitário.

Segundo o chefe da pasta, o envio do texto será feito "oportunamente" ao Congresso. Gleisi participou da coletiva após a reunião e disse que pretende se reunir com Motta, Alcolumbre e líderes da base para alinhar quando deve ser o envio da PEC. Se achar necessário, também fará um encontro com líderes que não compõem a base para alinhar o envio. Diante disso, será avaliado o melhor momento de se enviar PEC. Lewandowski disse que o projeto se enquadra nas prioridades do governo no Parlamento.

Em meio às resistências em relação ao texto, Gleisi ponderou que é normal haver divergências. "É óbvio que nunca você tem consenso e como diz o presidente Lula, sempre quando entra um projeto no Congresso Nacional, a probabilidade de ele voltar alterado é grande", afirmou.

"Eu penso que nós vamos ter um clima no Congresso propício a isso", afirmou a chefe da articulação política. Questionada se o envio da PEC e do Projeto de Lei que propõe isenção do imposto de renda a quem ganha até R$ 5 mil podem competir entre si no Parlamento, Gleisi afirmou que os projetos "não são concorrentes em termos de prioridade, porque são áreas muito diferentes".

Como mostrou o Broadcast Político, a cúpula do governo federal avalia que a PEC não deve ser aprovada no Congresso e já encara a apresentação do texto quase como um gesto ao eleitorado preocupado com a violência urbana. Trata-se de um dos temas favoritos das forças políticas de direita, opositoras a Lula, e um campo no qual a esquerda tem dificuldades há décadas para disputar o eleitorado. Por isso, ao menos enviar ao Congresso uma proposta sobre segurança pública pode ser relevante para a disputa da opinião pública.

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Um ônibus que transportava o cantor Ferrugem e sua equipe se envolveu em um acidente de trânsito na manhã deste domingo, 20, na região de Porto Alegre. Ninguém ficou ferido.

Na noite anterior, o artista havia se apresentado no festival Festimar, na cidade de Rio Grande, no litoral gaúcho.

Segundo comunicado divulgado pela empresa responsável pelo veículo, o acidente ocorreu por volta das 6h45 da manhã na BR-290, próximo à Ponte do Guaíba, que liga a capital ao interior do Estado.

Ferrugem falou sobre o ocorrido em suas redes sociais, compartilhando uma foto da frente do ônibus com os vidros estilhaçados. "Livramento! Um senhor acidente, mas graças a Deus todos estão bem", escreveu.

Mais tarde, gravou um vídeo explicando o acidente: "Destruiu tudo ali, a frente do ônibus, a porta foi arrancada, mas, graças a Deus, ninguém se machucou. Todo mundo bem, todo mundo inteiro."

O cantor também esclareceu que o acidente não atrapalharia o show que fará na noite deste domingo, 20, em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro.

Durante a tarde, ele mostrou que estava almoçando com a família antes de se encaminhar para a apresentação.

Em nota, a Mônica Turismo, responsável pelo ônibus, disse que os danos do acidente foram apenas materiais.

"A empresa imediatamente solicitou a substituição do veículo, mas não houve necessidade, a equipe preferiu ir até o aeroporto com o mesmo veículo para evitar atrasos", diz o comunicado.

Xuxa Meneghel fez um desabafo sobre a pressão estética que sofria da TV Globo na época em que apresentava o Xou da Xuxa, entre 1980 e 1990. Segundo a apresentadora, ela era pressionada para não chegar perto dos 60 quilos.

A revelação foi feita durante entrevista ao podcast WOW. Hoje com 62 anos, Xuxa comentou que lembrou da situação durante os bastidores do documentário Pra Sempre Paquitas, lançada em 2024 na Globoplay, mas que isso acabou não aparecendo no filme.

"Revisitando meu passado no documentário das paquitas, eles não colocaram uma coisa que me mandaram para eu ver em que me coloco para baixo, em que vejo uma foto minha nas cartinhas, em que eu falo 'olha como estou gorda, feia'", explicou Xuxa.

A apresentadora continuou: "Uma coisa que era me colocada na época [era] que se eu passasse dos 60 kg [estaria gorda]. Na época, 54 kg foi o normal que eu ficava. Na Globo, meu normal era 54 kg, 55 kg. Se eu fosse para 58 kg, já apertavam as minhas roupas."

Ela explicou que hoje tem boa relação com o próprio corpo, mas que, na época, a ideia de estar gorda caso seu peso aumentasse "era o que ouvia o tempo todo".

"Era uma cobrança muito grande, um negócio cruel. Você não se gostar e querer ficar mais forte ou menos forte, seja o que for, para você se sentir melhor, é uma coisa. Agora fazer isso por um padrão que lhe foi colocado...", completou.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.