Morte de delator do PCC: MP denuncia 6, pede indenização por vítimas e mantém investigação

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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou à Justiça seis homens envolvidos no assassinato do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Vinicius Gritzbach. Também foi solicitada a conversão da prisão temporária deles em preventiva. Eles respondem pelo homicídio do delator e pela morte do motorista de aplicativo atingido pelos disparos feitos à luz do dia no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

No documento, também foi pedido uma indenização de R$ 100 mil por cada um dos envolvidos aos familiares das duas vítimas fatais. Além de R$ 20 mil para cada uma das duas vítimas que foram atingidas por estilhaços das balas de fuzil e mais R$ 1 milhão por danos morais à sociedade, que deve ir para um fundo social.

No entendimento do MP, os indiciados assumiram o risco de matar muitas pessoas ao cometerem a execução em horário e local com grande circulação de pessoas, atentando, assim, contra a sociedade. "Nós estamos falando do maior aeroporto da américa latina", afirmou a promotora de justiça da comarca de Guarulhos, responsável pela denúncia, Vania Caceres Stefanoni. "Esse crime trouxe reflexos internacionais", completou ela.

Na sexta-feira, 14, a força-tarefa policial do Estado de São Paulo já tinha apresentado a conclusão do caso e apontado, além dos seis suspeitos, outros dois homens que teriam auxiliado na fuga no dia do crime.

Dentre os envolvidos estão os traficantes do PCC Emílio Carlos Gongorra Castilho, vulgo Cigarreira, e Diego dos Santos Amaral, conhecido como Didi. Os dois estão foragidos e possivelmente se escondendo dentro de comunidades no Rio de Janeiro.

Denunciados:

- Kauê do Amaral Coelho (foragido), teria atuado como olheiro no dia do crime;

- Denis Antônio Martins (preso), cabo da Polícia Militar, foi apontado como um dos executores;

- Ruan Silva Rodrigues (preso), soldado da PM, foi indicado como o outro atirador;

- Fernando Genauro (preso), tenente da PM, teria levado Denis e Ruan até o aeroporto;

- Emílio Carlos Gongorra Castilho, vulgo Cigarreira, mandante do crime;

- Diego dos Santos, conhecido como Didi, também mandante do crime.

Embora os trabalhos do MP e da Polícia tentam chegado aos mesmos nomes, a Promotoria não descarta a possibilidade de outros envolvidos no crime. "O caso não se encerrou", disse Vania Caceres Stefanoni. Na avaliação do MP, as investigações ainda "estão longe do fim".

"Essas seis pessoas nós temos convicção das suas participações. Mas outro inquérito vai investigar outros núcleos possivelmente conectados ao crime", afirmou Vania. Aa defesas dos seis indiciados não foram localizados pela reportagem.

De acordo com o promotor Rodrigo Merli, também da comarca de Guarulhos, essa primeira denúncia foi apresentada antes do fim da investigação em uma tentativa de manter presos os três homens que já estão em regime temporário. Fernando Genauro, tenente da Polícia Militar que teria levado os dois atiradores até o aeroporto no dia do crime, pode ser solto nesta terça-feira, 18, se não tiver a prisão convertida. O MP pediu a conversão da prisão até que as investigações se encerrem e o caso seja julgado. A Justiça deve acatar ou não o pedido até amanhã.

Buscas pelos foragidos e recompensa

Os outros três homens estão foragidos e a Promotoria de Justiça de Guarulhos suspeita que ao menos dois deles, Cigarreira e Didi, estão escondidos dentro de comunidades do Rio de Janeiro, o que praticamente impossibilita a captura. "Para entrar na comunidade precisaria de 600 a 900 homens, fora os obstáculos (jurídicos impostos pelo Supremo Tribunal Federal, nas palavras do Promotor) que se não inviabiliza, dificulta a entrada da polícia", afirma Merli.

O promotor apelou ao secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, que autorize pagamento de recompensa a quem fornecer informações sobre o paradeiro de Cigarreira e Didi, assim como foi autorizado para informações sobre Kauê. Também pediu que a população entre em contato com a polícia e denuncie caso tenha informações sobre o paradeiro de um dos três homens. A denúncia pode ser feita de maneira anônima pelo 181.

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"Fiuk quer pagar de malucão, dizendo que fez a música, mas não está certo, não. Eu nem tinha conversado com esse cara antes, nem convidei ele pro estúdio. Ele apareceu, fez uma melodia, os caras abraçaram a ideia, mas agora ele quer levar todo o crédito. Que loucura!", começou MC Davi.

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O que Fiuk disse

Em resposta, Fiuk publicou uma cena gravada no estúdio, da ocasião mencionada por Davi. "Uma imagem fala mais que mil palavras. Só gratidão por todas as coisas boas", escreveu. Na sequência, publicou um vídeo nos stories dizendo que preferia aproveitar o momento de sucesso da música e prometeu que, mais tarde, esclarecia os detalhes do seu lado da história. "Contra fatos não há argumentos. Hoje eu não vou cair energia", disse.

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