Homem é agredido e morto por PMs durante abordagem em Barueri

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Um homem de 26 anos foi agredido com socos e joelhada e morto com um tiro por dois policiais militares em Barueri, na Grande São Paulo, no último sábado, 15. Vídeos gravados por testemunhas mostram a conduta dos policiais. A dupla foi afastada pela Secretaria da Segurança Pública, que diz investigar o caso.

De acordo com a SSP, a Polícia Militar apura os fatos por meio de Inquérito Policial Militar. "A Polícia Civil também investiga a ocorrência por meio de um inquérito instaurado pela delegacia de Barueri", disse a secretaria. O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial e legítima defesa.

A abordagem policial aconteceu na Avenida Petrobrás, no Jardim Mutinga, por volta das 17h15. Na versão registrada no boletim de ocorrência, os policiais militares afirmam que o rapaz tentou pegar a arma de um dos PMs.

A Polícia Militar informa que consultou os registros das câmeras nos uniformes dos agentes e, segundo a corporação, as imagens mostrariam que a vítima tentou apanhar a arma do policial. A íntegra da gravação não foi divulgada.

Segundo o boletim de ocorrência, a equipe da Força Tática da PM formada pelos soldados Jonas Taziko Hashimoto, de 33 anos, e Mayck Moreira dos Santos, de 34, fazia patrulhamento de rotina. Ao passar pelo bolsão de veículos na Avenida Petrobrás, eles viram dois homens mexendo em um carro. Ao se aproximarem da dupla, um deles - Lucas Almeida de Lima, de 26 anos - saiu correndo e foi perseguido.

"Durante a abordagem, (...) Lima tentou, sem qualquer motivo, subtrair a arma do soldado Hashimoto, motivo pelo qual veio a ser alvejado", diz o boletim. Lima foi levado para o Pronto-Socorro do Parque Imperial, onde morreu.

Na oitiva dos policiais, segundo o registro da Polícia Civil, consta que um dos dois homens avistados mexendo num carro "empreendeu fuga a pé, pulando um muro, sendo capturado após perseguição". Nessa versão, o suspeito resistiu e "de forma inesperada entrou em luta corporal com os dois PMs, tentando subtrair a arma do declarante, momento em que houve reação e disparo".

Ainda segundo o boletim de ocorrência, o outro rapaz abordado é Michael Matos de Andrade, de 29 anos. Ele, por sua vez, contou ser dono do veículo e ter pedido ajuda de Lima para consertar o carro, que apresentou problema elétrico. Os policiais chegaram enquanto a dupla tentava realizar o conserto.

O registro da Polícia Civil conclui afirmando que "não restam dúvidas da existência da excludente de ilicitude de legítima defesa, afastando a prática de possível crime por parte dos policiais militares".

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Heleninha Roitman, empoderamento feminino, aborto e carnaval: no Roda Viva desta segunda-feira, 5, Paolla Oliveira reviveu temas que permeiam sua carreira durante a entrevista.

"Quando a gente fala sobre as questões femininas, tem sempre um entorno que leva a gente a se aprisionar. Parte tudo do mesmo lugar: ter o corpo que a gente quer, se sentir bonita da maneira que a gente é, escolher ter filhos. Escolher fazer um aborto", explicou a atriz.

"Acho que isso é uma escolha da mulher, e eu sou a favor. É uma decisão da mulher, tem que ser. Acho um grande retrocesso a gente não pensar nisso como uma possibilidade."

A intérprete de Heleninha em Vale Tudo, personagem cuja trama gira em torno do alcoolismo, explicou algumas das motivações do trabalho: "A Heleninha, a gente tem ela quase que como um estereótipo. A mulher da crise, a mulher do escândalo, a bêbada. Para mim, ela é mais. Penso que ela é uma mulher com tantas camadas, desafios, conflitos."

"A novela é super atual [...] Procurei muito sobre as mudanças do alcoolismo de lá para cá, então eu vejo que [o Brasil] mudou bastante, mas que os estigmas continuam", disse, sobre o remake de Vale Tudo.

Paolla também abordou temas relacionados ao empoderamento da mulher, como as críticas ao seu corpo e a visão da beleza.

"De longe, não sou a única mulher a levar isso, mas eu me via nessa roupa. Nessa roupa que não cabia, nessa forma pequena. Precisei arrumar um lugar de libertação."

Questionada sobre sua decisão pessoal de não ter filhos, argumentou: "Eu não tenho mais vergonha de dizer [que não quero ter filhos]. A maternidade é uma coisa tão linda, grandiosa, especial. Tem que ser uma decisão, uma escolha."

Ela, que saiu do posto de rainha de bateria da para voltar às telas da Globo, ponderou sobre o carnaval ser uma celebração cultural e histórica. "Tenho o carnaval nesse lugar muito especial [...] O carnaval virou esse lugar de libertação do corpo."

Ela ainda palpitou sobre quem deveria substituí-la no posto. "Eu acho que deveria ser uma pessoa da comunidade [...] Muito do prestígio que eu tive lá foi por conta de eu estar perto da comunidade. Seria bacana", opinou também.

A entrevista de Paolla para o Roda Viva foi realizada por Carolina Morand, Paola Deodoro, Chico Barney, Marcia Disitzer e Nilson Xavier. A apresentação é de Vera Magalhães.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais.

Miguel Falabella, de 68 anos, recebeu alta hospitalar após passar por uma cirurgia de uma hérnia de disco na última sexta-feira, 2. O ator já está em casa, onde iniciou o processo de recuperação com sessões de fisioterapia.

"Estou em casa, estou bem, caminhando devagarinho. Queria agradecer ao Dr. Davi por ter feito a cirurgia, porque me devolveu o sorriso ao rosto", disse ele em vídeo publicado nas redes sociais. Segundo o ator, o processo de recuperação envolve repouso e acompanhamento fisioterapêutico, já iniciados.

O artista havia comunicado na quinta-feira, 1º, que precisaria se afastar das apresentações do espetáculo Uma Coisa Engraçada Aconteceu a Caminho do Fórum, em cartaz em São Paulo, por conta das fortes dores causadas pela hérnia de disco. Durante sua ausência, o ator Edgar Bustamante assumiu o papel nas sessões, que seguiram até o domingo, 4.

Nas redes sociais, Falabella também agradeceu ao carinho do público e ao apoio recebido nos últimos dias. "Recebi muitas mensagens de gente que teve essa dor e sabe o que é. Obrigado pelas boas vibrações, pois tenho certeza que ajudaram muito."

Sargento Rock, filme inspirado no personagem clássico da DC Comics, foi cancelado pelo estúdio após meses de desenvolvimento. O longa seria dirigido por Luca Guadagnino (Queer) e protagonizado por Colin Farrell. O roteiro estava sendo escrito por Justin Kuritzkes, que trabalhou com o diretor italiano em produções recentes, como Queer e Rivais.

De acordo com o The Wrap, a causa do cancelamento é um mistério, mas o portal descartou qualquer motivo financeiro. Estima-se que a produção, que acompanha um soldado da Segunda Guerra Mundial, custaria menos de US$ 70 milhões, metade do orçamento normalmente disponível para adaptações de quadrinhos.

Mesmo sem Sargento Rock, o calendário de Guadagnino para os próximos anos segue lotado. O diretor comandará uma nova adaptação de Psicopata Americano, livro de Bret Easton Ellis que foi transformado em filme em 2000. Além disso, ele ainda dirige After the Hunt, já em pós-produção, Camere Separate, estrelado por Léa Seydoux (Duna: Parte 2) e Josh O'Connor (Rivais), e uma sequência de Me Chame Pelo Seu Nome, lançado em 2017.

DURÃO

Sargento Rock foi apresentado nos quadrinhos da DC Comics em 1959 e fez sua estreia na edição nº 81 da revista Our Army at War. O personagem é um soldado durão que lutou durante a Segunda Guerra, liderando a Companhia Moleza.

Uma versão de Rock foi apresentada na série animada Comando das Criaturas, escrita por James Gunn, copresidente do DC Studios, e lançada na Max em 2024. O personagem foi dublado por Maury Sterling.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.