Policiais convidam Lewandowski a visitar mausoléu dos mortos em serviço 'para refletir'

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Em manifesto divulgado nesta quinta-feira, 20, seis importantes entidades de classe de policiais militares e delegados de polícia criticaram o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a quem atribuem "declarações infelizes, estereotipadas" - durante evento em Brasília, o ministro disse que "polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar".

Os policiais classificam de "absurda" a fala de Lewandowski. Eles se dizem "perplexos com equívocos do ministro que não compreende as polícias" e o convidam a "fazer uma pedagógica visita ao mausoléu dos policiais mortos em serviço".

Também sugerem a Lewandowski que "compareça a enterros de policiais quase que diariamente mortos em decorrência do cargo, para refletir um pouco mais antes de fazer declarações que ofendem a honra e a história das instituições policiais e de seus integrantes que garantem a paz social e a governabilidade do país".

Após a reação em cadeia dos policiais e das entidades que os representam, inclusive delegados de Polícia Federal que se declaram "indignados", o Ministério da Justiça emitiu nota oficial para tentar neutralizar o impacto das palavras do ministro, alegando que seu pronunciamento se deu "em um contexto da falta de integração das informações das polícias e as audiências de custódia".

"Nesse cenário, ele (Lewandowski) falou que, hoje, há uma dificuldade de troca de informações entre as forças de segurança do país e o Poder Judiciário, o que se pretende solucionar a partir da PEC da Segurança Pública, cujo um dos objetivos é o de padronizar e uniformizar os dados produzidos pelas autoridades policiais, qualificando as ações de segurança pública", destaca a nota.

'Jargão'

A fala de Lewandowski que tanto inquieta os policiais foi dita na quarta-feira, 19. "É um jargão que foi adotado pela população, que a polícia prende e o Judiciário solta. Eu vou dizer o seguinte: a polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar."

No manifesto, as entidades policiais partiram para o enfrentamento. "Além de desprovidas de embasamento e mínima capacidade empírica, tais declarações apenas constatam que, de forma inaudita, o Brasil tem um ministro da Justiça e Segurança Pública absolutamente alheio e desconhecedor da realidade institucional das forças policiais."

Os policiais afirmam que Lewandowski é "desqualificado para o tema de segurança pública, totalmente indiferente às prioridades de enfrentamento à criminalidade e tragicamente incapaz de compreender a dinâmica do trabalho das instituições policiais".

Eles cravam que o ministro é "indiferente aos alertas inúmeros de descontinuidade de vários programas implementados no próprio Ministério da Justiça e Segurança Pública" - aqui, citam o Programa Nacional de Entretenimento às Organizações Criminosas.

Sustentam, ainda, que Lewandowski vive em "descompasso com o ordenamento jurídico vinculado à segurança pública no Brasil" - mencionam a Lei nº 13.675/2018, que instituiu o Sistema Único de Segurança Pública.

"O Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Secretaria Nacional de Segurança Pública se pautam por narrativas enviesadas, declarações equivocadas, sem fundamento técnico e científico e implementação de medidas políticas de impacto midiático que só prejudicam a motivação e legitimidade das instituições policiais", avaliam.

O texto é subscrito pela Federação Nacional das Entidades Militares Estaduais, Associação Nacional das Entidades Representativas dos Militares Brasileiros, Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil e Associação Nacional dos Militares Estaduais.

As lideranças consideram que as declarações de Lewandowski "revelam a total inação e falência da política nacional de segurança pública do Governo".

"Ofendem indelevelmente a honra dos policiais", segue o texto. Destacam que "foi justamente o sr. ministro Ricardo Lewandowski quem advogou explicitamente a implementação das audiências de custódia sem normatização infraconstitucional e promoveu teses além do garantismo penal para legitimar liberações de criminosos".

E provocam Lewandowski, que foi ministro do Supremo Tribunal Federal antes de passar para o governo Lula. "Há mais de um ano no cargo (ministro da Justiça), não utilizou a sua experiência como jurista da mais alta corte do País quando analisou os recursos advindos de condenações em primeiro, segundo e terceiro grau, em que revogou diversas condenações penais por ter observado inúmeras falhas, segundo a sua tese e convencimento, não somente das polícias, mas também do Ministério Público e do juiz nos processos criminais que levaram à condenação de criminosos."

As entidades de classe indicam que o ministro "pode prestar um melhor serviço para a Nação ao defender projetos de lei e programas para aperfeiçoar as prisões, as denúncias e as sentenças".

Resposta do Ministério da Justiça

Referente ao comentário do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, sobre prisões realizadas pelas polícias, durante palestra em Brasília, cabe esclarecer que a manifestação ocorreu em um contexto da falta de integração das informações das polícias e as audiências de custódia.

Nesse cenário, ele falou que, hoje, há uma dificuldade de troca de informações entre as forças de segurança do país e o Poder Judiciário, o que se pretende solucionar a partir da PEC da Segurança Pública - cujo um dos objetivos é o de padronizar e uniformizar os dados produzidos pelas autoridades policiais em todo o Brasil, qualificando as ações de segurança pública.

Na resposta do ministro, foi citado que, em muitos casos, o detido é apresentado ao juiz na audiência de custódia, mas, por falta de padronização e de compartilhamento no registro de informações, o magistrado não tem acesso a dados importantes, como, por exemplo, os antecedentes do suspeito.

Vale destacar que o ministro iniciou sua manifestação sobre o assunto exaltando a necessidade de valorizar as polícias, inclusive com melhores salários, e de equipar melhor as forças policiais para, entre outros pontos, qualificar todo o processo probatório e robustecer os processos judiciais.

Em outra categoria

O ex-ginasta Diego Hypolito se incomodou com uso da expressão "pomba suja" por parte dos seus aliados durante o Sincerão da última segunda-feira, 17. Na ocasião, Vinícius usou a gíria regional para descrever Eva e Renata. Durante a festa na madrugada deste sábado, 22, o brother confessou o seu incômodo com a situação para Guilherme.

"Eu não estou contente com essa fala, não estou. Isso é meu. Porque eu jamais faria, nem em um momento de fúria... Porque, quando você coloca uma fala que as pessoas não têm conhecimento, você dá pauta para ter...", falou o confinado. "Abertura para outro entendimento", completou Guilherme.

"Ser chamado de pombo ou pomba, tanto faz, eu não sei qual a diferença, mas eu não ficaria nem um pouco contente em escutar isso de nenhuma das maneiras", opinou o ex-atleta.

O significado de "pomba suja", gíria da Bahia, é uma pessoa que "fala uma coisa e faz outra", alguém enrolado ou que "condena alguém por um ato e faz igual".

Alguns internautas conhecem também a gíria pelo significado de "malandro" ou "mau caráter". Entretanto, em outros dicionários informais, "pomba suja" pode se referir a alguém "promíscuo".

Durante a dinâmica da segunda-feira, Vinícius chamou Eva e Renata de "pomba suja". Mais tarde, ele pediu desculpas para Renata e Eva, mas defendeu que a expressão não era um xingamento.

A confusão sobre o significado que Vinícius utilizou na discussão foi resolvida por Aline, posteriormente. "Por mais que 'pomba suja' também não seja um elogio, que nem ordinária, também não é xingamento não", disse a sister.

A empresária Fabiana Justus, filha de Roberto Justus, compartilhou nesta sexta-feira, 21, sua rotina de treino após ser internada por infecção urinária. No começo da semana, a influenciadora digital, que lida com um quadro de leucemia mieloide aguda, foi hospitalizada.

"Semaninha punk pra lembrar que a vida é feita de altos e baixos...", escreveu em seu perfil no Instagram. No Stories, a influenciadora compartilhou uma foto na academia do próprio prédio. "Desci para movimentar o corpo", escreveu.

Na última terça-feira, 17, Fabiana foi internada após apresentar sintomas de febre e mal-estar. A empresária foi liberada no dia seguinte, mas no restante da semana teve de fazer visitas regulares ao centro médico para tomar antibiótico.

"Terminando a semana graças a Deus MUITO melhor do que eu comecei!", desabafou. Na postagem, Fabiana ainda brincou e afirmou que as fotos que postou no hospital foram tiradas no meio da semana, não no começo. "A foto do dia que eu fui pro Pronto Socorro está impublicável", ironizou.

Qual é o quadro de saúde de Fabiana Justus?

No começo de 2024, a empresária foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda, tipo de câncer que afeta a medula óssea. Ela descobriu a condição em uma consulta médica no pronto-socorro por causa de dor nas costas e febre.

"Estou muito confiante, minha família, meus amigos e principalmente meus médicos me deram muita confiança", afirmou a à época. Desde então, Fabiana vem lidando com a doença. Ela passou por um transplante de medula óssea e está com a doença em remissão.

"Receber um diagnóstico de câncer é a coisa mais difícil que uma pessoa pode passar, tanto no diagnóstico quanto no tratamento. Mas em nenhum momento eu questionei por que eu, pois eu não queria atrair negatividade", afirmou a empresária ao Estadão em 2024.

"Tenho plena consciência dos meus privilégios, mas acho importante dividir essa jornada para que as pessoas possam se agarrar nas pequenas coisas que fazem a diferença durante o tratamento. Temos as mesmas vulnerabilidades e precisamos viver um dia de cada vez, da melhor forma que conseguimos diante de um momento tão difícil."

Diego Hypolito desabafou com Vitória Strada, durante a madrugada deste sábado, 22, sobre sua sexualidade. Enquanto os demais participantes aproveitavam mais uma festa no BBB 25, o brother falou sobre as dificuldades em torno de tema.

"Você sabe que o meu maior tabu, da minha vida, foi a minha sexualidade, né? Porque eu nunca lidei bem com a minha sexualidade, comigo mesmo", falou Diego.

O ginasta prosseguiu: "E não é pelas pessoas. Eu nunca consegui me compreender, e eu sempre compreendo as outras pessoas. Mas eu sempre tive um bloqueio gigante comigo e ainda considero que eu tenho".

Em seguida, ele contou que sempre teve uma relação próxima com a mãe, e que foi um problema quando precisou "mentir" sobre quem era. Diego, então, explicou que teve a ajuda de um ex-namorado para lidar com o assunto. "Ele meu deu coragem para falar com a minha mãe", revelou.