Variante já predomina na Grande SP; Estado interna três a cada 2 minutos

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Com três pacientes sendo hospitalizados a cada dois minutos por covid em São Paulo, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, voltou a manifestar preocupação sobre um possível colapso no sistema e fez um apelo para atrair voluntários para atuar na linha de frente. "Nós precisamos (de) ajuda, porque estamos em guerra." Ainda ontem, um estudo da Dasa e da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que a variante amazônica, mais transmissível, já predomina na Grande São Paulo.

"Algumas unidades, infelizmente, já colapsaram", lamentou Gorinchteyn, sem detalhar hospitais ou localização. "Não queremos que as pessoas morram sem assistência. O mínimo que podemos dar é dignidade. Nem que a gente coloque em qualquer lugar o cilindro do oxigênio, que distribua a pessoa até mesmo nos corredores. Nós vamos garantir a assistência."

"Vamos continuar abrindo leitos e vagas dentro dos hospitais. Abriremos em qualquer local desses hospitais, seja nos anfiteatros, seja nos laboratórios e seja nos corredores", disse Gorinchteyn. Ao lado dele, o governador paulista, João Doria (PSDB), destacou que um novo hospital de campanha montado dentro de uma unidade hospitalar já existente será anunciado na próxima segunda. O governo já havia adiantado que negociava a contratação de 130 leitos nas dependências de uma instituição privada na região central da capital paulista. De cerca de 8,5 mil leitos que o Estado prevê em funcionamento até o fim de março (hoje são cerca de 8 mil), mais de 1/3 são vagas particulares alugadas.

"Ah, paciente no corredor? Vai ter paciente no corredor. O que nós não queremos é paciente desassistido. Nós vamos dar oxigênio, ampliar a distribuição de respiradores, como nós já temos feito", continuou o secretário. Ao falar dessa situação, Gorinchteyn fez um apelo para que conselhos de classe chamem profissionais de saúde a serem voluntários para atuar na linha de frente contra a covid-19. "Nós precisamos (de) ajuda, porque estamos em guerra."

No caso de hospitalizações relacionadas ao novo coronavírus, houve aumento de 13,5% na média diária nesta semana, que chegou a 2.066 novos pacientes por dia. Na comparação comtrês semanas atrás, isso representa elevação de 42,4%. Em óbitos, a média diária da semana é de 273, um aumento de 13,2% em relação à semana anterior. As médias são consideradas parciais, pois não incluem os dados desta sexta e do sábado, fechando a semana epidemiológica.

São Paulo soma 2.093.924 casos e 61.064 óbitos pelo novo coronavírus. A ocupação é de 77,4% em leitos de UTI, média que é de 79,1% na Grande São Paulo. Nas enfermarias, a ocupação é de 59,6% e 66,9%, respectivamente. O número de pacientes internados chegou a 17.802 na quinta-feira, dos quais 9.910 estão em enfermaria e 7.892 em UTIs.

Mutação

A variante P.1 do coronavírus, originada em Manaus no fim de 2020, já é predominante na Grande São Paulo, segundo estudo feito pela rede Dasa de laboratórios em parceria com cientistas do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) e divulgado ontem.

Os pesquisadores analisaram 91 amostras de pacientes infectados pelo coronavírus em municípios da região metropolitana e verificaram que 77% delas se mostraram positivas para a nova cepa. Segundo estudos recentes, a P.1 é até duas vezes mais transmissível, aumenta em dez vezes a carga viral nas células do doente e pode escapar de anticorpos formados em infecções prévias, facilitando reinfecções.

Na quinta-feira, uma análise feita pela Fiocruz mostrou que, de oito Estados analisados, seis já tinham a prevalência de variantes mais preocupantes do coronavírus: Alagoas, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A análise das amostras da Grande São Paulo foi feita por meio de uma nova técnica do exame RT-PCR capaz de identificar características de diferentes cepas. A metodologia foi desenvolvida pela Dasa e pelo IMT/USP, seguindo um protocolo de identificação de variantes proposto pela Universidade de Yale (EUA). Em nota, a rede de laboratórios alertou que o resultado da análise "reforça a importância das medidas de prevenção amplamente conhecidas pela população: uso de máscaras, higienização das mãos com álcool em gel 70% e, sempre que possível, manter o isolamento social para frear a disseminação do vírus".

Comparação

Para o diretor médico da Dasa, Gustavo Campana, a rapidez com que a cepa vem se espalhando pelo País demonstra seu poder de disseminação. "Podemos sugerir que a P.1 seja altamente transmissível e apresentou maior prevalência que a variante do Reino Unido."

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Halle Berry precisou mudar de última hora o vestido que usaria na primeira noite do Festival de Cannes, que tem início nesta terça-feira, 13, e vai até 24 de maio. A atriz integra o júri oficial da 78ª edição. A organização do evento comunicou na segunda, 12, a apenas um dia da abertura, mudanças no dress code para 2025.

No site oficial, o Festival estabeleceu o banimento de "nudez" e "trajes volumosos" que "atrapalhem o tráfego de convidados" durante o tapete vermelho, também válido para "qualquer outra área do evento". De acordo com o comunicado, a decisão em relação a nudez foi tomada por "questão de decência".

Halle revelou a mudança durante uma coletiva de imprensa do júri de Cannes. "Eu tinha um vestido incrível do [Guarav] Gupta que não posso usar hoje à noite porque a cauda é muito grande. Não vou quebrar as regras. A parte da nudez também provavelmente é uma boa regra", disse a atriz, segundo a Variety.

O júri do Festival de Cannes 2025 é presidido pela atriz francesa Juliette Binoche. Além dela e de Halle Berry, também integram o grupo o ator americano Jeremy Strong, a atriz italiana Alba Rohrwacher, a escritora e jornalista franco-marroquina Leïla Slimani, e os diretores Payal Kapadia (Índia), Hong Sang-soo (Coreia do Sul), Dieudo Hamadi (Congo) e Carlos Reygadas (México).

Ana Maria Braga usou o Instagram para lamentar a perda do primeiro filho de Tati Machado. Nesta terça-feira, 13, a equipe da apresentadora informou a morte do bebê, que estava em fase avançada da gestação, com 33 semanas.

"Tati, meu amor… Recebi essa notícia com o coração apertado. Que tristeza… Que dor profunda. Você sabe que estou aqui, sempre. De braços e coração abertos, pra tudo que você precisar", começou Ana Maria.

A veterana declarou que proximidade com Tati a faz se sentir como se fosse da família, "um pouco mãe, um pouco vó". "É impossível não compartilhar essa dor com você. Toda mulher que já sonhou, que já esperou, vai sentir junto com você esse luto silencioso, essa perda que não se explica."

"Mas, minha menina… Deus só coloca no nosso caminho aquilo que, de algum jeito, a gente pode atravessar. Você é forte, é luz, é amor. E esse amor continua, mesmo na ausência", concluiu Ana Maria, declarando amor e se colocando à disposição da amiga.

Tati foi ao hospital na segunda-feira, 12, após perceber a falta de movimentos do bebê. Na maternidade, foi constatada a parada dos batimentos cardíacos e a apresentadora precisou entrar em trabalho de parto. A razão para a morte da criança ainda está sendo investigada.

No próximo Dia da Família, uma ação inédita, nomeada "Família não se escolhe, se sente", propõe repensar a forma como as adoções de cães e gatos acontecem. A iniciativa é da Petlove, em parceria com a ONG Ampara Animal, que convida o público a conhecer cães e gatos disponíveis para adoção por meio de suas histórias, não de suas imagens.

A ação terá formato inusitado: durante uma semana, as redes sociais da Petlove e da Ampara compartilharão cartas emocionantes "escritas pelos próprios pets". Nos relatos, os animais contam detalhes de suas vidas, seus traços marcantes de personalidade e o que esperam de uma nova família. Nenhuma foto será divulgada, já que o foco é gerar conexão emocional antes do contato visual.

Entre os pets participantes estão Matias, Pneuzinha, Ravenna, Jhonny, Zezinho e Mika. Matias, por exemplo, é descrito como um cãozinho calmo e companheiro que foi encontrado ainda filhote em um estacionamento. "Tô pronto pra trocar os caixotes por uma caminha quentinha e uma família de verdade", diz um trecho da sua carta.

Segundo pesquisa feita pela Quaest em parceria com a própria Petlove, 93% dos tutores consideram seus pets parte da família. Com base nesse dado, a campanha aposta na identificação afetiva para promover adoções conscientes e duradouras. "Queremos que o tutor se apaixone pela história do pet, promovendo sentimentos de empatia que vão além da aparência", afirma André Romeiro, CMO da Petlove, em comunicado oficial.

As cartas serão transformadas em vídeos narrados por colaboradores e embaixadores da empresa, com vozes escolhidas para representar a personalidade de cada animal. Os interessados poderão se inscrever para um encontro presencial, marcado para o dia 17 de maio, das 10h às 16h, na loja da Petlove localizada na Rua Sócrates, 769 - Vila Sofia, em São Paulo.

O evento será uma oportunidade para conhecer os pets em um ambiente acolhedor. Após a interação, os participantes passarão por uma triagem conduzida por profissionais, que avaliarão se o perfil da família é compatível com as necessidades do animal. A inscrição prévia é necessária, mas não garante a adoção - a prioridade será sempre o bem-estar dos bichinhos.

Quem levar um novo companheiro para casa receberá um bônus especial: três meses de plano de saúde pet gratuitos, como incentivo ao cuidado contínuo nessa nova fase.