Covid: imunidade comprometida e infecção longa podem ser explicação para mutações

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O surgimento das variantes do coronavírus tem chamado a atenção de cientistas em todo o mundo, que têm começado a levantar algumas hipóteses para explicá-las. "Há alguns dados surgindo que apontam que pessoas que têm a imunidade comprometida e que estão infectadas por muito tempo acumulam mutações. As variantes que estão despontando podem estar vindo desses pacientes que estão infectados por um longo tempo com covid", disse ao Estadão a pesquisadora da Universidade Yale Akiko Iwasaki, referência global em imunologia.

Ela participa nesta quinta-feira, 4, de um webinar promovido pelo Instituto Serrapilheira, para lançar um programa gratuito de formação de jovens cientistas.

"Como essas pessoas não conseguem eliminar o vírus sozinhas, elas costumam receber plasma de convalescentes. Isso pode acabar eliminando o vírus, mas dá tempo para que as mutações se acumulem antes da eliminação. O vírus que é selecionado para escapar do plasma convalescente pode circular na população dando origem às variantes", disse.

"Ainda não está claro quais são exatamente as fontes dessas variantes no momento. Pacientes imunocomprometidos podem ser uma delas porque tendem a acumular múltiplas mutações dentro de si", continua.

A suspeita surgiu com um paciente de 70 anos do Reino Unido. Ele foi infectado com covid-19 logo após ter passado por quimioterapia para tratar um linfoma, de modo que seu sistema imune estava comprometido e nenhum medicamento dado a ele no hospital melhorava sua condição. A saída foi aplicar o plasma de convalescente (com anticorpos de pessoas que já tinham se curado da doença).

O paciente acabou falecendo 102 dias após testar positivo e, em análises posteriores feitas em amostras dele, cientistas observaram que o vírus havia evoluído e desenvolvido mutações que mudaram sua capacidade de infectar células e escapar dos anticorpos.

Uma das mutações observadas no paciente foi encontrada depois na variante B.1.1.7, originada no Reino Unido, o que fez os cientistas também suspeitarem que ela possa ter surgido em um paciente imunocomprometido.

"A interpretação da B.1.1.7 sugere que o surgimento pode acontecer quando o vírus evolui mais rapidamente num só hospedeiro devido, por exemplo, a um sistema imune fragilizado que permite a reprodução continuada de vírus durante um período prolongado", explicou ao Estadão o pesquisador Nuno Faria, do Imperial College de Londres, especialista em evolução de vírus. Ele também está participando dos estudos com a variante P.1, que surgiu no Amazonas.

"Acho que mais dessas variantes vão surgir. É uma questão de tempo e de sequenciamento genético até encontrarmos mais VOCs pelo mundo", disse.

"Quando a transmissão é galopante, novos mutantes podem surgir e se espalhar. É como colocar lenha na fogueira. No outono e inverno de 2020, a transmissão nos EUA foi galopante, mas tínhamos apenas um vírus. Agora, os EUA também têm as variantes. Eu me preocupo com outra onda e mais variantes se não controlarmos a propagação entre a população", complementou Akiko.

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Lua, filha de Viih Tube e Eliezer, completou dois anos nesta quarta-feira, 9, e a data foi celebrada em grande estilo. A pequena começou o dia com uma comemoração intimista em casa ao lado dos pais e, durante a tarde, ganhou uma superfesta em um buffet. O tema escolhido para este ano foi "Barbie", com decoração lúdica e figurino à altura da comemoração.

A aniversariante apareceu vestida toda de rosa, com direito à saia de tule, laço no cabelo e óculos de sol em formato de coração, no clima fashionista da boneca. O casal, que adora uma produção, também entrou na brincadeira: Viih e Eliezer se vestiram como Barbie e Ken, e até o caçula da família, Ravi, foi incluído no visual temático e vestiu um terninho rosa.

Mais cedo, Viih Tube publicou uma homenagem para a filha no Instagram. "2 anos… 2 anos da melhor coisa da minha vida! Me tornei sua mãe! [...] Você é minha vida, Lua, eu não consigo nem descrever o que eu sinto por você!", escreveu.

No ano passado, a comemoração de 1 ano de Lua já havia chamado atenção pelo luxo. Foram três dias de festa em um hotel, com direito a shows, recreação e uma programação intensa para amigos e familiares. Foi tudo tão grande que Viih Tube disse que ficou traumatizada.

Confira a homenagem aqui

Passado o episódio final da terceira temporada de The White Lotus, o criador Mike White afirmou que cortou uma cena de sexo importante para uma das personagens do último capítulo. Segundo o cineasta, o episódio já estava longo demais e a sequência adicionaria mais dez minutos de duração.

White confirmou que Piper (Sarah Catherine Hook) voltaria do monastério convencida a abraçar mais seus desejos, o que a levaria a dormir com Zion (Nicholas Duvernay), filho de Belinda (Natasha Rothwell), encerrando seu arco na temporada. "Uma parte cortada, o que é decepcionante, é que ela decide perder a virgindade no roteiro do último episódio", contou ele no podcast oficial da série.

"Depois que [Piper] deixa o monastério, ela pensa 'eu preciso transar'. E ela procura no restaurante [por um parceiro]", explicou White. Além de ser longa demais, a sequência também divergia do tom estabelecido para o restante do episódio, marcado por mortes e reviravoltas. "Tinha um tom de comédia romântica no meio de [Timothy] tentando matar sua família com a fruta da árvore do suicídio. Parecia que eu estava tentando demais narrativamente."

White afirmou que a ideia da trama era contrastar os arcos de Piper e Saxon (Patrick Schwarzenegger), que terminam a terceira temporada de The White Lotus abraçando as características que mais julgavam um no outro. Como lembrou o diretor, Piper encerra a série admitindo o próprio materialismo, enquanto Saxon, que foi introduzido como um personagem mulherengo, começa a se conectar ao seu lado mais espiritual, encorajado por Chelsea (Aimee Lou Wood)

A segunda temporada de The Last of Us estreia apenas neste domingo, 13, mas a HBO já oficializou a produção do terceiro ano. Vice-presidente executiva da emissora, Francesca Orsi elogiou a leva de episódios que vai ao ar nesta semana, dizendo que a série é uma "façanha extraordinária".

"[Os criadores] Craig (Mazin), Neil (Druckmann), Carolyn (Strauss) e todo o time de produtores executivos, elenco e equipe entregaram uma sequência magistral e estamos empolgados em levar o poder de narrativa de Craig e Neil para o que sabemos que será uma terceira temporada igualmente emocionante e extraordinária", disse Orsi em comunicado.

"Abordamos a segunda temporada com o objetivo de criar algo que pudéssemos nos orgulhar", disse Mazin. "O resultado final excedeu nossos objetivos mais ambiciosos, graças à nossa colaboração contínua com a HBO e o trabalho impecável do nosso elenco e equipe inigualáveis." O produtor e roteirista ainda afirmou estar empolgado para o terceiro ano.

Druckmann disse que a série de The Last of Us, inspirada no jogo homônimo criado por ele para a produtora de videogames Naughty Dog, é um "alto na minha carreira" e agradeceu o apoio dos fãs à produção. "Em nome de todos na Naughty Dog, nosso elenco e equipe, muito obrigado por nos dar esta oportunidade [de produzir a adaptação]. Estamos animados para lhes dar mais The Last of Us."

Baseada nos games de sucesso, The Last of Us se passa num mundo pós-apocalíptico em que um fungo transforma humanos em zumbis. Tentando sobreviver, a humanidade se divide em diferentes comunidades, cada uma pregando uma forma diferente de viver. O mundo ver nascer uma luz de esperança com a aparição de Ellie (Bella Ramsey), uma garota imune ao fungo e que pode ser a chave para encontrar uma cura.

The Last of Us é protagonizado por Bella Ramsey (Game of Thrones) e Pedro Pascal (Gladiador II). Gabriel Luna (Fubar), Kaitlyn Dever (Vinagre de Maçã), Catherine O'Hara (Os Fantasmas Ainda Se Divertem), Isabela Merced (Alien: Romulus) e Young Mazino (Treta) completam o elenco.