Somente 3,3 milhões de brasileiros (1,9% da população) vivem em ruas com sinalização para a circulação de bicicletas -- ciclovias, ciclofaixas ou ciclorrotas. Em mais da metade (54%) dos municípios brasileiros não foram registradas nenhuma rua com esse tipo de sinalização. Os dados são do Censo 2022 e foram divulgados nesta quarta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As cinco cidades brasileiras com as maiores porcentagens de ruas com áreas assinaladas para o tráfego de bicicletas estão concentradas em Santa Catarina, no Sul do País:
- Joinville (11,2%)
- Jaraguá do Sul (9,8%)
- Itajaí (7,2%)
- Florianópolis (7,1%)
- Blumenau (6,8%)
Os números da pesquisa Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios revelam que "a infraestrutura das vias no País ainda é muito direcionada para veículos automotores".
"O País tem muito poucas ciclovias e elas são muito mal distribuídas", afirmou o geógrafo Jaison Cervi, do IBGE.
O instituto considerou ciclovias (faixas com obstáculo separando da via dos carros), ciclofaixas (quando há sinalização mas não separação física) e ciclorrotas (áreas somente para bicicletas).
A presença das faixas é considerada importante nos meios urbanos, segundo os pesquisadores, porque elas contribuem para uma mobilidade mais sustentável, segura e saudável. Segundo o trabalho, "ao promovem o uso da bicicleta como meio de transporte, as ciclovias facilitam o deslocamento, incentivam a atividade física e ajudam a reduzir a poluição do ar e o trânsito".
Menos de 2% dos brasileiros vivem em ruas com faixa para circulação de bicicletas
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