Crítica de ONGs, Carla Zambelli deve assumir Comissão do Meio Ambiente

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) teve seu nome confirmado para assumir a presidência da Comissão de Meio Ambiente da Câmara. A indicação deve ser oficializada nesta quarta-feira, 10, "a não ser que alguém rompa com o acordo firmado", disse a deputada ao Estadão.

Zambelli não quis comentar os planos para a atuação à frente da comissão porque ainda não foi anunciada oficialmente, mas admite que apenas uma reviravolta de última hora a afastaria do cargo.

Conhecida por ser defensora da linha de frente do governo Bolsonaro, a deputada, de 40 anos, teve apoio direto do Palácio do Planalto e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para assumir o comando da comissão. À frente do colegiado, o presidente pode escolher seus assessores técnicos e indicar pessoas de sua preferência. Cabe ainda ao comando da comissão decidir o que vai para a pauta de audiência e votações, além de escolher os relatórios que serão priorizados.

Na lista de temas cruciais da pauta ambiental que passarão por ali estão projetos que tratam, por exemplo, de mudanças em unidades de conversação, prevendo a alteração de categorias de áreas protegidas, com propósito de facilitar sua exploração, além de redução dessas áreas. Há, ainda, propostas que mexem com o Código Florestal e com a liberação de caça e pesca, além de rever as listas de espécies ameaçadas.

Outros temas relevantes do meio ambiente sequer devem passar pela comissão e estão previstos para irem à votação pelo plenário nas próximas semanas, como o projeto de lei da regularização fundiária, a nova lei geral do licenciamento ambiental e a nova lei dos agrotóxicos.

Uma das investigadas pelo Supremo Tribunal Federal no inquérito das fake news, Zambelli não costuma se manifestar com frequência sobre temas ambientais, mas já declarou que as organizações socioambientais é que seriam responsáveis pelas queimadas na Amazônia.

Em abril de 2019, durante um evento da Organização das Nações Unidas (ONU) realizado em Berlim, ela disse que ONGs teriam sido as responsáveis pelas queimadas na Amazônia. Durante o debate, afirmou que "o mundo pensava que a Amazônia estava queimando e os incêndios estão sendo descobertos como criminosos". Logo em seguida, emendou, sem apresentar provas do que dizia: "Ongs, que supostamente deveriam estar protegendo, estavam colocando fogo na Amazônia para criminalizar um governo que é novo, de direita".

Zambelli afirmou ainda que, nos últimos 20 anos, "nunca a Amazônia queimou tão pouco", o que não é verdade. O ano de 2019 foi o ano de maior queimada da Amazônia de toda a série histórica medida pelo próprio governo federal, a qual foi iniciada em 1994 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A reportagem procurou o ministro Ricardo Salles para comentar a confirmação e o apoio do nome de Zambelli para a comissão. Salles não respondeu ao pedido. A Frente Parlamentar Agropecuária, que também vê prioridades de avanço nas pautas tocadas pela comissão, declarou que vai se manifestar após o nome da deputada ser oficializado.

Para Suely Araújo, especialista sênior em Políticas Públicas do Observatório do Clima, a confirmação da deputada à frente da comissão "tende a transformar o órgão colegiado em uma arena de confirmação da antipolítica ambiental do governo Bolsonaro".

Ex-presidente do Ibama, Araújo afirmou que "a pressão será no sentido de que as boiadas de Ricardo Salles sejam concretizadas também na arena legislativa", conforme interesses do governo Bolsonaro. "A perspectiva é de um ano muito complicado, de esforços gigantescos contra retrocessos na legislação ambiental. Mas a Frente Parlamentar Ambientalista, os parlamentares que atuam nesse campo e as organizações da sociedade civil continuarão lutando, cada vez com maior força", disse ele.

O especialista em Etnologia Marcio Santilli, um dos fundadores do Instituto Socioambiental (ISA), também criticou a escolha. "O pior aspecto da eleição de Arthur Lira (Progressistas-AL) para presidir a Câmara é esse fisiologismo agregado, que distorce o mandato das comissões técnicas", afirmou.

Atualmente, a Comissão do Meio Ambiente é presidida pelo deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), reconhecido por sua atuação na defesa das pautas ambientais.

Em outra categoria

Após a eliminação da irmã Thamiris do Big Brother Brasil 25 nesta terça-feira, 11, Camilla reavaliou a trajetória da dupla no reality show e admitiu que ambas passaram do ponto na relação com a atriz Vitória Strada.

Para a ex-participante, esse foi um dos principais motivos que eliminou as duas irmãs do programa. "Revendo, acho que nós passamos da régua do que precisava. Gostaria até de pedir desculpas tanto para ela, quanto para a família dela", afirmou Camilla em entrevista ao programa Encontro com Patrícia Poeta.

Durante os dois primeiros meses de programa, Thamiris e Camilla eram aliadas de Vitória. As irmãs, no entanto, passaram a falar mal da atriz pelas costas dela, o que irritou o público.

Ao longo da entrevista, a irmã mais velha de Thamiris avaliou a passagem das duas no BBB e ressaltou a diferença entre assistir e viver o reality show.

"Ali dentro, a emoção é totalmente diferente do que é visto aqui fora. Todo mundo que assiste Big Brother pensa que faria diferente em alguns momentos, só que lá dentro você só tem as informações que você cria. Se você não se apegar aquilo ali, você não consegue continuar. Você acaba perdido", ressaltou.

Em outra resposta, Camilla avaliou a diferença das personalidades das irmãs e como isso as ajudou dentro do jogo, mas também acabou prejudicando em determinado momento.

"Acho que a Thamiris me ajudava na questão da força. E eu ajudava ela na questão de tomar coragem, tanto que eu saí e ela já deu uma recuada", pontuou. "Mas, quando nós entrávamos em uma coisa ruim, por estarmos muito unidas, acabava que as duas entravam juntas nesse problema."

Thamiris foi a eliminada do oitavo paredão do BBB 25 nesta terça-feira, 11, com 61,73% dos votos. Ela disputou a berlinda com Aline e Vinícius, que receberam 35,97% e 2,3% dos votos, respectivamente.

Na semana passada, Camilla foi a sétima eliminada. Ela recebeu 94,67% dos votos, recorde de rejeição da edição e a quinta maior rejeição da história do programa.

A Record encerrou o vínculo com o jornalista Celso Freitas, que estava à frente do Jornal da Record, nesta terça-feira, 11. Freitas estava na emissora há 21 anos. A informação foi confirmada em nota pela Record. Mais tarde, o jornalista gravou um vídeo sobre a saída da empresa no Instagram.

"Sua trajetória é marcada por um compromisso inabalável com a ética jornalística, inspirando colegas e conquistando, ainda mais, a confiança do público", disse a emissora sobre Freitas. O jornalista participou do lançamento do programa Domingo Espetacular em 2004 e, em 2006, passou a ser âncora do Jornal da Record.

A emissora não informou o motivo do desligamento do jornalista, mas anunciou que Sérgio Aguiar assumirá apresentação do noticiário. Ele dividirá a bancada do Jornal da Record com Christina Lemos.

Aberto a novos desafios

Na publicação do Instagram, Freitas refletiu sobre sua trajetória na emissora e no jornalismo. Ele também trabalhou na Rede Globo por 32 anos e, lá, chegou a dividir a bancada do Jornal Nacional ao lado de Cid Moreira, além de apresentar programas como Fantástico e Globo Repórter.

"Acompanhei e noticiei os principais fatos do Brasil e do mundo", disse. "A partir de agora, sigo para novos desafios. Experiente, ligado à tecnologia e sempre disposto para aprender cada vez mais. Meu abraço carinhoso para todos. Boa noite. E, quem sabe, até breve."

Depois de uma maratona de eventos para divulgar o filme Ainda Estou Aqui em festivais internacionais, com direito a uma última parada para garantir o primeiro Oscar do Brasil, Fernanda Torres decidiu tirar um tempo para descansar. A atriz escolheu o sítio da família em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, como destino para esse momento de pausa.

Nas redes sociais, Fernanda foi vista em uma loja local, onde recebeu felicitações dos funcionários. "Hoje foi um dia especial na loja! Tivemos o prazer de parabenizar pessoalmente nossa querida cliente", dizia a legenda da publicação do estabelecimento no Instagram.

A atriz também compartilhou um registro em que aparece curtindo uma cachoeira da região.

O sítio já serviu de cenário para produções da TV Globo, como a série Amor e Sorte, em que Fernanda contracenou com sua mãe, Fernanda Montenegro, durante a pandemia. A propriedade também foi utilizada no especial de Natal Gilda, Lúcia e o Bode, ambos exibidos em 2020.