A Polícia Militar prendeu na tarde desta segunda-feira, 12, uma quarta pessoa suspeita de participar da morte da professora de Matemática Fernanda Reinecke Bonin, encontrada morta com sinais de estrangulamento no dia 28 de abril nos arredores do Autódromo de Interlagos, zona sul de São Paulo.
Jane Maria da Silva, de 38 anos, é apontada pela polícia como a mulher que aparece ao lado de João Paulo Bourquin, outro suspeito já preso, abandonando o carro da vítima, uma Hyundai Tucson, logo após o crime. A defesa dela não foi localizada.
Além de Jane e de Bourquin, já foram presos outros dois suspeitos: a veterinária Fernanda Fazio, de 45 anos, ex-mulher da vítima, e Rosemberg Joaquim de Santana, de 54 anos, tido como uma espécie de "faz tudo" da veterinária.
Um quinto suspeito, Ivo Rezende dos Santos, ainda é procurado. A defesa dos citados também não foi encontrada.
Para a polícia, Fernanda Fazio, seria a mandante do crime. Ela foi encontrada na última sexta-feira, 9, no escritório de seu advogado. De acordo com os investigadores, ela não tinha intenção de se entregar. Em depoimento, a veterinária negou envolvimento na morte da ex.
As investigações ainda apuram as motivações do crime. Uma das hipóteses mais fortes é que o ato foi praticado por ciúmes e pela não aceitação, por parte de Fernanda Fazio, do fim do relacionamento com a professora.
A polícia ainda não sabe exatamente quem praticou o crime, mas diz que há indícios de que os três homens investigados tenham participado da execução. Trocas de mensagens entre alguns deles teriam sido interceptadas.
João Paulo Bourquin, um dos investigados, alega que foi só contratado pelos executores para dar sumiço no veículo da professora, e nega participação direta na morte de Fernanda Bonin, embora a polícia tenha encontrado cadarços na casa do suspeito.
Quando o corpo da professora foi encontrado, em um terreno ermo no bairro Vila da Paz, zona sul da capital paulista, além de sinais de estrangulamento, havia um cadarço ao redor do pescoço da vítima. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Relembre o caso
Confrome a Polícia Civil, na noite do dia 27 de abril, Fernanda Bonin, de 42 anos, foi atraída pela ex-companheira até a Avenida Jaguaré, na zona oeste. Ela teria saído de casa porque Fazio alegou que seu carro teve pane na caixa de câmbio e que precisava de ajuda.
Ao chegar no local, foi abordada por criminosos, morta e levada a um terreno próximo ao autódromo. Fernanda Bonin só foi encontrada no dia seguinte, com sinais de estrangulamento e um cadarço enrolado em volta do pescoço.
Seus pertences, um carro e celular, foram abandonados e localizados dias depois do crime na Rua Ricardo Moretti, também perto de Interlagos. No veículo, foi encontrada uma faca possivelmente usada para ameaçar a vítima.
Enquanto a professora era abordada pelos criminosos, Fernanda Fazio se deslocou até a casa de Bonin para levar os dois filhos das duas. Elas estavam separadas há cerca de um ano e as crianças ficavam na casa da vítima.
Em depoimento à polícia, Fazio disse que o carro teria voltado a funcionar e que foi até o apartamento da ex-esposa para levar as crianças. Para os investigadores, ela disse que somente no dia seguinte acionou a polícia, após a escola informar a ausência de Bonin. (Colaborou Caio Possati)
Mulher que teria abandonado carro de professora morta em SP é presa pela polícia
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