'Bandido não é artista', diz Polícia Civil do Rio em vídeo após prisão de Oruam

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A polícia civil do Rio de Janeiro publicou em seu perfil no Instagram um vídeo rebatendo a campanha contra a prisão do rapper Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, suspeito de cometer os crimes de desacato, dano, ameaça e lesão corporal. "Bandido não é artista. De que lado você está?", incita o post da polícia civil. A defesa do artista alega que a resistência foi provocada por abuso de autoridade por parte dos policiais.

No vídeo, há imagens do cantor atirando pedras contra policiais, falando que está na comunidade da Penha e provocando os agentes a buscá-lo no local. Ele reforça ainda que é filho do Marcinho VP, apontado como um dos principais líderes do Comando Vermelho, preso desde 1996.

Até o momento, no entanto, não há provas de que o rapper tenha envolvimento com o crime organizado. Os fãs alegam que o rapper estaria sofrendo perseguição por conviver e ter familiares membros do Comando Vermelho, além de cantar sobre a realidade do crime na cidade do Rio de Janeiro.

De acordo com a polícia, tanto Oruam quanto outros cantores de trap e funk alvo de operações policiais "abrem as portas de casa para marginais, agridem verbal e fisicamente nossos policiais e tentam inverter a lógica do certo e do errado".

"Enquanto a Polícia Civil RJ trabalha para combater o crime organizado, alguns preferem atacar quem protege a população de bem", diz o post. "Tenta posar de artista, mas quem agride agentes públicos e protege foragidos já mostrou de que lado está"

Depois da ação, o secretário da PCERJ, Felipe Curi, ainda se referiu ao rapper como "um criminoso faccionado, ligado à facção criminosa Comando Vermelho."

Nas redes sociais, os defensores do cantor pregam que "MC não é bandido" e pedem a soltura dele - o cantor Poze do Rodo, preso recentemente por suposto envolvimento com o Comando Vermelho, também faz parte da campanha.

A Justiça determinou a prisão por conta do ataque a policiais civis durante uma operação para apreender um adolescente suspeito de roubo, que estava na vila do Joá, zona oeste do Rio.

O rapper alegou que atirou pedras porque os policiais apontaram armas contra ele e os amigos, e se entregou nesta terça-feira, 22. A Polícia Civil afirma ainda que Oruam também é investigado por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Mas a defesa do cantor diz que não foram encontradas drogas ou produtos ilícitos durante as buscas realizadas na casa dele. O processo contra o rapper está em segredo de Justiça.

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Francisco Gil, filho de Preta Gil, fez uma homenagem à mãe, que morreu em julho passado, durante um show em Londres na última quinta-feira, 11.

"Talvez tudo que eu faça agora na música vá ser dedicado para ela, para minha mãe, Preta Gil", disse na apresentação.

Francisco se apresentava com o trio Gilsons, formado por filhos e netos de Gilberto Gil. Ele, José Gil e João Gil estão em turnê na Europa no momento.

Nesta sexta-feira, 12, o trio de se apresenta em Barcelona e depois segue para Madrid. A turnê europeia do Gilsons segue até o dia 5 de outubro, com show nos Países Baixos, Alemanha, Bélgica, França, Suíça, Dinamarca, Suécia, Noruega e Irlanda.

Francisco estive ao lado de Preta durante seu tratamento de câncer nos Estados Unidos. A artista se submetia a uma imunoterapia experimental, considerada a última alternativa para pacientes em estágio avançado da doença. A morte da cantora, no dia 20 de julho, comoveu o País e gerou homenagens em diversas esferas da cultura brasileira.

O cineasta brasileiro Walter Salles apresentará uma sessão de O Agente Secreto, filme dirigido por Kleber Mendonça Filho, no Museu da Academia do Oscar, em Los Angeles. A informação é da revista norte-americana Variety.

O evento, que ocorrerá no dia 19 de outubro, marca o início da 17ª edição do BRAVO Film Festival - mostra de cinema voltada para a divulgação do audiovisual brasileiro nos Estados Unidos.

Além de Salles, a sessão também contará com a presença do diretor do longa, Kleber Mendonça Filho, e da produtora, Emilie Lesclaux. O evento faz parte da campanha do filme nacional para o Oscar de 2026.

Na trama, ambientada durante a ditadura militar brasileira, Marcelo (Wagner Moura) é um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta ao Recife em busca de paz. Ele, no entanto, logo percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura.

O longa venceu dois prêmios no Festival de Cannes - Melhor Ator e Melhor Direitor - e teve seus direitos de exibição nos Estados Unidos comprado pela NEON - produtora responsável pelo filme Anora, vencedor de cinco Oscar em 2024.

Na imprensa internacional, O Agente Secreto é colocado como um sério concorrente a quatro estatuetas - Melhor Ator, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Internacional.

O longa, inclusive, está entre as seis obras selecionadas que disputam a indicação brasileira à categoria de Melhor Filme Internacional. No ano passado, Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, levou a estatueta para casa.

Taylor Swift aceitou depor no processo movido por Blake Lively contra Justin Baldoni, conforme registro judicial apresentado pela equipe do ator. A cantora pode ser questionada sobre conversas que teve com Lively a respeito das condições de filmagem de É Assim Que Acaba.

De acordo com a revista Variety, a equipe de Baldoni obteve autorização judicial para acessar mensagens trocadas entre Lively e Swift, depois que a defesa de Lively tentou, sem sucesso, excluir Swift do caso.

Detalhes do processo

Blake Lively acusa Justin Baldoni, diretor e co-estrela do filme, de assédio sexual e retaliação. Ela afirma que Baldoni e os produtores e publicitários do longa teriam iniciado uma campanha de difamação online como punição por ela ter feito reclamações. O julgamento está marcado para acontecer entre os meses de março e junho, na corte federal de Nova York.

Lively já prestou depoimento. Ainda faltam os depoimentos de Baldoni e dos também réus Steven Sarowitz e Jamey Heath. Em uma petição apresentada na quinta-feira, 11, os advogados de Lively solicitaram a extensão do prazo para os depoimentos de 30 de setembro para 10 de outubro, alegando que a equipe de Baldoni atrasou a entrega de documentos solicitados.

A defesa de Baldoni respondeu que a solicitação de extensão se limita à necessidade de agendar o depoimento de Swift entre 20 e 25 de outubro, devido a compromissos profissionais já assumidos pela cantora.

O pedido da equipe de Baldoni é exclusivamente "para acomodar a testemunha terceirizada Taylor Swift, que concordou em depor, mas não pode fazê-lo antes de 20 de outubro de 2025".

A equipe de Lively contestou o pedido, argumentando que Baldoni não tomou medidas para agendar o depoimento de Swift antes desta semana e questionou a relevância do testemunho da cantora para o caso.

Além disso, a defesa de Lively se opôs à solicitação de Baldoni de extensão geral de prazos. Anteriormente, havia sido acordado que os depoimentos de Baldoni ocorreriam nos dias 21 e 22 de setembro, o de Sarowitz em 15 de setembro e o de Heath nos dias 18 e 19 de setembro. Lively alega que a equipe de Baldoni desrespeitou ordens judiciais para entregar mensagens do aplicativo Signal de forma imediata.

Estratégia e polêmica midiática

A equipe de Lively ainda acusa Baldoni de envolver repetidamente Swift no caso para gerar atenção da mídia. Por outro lado, Bryan Freedman, advogado principal de Baldoni, afirmou ter ouvido que Lively teria pressionado Swift para emitir uma declaração de apoio e deletar mensagens trocadas, alegação que foi posteriormente retirada do registro judicial.

Anteriormente, a defesa de Baldoni havia solicitado oficialmente comunicações de Swift, mas a intimação foi retirada posteriormente.