Com fila por UTI e pacientes do Paraguai, Foz do Iguaçu está em colapso

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Com 29 pessoas à espera de UTI covid-19 na rede pública, o sistema de saúde de Foz do Iguaçu, no Paraná, está em colapso. Além de absorver a demanda da região, a cidade da fronteira ainda recebe pacientes vindos do Paraguai, que também vive crise por cuja crise sanitária também colocou o governo local em xeque. Estimativas das autoridades de saúde apontam que cerca de 1/3 dos pacientes atendidos vêm do país vizinho. Nesta sexta-feira, 12, Foz tinha ocupação de 104% dos leitos de terapia intensiva.

Já nas alas de enfermaria, a lotação no município paranaense é de 97,75%. Desde o início da pandemia, a cidade já registrou 475 óbitos - 70 apenas este mês. Março deve superar dezembro, mês com maior número de mortes (77).

O guarda municipal Gervasio Bergmann, de 59 anos, está na lista dos seis últimos óbitos registrados na cidade. Ele estava na UPA Walter Cavalcante Barbosa e aguardava havia quatro dias uma vaga de enfermaria covid.

Os pacientes à espera da UTI covid são da 9ª. Regional de Saúde, que abrange Foz do Iguaçu e outros oito municípios da região. E, apesar de oficialmente não estar nesta lista, cidadãos do Paraguai procuram a saúde pública e engrossam a fila de espera por leitos. Estimativas da Secretaria de Saúde indicam que pelo menos 30% dos pacientes atendidos pela rede de Foz são paraguaios ou brasileiros que vivem no país, os chamados brasiguaios.

Uma profissional de saúde de Foz, que não quis se identificar, disse ao Estadão que muitos pacientes chegam ao serviço de saúde já em estado grave e há dificuldade para conseguir ventiladores. Médicos, enfermeiros e fisioterapeutas estão no limite e, quando não são afastados por terem contraído a doença, ficam esgotados psicologicamente.

O Paraguai vive um cenário de instabilidade política após uma semana de protestos que tomaram as ruas do país. Os manifestantes reclamavam da falta de vacinas e medicamentos adequados no tratamento de pacientes com covid-19. Opositores políticos têm defendido o impeachment do presidente Mario Abdo Benítez.

Fiscais vistoriam veículos com placas paraguaias

A procura de paraguaios e brasiguaios pelo sistema de saúde de Foz não é novidade. A prática é antiga, mas com a covid a situação se complicou em razão da necessidade de internação. Preocupado com a corrida dos vizinhos à rede de saúde, o prefeito Chico Brasileiro (PSD) decidiu apertar as medidas.

Nas últimas semanas, fiscais da prefeitura começaram a vistoriar vans e veículos com placas paraguaias que costumam trazer pacientes para o lado brasileiro da fronteira. Barreiras volantes foram montadas na região da Ponte da Amizade, aberta desde outubro. Não há a mesma preocupação em relação à Argentina porque a Ponte Tancredo Neves, que liga Foz do Iguaçu a Puerto Iguazú, está fechada há quase um ano.

Para conter a escalada da doença, a prefeitura também anunciou toque de recolher e fechamento do comércio. Na semana passada, somente serviços e estabelecimentos essenciais, como supermercados e farmácias, ficaram de portas abertas. Neste fim de semana, haverá toque de recolher das 18h às 5h e, no domingo, o comércio estará totalmente fechado, inclusive supermercados. A liberação de funcionamento é só para entrega de alimentos prontos.

Atrativos turísticos e locais de hospedagem ficam abertos, mas com restrição de 30% na ocupação. Os moradores de Foz não podem ter acesso aos atrativos, sob pena de multa. As aulas presenciais na rede pública municipal e estadual foram suspensas e, na rede privada, serão liberadas a partir de segunda-feira, 15, apenas para educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental, com limitação de 30% de alunos.

Brasileiros são presos por festa em cidade paraguaia

Do lado paraguaio da fronteira, os brasileiros também são motivo de preocupação - alguns vão para Ciudad del Este para fugir do toque de recolher em Foz. No último domingo, cerca de 100 brasileiros foram detidos pela polícia paraguaia quando participavam de uma festa em um bar, sem respeitar medidas sanitárias. Eles foram colocados em um ônibus e voltaram para a cidade paranaense.

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Maria Bethânia e Caetano Veloso realizaram, na noite deste sábado, 15, o penúltimo show da turnê conjunta que tem rodado o País, mas nem tudo ocorreu como planejado. A cantora de 78 anos precisou interromper a apresentação na Farmasi Arena, no Rio de Janeiro, por conta de problemas técnicos no som.

Enquanto cantava As Canções que Você Fez pra Mim, durante seu bloco solo no show, ela começou a reclamar: "Está tudo errado aqui no som. Não dá para cantar com esse som". Em seguida, levantou a voz e interrompeu a música: "Me respeitem! Eu não vou cantar com esse som". A apresentação parou e Bethânia foi bastante aplaudida pelo público.

O show ficou interrompido por alguns minutos, enquanto a cantora conversava com a equipe técnica, visivelmente irritada. Ela explicou à plateia que seu microfone havia sido trocado e que o retorno do som estava "um horror".

"Só tem chiado no meu ouvido. Não é absolutamente o som que eu estava cantando. Querem me desafiar. Ficaram zangados comigo ontem no ensaio porque eu briguei do som. E acabou", continuou.

Depois, Bethânia disse para chamarem Caetano "para fazer o final do show". Ao ouvir os lamentos da plateia, disse: "Não posso fazer o solo se não tenho voz. Sou uma cantora, eu não tenho outra coisa se não minha voz. Eu sinto muito. É uma vergonha, no Rio de Janeiro, a gente voltar e acontecer isso."

A cantora completou a apresentação de As Canções, mas pulou Negue, que costuma ser a última música de seu segmento solo. Caetano Veloso subiu ao palco e apresentação seguiu normalmente, com os dois lado a lado no encerramento.

Preta Gil revelou que recebeu alta do hospital em que estava internada em Salvador por conta de uma pielonefrite (infecção urinária). A cantora falou sobre o tema em stories publicados em seu Instagram neste sábado, 15, enquanto se preparava para ir ao show da turnê Tempo Rei, de seu pai, Gilberto Gil.

"Eu estou bem. Estou me sentindo bem. Fui muito bem tratada aqui em Salvador", afirmou Preta, que destacou: "É uma coisa que já aprendi que vou ter que saber lidar porque vai ser recorrente. Primeiro porque estou com a sonda, um lugar que acumula muita bactéria."

"Independente da sonda, eu tive que fazer um transplante no meu rim, no meu ureter, no lado direito, por conta de um tumor que eu tinha na ureter. Essas questões de infecções no trato urinário e rim é um assunto que ficou delicado para mim, vou ter sempre que tomar cuidado. Mas não é algo que dependa de mim", continuou.

Preta Gil estava internada desde o último sábado, 8 de março, e chegou a ser monitorada na UTI. Posteriormente, recebeu alta e foi para o quarto, até deixar o hospital em definitivo na sexta, 14.

Vinícius de Oliveira, que ficou conhecido por ter protagonizado o filme Central do Brasil ao lado de Fernanda Montenegro, quando ainda era uma criança, em 1998, publicou em sua conta no Instagram um relato sobre seu reencontro com a atriz quase três décadas após as gravações.

O fato se deu durante um evento de pré-estreia do filme Vitória: "É sempre um carrossel de emoções encontrar a maior representante da cultura desse País, a amiga de longa data, nossa rainha Fernanda Montenegro."

"Foi mais uma vez único, mas, como sempre, de aprendizado de vida. Estar ao lado dela me faz todo ouvidos. Sua paixão pela arte e pela vida é tamanha que o 'pouco' tempo que pudemos estar ali foi suficiente para eu repensar o entendimento da vida", refletiu Vinícius de Oliveira.

Em seguida, o ator explicou: "Afinal, aos 95 anos, com total capacidade intelectual e física, Fernanda veio do Rio, estava fazendo toda a social e, dali a algumas horas, partiria para o Rio novamente porque teria ensaio a tarde na ABL para a noite, então, fazer sua apresentação de 14 textos diferentes de literatura."

"Que artista, que ser humano é Fernanda Montenegro! Passarei a vida agradecendo esse acontecimento de mulher. Que ela siga nos brindando com sua arte. Obrigado e obrigado, Fernanda!", concluiu.

Em Central do Brasil, Vinícius de Oliveira deu vida ao menino Josué. Após a morte de sua mãe, no Rio de Janeiro, a personagem de Fernanda Montenegro, Dora, atravessava o País rumo ao Nordeste em busca do pai do garoto. O filme, dirigido por Walter Salles, concorreu ao Oscar nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz.