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Mimo Festival anuncia sua programação para 2021

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A programação do festival Mimo 2021 foi divulgada pela produção do evento. Os dias de exibição dos shows, todos gravados previamente, serão 26, 27 e 28 de março e a plataforma será o canal do YouTube do festival. Esta edição estará focada em atrações nacionais, ao contrário dos anos anteriores. A pandemia e o mercado de entretenimento em retração certamente influencia nisso. Ainda assim, a produtora Lu Araújo, há 16 anos à frente de uma das mais gratas experiências de festivais do país, mantém a dignidade de sua programação. Além dos shows inéditos, haverá filmes, palestras e workshops.

As atrações do dia 26 serão Cristina Braga, Marcos Ribeiro e Ricardo Medeiros; as cantoras Duda Brack e Cida Moreira e o pernambucano Otto. No dia seguinte, os shows serão de Duo Santoro, Luciane Dom, Caio Prado, Tuyo, Pedro Luis e Luedji Luna. E no encerramento, o duo Ana de Oliveira e Sergio Ferraz; Natascha Falcão; Almério; Zé Manoel e a única atração internacional, o quarteto francês Nouvelle Vague. Todos os dias haverá abertura de DJ Montano.

Vai valer saber de Duda Brack depois de um tempo sem notícias, apesar do entusiasmo da crítica com suas primeiras aparições. Ela gravou recentemente uma ótima canção com Ney Matogrosso e seguiu gestando seu álbum com discrição. Cida Moreira faz uma avant-première de seu bem resenhado Um Copo de Veneno. E Otto, figura conhecida dos line-ups da Mimo, faz um repasse de sua carreira. Do segundo dia, muito frescor da produção atual: Luciane Dom, Caio Prado, Tuyo, um trio eletrônico, e Luedli Luna, que traz o novo álbum, Bom Mesmo é estar Debaixo D'Água.

Mais conexão com o novo na terceira noite, quando a pernambucana Natascha Falcão mostrra o repertório, em primeira mão, de Ave Mulher; Almério, em processo de gravação de álbum, retoma suas primeiras aventuras e Zé Manoel traz o excelente álbum Do meu coração nu, produzido por Luisão Pereira. O show gravado em Paris do arrebatador Nouvelle Vague encerra a temporada.

Fazem falta as descobertas transformadoras que a Mimo proporciona em tempos normais. Os africanos, os europeus do leste, os ingleses, os escoceses, os sul-americanos. Mas, ainda que sem poder ir tão longe, o festival mostra o quanto temos a nos surpreender com o que se passa ao lado.

Cinema, workshops e ideias

Serão seis filmes disponíveis na plataforma Vimeo. Os títulos e os respectivos filmes ainda não foram divulgados. Os workshops técnicos, coordenados por Daniela Pastore, terão os seguintes assuntos: o áudio para novos formatos - shows gravados e transmitidos; conceitos básicos de áudio; e direção técnica para novos formatos. E o Fórum de Ideias, com a curadoria de Lu Araujo e Chris Fuscaldo, vai tratar dos seguintes temas: novos formatos e experiências no mercado da música nacional; o papel das artes no combate ao racismo; a memória como salvação: por que não esquecer artistas que fizeram nossa história; e biógrafos e biografias: os desafios e prazeres de se escrever a vida de alguém.

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O corpo da cantora Nana Caymmi será velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 2, a partir das 8h30. O enterro ocorrerá às 14h, no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo.

Uma das principais cantoras do Brasil, Nana morreu na noite desta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, depois de ficar nove meses internada na Casa de Saúde São José, no Rio, para tratar uma arritmia cardíaca. De acordo com nota divulgada pelo hospital, a causa da morte de Nana foi a disfunção de múltiplos órgãos.

Ao Estadão, o irmão de Nana, o músico e compositor Danilo Caymmi, afirmou que, além da implantação de um marcapasso para corrigir a arritmia cardíaca, Nana apresentava desconforto respiratório e passava por hemodiálise diariamente. Nana também sofria de um quadro de osteomielite, uma infecção nos ossos, que lhe causava muitas dores. Segundo ele, Nana esteve lúcida por todo o tempo, mas, no dia 30 de abril, entrou em choque séptico.

Filha do compositor Dorival Caymmi, Nana começou a carreira no início dos anos 1960, ao lado do pai. Após se afastar da vida artística para se casar - ela teve três filhos, Stella, Denise e João Gilberto -, Nana retomou a carreira ainda na década de 1960, incentivada pelo irmão Dori Caymmi.

Nos anos 1970 e 1980, gravou os principais compositores da música brasileira, como Milton Nascimento, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Sueli Costa, Ivan Lins, João Donato e Dona Ivone Lara.

Em 1998, conheceu a consagração popular ao ter o bolero Resposta ao Tempo, de Aldir Blanc e Cristóvão Bastos, incluído como tema de abertura da minissérie Hilda Furacão, da TV Globo.

Nana gravou discos regularmente até 2020, quando lançou seu último trabalho, o álbum Nana, Tom, Vinicius, só com canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.

A cantora Nana Caymmi, que morreu na noite desta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, fez aniversário no último dia 29 de abril. Internada desde julho de 2024, Nana recebeu uma mensagem da também cantora Maria Bethânia, de quem era amiga.

Bethânia escreveu: "Nana, quero que receba um abraço muito demorado, cheio de tanto carinho e admiração que tenho por você. Querida, precisamos de você e da sua voz. Queremos você perto e cheia de suas alegrias, dons e águas do mar na sua voz mais linda que há. Amor para você, hoje, seu aniversário, e sempre. Rezo à Nossa Senhora para você vencer esse tempo tão duro e difícil. Peço por sua voz e por sua saúde. Te amo. Sua irmã, Maria Bethânia".

Nana e Bethânia tinham uma longa relação de amizade e gravaram juntas no álbum Brasileirinho, de Bethânia, lançado em 2003. Bethânia afirmou mais de uma vez que Nana era a maior cantora do Brasil.

De acordo com informações divulgadas pela Casa de Saúde São José, onde Nana estava internada há nove meses para tratar de problemas cardíacos, a cantora morreu às 19h10 desta quinta-feira, em decorrência da disfunção de múltiplos órgãos.

Morreu nesta quinta-feira, 1° de maio, Nana Caymmi, aos 84 anos, em decorrência de problemas cardíacos. A morte foi confirmada pelo irmão da artista, o também músico e compositor Danilo Caymmi. Ela estava internada havia nove meses em uma clínica no Rio de Janeiro.

"Eu comunico o falecimento da minha irmã, Nana Caymmi. Estamos, lógico, na família, todos muito chocados e tristes, mas ela também passou nove meses sofrendo em um hospital", disse Danilo Caymmi.

"O Brasil perde uma grande cantora, uma das maiores intérpretes que o Brasil já viu, de sentimento, de tudo. Nós estamos, realmente, todos muito tristes, mas ela terminou nove meses de sofrimento intenso dentro de uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital", acrescentou o irmão, em um vídeo publicado no Instagram.

Nas redes, amigos e admiradores também prestaram homenagens à cantora.

"Uma perda imensa para a música do Brasil", escreveu o músico João Bosco, com quem Nana dividiu palcos e microfones. Bosco também teve canções interpretadas por Nana Caymmi, como Quando o Amor Acontece.

O cantor Djavan disse que o País perde uma de suas maiores cantoras e ele, particularmente, uma amiga. "Descanse em paz, Nana querida. Vamos sentir muito sua falta, sua voz continuará a tocar nossos corações."

Alcione também diz que perdeu uma amiga e que a intérprete, filha de Dorival Caymmi, tinha "a voz". "Quem poderá esquecer de Nana Caymmi?"

"Longe, longe ouço essa voz que o tempo não vai levar! Nana das maiores, das maiores das maiores", postou a cantora Monica Salmaso, que já tinha prestado uma homenagem para Nana na última terça, quando a artista completou 84 anos. "Voz de catedral", descreveu Monica na ocasião.

O escritor, roteirista e dramaturgo Walcyr Carrasco disse que, nesta quinta, a música brasileira deve ficar em silêncio em respeito à partida da artista. "Que sua voz siga ecoando onde houver saudade. Meus sentimentos à família, amigos e admiradores!"

A deputada federal e ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina (PSOL-SP) disse que Nana Caymmi tinha umas das vozes "mais marcantes da música popular brasileira" e que a cantora deixa um "legado extraordinário" para o Brasil por meio de interpretações "únicas e carregadas de emoção". "Que sua arte siga viva, e que ela descanse em paz", disse a parlamentar.

A artista Eliana Pittman diz que se despede com tristeza de Nana Caymmi, a quem descreveu com uma das uma "das maiores vozes" que o Brasil já teve, e elogiou a cantora pela irreverência e forte personalidade.

"Nana nunca se curvou a convenções: cantava o que queria, do jeito que queria - e por isso, marcou gerações", disse Eliana, que também fez elogios qualidade técnica da intérprete. "Sua voz grave, seu timbre inconfundível e sua forma tão particular de existir na música deixam um vazio irreparável".

O Grupo MPB4 postou: "Siga em paz, querida Nana Caymmi! Nosso mais fraterno abraço para os amigos Dori Caymmi, Danilo Caymmi (irmãos de Nana Caymmi) e toda a família".