Hospitais filantrópicos dizem que têm 'kit intubação' por apenas uma semana

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Hospitais filantrópicos de São Paulo têm estoques de medicamentos indispensáveis no tratamento da covid-19 suficientes para apenas mais uma semana, alerta nota divulgada neste sábado, 20, pela Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado (Fehosp).

A exemplo do que também vem sendo registrado na rede privada, os produtos em escassez são os sedativos e bloqueadores neuromusculares que compõem o chamado "kit intubação", essencial para intubar e manter intubados pacientes em estado crítico. Sem os remédios, o número de mortes pela doença pode aumentar consideravelmente.

O aumento pela demanda dos remédios, a escassez de matéria-prima para produção e custos significativamente mais elevados são alguns dos fatores que levam à redução dos estoques. Estão em falta os bloqueadores neuromusculares Atracúrio, Cisatracúrio, o relaxante muscular Rocurônio, usado para facilitar a intubação, o anticoagulante henoxaparina e o sedativo fentanil, entre outros.

"Na primeira onda a intubação ocorria em 50% a 60% dos casos", explicou o diretor-presidente da Fehosp, Edson Rogatti. "Hoje, o que nós observamos é que 100% dos pacientes que precisam de UTI estão intubados; logo, aumentou de forma considerável o uso desses medicamentos."

Além disso, explicou Rogatti, os hospitais continuaram atendendo outros pacientes.

"Não deixamos de atender as outras demandas hospitalares, como traumas, oncologia, cardiologia e outras doenças que também demandam intubações", disse. "Agora, com o aumento dos casos de covid-19, principalmente dos que requerem UTI, estamos usando os bloqueadores neuromusculares e os sedativos em larga escala, o que está levando à escassez. E a escassez é um passo antes do desabastecimento."

Para agravar ainda mais a situação, houve um aumento substancial dos preços dos medicamentos. O rocurônio, por exemplo, que em dezembro de 2020 custava R$ 16 a unidade, está custando agora R$ 298 - um aumento de nada menos que 1.762%. O preço do atracúrio passou de R$ 14 para R$ 69. O propofol, por sua vez, passou de R$ 13 para R$ 33 e o fentanil de R$ 5 para R$ 10. Segundo os laboratórios farmacêuticos, o aumento da demanda teria provocado um aumento no custo das matérias primas, que são importadas.

"Em dezembro, já estávamos trabalhando com uma inflação que vinha desde o começo da pandemia", afirmou Rogatti. "Já vivenciamos isso no passado e, agora, estamos vivenciando de forma mais intensa por conta do aumento abrupto do número de casos. Com a escassez, alguns distribuidores que estocaram estão ofertando a preços absurdos em um momento tão crítico do enfrentamento. Se o hospital comprar a esse preço, não conseguirá manter sua sustentabilidade e irá sucumbir."

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota de pesar pelo falecimento da cantora Cristina Buarque, que morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. Segundo Lula, a compositora teve "papel extraordinário" na música brasileira.

"Quero expressar meus profundos sentimentos pelo falecimento de Cristina Buarque. Cantora e compositora talentosa, teve um papel extraordinário na música brasileira ao interpretar as canções de alguns dos mais importantes compositores do samba carioca, ajudando a poesia e o ritmo dos morros do Rio a conquistarem os corações dos brasileiros", escreveu o chefe do Executivo no período da tarde. "Aos seus familiares e ao meu amigo Chico Buarque, deixo minha solidariedade e um forte abraço."

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada.

A cantora Cristina Buarque morreu neste domingo, 20, aos 74 anos. A informação foi divulgada por Zeca Ferreira, filho da artista, em uma publicação em sua página no Instagram.

Compositora e sambista, Cristina movimentava a Ilha de Paquetá, onde morava, com uma roda de samba. Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de Maria Amélia Alvim, Cristina era irmã dos cantores Chico Buarque e Miúcha, e da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda.

A causa da morte de Cristina não foi divulgada. Nas redes sociais, seu filho prestou uma homenagem à mãe e comentou sobre sua personalidade "avessa aos holofotes".

"Uma vida inteira de amor pelo ofício e pela boa sombra. 'Bom mesmo é o coro', ela dizia, e viveria mesmo feliz a vida escondidinha no meio das vozes não fosse esse faro tão apurado, o amor por revirar as sombras da música brasileira em busca de pequenas pérolas não tocadas pelo sucesso, porque o sucesso, naqueles e nesses tempos, tem um alcance curto", escreveu Zeca, acrescentando que a mãe foi o "ser humano mais íntegro" que já conheceu.

Cristina também foi homenageada pela sobrinha Silvia Buarque. "Minha tia Christina, meu amor. Para sempre comigo", escreveu a atriz em suas redes. A artista deixa cinco filhos.

O bar Bip Bip, tradicional reduto do samba em Copacabana, fez uma publicação lamentando a morte da artista e destacando seu legado: "Formou gerações com suas gravações e repertório, sempre generosa com o material e o conhecimento que acumulou durante anos de rodas de samba."

Carreira

Referência na pesquisa de samba, Cristina gravou seu primeiro álbum, que levou seu nome, em 1974. Na época, a artista ganhou projeção com a interpretação de "Quantas lágrimas", composição do sambista Manacéa.

Segundo o Instituto Memória Musical Brasileira (Immub), a cantora gravou 14 discos ao longo da carreira, sendo o mais recente "Terreiro Grande e Cristina Buarque cantam Candeia", de 2010. Além disso, a artista fez pelo menos 68 participações em discos.

Ao longo da carreira, Cristina foi respeitada não só por sua voz, mas também pela curadoria que fazia de sambas, valorizando artistas como Wilson Batista e Dona Ivone Lara. Portelense e conhecida por sua personalidade peculiar, a compositora recebeu o apelido de "chefia" nas rodas de samba cariocas.

Maike deixou o BBB 25 poucos dias após iniciar o romance com Renata. Mesmo com a distância, a bailarina não descarta um futuro relacionamento ao fim do programa. Neste sábado, 19, ela refletiu sobre a possibilidade em conversa com Guilherme.

"Acho que lá fora a vida é diferente, então têm outras coisas para conhecer, minhas e dele. Então acho que vai ter que existir esse momento de, lá fora, a gente se permitir outras coisas, ter uma nova conversa", pontuou Renata.

A bailarina disse que precisa conhecer o "currículo" do pretendente fora da casa. Contudo, acredita que a convivência ao longo do confinamento pode ajudar em alguns quesitos, já que eles se viram em diversas situações.

"Mas eu não deixei de viver nada aqui dentro. E não tem mais muito o que eu mostrar, ele já me viu com geleca na cabeça, com pipoca, pó na cara, caindo no molho de tomate, ele já me viu de todos os jeitos", refletiu aos risos.

Maike foi eliminado no 15º Paredão com 49,12% dos votos, no último dia 10. Na ocasião, ele disputou a berlinda com Vinicius, que teve 48,02%, e Renata, 2,86%.