SP tem 54 cidades com estoque crítico de oxigênio; 6 morrem após falha no RS

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Ao menos 54 municípios paulistas estão em "estado crítico" de abastecimento de oxigênio medicinal, diz levantamento do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo (Cosems/SP) obtido pelo Estadão. Na lista, estão cidades do interior, como Bragança Paulista, da Baixada, como Santos, e da região metropolitana da capital, como Francisco Morato. Em Campo Bom (RS), seis pessoas morreram em um hospital por falha no sistema de distribuição de oxigênio.

A situação crítica ocorre no momento de auge da pandemia. O Brasil registrou mais 2.730 novas mortes pela covid-19 ontem, conforme o consórcio da imprensa. A média semanal de vítimas bateu recorde pelo 21.º dia consecutivo e ficou em 2.178. Pela primeira vez, o País passou a marca de 15 mil mortes em uma semana.

Há pressão sobre o sistema de saúde, com aumento recorde de internações. São Paulo, por exemplo, registra uma média de 2.992 por dia, a maior de toda a pandemia e praticamente o dobro de um mês atrás.

Dos 645 municípios de São Paulo, 69 responderam à entidade sobre a falta de cilindros de oxigênio, entre terça e sexta-feira, em uma enquete virtual. Segundo o presidente do conselho e secretário de Saúde de São Bernardo do Campo, Geraldo Reple Sobrinho, a situação se deve especialmente às dificuldades de ampliar o fornecimento de cilindros de oxigênio no mesmo ritmo das hospitalizações.

Como em outros Estados do País, municípios de médio e pequeno porte paulistas dependem majoritariamente do oxigênio em cilindro, cuja logística por vezes envolve grandes deslocamentos e tem um volume de entrega limitado. Hospitais de maior porte costumam receber, por exemplo, o produto na forma líquida, que é armazenado em tanques. "Há um aumento de quase cinco vezes no consumo, isso é geral", diz ele.

Reple Sobrinho conta ter se reunido com o governo estadual sobre o tema duas vezes nesta semana. Além disso, o conselho prepara um documento sobre as "dificuldades que São Paulo está passando" para envio ao Ministério da Saúde. Em São Bernardo, ele relata que tanques de oxigênio líquido serão instalados em algumas UPAs para permitir o remanejamento dos cilindros.

Na quinta-feira, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, admitiu que municípios paulistas têm relatado o problema e disse que a situação é discutida no gabinete de crise da pasta. "Não podemos assistir ao que foi visto em Manaus."

São Paulo está com 91,5% de ocupação na UTI para covid-19, média que é de 91,6% na Grande São Paulo. Em enfermaria, ela é, respectivamente, de 79,9% e 86,6%. Ao todo, 27.527 pessoas estão internadas com suspeita ou confirmação do vírus.

Em Araçatuba, a secretária de Saúde Carmem Silvia Guarientes conta que o sistema "entrou em colapso", mesmo após conseguir cilindros emprestados de clínicas, ambulatórios e até de pacientes de oxigenoterapia. Já Bragança Paulista disse estocar cilindros para evitar o desabastecimento. Situação semelhante é relatada por Franco da Rocha, na Grande São Paulo.

Em Santos, fornecedores e iniciativa privada também apontam a dificuldade de oferta de oxigênio para abrir leitos, segundo a prefeitura. "Ainda não há falta de oxigênio na Baixada Santista, mas a situação preocupa porque se o Estado e o País estão com problemas, pode refletir aqui", disse o prefeito, Rogério Santos (PSDB).

Rio Claro pediu à empresa fornecedora a ampliação da quantidade de cilindros. E outros municípios que não estão no levantamento também têm relatado problemas, como Presidente Venceslau. Já Taquarituba relatou à Frente Nacional de Prefeitos (FNP) estar passando por uma "crise no sistema de saúde", com aumento de 500% no consumo de oxigênio.

RS

Seis pessoas pacientes de covid-19 morreram nesta sexta-feira na cidade de Campo Bom, no Rio Grande do Sul, após uma falha no sistema de distribuição de oxigênio no Hospital Lauro Reus.

Segundo nota do hospital, o problema foi uma instabilidade na rede central de distribuição de oxigênio que durou aproximadamente 30 minutos. "Essa instabilidade foi registrada entre 8h10 e 8h40, quando 26 pacientes internados estavam recebendo ventilação mecânica nos setores de UTI e emergência. Além das seis vítimas, outros dois pacientes precisaram ser transferidos, todos com covid-19." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Maike deixou o BBB 25 poucos dias após iniciar o romance com Renata. Mesmo com a distância, a bailarina não descarta um futuro relacionamento ao fim do programa. Neste sábado, 19, ela refletiu sobre a possibilidade em conversa com Guilherme.

"Acho que lá fora a vida é diferente, então têm outras coisas para conhecer, minhas e dele. Então acho que vai ter que existir esse momento de, lá fora, a gente se permitir outras coisas, ter uma nova conversa", pontuou Renata.

A bailarina disse que precisa conhecer o "currículo" do pretendente fora da casa. Contudo, acredita que a convivência ao longo do confinamento pode ajudar em alguns quesitos, já que eles se viram em diversas situações.

"Mas eu não deixei de viver nada aqui dentro. E não tem mais muito o que eu mostrar, ele já me viu com geleca na cabeça, com pipoca, pó na cara, caindo no molho de tomate, ele já me viu de todos os jeitos", refletiu aos risos.

Maike foi eliminado no 15º Paredão com 49,12% dos votos, no último dia 10. Na ocasião, ele disputou a berlinda com Vinicius, que teve 48,02%, e Renata, 2,86%.

Lady Gaga enfrentou problemas técnicos no início do show que fez nesta sexta-feira, 18, no Coachella. O microfone da cantora apresentou falhas durante Abracadabra, segunda música do repertório, cortando a voz da artista.

Sem interromper a apresentação, Gaga trocou discretamente o microfone de cabeça por um modelo de mão e manteve a coreografia. Depois de alguns minutos, ela voltou ao palco com um novo microfone que funcionou corretamente até o fim da performance.

Momentos depois, ao piano, a artista se desculpou com o público pelo problema técnico. "Meu microfone parou de funcionar por um segundo. Pelo menos vocês sabem que eu canto ao vivo", disse.

A artista completou afirmando que estava fazendo o possível para compensar a falha: "Acho que a única coisa que podemos fazer é dar nosso melhor, e com certeza, eu estou dando meu melhor para vocês hoje".

Lady Gaga no Brasil

Lady Gaga está preste a vir ao Brasil. O palco para o seu show em Copacabana, no dia 3 de maio, está sendo erguidona areia da praia desde o último dia 7, e envolve uma megaoperação com cerca de 4 mil pessoas na equipe de produção nacional - sem contar o efetivo de órgãos públicos que também atuam no evento, como segurança, transporte e saúde.

O palco principal terá 1.260 metros quadrados e estará a 2,20 metros do chão, altura pensada para melhorar a visibilidade do público. A produção ainda contará com 10 telões de LED distribuídos pela praia e um painel de LED de última geração no centro do palco, prometendo uma experiência grandiosa para quem estiver presente e também para aqueles que assistirem de casa.

A estrutura do evento está sob responsabilidade da Bonus Track, mesma produtora que assinou o histórico The Celebration Tour de Madonna no ano passado, também em Copacabana. Para efeito de comparação, o palco da Rainha do Pop tinha 24 metros de largura e 18 metros de altura, com três passarelas e um elevador. A expectativa é que o show de Gaga supere esses números em impacto visual e tecnológico.

A apresentação está prevista para começar às 21h, com duração de 2h30. O show será gratuito, aberto ao público e terá transmissão ao vivo na TV Globo, Multishow e Globoplay.

A banda britânica The Who anunciou neste sábado, 19, que o baterista Zak Starkey está de volta ao grupo. A decisão vem após a saída repentina do músico, que havia sido desligado após um desentendimento com o vocalista Roger Daltrey durante uma apresentação no Royal Albert Hall, em Londres.

O comunicado, assinado pelo guitarrista e cofundador do grupo Pete Townshend, esclarece que houve falhas de comunicação que precisaram ser resolvidas "de forma pessoal e privada por todas as partes", e que isso foi feito com sucesso. Segundo ele, houve um pedido para que Starkey ajustasse seu estilo de bateria para o formato atual da banda, sem orquestra, e o baterista concordou.

O episódio que gerou tensão aconteceu durante o show beneficente Teenage Cancer Trust, no qual o vocalista Roger Daltrey, organizador do evento, interrompeu a última música da apresentação, The Song Is Over, para criticar a bateria de Starkey. "Para cantar essa música, preciso ouvir a tonalidade, e não consigo. Só tenho a bateria fazendo 'bum, bum, bum'. Não consigo cantar isso. Desculpem, pessoal", disse ao público.

Na nova mensagem, Townshend também assumiu parte da responsabilidade pela situação. Ele explicou que estava se recuperando de uma cirurgia no joelho e que talvez não tenha se preparado o suficiente para o evento. "Achei que quatro semanas e meia seriam suficientes para me recuperar totalmente… Errado", escreveu.

O músico admitiu ainda que a banda pode ter dedicado pouco tempo às passagens de som, o que gerou problemas no palco. Ele reforçou que o centro do palco é uma das áreas com som mais difícil de controlar e que Daltrey apenas tentou ajustar seu retorno de áudio. Zak, segundo ele, cometeu alguns erros e se desculpou.

Townshend descreveu o ocorrido como um "mal-entendido" e disse que tudo ganhou uma proporção maior do que deveria. "Isso explodiu muito rápido e ganhou oxigênio demais", afirmou. Agora, segundo ele, a banda considera o episódio encerrado e segue adiante com energia renovada.

O texto também desmentiu boatos de que Scott Devours, baterista da turnê solo de Daltrey, substituiria Zak de forma permanente. Townshend disse que lamenta não ter desmentido esse rumor antes e se desculpou com Devours.

Zak Starkey integra o The Who desde 1996 e é filho de Ringo Starr, baterista dos Beatles. Ele já tocou com outras bandas, como Oasis e Johnny Marr & The Healers.