Quem era o turista argentino encontrado morto no Rio de Janeiro

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte do argentino Alejandro Ainsworth, de 54 anos, que foi encontrado morto na capital fluminense na última segunda-feira, 8. Turista, a vítima foi localizada na estrada da Grota Funda, na zona oeste do Rio.

A polícia só conseguiu confirmar a sua identidade na quinta-feira, 11. Por ser estrangeiro, suas informações não constavam nos bancos de dados do País, o que atrasou a confirmação, explicou a Polícia Civil.

Alejandro Ainsworth era empresário do setor da saúde e morava em Buenos Aires com a família. Em uma rede social, se apresentava também como um "pai de profissão e vocação".

No LinkedIn, rede profissional, informava ser licenciado em administração de empresas com orientação em saúde e em segurança social, além de técnico em administração de empresas e em recursos humanos.

Na mesma plataforma, divulgava que estava trabalhando no setor comercial de uma empresa argentina que faz importação e comercialização de implantes cirúrgicos, mas com experiências nos cargos de gerente administrativo de um laboratório e auditor de prestação médica.

Crime

Alejandro Ainsworth foi visto pela última vez no domingo, 7, à noite, quando saía do hotel onde estava hospedado, em Copacabana.

Horas depois, já na madrugada de segunda, 8, movimentações financeiras suspeitas começaram a ser feitas nas contas bancárias do argentino, segundo os filhos da vítima disseram ao jornal La Nación. No mesmo dia, o celular foi bloqueado.

Conforme o jornal Clarín, os filhos informaram que os bandidos teriam pego US$ 3.500 e feito um empréstimo no valor de US$ 4.000. "Eles até tentaram fazer outro empréstimo, mas a família conseguiu impedi-los", informou o periódico argentino.

Assustados, os filhos vieram ao Brasil para acompanhar as investigações e ter mais notícias do paradeiro do pai. O corpo de Ainsworth foi localizado na segunda, mas os investigadores só conseguiram confirmar a identidade da vítima na quinta.

De acordo com a Polícia Civil, diligências ainda estão em andamento para identificar a autoria do crime.

A principal hipótese dos investigadores é a de que o argentino tenha sido alvo do golpe "Boa Noite, Cinderela", que consiste em dopar as vítimas colocando substâncias em suas bebidas sem que as pessoas percebam. A intenção é deixá-las inconscientes e saqueá-las na sequência.

Dois ingleses sofreram esse mesmo golpe em agosto deste ano, também no Rio de Janeiro. Eles perderam dois celulares e 2 mil libras (cerca de R$ 15 mil). Três mulheres suspeitas de dopar os rapazes são investigadas pelo crime.

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A polícia americana trata o cantor D4vd como suspeito da morte de Celeste Rivas, adolescente que foi encontrada em decomposição no porta-malas do carro do rapper. A informação é do portal TMZ.

O caso é tratado como um homicídio, embora o médico legista ainda não tenha determinado a causa da morte da vítima, uma vez que os investigadores ainda estão aguardando os resultados toxicológicos.

A descoberta do corpo

No dia 8 de setembro, o Departamento de Polícia de Los Angeles atendeu um chamado sobre um "odor desagradável" vindo de um veículo apreendido em um pátio de reboque. No porta-malas do carro estava o corpo de Celeste Rivas, uma garota de 15 anos.

O veículo, um modelo da marca Tesla, está registrado no nome de David Anthony Burke, a identidade verdadeira de D4vd. Segundo a emissora norte-americana ABC, o veículo estava no local há alguns dias e o corpo foi deixado no porta-malas dianteiro. A polícia revelou que o carro não estava registrado como roubado.

D4vd nega qualquer envolvimento com a morte de Celeste. Algumas evidências, no entanto, mostram que o cantor e a jovem provavelmente se conheciam e mantinham algum tipo de relacionamento amoroso.

Na internet, uma canção vazada de D4vd em 2023 foi recuperada por usuários da plataforma SoundCloud. Na música, D4vd canta sobre estar apaixonado por uma garota chamada Celeste. O título do arquivo vazado da canção, inclusive, era "Celeste_Demo unfin".

O cantor seria atração do Lollapalooza Brasil 2026, mas teve o show cancelado.

Um dos criadores do especial infantil Plunct Plact Zum, exibido pela TV Globo em 1983, Daltony Nóbrega morreu nesta segunda-feira, 17. A morte foi confirmada na página do compositor no Facebook. De acordo com a postagem, o músico de 77 anos lutava contra o câncer.

Mineiro de Juiz de Fora, Daltony era violonista, arranjador, redator e tradutor, além de compositor. Começou a sua carreira nos anos 1960, usando alguns codinomes como Daltõ e Dal-Tom.

Integrou o Grupo Mineiro, conjunto vocal que representou o Brasil no Festival de Viña Del Mar, no Chile; interpretou composições de nomes como Taiguara, Ivan Lins e Arthur Verocai e se apresentou com Beth Carvalho e Marlene.

Já nos anos 1970, já fora do Grupo Mineiro, compôs sucessos que ficaram eternizados nas vozes de Eliana Pittman, Evinha, Cláudia e Trio Mocotó.

Em 1980, o compositor participou do Festival MPB Shell (Rede Globo), o que lhe valeu convite de Augusto César Vannucci para ser diretor musical da linha de shows da Rede Globo, cargo que exerceu por vários anos.

Foi da parceria com Vannucci que surgiu o especial Plunct Plact Zum, que teve a participação de nomes como Raul Seixas, Maria Bethânia, Eduardo Dusek e Zé Rodrix. Ele é compositor também da música Turma do Pererê, que se desdobrou no livro homônimo de Ziraldo.

Daltony foi velado no Cemitério São Pedro, em São Paulo, e depois o corpo foi levado para o Crematório Vila Alpina, onde foi cremado.

A União Brasileira de Compositores (UBC) lançou nesta segunda-feira, 18, uma campanha pelo uso ético da inteligência artificial (IA) na música e nas artes. A campanha, criada em colaboração com a Pró-Música, recebeu o título de Toda criação tem dono. Quem usa, paga, e visa remuneração justa para autores. Artistas como Caetano Veloso, Marisa Monte e Marina Sena já se aliaram ao movimento e declararam apoio.

Segundo o texto do projeto, uma das propostas é pressionar autoridades por um marco regulatório que proteja a criação humana em ambientes digitais, por meio de um abaixo-assinado.

"As grandes empresas de tecnologia estão usando criações artísticas para treinar modelos de inteligência artificial sem autorização, sem transparência e sem remuneração aos autores, e demais titulares de direitos autorais e conexos", afirma uma publicação no site oficial da campanha, que também apresenta declarações dos artistas citados. "Com uma regulamentação justa, criatividade e tecnologia podem caminhar juntas", afirma Monte.

Um segundo pilar, no entanto, reforça que o grande problema não é a IA, e sim um "ponto de tensão" que surge quando empresas utilizam criações humanas para treinar a tecnologia sem autorização ou compensação financeira.

A campanha quer que titulares de direitos autorais e conexos possam autorizar ou proibir o uso de suas obras em treinamentos de IA, e que a tecnologia "não se sobreponha" a quem cria.