Escrita lúdica

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As pessoas praticamente não refletem sobre como alguns hábitos da infância podem influenciar a fase adulta. Um simples desfralde, o descarte da chupeta ou a forma como são encaradas a raiva e a frustração quando criança mudam a maneira como se reage às emoções ao longo da vida. E com a correria do dia a dia, que não parou mesmo com a pandemia do novo coronavírus, muitos pais se sentem desamparados para lidar com diversas situações com os filhos. A literatura infantil é uma das ferramentas lúdicas mais assertivas para conquistar os pequeninos. A Editora Edipro lança a Coleção Crescidinhos, pelo selo Caminho Suave, com quatro livros que pretendem aprimorar a inteligência emocional das crianças.

"Se o seu dia está horrível e você sente que o seu coração começou a apertar e doer, pare e respire fundo", diz o trecho de A Mágica da Respiração, de Christopher Willard e Wendy O'Leary, ao mostrar a ilustração de uma menina triste por ter quebrado um brinquedo. Em outro momento, o livro acolhe aqueles que se sentem isolados de um grupo: "Se você se sente estranho e solitário e seu peito começa a apertar e sufocar, pare e respire fundo".

Quando fechamos os olhos, inspiramos e expiramos o ar, uma sensação de relaxamento ocorre dentro de nós. O exercício também é fundamental na prática de ioga. "Pratico desde 2012. Tenho dois filhos, a Gabriela, de 11 anos, e o Miguel, de 7. A Gabi começou a fazer ioga aos 4 anos. Já o Miguel nasceu nesse universo e vem nos acompanhando desde bebezinho. Eles adoram e sentem muito quando não conseguem praticar", conta a professora Debora Molon, formada pela Escola de Yoga Shanti Om.

A experiência com os filhos a inspirou a escrever O Pequeno Yogue. A obra traz exercícios da prática milenar e explica os inúmeros benefícios, já que as posturas que envolvem o equilíbrio ajudam a aumentar a concentração, influenciam no comportamento físico e mental. "A prática da ioga por crianças de todas as idades pode ser muito acessível, fácil, divertida e saudável. No livro, lançamos mão de posturas simples e bem ilustradas para que as crianças possam desenvolver a prática e assim sentir os benefícios da ioga na sua vida", enfatiza Molon.

Ao contrário do que muitos pensam, a ioga é uma prática simples e crianças de todas as idades podem fazer. "Desde bem pequenininhas, elas já podem ser inseridas, estimuladas na prática por meio de histórias, brincadeiras, músicas, livros. Quanto mais cedo entrarem na prática, mais benefícios serão colhidos para o desenvolvimento de mente, corpo e espírito", avalia a autora. Em tempos de pandemia, a atividade também proporciona relaxamento. "Alivia o estresse, ensina a amorosidade com elas mesmas e com o próximo. Também promove autoconhecimento, observação dos seus limites, movimenta o corpo, que é muito bom para imunidade neste momento. Além de tirar as crianças da frente do celular e da televisão, convidando-as a viajar ao universo lúdico e divertido", conclui Molon.

Outras situações do universo infantil e que são pouco abordadas, mas fazem a diferença no controle emocional, são o desfralde e o uso de chupeta. Maíra Lot Micales sempre inventou histórias para contar para as crianças à noite e procurava colocar nelas alguma lição ou situação que precisavam aprender ou melhorar. "Meu filho estava com muita dificuldade no desfralde, com escapes constantes do xixi. Então, inventei uma história onde o Xixi, o Cocô e o Pum eram os personagens principais. Eles amaram a história e me pediam para repetir toda noite, inclusive minha filha mais velha, que já não usava fraldas. Comecei a contar até para os amiguinhos. Depois de uns dias, meu filho parou de fazer xixi na fralda e pediu para usar o penico. Então, percebi que tinha alguma coisa na mão. Submeti a história para três editores", afirma. Assim surgiu o título Cocô, Xixi e Pum.

Em Cocô, Xixi e Pum, Maíra aborda, de maneira leve e divertida, assuntos que muitas vezes constrangem os adultos, que podem ter sofrido certa repressão no momento do desfralde na infância. "Ainda escuto alguém falando: 'Que isso, menino, falando de cocô'. Mas quando escuto as crianças, estão sempre rindo disso. Perguntam uma para a outra: 'Que livro você está lendo?'. E respondem: 'Cocô, Xixi e Pum'. Todas caem na gargalhada. A vida deve ser levada realmente com mais leveza e menos repressão. Em vez de reprimir, vamos conhecer a criança: quem é aquele serzinho que está na nossa frente. Vamos respeitá-lo, assim ele respeitará os demais", enfatiza a autora, provando que a literatura infantil cada vez mais contribui para o desenvolvimento emocional dos futuros adultos.

Retorno positivo

Após o retorno positivo dos leitores, Maíra decidiu manter a escrita lúdica em Careta para Chupeta!, que acaba de ser lançado. A chupeta cumpre um papel relevante na vida das crianças na primeira infância, na medida em que, em alguns casos, serve como um consolo afetivo. "No livro, sempre trato a chupeta com carinho. Tem uma cena em que o personagem pega a chupeta chamando-a de queridinha, respira, sorri e agradece, para então guardá-la na caixinha. Também no guia que tem ao final do livro, escrito por um odontopediatra, ele também reitera que o uso da chupeta é interessante, apenas o uso prolongado é que pode trazer alguns malefícios para a saúde, então, os pais precisam ficar atentos para não prolongar o uso e tirá-la com carinho da vida da criança", explica Micales.

Sobre a inteligência emocional das crianças em meio à pandemia do novo coronavírus, a escritora Maíra Lot Micales dá algumas dicas sobre como desligar o celular e brincar mais com os filhos, seja com papel e caneta, pega-pega ou esconde-esconde. "Brinquem muito, leiam livros, ensinem os pequenos a meditar, a agradecer o canto do passarinho ou a flor que veem da janela. Outro dia, a professora do meu filho perguntou como as crianças estavam se sentindo na pandemia. Ele disse, com linguagem ainda em construção: 'Eu estou me sentindo muito bem, meus pais estão aqui em casa, assim brinco mais com eles'. Presença e diversão são bons caminhos para aliviar este momento desafiador", avalia. Maíra Lot Micales adianta que adquiriu os direitos do clássico americano The Invisible String, que sairá nos próximos meses pela editora Caminho Suave, no selo Crescidinhos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Maike deixou o BBB 25 poucos dias após iniciar o romance com Renata. Mesmo com a distância, a bailarina não descarta um futuro relacionamento ao fim do programa. Neste sábado, 19, ela refletiu sobre a possibilidade em conversa com Guilherme.

"Acho que lá fora a vida é diferente, então têm outras coisas para conhecer, minhas e dele. Então acho que vai ter que existir esse momento de, lá fora, a gente se permitir outras coisas, ter uma nova conversa", pontuou Renata.

A bailarina disse que precisa conhecer o "currículo" do pretendente fora da casa. Contudo, acredita que a convivência ao longo do confinamento pode ajudar em alguns quesitos, já que eles se viram em diversas situações.

"Mas eu não deixei de viver nada aqui dentro. E não tem mais muito o que eu mostrar, ele já me viu com geleca na cabeça, com pipoca, pó na cara, caindo no molho de tomate, ele já me viu de todos os jeitos", refletiu aos risos.

Maike foi eliminado no 15º Paredão com 49,12% dos votos, no último dia 10. Na ocasião, ele disputou a berlinda com Vinicius, que teve 48,02%, e Renata, 2,86%.

Lady Gaga enfrentou problemas técnicos no início do show que fez nesta sexta-feira, 18, no Coachella. O microfone da cantora apresentou falhas durante Abracadabra, segunda música do repertório, cortando a voz da artista.

Sem interromper a apresentação, Gaga trocou discretamente o microfone de cabeça por um modelo de mão e manteve a coreografia. Depois de alguns minutos, ela voltou ao palco com um novo microfone que funcionou corretamente até o fim da performance.

Momentos depois, ao piano, a artista se desculpou com o público pelo problema técnico. "Meu microfone parou de funcionar por um segundo. Pelo menos vocês sabem que eu canto ao vivo", disse.

A artista completou afirmando que estava fazendo o possível para compensar a falha: "Acho que a única coisa que podemos fazer é dar nosso melhor, e com certeza, eu estou dando meu melhor para vocês hoje".

Lady Gaga no Brasil

Lady Gaga está preste a vir ao Brasil. O palco para o seu show em Copacabana, no dia 3 de maio, está sendo erguidona areia da praia desde o último dia 7, e envolve uma megaoperação com cerca de 4 mil pessoas na equipe de produção nacional - sem contar o efetivo de órgãos públicos que também atuam no evento, como segurança, transporte e saúde.

O palco principal terá 1.260 metros quadrados e estará a 2,20 metros do chão, altura pensada para melhorar a visibilidade do público. A produção ainda contará com 10 telões de LED distribuídos pela praia e um painel de LED de última geração no centro do palco, prometendo uma experiência grandiosa para quem estiver presente e também para aqueles que assistirem de casa.

A estrutura do evento está sob responsabilidade da Bonus Track, mesma produtora que assinou o histórico The Celebration Tour de Madonna no ano passado, também em Copacabana. Para efeito de comparação, o palco da Rainha do Pop tinha 24 metros de largura e 18 metros de altura, com três passarelas e um elevador. A expectativa é que o show de Gaga supere esses números em impacto visual e tecnológico.

A apresentação está prevista para começar às 21h, com duração de 2h30. O show será gratuito, aberto ao público e terá transmissão ao vivo na TV Globo, Multishow e Globoplay.

A banda britânica The Who anunciou neste sábado, 19, que o baterista Zak Starkey está de volta ao grupo. A decisão vem após a saída repentina do músico, que havia sido desligado após um desentendimento com o vocalista Roger Daltrey durante uma apresentação no Royal Albert Hall, em Londres.

O comunicado, assinado pelo guitarrista e cofundador do grupo Pete Townshend, esclarece que houve falhas de comunicação que precisaram ser resolvidas "de forma pessoal e privada por todas as partes", e que isso foi feito com sucesso. Segundo ele, houve um pedido para que Starkey ajustasse seu estilo de bateria para o formato atual da banda, sem orquestra, e o baterista concordou.

O episódio que gerou tensão aconteceu durante o show beneficente Teenage Cancer Trust, no qual o vocalista Roger Daltrey, organizador do evento, interrompeu a última música da apresentação, The Song Is Over, para criticar a bateria de Starkey. "Para cantar essa música, preciso ouvir a tonalidade, e não consigo. Só tenho a bateria fazendo 'bum, bum, bum'. Não consigo cantar isso. Desculpem, pessoal", disse ao público.

Na nova mensagem, Townshend também assumiu parte da responsabilidade pela situação. Ele explicou que estava se recuperando de uma cirurgia no joelho e que talvez não tenha se preparado o suficiente para o evento. "Achei que quatro semanas e meia seriam suficientes para me recuperar totalmente… Errado", escreveu.

O músico admitiu ainda que a banda pode ter dedicado pouco tempo às passagens de som, o que gerou problemas no palco. Ele reforçou que o centro do palco é uma das áreas com som mais difícil de controlar e que Daltrey apenas tentou ajustar seu retorno de áudio. Zak, segundo ele, cometeu alguns erros e se desculpou.

Townshend descreveu o ocorrido como um "mal-entendido" e disse que tudo ganhou uma proporção maior do que deveria. "Isso explodiu muito rápido e ganhou oxigênio demais", afirmou. Agora, segundo ele, a banda considera o episódio encerrado e segue adiante com energia renovada.

O texto também desmentiu boatos de que Scott Devours, baterista da turnê solo de Daltrey, substituiria Zak de forma permanente. Townshend disse que lamenta não ter desmentido esse rumor antes e se desculpou com Devours.

Zak Starkey integra o The Who desde 1996 e é filho de Ringo Starr, baterista dos Beatles. Ele já tocou com outras bandas, como Oasis e Johnny Marr & The Healers.