Nomes dos remédios são escolhidos diante de conjunto de regras no país

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Digeflex, Pratiprazol, Pratiderm… Esses medicamentos têm indicações diferentes, mas seguem uma série de regras em comum. No Brasil, os nomes dos remédios precisam se diferenciar de outros produtos, ser fáceis de lembrar e transmitir clareza para que profissionais de saúde e pacientes consigam identificá-los corretamente.

Roberto Parise Filho, professor do Departamento de Farmácia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), destaca que existem dois tipos de nome: os genéricos e os comerciais. Por exemplo, a aspirina (nome comercial) tem o nome genérico "ácido acetilsalicílico".

O nome genérico segue a denominação do princípio ativo. "Geralmente, trabalhamos com afixos. Existe um radical que dá a estruturação do nome do fármaco e ele pode ser preenchido com sufixos ou prefixos. Normalmente, eles que vão gerar uma classificação para os diversos fármacos dentro de uma mesma classe terapêutica", afirma.

"Por exemplo, quando falamos de uma classe de antibióticos bastante comum, a cefalosporina, todos vão ter o prefixo 'cef', como cefaloxina e cefepima. Então, para os conhecedores, automaticamente remete a um tipo de antibiótico que pertence à classe cefalosporina", adiciona o professor, que integra o Comitê Técnico Temático da Farmacopeia Brasileira, responsável pelo estudo das denominações comuns brasileiras (DCB).

Nomes comerciais

Os nomes comerciais adotam outra lógica e precisam seguir uma série de regras estabelecidas pela resolução nº 59/2014 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Essas regras, segundo Lucas Angnes, gerente de marketing da farmacêutica Prati-Donaduzzi, definem que o nome não pode conter mais de 50% da denominação comum ou do princípio ativo do produto e não deve fazer referência a doenças, sintomas ou promessas de cura, a fim de evitar a automedicação.

Em nota, a Anvisa explica que também veta nomes com termos que possam induzir o consumidor ao erro ou gerar expectativas irreais, como "fácil", "rápido" ou "eficaz". São vetadas ainda designações que possam fazer o medicamento parecer inócuo, natural ou com efeitos colaterais reduzidos.

Além disso, a denominação precisa ser fonética e ortograficamente diferente de qualquer outro remédio já registrado, para evitar confusões durante a prescrição, a dispensação e o uso.

Angnes afirma que a principal causa de recusa é justamente a semelhança com outros nomes. Outras razões frequentes incluem o uso excessivo de partes do nome do princípio ativo e a presença de termos proibidos.

Os critérios brasileiros, diz ele, são semelhantes aos padrões internacionais, mas a Anvisa costuma ter uma postura mais cautelosa e protetiva em relação aos pacientes. "Quando uma empresa estrangeira traz um medicamento para o País, precisa verificar se o nome cumpre as normas locais, especialmente quanto ao limite de 50% da denominação comum e à ausência de termos proibidos", afirma.

"Em alguns casos, o nome global é mantido, especialmente quando já é amplamente reconhecido e registrado em outros mercados. No entanto, se houver risco de confusão com produtos já existentes no Brasil, a Anvisa pode exigir uma adaptação. Essa atenção extra é uma forma de garantir clareza e segurança na prescrição e uso do medicamento", acrescenta.

Segundo o gerente, o termo escolhido deve ainda ser adequado culturalmente e juridicamente viável. A escolha da nomenclatura pode levar anos e bons nomes são essenciais para garantir a segurança e a longevidade do produto no mercado.

Em outra categoria

O músico André Geraissati, violonista de destaque da música instrumental brasileira, morreu nesta terça-feira, 19, aos 74 anos.

A informação foi divulgada pelo filho do artista, Gabriel Geraissati, pelas redes sociais.

"Com imensa tristeza comunico aos amigos e fãs o falecimento de meu pai, André Geraissati, hoje, 19 de novembro, em São Paulo. Meu pai foi um violonista único, um artista que tocou muitas vidas - e um pai de coração generoso e amor imenso. Agradeço pelo carinho de todos neste momento tão difícil", escreveu ele.

Geraissati foi reconhecido por seu trabalho inovador no violão de 12 cordas e por misturar elementos de música brasileira, jazz e música experimental.

Ele ganhou destaque nos anos 1970 e 1980, especialmente como integrante do grupo D'Alma, ao lado de outros grandes violonistas como André Ribeira e Ulisses Rocha. O trio tornou-se referência pela técnica apurada e pela sonoridade contemporânea aplicada ao violão acústico.

Em carreira solo, Geraissati lançou discos que exploram texturas sonoras sofisticadas, improvisação e forte sensibilidade melódica, consolidando-se como um dos nomes mais originais do instrumento no Brasil.

O primeiro disco dele, Entre Duas Palavras, saiu em 1982, com participação de Egberto Gismonti. Nos anos 80, ele também lançou os álbuns Insight, Solo e Dadgat.

Ele fundou, em 1992, o selo independente Tom Brasil, a partir de uma iniciativa cultural, o Projeto Banco do Brasil Musical, em prol da música instrumental no Brasil. Além disso, esteve presente em grandes festivais internacionais, como o Montreux Jazz Festival, o Paris Jazz Festival e o Montreal Jazz Festival.

Ao longo da carreira, também colaborou com Hermeto Pascoal, Arthur Moreira Lima, Wagner Tiso e o flautista americano Paul Horn.

Em 8 de dezembro, Geraissati participaria de uma palestra sobre produção musical no Centro Cultural São Paulo, ao lado de Marco Briones, autor do livro Solo: A História do Primeiro Álbum Duplo de Violão no Brasil , o primeiro sobre a obra musical de Geraissati.

Heloísa Périssé está vivendo um relacionamento discreto com a diretora de TV Leticia Prisco desde o fim do ano passado, segundo o jornal Extra. A atriz de 59 anos anunciou em outubro de 2024 o fim de seu casamento de 20 anos com o diretor Mauro Farias.

As duas teriam se aproximaram nos bastidores da segunda temporada do seriado Tem que Suar, exibido pelo Multishow em 2024, e depois acabaram se envolvendo.

O relacionamento ainda não foi assumido publicamente. Em setembro, elas estiveram em um encontro com Maria Bethânia, que contou com a presença da jornalista Leilane Neubarth. Em outubro, viajaram juntas para um casamento no Uruguai, de onde Heloísa Périssé chegou a postar alguns registros, inclusive ao lado de Leticia.

Quem é Leticia Prisco?

Leticia Prisco é diretora de TV e cinema com uma carreira sólida e cheia de projetos. No Canal Brasil, ela dirigiu a série Vizinhos e também esteve à frente dos longas Barba, Cabelo e Bigode (Netflix) e Não Vamos Pagar Nada (Telecine).

Ainda na TV, Letícia foi diretora artística de Desencontro de Gerações (GNT/Globo). Também assinou a direção geral de Loucos por Novelas, uma homenagem às telenovelas brasileiras, e de Dois em Cena (Canal Viva), em que atores de diferentes gerações conversam sobre a profissão.

No Multishow, comandou várias temporadas de Dono do Lar e dirigiu a segunda temporada de Tem que Suar. Também esteve à frente da 10ª temporada de Vai que Cola e de outros programas do canal, como A Vila. No GNT, participou de atrações como SuperBonita, Boas-Vindas - Álbum de Família e Pode Entrar.

Durante sua recente visita ao Brasil, a cantora Dua Lipa indicou a Livraria Leonardo da Vinci, localizada no centro do Rio de Janeiro, para o seu clube do livro, o Service95 Book Club.

A artista, conhecida por sua paixão pela literatura, também já recomendou para seus fãs a obra Lugar de Fala, da brasileira Djamila Ribeiro.

A Livraria Leonardo da Vinci é uma livraria independente e tradicional, fundada em 1952, conhecida por sua relevância cultural na cidade do Rio de Janeiro. A indicação da cantora gerou grande repercussão entre os fãs brasileiros e a comunidade literária nas redes sociais.

Na madrugada de domingo, 16, após seu show no Estádio Morumbis, a britânica foi vista em uma festa de música eletrônica em Indaiatuba, no interior do estado. Em vídeos publicados por fãs, ela apareceu com uma jaqueta verde e amarela curtindo a primeira edição brasileira da Circoloco, evento criado em Ibiza e que estreou no País no Autódromo Capuava.