Fome ainda atinge milhões de brasileiros

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O Brasil apresentou avanços no combate à fome em 2024, mas os números divulgados pelo IBGE revelam que o problema continua atingindo milhões de famílias em todo o país. Cerca de 1 em cada 4 domicílios brasileiros enfrentou algum grau de insegurança alimentar no ano passado, o que representa 18,9 milhões de pessoas. Destas, 11,9 milhões viviam uma situação ainda mais dramática, e 2,5 milhões de famílias beiravam a fome.

Os dados mostram que a proporção de lares com algum nível de insegurança alimentar caiu para 24,2%, resultado que confirma uma tendência de melhora após o pico registrado em 2018, quando 36,7% dos domicílios enfrentavam dificuldades para garantir alimentação adequada. A segurança alimentar voltou a alcançar 75,8% dos lares, índice próximo ao patamar de 2013, considerado um dos melhores períodos da série histórica.

Insegurança alimentar ainda afeta milhões de famílias

Mesmo com os avanços, a realidade ainda é preocupante em várias regiões do país. O levantamento aponta que 7,2 milhões de domicílios com insegurança alimentar estão no Nordeste, região que historicamente concentra os índices mais elevados de vulnerabilidade. Além disso, 37,4% das crianças de até 4 anos vivem em lares onde falta acesso pleno e regular a alimentos, o que pode ter impactos profundos no desenvolvimento físico e cognitivo.

Outro dado relevante é que 17% dos responsáveis por domicílios com insegurança alimentar trabalham por conta própria, evidenciando a dificuldade de parte da população em garantir renda estável mesmo exercendo atividade laboral.

Redução da fome grave, mas desafios persistem

A insegurança alimentar grave (fome) recuou para 3,2% dos domicílios, o menor índice desde 2013. Ainda assim, isso representa milhões de brasileiros em situação extrema. A melhoria dos indicadores está associada à recuperação econômica, ampliação de programas de transferência de renda e políticas de segurança alimentar, mas especialistas alertam que os números ainda estão longe do ideal e podem voltar a crescer diante de instabilidades econômicas ou cortes em políticas públicas.

O desafio para os próximos anos será consolidar os avanços, reduzir desigualdades regionais e garantir que crianças e famílias em situação de vulnerabilidade tenham acesso contínuo e suficiente a alimentos de qualidade — um direito básico que ainda está distante da realidade de milhões de brasileiros.

Em outra categoria

A polícia americana trata o cantor D4vd como suspeito da morte de Celeste Rivas, adolescente que foi encontrada em decomposição no porta-malas do carro do rapper. A informação é do portal TMZ.

O caso é tratado como um homicídio, embora o médico legista ainda não tenha determinado a causa da morte da vítima, uma vez que os investigadores ainda estão aguardando os resultados toxicológicos.

A descoberta do corpo

No dia 8 de setembro, o Departamento de Polícia de Los Angeles atendeu um chamado sobre um "odor desagradável" vindo de um veículo apreendido em um pátio de reboque. No porta-malas do carro estava o corpo de Celeste Rivas, uma garota de 15 anos.

O veículo, um modelo da marca Tesla, está registrado no nome de David Anthony Burke, a identidade verdadeira de D4vd. Segundo a emissora norte-americana ABC, o veículo estava no local há alguns dias e o corpo foi deixado no porta-malas dianteiro. A polícia revelou que o carro não estava registrado como roubado.

D4vd nega qualquer envolvimento com a morte de Celeste. Algumas evidências, no entanto, mostram que o cantor e a jovem provavelmente se conheciam e mantinham algum tipo de relacionamento amoroso.

Na internet, uma canção vazada de D4vd em 2023 foi recuperada por usuários da plataforma SoundCloud. Na música, D4vd canta sobre estar apaixonado por uma garota chamada Celeste. O título do arquivo vazado da canção, inclusive, era "Celeste_Demo unfin".

O cantor seria atração do Lollapalooza Brasil 2026, mas teve o show cancelado.

Um dos criadores do especial infantil Plunct Plact Zum, exibido pela TV Globo em 1983, Daltony Nóbrega morreu nesta segunda-feira, 17. A morte foi confirmada na página do compositor no Facebook. De acordo com a postagem, o músico de 77 anos lutava contra o câncer.

Mineiro de Juiz de Fora, Daltony era violonista, arranjador, redator e tradutor, além de compositor. Começou a sua carreira nos anos 1960, usando alguns codinomes como Daltõ e Dal-Tom.

Integrou o Grupo Mineiro, conjunto vocal que representou o Brasil no Festival de Viña Del Mar, no Chile; interpretou composições de nomes como Taiguara, Ivan Lins e Arthur Verocai e se apresentou com Beth Carvalho e Marlene.

Já nos anos 1970, já fora do Grupo Mineiro, compôs sucessos que ficaram eternizados nas vozes de Eliana Pittman, Evinha, Cláudia e Trio Mocotó.

Em 1980, o compositor participou do Festival MPB Shell (Rede Globo), o que lhe valeu convite de Augusto César Vannucci para ser diretor musical da linha de shows da Rede Globo, cargo que exerceu por vários anos.

Foi da parceria com Vannucci que surgiu o especial Plunct Plact Zum, que teve a participação de nomes como Raul Seixas, Maria Bethânia, Eduardo Dusek e Zé Rodrix. Ele é compositor também da música Turma do Pererê, que se desdobrou no livro homônimo de Ziraldo.

Daltony foi velado no Cemitério São Pedro, em São Paulo, e depois o corpo foi levado para o Crematório Vila Alpina, onde foi cremado.

A União Brasileira de Compositores (UBC) lançou nesta segunda-feira, 18, uma campanha pelo uso ético da inteligência artificial (IA) na música e nas artes. A campanha, criada em colaboração com a Pró-Música, recebeu o título de Toda criação tem dono. Quem usa, paga, e visa remuneração justa para autores. Artistas como Caetano Veloso, Marisa Monte e Marina Sena já se aliaram ao movimento e declararam apoio.

Segundo o texto do projeto, uma das propostas é pressionar autoridades por um marco regulatório que proteja a criação humana em ambientes digitais, por meio de um abaixo-assinado.

"As grandes empresas de tecnologia estão usando criações artísticas para treinar modelos de inteligência artificial sem autorização, sem transparência e sem remuneração aos autores, e demais titulares de direitos autorais e conexos", afirma uma publicação no site oficial da campanha, que também apresenta declarações dos artistas citados. "Com uma regulamentação justa, criatividade e tecnologia podem caminhar juntas", afirma Monte.

Um segundo pilar, no entanto, reforça que o grande problema não é a IA, e sim um "ponto de tensão" que surge quando empresas utilizam criações humanas para treinar a tecnologia sem autorização ou compensação financeira.

A campanha quer que titulares de direitos autorais e conexos possam autorizar ou proibir o uso de suas obras em treinamentos de IA, e que a tecnologia "não se sobreponha" a quem cria.