Por que o Aeroporto de Guarulhos foi condenado a pagar R$ 1,5 mi por perda de testes de covid?

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A Justiça do Distrito Federal condenou a GRU Airport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de Guarulhos, e a empresa de logística Titanlog a pagar R$ 1,5 milhão pela perda de 9,6 mil kits de testes de Covid durante a pandemia. Como mostrou a coluna do Estadão, além de ressarcir o governo distrital, as companhias terão de arcar com danos materiais, morais coletivos e sociais.

A decisão da 7ª Vara da Fazenda Pública do DF responsabiliza as empresas pela perda total dos quase 10 mil kits de testes para detecção de Covid-19, que foram doados ao Distrito Federal em maio de 2020, durante o pico da pandemia. A carga, uma doação da Fundação Fosun de Xangai avaliada em R$ 530 mil, chegou ao Brasil em 14 de maio de 2020 e necessitava de armazenamento em temperatura controlada, entre -25°C e -10°C. No entanto, segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), uma série de falhas operacionais levou à completa deterioração dos insumos.

As empresas ainda podem recorrer da decisão. Gru Airport e Titanlog ainda não se manifestaram. De acordo com a 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus) do MPDFT, as empresas "violaram o patrimônio do Distrito Federal, bem como direito à saúde da população do Distrito Federal, especialmente no sistema público de saúde, sendo cabível a responsabilização civil tanto por dano moral coletivo quanto por dano social".

"A falta de 9.600 kits de testes de Covid-19 configuraram um real cenário de desassistência que violou a dignidade humana e diminuiu a qualidade de vida da coletividade, colocando em risco a saúde e vida da população do DF em grave momento de pandemia de coronavírus Covid-19. A condenação proferida pela 7ª Vara de Fazenda Pública do DF é essencial para reparar e assegurar a proteção dos direitos fundamentais e promover a justiça social", afirmou o promotor de justiça da 2² Prosus Clayton Germano.

O tribunal acolheu os pedidos do MPDFT e determinou a reparação integral dos danos causados à sociedade. As empresas Titanlog Serviços e GRU Airport foram condenadas a ressarcir o Distrito Federal em R$ 1.066.487,85 a título de danos materiais pela perda dos kits e a R$ 250 mil por danos morais coletivos.

Foi estabelecido ainda o pagamento de R$ 150 mil por danos sociais, visando punir o "comportamento socialmente reprovável praticado pelas rés que frustraram a confiança nelas depositadas pela sociedade" e causaram um "manifesto rebaixamento do nível de vida da coletividade". Os valores serão destinados ao Fundo de Direitos Difusos.

De acordo com o magistrado, a empresa Titanlog, contratada para a logística dos insumos, classificou os produtos como "carga perecível, armazenar em condições especiais". O juiz considerou que as empresas deveriam ter verificado as etiquetas da carga ou a documentação de transporte para identificar quais eram essas "condições especiais".

O MPDFT argumentou que a verificação não foi realizada por nenhuma das partes. A sentença destaca a "culpa concorrente" das rés. A Titanlog, mesmo ciente da temperatura exigida para a carga, entregou os insumos à GRU Airport sem comunicar a especificidade do armazenamento. Por sua vez, a GRU Airport, ao receber uma carga sinalizada com a necessidade de "condições especiais", não apurou qual era a exigência e a armazenou em temperatura ambiente, o que causou a perda total dos kits.

"Se qualquer dos representantes das empresas tivesse tido o mínimo de diligência em observar que o código alertava para um condição especial e que deveriam saber qual era a condição especial para cumprir seu encargo, o fim demonstrado nos autos não teria ocorrido", afirmou o magistrado na decisão.

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Ana Maria Braga recebeu Carolina Dieckmmann no Mais Você desta quarta-feira, 15. No programa, a apresentadora relembrou seu primeiro diagnóstico de câncer, que recebeu assim que entrou na Globo. Ela conheceu a atriz nas gravações de um filme da Xuxa, quando estava passando por tratamento.

A apresentadora se emocionou ao lembrar de uma homenagem vinda da atriz. Na época, Carolina estava no elenco de Laços de Família, novela em que sua personagem teve câncer. Ela chegou a raspar a cabeça para o papel. "Ela chegou com um vaso de orquídeas na mão e ela veio ao meu encontro. Eu nunca tinha encontrado com ela, mas ela veio falar comigo porque ela estava interpretando um papel na novela na época de 2000, que ela tinha raspado a cabeça que nem eu", afirmou.

Ana Maria Braga afirmou que nunca esqueceu o gesto e que o presente da atriz foi muito significativo. A apresentadora retribuiu o gesto e deu um vaso de orquídeas para a convidada. Ela ainda elogiou a performance de Carolina na novela. "A sua arte conseguiu motivar as pessoas a doarem."

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

O tradicional Victoria's Secret Fashion Show ocorre nesta quarta-feira, 15, em Nova York, marcando a segunda edição consecutiva após o retorno do evento em 2024, que encerrou um hiato de seis anos. Mantendo o formato que mistura desfiles e performances musicais, a apresentação promete reunir nomes icônicos das passarelas e novas apostas da moda global.

Que horas e onde assistir

A transmissão ao vivo começa às 19h30 (horário de Brasília) com o pink carpet, seguida pelo desfile principal às 20h. O público poderá acompanhar o evento pelo Prime Video, Amazon Live e também nos canais oficiais da Victoria's Secret no YouTube, TikTok e Instagram.

Em Nova York, a marca realiza ainda uma experiência imersiva no distrito de Penn, com festa de exibição, DJ e ativações para convidados.

Novidades e angels confirmadas

Entre as principais novidades desta edição está a estreia de Adam Selman como diretor-executivo e criativo da Victoria's Secret. Conhecido por suas criações para artistas como Rihanna, Lady Gaga e Gwen Stefani, ele deve imprimir uma estética mais diversa e moderna à marca. O designer franco-americano Joseph Altuzarra também participa do projeto "atelier in residence", assinando peças exclusivas que conectam o desfile ao universo do high fashion.

Já o elenco de angels deste ano conta com veteranas e novos rostos. Estão confirmadas as brasileiras Adriana Lima e Alessandra Ambrósio, que fizeram história na Victoria's Secret, além de Candice Swanepoel, Behati Prinsloo, Gigi Hadid, Lily Aldridge, Joan Smalls, Anok Yai, Vittoria Ceretti, Jil Kortleve, Barbara Palvin, Alex Consani e Angelina Kendall.

A brasileira Daiane Sodré faz sua estreia na passarela da marca, e a jogadora de basquete Angel Reese entra para o time como a primeira atleta profissional a desfilar oficialmente pela VS.

Apresentações musicais

As apresentações musicais deste ano ficam por conta de Missy Elliott, Madison Beer, Karol G e do grupo sul-coreano Twice.

A cantora Fafá de Belém se manifestou nas redes sociais nessa terça-feira, 14, sobre uma investigação do Ministério Público do Pará (MP-PA) que questiona supostas irregularidades na aplicação de R$ 1,5 milhão em seu evento Varanda de Nazaré, tradicionalmente realizado durante o Círio de Nazaré.

Segundo a cantora e sua equipe, a confusão ocorreu devido a um erro no Diário Oficial do Estado, que mencionou incorretamente o evento em questão. A errata publicada corrigiu oficialmente a informação, deixando claro que a investigação não se referia à edição de 2024 da Varanda de Nazaré.

Em nota, a cantora ressaltou que a Varanda de Nazaré "é uma iniciativa independente, com 15 anos de história, construída e mantida com dedicação, amor e conduzida dentro dos mais altos padrões de legalidade, transparência e responsabilidade na gestão cultural". A publicação garantiu que todas as etapas de planejamento, captação e execução do evento seguem processos documentados e regulamentados.

A edição de 2024, especificamente, não recebeu recursos da Lei Semear, programa estadual de incentivo cultural, nem repasses financeiros do Governo do Estado. O evento contou apenas com apoio institucional na estrutura, prática comum em grandes manifestações culturais, sem qualquer vínculo financeiro direto, segundo a artista.

"A edição de 2024, mencionada em publicações recentes, não recebeu qualquer recurso da lei de incentivo estadual do Pará (Lei Semear) nem qualquer tipo de repasse financeiro do Governo do Estado", informou o texto. Assim que a questão começou como procedimento preliminar, foi apresentada uma resposta oficial negando o recebimento de recursos públicos e juntando a errata que esclareceu o equívoco.

A nota destacou ainda que ao longo de sua trajetória, a Varanda de Nazaré tem sido realizada por meio de parcerias públicas e privadas regulares, com contratos formais e ampla prestação de contas, consolidando-se como referência nacional na valorização da fé, da cultura e da identidade amazônica.

Fafá e sua produtora reforçaram o compromisso com ética, transparência e promoção da cultura paraense no cenário nacional e internacional.

Leia a nota na íntegra:

"A Kaiapó Produções e a artista Fafá de Belém informam que são as maiores interessadas em que se investiguem os fatos tornados públicos recentemente. A Varanda de Nazaré é uma iniciativa independente, com 15 anos de história, construída e mantida com dedicação, amor e conduzida dentro dos mais altos padrões de legalidade, transparência e responsabilidade na gestão cultural. Todas as etapas de planejamento, captação e execução seguem processos formais e devidamente documentados, em conformidade com a legislação vigente.

A edição de 2024, mencionada em publicações recentes, não recebeu qualquer recurso da lei de incentivo estadual do Pará (Lei Semear) nem qualquer tipo de repasse financeiro do Governo do Estado. A citação do nome da Varanda em edição do Diário Oficial daquele ano resultou de erro material, corrigido oficialmente em errata publicada no DOE dias depois, ficando claro que tal processo não se tratava do projeto. A Varanda de Nazaré 2024 teve relação de apoio institucional com o Governo do Estado, contando unicamente com apoio na estrutura do evento - prática comum em grandes manifestações culturais -, sem qualquer tipo de vínculo financeiro direto.

Ao longo de sua trajetória, a Varanda tem sido viabilizada por parcerias públicas e privadas firmadas de forma regular, com critérios técnicos, contratos formais e ampla prestação de contas aos órgãos competentes - o que reforça sua credibilidade e o reconhecimento que conquistou como referência nacional de valorização da fé, da cultura e da identidade amazônica. A Kaiapó Produções e a artista Fafá de Belém reafirmam seu compromisso com a ética, a transparência e o fortalecimento da cultura paraense, mantendo a dedicação de promover o Círio de Nazaré e o Pará no cenário nacional e internacional como expressões genuínas da espiritualidade e da diversidade da Amazônia."